A mais bela homenagem às vítimas do Tsunami

ZappuniProject

Yo!

Quando aconteceu a tragédia na costa leste do Japão, o mundo todo ficou chocado. E apesar de se reerguer, algumas feridas continuam.

O diretor Yutaka Yamamoto, de Lucky Star, Kannagi e Fractale, junto de sua equipe, criou uma pequena animação sobre uma história real. E simplesmente fez mágica. Assista antes.

Limpe os olhos para continuar a ler.

A história é real, mas não sei até onde. No site oficial só fala que o que eles queriam contar é que ainda há uma esperança.

Um senhor decide replantar uma área devastada pelo Tsunami e é visitado por anjos.

O Zapuni Project é uma organização para caridade, formada por músicos e artistas do mundo todo. Sua intenção é devolver o brilho aos olhos das crianças da região devastada. Você pode ajudar, comprando coisas no site, doando ou simplesmente divulgando.

É difícil mensurar o que é passar por uma coisa dessas, uma tragédia natural que não podemos culpar ninguém. Na época em que aconteceu, eu tinha uma preocupação: minha última namorada no Japão na época é natural de Fukushima, um dos locais mais afetados e mesmo que ela não estivesse mais morando lá, ela tem família e amigos. Durante as primeiras horas, o Japão estava incomunicável e só restava olhar as notícias e esperar. Com o primeiro contato, eu finalmente consegui um alívio, mas ela não. Os pais ficaram praticamente um dia incomunicáveis e ela estava lá, sozinha. Foi um dia no Skype, sem poder falar muita coisa, mantendo uma presença virtual.

Ainda bem que tudo estava bem com eles. E praticamente toda a família e amigos deles também. Perderam muita coisa, a indústria do pai, casa, fotos antigas, um velho caderno que eu tinha ficado de ver algum dia… Mas estavam positivos, levando a vida pra frente. Foi uma forma muito cruel de convencer os pais de Yuki a se aposentarem e irem morar mais perto dela.

No meio de tanta tragédia, todo mundo pensa em fazer algo para ajudar. E pode muitas vezes parecer algo piegas, mas tem pequenas coisas que fazem a diferença, como a história da Shonen Jump que foi passada para uma cidade inteira. Um homem de passagem trazia a edição daquela semana da Shonen Jump e largou em uma livraria. Sem suas casas, seus pertences e nada para se distrair, as crianças foram na livraria, para pelo menos tentar ler seu mangá favorito. Muitas choravam quando souberam que não ia chegar devido aos danos nas estradas e prioridade ao material de sobrevivência. Quando aquela única revista chegou, o dono da livraria decidiu: colocou ela em uma mesa e fixou um cartaz “Temos a última edição da Shonen Jump. Leia de graça”. Uma fila se formou, com crianças vindas do outro lado da cidade, só pra ler. E só de poder ler a continuação de suas histórias favoritas, as crianças preenchiam um pouco do espaço causado pela perda. A edição ficou marcada por vários dedos, mas terminou inteira. As crianças cuidaram dela como se fosse mesmo a última e todos deveriam poder lê-la.

Também existem interesseiros, gente que pensa em fazer reputação ou dinheiro em cima disso. Cheguei a receber a proposta para participar de uma revista imbecil disfarçada de homenagem, completamente planejada para ganhar holofotes com a tragédia. A ideia mais idiota de um cara que vive fora da realidade. Também teve pessoas apontando o dedo. País ateísta, sofreu a pena por não se humilhar à Deus. Minha resposta foi fazer um post sobre o assunto. E doar a quem realmente faria alguma diferença. A Cruz Vermelha.

Essa animação vai um passo além. Fala de se reerguer. E nas pequenas sutilezas, toca muito mais do que tudo que eu vi do assunto.

 

Continue ajudando, entre no site do Zapuni Project, divulgue a iniciativa!

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