Yo!

A censura tem pegado pesado…

Já faz um bom tempo que os mangás e animes criaram braços pelo mundo todo, fazendo parte da cultura pop por todo lugar, não apenas do seu país de origem. Recentemente, foram os light novels que conquistaram espaço, sendo hoje responsáveis por grande parte do material que é adaptado para animes.

E a China exerce seu ódio ao Japão mais uma vez…

O governo chinês vai proibir literatura juvenil que trate de romance e fantasia, por causa da influência negativa nos jovens. Diz ainda que sugere às editoras que publicam material para jovens que busquem obras que “engrandecem” os jovens de ginásio e colegial. Apontado entre os problemas “relações amorosas juvenis ou homossexuais”, “carros esportivos e mulheres”, “super poderes e poderes paranormais, que sugerem poderes psíquicos”, a nova lei causou polêmica entre editoras, autores e público, já que isso afeta muito da produção atual.

As televisões chinesas também, anteriormente tinham diversas produções juvenis e de romance, mas como a produção de lá é controlada pela censura do governo, muito material era vetado, não importando o dinheiro gasto. Portanto, criou a tendência de produtoras que só fazem material que passaria facilmente, como as novelas “Kangri” (anti-Japão), que estão muito comuns por lá.

Ainda não se sabe como essa lei vai agir na prática e Na internet, já encontraram uma solução. Fazer fantasias e romances anti-japoneses.

Fonte: Net IB News

O que eu acho? Não sei até onde a notícia é tendenciosa, ela deixa a entender que é uma forma de proibir o material japonês, mas comenta que os chineses se preocupam mais com a produção local… Tem o negócio do Kangri, não sei… Olha, eu até entendo que o Japão não é flor que se cheire em sua política externa, ainda mais se levarmos em conta os anos de expansionismo, quando o Japão dominou Coréia, China e todo lugar que tivesse olho puxado. Mas é como proibir a venda de Mercedes por causa dos Nazistas. Quer dizer, eu ia chorar muito sem poder comprar minha Mercedes todo ano, né? Mas o ponto é que vai virando uma birra política que não dá pra entender.

Isso sem contar nos motivos. Relações amorosas juvenis, isso proibiria Malhação de existir! Crepúsculo! Glee! (onde eu assino?) Mas o engraçado é separar o homossexual. Se até um romancinho besta de adolescente é proibido, imagina um negócio que até entra na pauta de prioridades da posse papal? E tirar romance e fantasia de literatura juvenil é tipo falar que você não vai poder mais usar roupas pretas ou brancas. São temas básicos! O que vai sobrar? Aventuras pé no chão para garotos e… sei lá… Drama familiar para meninas?

Já li muita notícia de redes de TV chinesa, editoras, etc… Que, independente de leis, tiraram de sua grade todo material estrangeiro, principalmente japonês, por estar criando uma comunidade que se afasta da cultura chinesa. Algo como aquela matéria sobre Doraemon em Bangladesh, o medo de ser engolido pela cultura de fora. Acho uma coisa triste. O Japão deve muito à cultura chinesa, como hábitos alimentares, tradições… Os japoneses mudaram até mesmo o xintoísmo, abraçando ideias do budismo, crescendo como cultura, ampliando os limites e voltando hoje, em algo que pode engrandecer a cultura chinesa também, e não destruí-la. Lembro que quando comentei de cultura com amigos chineses que trabalharam comigo no Japão, falei dos kanjis, ideogramas chineses, como influência que a China teve no Japão e eles ficaram indignados. O Japão ROUBOU o alfabeto chinês, assim como toda a cultura chinesa, diziam. Estranho é ver que esse pensamento é coletivo e não isolado.

A China é uma potência. Mas é feio ver quem está no topo tão incomodado e paranoico. Relaxa essa cinta, amigo!