O que é o XIL?

Yo!

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Quem sou eu?

O XIL é um blog escrito por mais de uma pessoa. Começou comigo, Fabio Sakuda. Assim, sem acento, culpa do escrivão que me registrou. Sou escritor por culpa da natureza e estou nessa por conta da minha paixão pelos quadrinhos e cultura pop em geral. Uma das fotos mais antigas que eu tenho é de uma festa de família, onde eu ainda estou no colo da minha mãe com uma Shonen Jump da coleção do meu tio na mão. Eu acho que tinha um ano, talvez mais, talvez menos.

Continuei gostando de desenho e rabiscava muito quando era criança. Minha mãe assinava as revistas da Turma da Mônica e comprava gibis infantis pra mim e meus irmãos. Sou o caçula, tenho um irmão e duas irmãs que liam enquanto eu via os desenhos. Meu primeiro quadrinho, aquele que posso chamar de meu mesmo e não precisava compartilhar foi um Homem Aranha X Duende Verde, da coleção Marvel Especial, que ganhei por me comportar bem no dentista. Mais pra frente, comprei X-Men número 30, da Editora Abril, e passei a colecionar. De lá pra cá, a coisa só foi piorando.

Trabalho desde cedo, aos 13 anos eu gravava fitas de vídeo em uma locadora de imigrantes japoneses. Assisti muitos animes e programas japoneses assim, mesmo que meu contato com essa cultura já fosse mais antigo, já que cresci em uma família japonesa. Nessa época, eu lia muito quadrinho americano, principalmente X-Men. Mas passei a comprar mangás japoneses, aproveitando que eu havia estudado a língua antes. Lia com muita dificuldade, mas aprendi muito assim. Da mesma forma, passei a comprar os quadrinhos americanos na língua original quando dava, mesmo sem saber ler. E hoje traduzo nas duas línguas! Traduzo quadrinhos.

Já tive cerca de 4 mil HQs no meu quarto, fora revistas, livros e mangás, que eu tinha algumas coleções antes dos mangás serem publicados por aqui como são hoje. Tudo até fazer 18 anos. Boa parte disso se perdeu em uma mudança enquanto eu morava no Japão e não podia cuidar, inclusive aquela minha primeira HQ e algumas coisas históricas que eu caçava em sebo. Essa perda foi um baita exercício de desprendimento material, porque eu era do tipo que tomava cuidados extremos, não emprestava, não deixava mexer fora da minha vista, eu era muito chato!

Tive minha experiência como fanzineiro fazendo super- heróis com meus amigos, ainda no ginásio. Aprendemos sozinhos a editar na base da cola e tesoura, tiramos cópia e fomos de banca em banca, de evento em evento, distribuindo e dando a cara a tapa. Foi assim que tive meu primeiro contato com profissionais da área e com pessoas que se tornaram profissionais depois. E a internet cuidou de manter uma linha de comunicação, onde continuei em contato e conheci novas pessoas.

 

No Japão

Em 2000, fui pro Japão com o intuito de juntar dinheiro e poder montar um estúdio com meus amigos. Assim, só no sonho. Estava tão decidido que nem inscrição pra vestibular eu fiz. Terminei o colegial, contrariei professores e minha mãe que achavam que era desperdício pra quem tirava notas boas e fui pro Japão. Fui com a intenção de ficar um ano. No máximo três, se eu realmente precisasse. Fique dez, voltei só uma vez depois de seis deles, pra descansar por dois meses. Foram as únicas férias que eu tive em dez anos. Lá, tive problemas de todos os tipos. Minha gastrite quase virou uma úlcera. Mas me ensinou a não levar as coisas tão à sério. Eu era muito focado, muito certinho. Muito japonês mesmo.

Trabalhei de carregador, levei pallets de 1 tonelada no braço. Carreguei saco de sal durante o dia todo, todos os dias. Carreguei lixo também. Tudo porque eu queria trabalhar com quadrinhos e não em um escritório fazendo o que eu não gosto. Mas também tive meus momentos de dúvida, tive aqueles momentos em que você quer jogar tudo pro ar.

Depois de passar anos só juntando dinheiro, um problema na minha vida me fez repensar tudo e pensar mais em aproveitar a vida. Larguei os quadrinhos, de verdade. Nem lia mais nenhum mangá. Comprei um carro, tirei a carta (nessa ordem) e comecei a sair de casa. Fui viajar sozinho. Conhecer gente, lugares, passar por problemas novos.

Depois que minha vida parou de ser só mangá, eu pude voltar aos poucos. Comecei a ler um mangá aqui, outro ali, voltei pra ler os que eu havia abandonado. Voltei aos grupos sobre o assunto na internet. E publiquei em revistas no Brasil, como a Anime Kids, Desenhe e Publique Mangá e Neo Tokyo, só por escrever. Nessa época, neguei uma chance de ser assistente de um mangaká famoso, porque eu havia voltado a ler, mas não queria fazer.

E foi com a palavra de uma pessoa especial que eu voltei a fazer eles e a sonhar com quadrinhos. Ironicamente, deixei ela porque queria fazer quadrinhos. Ela ainda é a visitante mais frequente do Japão aqui. Decidi fazer um teste para a Shonen Jump, um último, depois de duas tentativas frustradas anos antes. Mais ou menos nessa época eu criei este blog, o XIL, como uma forma de exercício para quem estava muito tempo afastado. E aí publiquei aqui no XIL (na época no blogspot) o Projeto Motikomi, meu “reality show” buscando a Shonen Jump. Aquela revista que eu peguei nas mãos quando nem sabia andar.

A verdade é que eu já tinha passagem marcada pro Brasil e só um milagre me faria cancelar ela. No fim das contas, levei tempo demais e não terminei a história. Mas apresentei ela esboçada para um editor da revista! E a experiência foi algo que eu não me esqueço mais.

Leia sobre o Projeto Motikomi

 

Fazendo quadrinhos

De volta ao Brasil, passei a trabalhar para a NewPOP, que é do meu amigo Júnior Fonseca. Foi com ele editando que publiquei meu primeiro conto, na Anime Kids, e meu primeiro mangá, Truco!, na Neo Tokyo, tudo isso antes mesmo de voltar ao Brasil. E agora estamos fazendo Dead Zone, junto com um outro chapa e parceiro, o Carlos Sneak, com quem eu também faço Rapsódia. E eu posso dizer que apesar de já ter feito parcerias erradas, também tenho muitos bons amigos nesse mundo.

Aqui no blog mesmo, eu comecei Ganbaru!, que pra mim é a resposta de toda essa vida aos quadrinhos, a um sonho, com uma urgência em ser lido.

Leia Ganbaru! -Otaku Lifestyle-

 

E o XIL

XIL nasceu, na verdade, em 2001, como um grupo de discussão no Yahoo!, chamado X’s Image List. No nome, eu precisava de uma abreviação que iria no campo de mensagens. E virou XIL.

Na época, o Google nem era o buscador mais famoso e encontrar imagens de anime na internet era um trabalho árduo. Eu estava no Japão havia um ano e decidi escanear e postar em qualidade alta imagens de revistas japonesas e de alguns mangás. Cheguei a postar páginas traduzidas de Love Hina (antes do anime estrear, ninguém conhecia ainda) e do Manga Hetappi, que depois a Conrad publicou como “Mangaká, de Akira Toriyama”, isso em uma época que não haviam scans de mangá. E falava de coisas que eu via, lia e assistia no Japão.

Quando eu desisti dos quadrinhos, a lista morreu. E quando eu decidi voltar, os tempos já eram outros. E eu comecei a fazer um blog.

No começo nem tinha metas, não olhava sequer a visitação. Não me importava. Uma vez ou outra eu pensava em levar o blog a sério mas desistia rapidinho. E quando voltei ao Brasil em 2010, cheguei a abandonar o blog por um longo tempo, já que era um hobbie feito para uma dúzia de amigos lerem… Por muito tempo ele teve a mesma filosofia da lista de discussão, mas foi no Genkidama que eu passei a levar mais à sério esse negócio de falar de anime e mangá. E de um blog lido por um punhado de amigos e curiosos, passou a ser um blog… lido por MUITOS amigos e MUITOS curiosos.

 

Genkidama

Para conseguir esse crescimento, eu comecei me impondo metas de visitação e de trabalho. Afinal, minha maior deficiência era a falta de textos bem indexados como os outros blogs da rede e de volume e constância para estabelecer uma visitação dos leitores. Mas não é simplesmente por uma meta pessoal de ter um blog grande e bem visitado. O diferencial do Genkidama é que nós trabalhamos por uma rede de amigos, com uma motivação maior do que qualquer anseio individual.

Sempre que me perguntam sobre como fazer parte do Genkidama, respondo que o melhor começo é virando amigo da gente, seja pelo Twitter, pessoalmente ou como for. Escrevendo pra gente. Nós não somos uma organização formal, somos uma desorganização conjunta, uma festa sem regras onde as coisas funcionam porque é tudo entre amigos. Não tem coisa melhor.

A filosofia do XIL é ser interessante e curioso sem ser técnico e pomposo. Minha linguagem é o mais próximo possível do que eu falo com meus amigos, pra manter um clima amigável. A meta do blog é virar assunto de roda de amigos, de mesa de bar. E do que eu falo? De tudo o que eu acho legal! Do que eu gostaria de falar na MINHA roda de amigos. Anime, mangá, games, o que importa é render um bom papo. E a área de comentários é a nossa própria roda aqui do XIL, entre você que lê com outros que também leem. E comigo.

 

Então, BORA LER!

 

Sugestões de artigos para começar.

8 ideias sobre “O que é o XIL?”

  1. vc publica histórias na new pop certo? onde eu posso publicar um manga sou iniciante mais ja faço mangás com meu amigo como posso publicar?

  2. vc publica histórias na new pop certo? onde eu posso publicar um manga sou iniciante mais ja faço mangás com meu amigo como posso publicar?

  3. que história interessante. de hoje em diante eu vou acompanhar o XIL tenho certeza que verei um monte de coisas legais aqui.

  4. Show, diria que eu estou tentando seguir um caminho similar ao seu, pelo menos na parte de ir pro Japão e publicar lá, estou muito decido sobre isso. Porém pretendo chegar ao Japão entrando já em uma faculdade por lá, pois quero ter uma garantia de que não me darei tão mal. História bastante daora a sua!

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