Kill la Kill – Primeiras Impressões – O underdog com uma vingança

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Yo!

Melhor da temporada, sim! Kill la Kill no XIL. Bora ver!

Lembram quando assistiram Gurren Lagann pela primeira vez? Eu senti praticamente a mesma coisa quando vi os primeiros minutos de Kill la Kill.

Recheado de referências não tão claras mas obviamente pescadas de algum lugar, o novo anime da equipe do anime de Kamina continua com um sistema bem claro de trabalho. Pegar um gênero, um clichê, um estilo, qualquer coisa que esteja carregada de regras e tradições dentro do mercado de animes e explodir tudo à base de adrenalina e criatividade. Eles decidem uma ou duas palavras chaves e vão extrapolando essas palavras em seus sentidos subjetivos. Se antes era o “Gattai” (unir, fusão) das séries de robô da década de setenta/oitenta e as espirais, agora é “Kiru” (vestir, cortar, forma japonesa para Kill) e a linha vermelha. Não sei até onde isso é uma coisa da cultura japonesa, mas a linha vermelha é relacionada à linha que une as pessoas, a linha do destino.

Ainda comparando com o maior sucesso deles, se antes tínhamos uma série de robô clássica reinventada, agora temos uma série de colégio reinventada. Todos os conceitos desse tipo de anime são listados e repensados. Desde o fato de uniformes escolares serem baseados em uniformes militares até o sistema de hierarquia interna, o descaso dos adultos, o esporte e a muralha entre os normais e a elite.

Claro que em um caso desses, a melhor protagonista seria uma pessoa completamente fora do sistema e disposta a mudar ele à força. Por isso, Ryuko Matoi encaixa perfeitamente, como a aluna transferida que chega na escola com uma vingança na bagagem e muito mais vontade do que habilidade. Seu papel é o da underdog que vai lutar contra a maré e subir os degraus na base do mérito pessoal de cada porrada sua no pilar que sustenta as regras da hierarquia social.

Isso tudo já me pareceu bastante divertido pra um começo, mas eu espero que os capítulos seguintes tragam reviravoltas à altura. Da mesma forma que a gente não poderia imaginar a magnitude que Gurren Lagann iria tomar, uma história de um garoto que vivia debaixo da terra que acaba travando uma batalha que usa galáxias como arma, acho que Kill la Kill tem todo o potencial para ir além do que esses dois primeiros episódios nos deram.

A animação segue uma linha muito mais tradicional, pouca invenção, CG sob medida, movimentos grandes e bastante exagero. O trabalho com letras interagindo com cenário ficou muito legal. A direção em si está de parabéns. Não esperava nada diferente, sei que tem coisa melhor no mercado, mas a Trigger trabalha desse jeito desde que era um grupo dentro da Gainax. Mudar pra quê?

Claro, tem que deixar bem claro uma coisa: Nenhum hype é justificável, mas se estamos ainda no terreno onde as especulações são tudo o que se pode ter, esperar muito de Kill la Kill é o óbvio, o potencial da obra é muito maior que qualquer outra da temporada, está com um bom diretor, um bom roteirista, em uma equipe que já se provou bem afinada entre eles, com uma trama bacana e com ganchos que dão margem para muitas possibilidades. Se isso acabar mal, seria uma tragédia!

Resultado:

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Se repararem bem, ela tem a sombra das bolas bem nos olhos…

Não vou assistir.

Brincadeira, vou, é claro! Se tem algum anime melhor, é questão de gosto. Em análise fria, acho difícil algum bater Kill la Kill. Todos os outros podem ser boas animações, boas histórias, boas artes. Kill la Kill briga pra ser a animação do ano! Não vejo ela brigando com os outros animes de Outuno, mas sim com Shingeki no Kyojin, em um nível diferente. E o bom disso acontecer é que são dois animes bem distintos até mesmo na filosofia de produção.

Claro que gosto é gosto e cada um nasce com o seu e lamenta o do outro. Mas se negar a ver o potencial de Kill la Kill por besteirinha hipster é burrice. Mesmo se eu não gostasse, seria difícil rebater o argumento de que Kill la Kill ainda é um raro anime afiado em um mar de facas cegas.

Guia XIL dos Animes da Temporada de Outono 2013

6 ideias sobre “Kill la Kill – Primeiras Impressões – O underdog com uma vingança”

  1. É questão de gosto mesmo…

    Não gostei da animação não por causa da arte, mas sim pois muita vezes os personagens se moverem de forma estranha(principalmente quando algum personagens vai fugir) e quando algumas partes do cenário ficam muito mais evidentes que outras, como os desenhos animados que vemos por aqui.

    Justamente pelo hype ser por causa de Gurren Lagann que eu esperava algo mais nesse estilo, algo mais sério, mas até agora só vi uma comédia ruim.

    Mas agora é esperar os próximos episódios e torcer para que não continue nisso, torcer para que melhore.

    PS: Tranquilo.

  2. Tenho a impressão de que os integrantes do genkidama tem se forçado a acreditar que Kill la Kill é o melhor animê da temporada. É possível notar esse gosto forçado quando se lê que a animação está boa quando na verdade ela é bem pobre em algumas cenas (há trechos que parecem GIF’s, onde só parte de um objeto fica se movendo repetidamente), embora necessariamente destacada nos momentos de ação.

    Eu gostei muito de Gurren Lagann – embora faça parte daqueles que se decepcionaram com a segunda metade do animê – e fui acompanhar Kill la Kill esperando algo no mínimo à altura de seu predecessor, afinal, as comparações seriam inevitáveis, dado o fato de que o sucessor vinha publicamente se valendo do sucesso passado para atrair o público. As primeiras impressões, entretanto, foram decepcionantes.

    Enquanto TTLG brincava com o gênero mecha, mas se aprofundava no enredo da guerra entre os habitantes do subterrâneo e as criaturas da superfície, KLK ainda não me mostrou onde tenciona chegar, infelizmente transparecendo ser nada mais que um battle shonen genérico com uma arte bonita e peculiar: é a história da protagonista órfã que detém um poder/artefato misterioso e tem que vencer todos os sub-chefes até alcançar o grande vilão soberbo, ladeada por sua amiga, a clássica “guria retardada”, o personagem misterioso que tem participação decisiva na história.

    A construção do roteiro beira o óbvio e logo no segundo episódio praticamente joga na sua cara que a antagonista deve possuir uma kamui como a da personagem principal, e que provavelmente satisfará o desejo de muitos de ver suas curvas cobertas por trajes sumários.

    Não me interpretem mal, o universo criado para KLK é convidativo, instigante e te faz desejar saber mais sobre a guerra, a conjuntura social, o argumento sobre o qual a narrativa irá se moldar, mas o fanservice abusivo torna por ofuscar esses aspectos interessantes da obra, e quando me refiro a fanservice não digo sobre as “tarantinescas” letras garrafais, mas ao exagero de ecchi (o que foi aquela cena da Ryuko Matoi se estatelando de cabeça pra baixo e pernas abertas na quadra de tênis?), às referências escancaradas de Gurren Lagann (o professor misterioso tem clara inspiração gráfica no Kamina, a líder do clube de tênis guarda similaridades de fisionomia absurdas com o Viral), o que me faz pensar que, ou estamos diante de um novo Kurumada que apenas repete as características de seus personagens, ou o estúdio quer pegar o público pela nostalgia, independente do fato de a história ser boa ou não.

    As piadas também não parecem funcionar como deveriam, enquanto em TTGL a absurda conduta do Kamina de atochar um robô em outro tira gargalhadas por ser o que se espera do personagem impulsivo (e principalmente pelo fato de o plano absurdo funcionar), noutro giro, a postura da amiga retardada Mako Mankanshoku remete imediatamente à detestável Inoue Orihime de Bleach, o strip-tease do professor misterioso Aikuro Mikisugi beira ao ridículo, uma vez que totalmente despropositado, chegando ao ponto de causar desconforto, sendo que a única gargalhada dada foi quando apresentaram o plano de empanar a amiga da protagonista para fritá-la.

    Quero muito que KLK me surpreenda e me prove equivocado, não desejo acompanhar simplesmente um animê “massa véio” que tente me ganhar pela gritaria, exageros desnecessários, exploração do corpo da protagonista em toda a sua anatomia, enfim, todo aquele fanservice que finda por poluir a obra e prejudicar seu conteúdo. É como se a cada episódio KLK gritasse “ME AME! ME AME!”, esperando a resposta “SIM, NÓS TE AMAMOS INDEPENDENTEMENTE DE SUA VERDADEIRA QUALIDADE, PORQUE VOCÊ TINHA QUE SER BOM!”. Ainda aguardo estar profundamente errado e ver essa obra com ótima premissa alcançar algo além do que me foi mostrado, mas ainda é muito cedo sequer para dizer que KLK é bom, quanto mais alegar que é o melhor da temporada.

  3. Se ele seguir o padrão de qualidade apresentado até agora, e se desenvolver tão bem quanto TTGL, vai ser o anime do ano (mesmo que não em sucesso,mas em qualidade).

  4. Eu acho mto exagero dizer que é “o melhor da temporada”, pois achei tudo mto exagerado e forçado demais. Essa necessidade de um anime fodástico da temporada está tirando o foco dos outros animes bacanas de cada temporada.

    1. Eu iria dizer melhor, mas acho Nagi me ganhou. A temporada veio com 40 animes mais ou menos, eu vi metade, nenhum me pegou tanto como KLK ou Nagi (Nagi mesmo, nao e Magi T-T). Ninguem esta tirando foco de outros animes, mas quando Shingeki veio ninguem reclamou de ele ser o topo de atençao, nao e? (Talvez eu e voce tenhamos reclamado) Ninguem esta duvidando do potencial dos outros, tem animes incriveis nessa temporada, quem pode negar? O problema e que KLK veio de hype, hype gera haters demais, se ninguem defender a serie que foi uma estreia espetacular (Exageros sao o maior chamativo, na minha opiniao), ao menos para mim, foi, as pessoas vao destruir o anime.

      Nao ha o que fazer, toda temporada tem uma estreia que se descata, grandes animes marcam epocas, se a pessoa desistir de outras obras por causa disso, meu pai -.-.

      Eu acho que a temproada veio recheiada, tem animes fantasticos. Mas que KLK e um deles, nao ha duvidas, mas ele e o que esta mais sendo atacado negativamente e muitas vezes com com criticas bem falhas. A gelra que estava esperando, se agradou com o que veio, a equipe trouxe a loucura que os f’ans esperavam. A galera que nao era fan e entrou pelo hype, nao vai gostar mesmo, e assim que funciona. Vejo gente atacar a arte linda dele, porque acha que so e boa artes bem elaboradas.

      Essa coisa de anime fodastico tirar foco, sempre existiu e sempre existira. Infelizmente. Enquanto existirem pessoas falando `isso e um lixo` existira outras dizendo `isso e genial`. Enquanto o mundo nao aprender a ser imparcial, vamos sofrer com isso eternamente T-T
      …..
      E desculpe a falta de acentos, problemas no pc T-T

  5. Não acho que é o melhor da temporada, ao meu ver muitos dizem isso por causa das semelhanças com Tengen Toppa Gurren Lagann, que foi MUITO foda.

    Na minha opinião, a animação é ruim(a de Gurren Lagann é MUITO melhor), a comédia é péssima e os acontecimentos são toscos(até agora só tá nessas “competições” toscas entre a Ryuko e os subordinados da Satsuki/lideres dos clubes, está faltando momentos sérios, como teve no final do episódio 2#, entre a Ryuko e a Satsuki).

    Esse fanservice que tá tendo é ridículo, exagerado, seria muito melhor se ela lutasse com um uniforme normal, e não aquela roupa que pervertidos adoram.

    Ao meu ver, o anime está muito infantil.

    Se continuar assim, não vai, de jeito nenhum, disputar a melhor animação do ano com Shingeki no Kyojin(não vou nem dizer que Shingeki é melhor que Kill la Kill porque SNK já acabou, mas os 2 primeiros episódios de SNK foram MUITO, mas MUITO melhores que o de Kill la Kill) !

    Strike the Blood tá MUITO melhor que Kill la Kill e até agora, das novidades, é o melhor da temporada.

    Mas enfim, vou continuar assistindo com a esperança de que vai melhorar e fazer jus ao hype que recebeu.

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