Hideo Azuma compila suas garotas

HideoAzumaRapsodia

Yo!

O que seria o moe sem esse cara? Bora ver!

Kyoshikyoku – Azuma Hideo Bishojo Collection 1969 – 2013 é um livro de ilustração que vai compilar ilustrações de garotas dos mangás de Hideo Azuma, o maior nome do lolicon. O autor, hoje venerado como uma lenda viva, já foi perseguido, passou por momentos duros na vida, alcoolismo, tentativas de suicídio… Ele está no outro lado da ribalta do mangá.

Inspirado pela geração de Shotaro Ishinomori, Azuma seguiu pelos grupos de fãs de mangá da década de sessenta, em Hokkaido. Foi assistente em mangás da Shonen Sunday, que era a top da época, mas estreou na Manga Oh, da Akita Shoten, que viria a publicar a Shonen Champion. Na época, mangás com um tom levemente erótico faziam sucesso e foi imposto isso a ele, que tentava fazer mangás de comédia e ficção científica. Depois, fez mangás para adultos e até shojo, se firmando em 1975 como autor de ficção científica, ganhando vários prêmios e reconhecimento, mas ao mesmo tempo, se distanciando do mainstream. Ele se tornou um grande amigo de Katsuhiro Otomo e Jun Ishikawa, com quem divide o título de maior nome do mangá “New Age” de ficção científica.

Nesse meio tempo, ele levou uma segunda vida, publicando dojinshi (fanzines, revistas amadoras) com seus assistentes, criando a primeira revista lolicon, Cibélle.

Mas no final da década de oitenta, o alcoolismo e a depressão o levaram a tentar o suicídio duas vezes e ele viveu como mendigo por alguns meses. Quando voltou, não foi reconhecido e um editor o confundiu com um novato inspirado no trabalho de Azuma, que era comum na época, e o destratou. Recebeu a atenção de um novato na revista em que um dia foi o principal autor.

Ele deu a volta por cima e contou sua história de alcoolismo e depressão em uma trilogia, Yoru wo Aruku (sua primeira tentativa de suicídio), Machi wo Aruku (a segunda) e AruChuu Byoto (sobre o alcoolismo, fazendo piada de sua tragédia. Isso foi compilado no livro Shisso Nikki, O Diário do Sumiço, em 2005. Ganhou os três maiores prêmios da indústria por eles, o da Associação dos Mangakás, o Tezuka Shou e o Bunkacho Media Geijutsusai, todos como melhor mangá.

Seu trabalho, aliando um senso para a ficção científica com um humor afiado e garotas inocentes e sensuais, inspiraram muitas pessoas, de Hideaki Anno (Evangelion) ao pianista Ryuichi Sakamoto.

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Kyoshikyoku (rapsódia) – Azuma Hideo Bishojo Collection 1969 – 2013 é da editora Kawade Shobo Shinsha. Sai por 3570 ienes, dia 29 de Outubro.

Fonte: Comic Natalie

O que eu acho? A história de Hideo Azuma é digna de um filme! O cara passou por coisa pra caramba na vida e perdeu um bom tempo da vida nessa tal de depressão. Só basta pensar que o cara criou os mangás que obrigaram as editoras a repensarem a censura à pedofilia, isso em revistas de grande circulação! E ao mesmo tempo, foi um dos mais prolíficos e respeitados criadores de ficção científica, tanto que é venerado por essa outra veia também, apesar de ser sempre relacionado ao lolicon. A imagem das garotinhas inocentes sensualizadas remeter ao mangá é culpa dele! Mas ele fez isso em histórias brilhantes e bem contadas, praticamente um Stanley Kubrick pro mangá, com sua falta de vergonha em ser polêmico e talentoso.

Mas amigo, Rapsódia não, né? Tá me tirando!?

Raps

5 ideias sobre “Hideo Azuma compila suas garotas”

  1. Então, como Lolicon, a pessoa que mais devo respeito é ao Hideo Azuma Sensei? Correto?

    Obrigado, Hideo Azuma, obrigado.

    #SouLoliconMasNãoPervertido

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