Yo!

Falando em mangás em hiato… Bora ver!

A Cookie de Dezembro vai trazer brindes para as leitoras. Entre os mimos estarão dois cartões holográficos de NANA, série de Ai Yazawa que está parada desde Junho de 2009 devido a uma misteriosa doença da autora. Nesse meio tempo, ela publicou apenas duas páginas de sua side story, em Janeiro de 2013.

A arte dos cartões trazem os personagens da série no Natal e Ano Novo, e apesar de ser pouca coisa, são as primeiras ilustrações dos personagens principais da trama desde que a pausa começou e indica que Yazawa está melhorando.

Esta edição da Cookie saiu dia 26 de Novembro, é referente a Dezembro e sai com a data de Janeiro. Chupa essa, lógica.

Fonte: Comic Natalie

O que eu acho? Diferente de autores com problemas com videogame, que farão longa pausa durante 2014, o problema da Yazawa parece ser sério, apesar de estar chegando finalmente a um fim. Pelo menos é o que parece. Depois de muitos boatos sobre a morte da autora ou de doenças incuráveis, uma entrevista de 2012 dizia que ela está se curando aos poucos e finalmente pode sair do quarto. Em pouco tempo, ela voltou a desenhar e agora traz dois posteres. Mas a posição da editora e da autora ainda é de cautela.

Muitos apontam que o problema da autora é o ritmo excessivo que o trabalho dela tinha. Conhecida por não usar assistentes, a única ajuda que tinha era do namorado, que mora junto e auxilia nas coisas de casa. No mais, ela sempre dizia que era só suas mãos e um Mac.

A pausa de Nana foi uma grande perda pro mangá. Durante uma época, NANA figurou no topo da lista de mangás mais vendidos, ao lado de Vagabond e One Piece com uma trinca muito saudável, com um representante de cada uma das categorias mais populares do mangá. E fazendo por merecer. Mas se tem algo que o mercado de mangás precisa resolver é esse problema que tem com o excesso de trabalho e stress que envolve a produção.

Acho que o ideal, no caso de NANA, seria virar série esporádica, tipo Evangelion ou Hunter x Hunter, dando tempo pra autora fazer um bloco de capítulos, soltar e voltar para produzir mais, em um ritmo mais suave. Assim, acho que com mais alguns volumes ela fecha a história. Daí é repensar a carreira.

Eu lia NANA, apesar de não ler quase nenhum shojo. Acho que o trabalho de criação de personagens e a relação entre eles é impressionante e nos vários personagens inspirados, parodiados ou feitos em homenagem, não vemos o mesmo brilho (como naquela personagem cuspida e escarrada que tem em Golden Time), o que prova o mérito de Yazawa em contar sua história. E