Os 70 filmes de 2015 do Kitsune

Mais uma lista de filmes do ano! Gosto dessa tradição. Ver a lista se desenvolver me faz querer ver mais, mais diversificadamente, pra cada vez mais aumentar meu repertório. E bati minha meta mais uma vez! Ainda acho que 70 filmes não chega a ser um número impressionante (é bem baixo, até), mas com o tempo melhora.
Acesse minhas listas anteriores, de 2013 aqui, e de 2014 aqui, e leia a desse ano! Espero que vocês consigam tirar boas recomendações daí.

  1. Samurai X: O Inferno de Kyoto – Rurouni Kenshin: Kyoto Taika-hen (Keishi Otomo, Japão, 2014)
    Ótima adaptação, principalmente por alterar o que não funcionaria em um filme. Infelizmente, o que foi mantido fielmente, não ficou bom. Ótimas lutas, caracterização e reprodução de época. (E eu devia ver logo o terceiro…)
  2. Loucuras de VerãoAmerican Graffiti (George Lucas, EUA, 1973)
    Basicamente, um amontoado de histórias que é (pelo que li por aí, pelo menos) uma fiel representação de sua época, mas, pra mim, funciona muito mal como uma história só e coesa.
  3. Xeque-Mate – Lucky Number Slevin (Paul McGuigan, EUA, 2006)
    Tenho um fraco para esses filmes de “grande plano”. Esse é um deles, por excelência. Um filme “cool”, ótimo passatempo, com um twist meio óbvio mas interessante do mesmo jeito.
  4. O Gigante de Ferro – The Iron Giant (Brad Bird, EUA, 1999)
    Estruturalmente, o básico. Mas é aquele ótimo exemplo de como tirar o máximo (o máximo!!) do básico. Uma história tocante com linda animação 2D, que ainda toca em assuntos relevantes da época em que se passa, como a Guerra Fria e a corrida armamentista.
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  5. Mike Birbiglia: My Girlfriend’s Boyfriend (Seth Barrish, EUA, 2013)
    Um dos mais inteligentes, mais engraçados, mais bem escritos, mais bem estruturados e mais TRISTES e TOCANTES shows de stand-up que já vi. Usa uma estrutura cíclica pra contar uma história melancólica e bonita, fazendo rir. Não sei como ele fez. Mas é simplesmente perfeito. Recomendadíssimo.
  6. O Conto da Princesa Kaguya – Kaguya-hime no Monogatari (Isao Takahata, Japão, 2013)
    Conta com animação lindíssima e criativa, que emula antigas pinturas japonesas, para contar um antigo conto popular do Japão. Mas no fim, é a velha história da “princesa que não quer ser princesa”. Bonito, mas nada de mais.
  7. Whiplash: Em busca da Perfeição – Whiplash (Damien Chazelle, EUA, 2014)
    Catarse. Essa é a palavra. Atuações intensas, que contam a história de péssimas porém brilhantes e talentosíssimas pessoas, se destruindo uns aos outros, e a si mesmos. No final, você vai estar saindo da sua cadeira em direção à tela. Catarse. Simplesmente perfeito.
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  8. O Abutre – Nightcrawler (Dan Gilroy, EUA, 2014)
    Um cartão de visitas de Jake Gillenhall, mostrando tudo que pode fazer, em mais uma atuação intensa (a exemplo de Whiplash), num filme que trata da necessidade da exposição da violência por parte do jornalismo moderno, um tema que ressoa inclusive aqui no Brasil. Só é estragado pela facilidade com que o personagem principal consegue tudo.
  9. Louis CK Comedy Store (Louis C.K., EUA, 2015)
    Mesmo engraçado, é o pior stand-up que já vi de Louis CK. De acordo com ele, é uma volta às origens, aos shows de bar. Uma coleção de piadas sobre cotidiano sem nenhuma observação genial. Abaixo da média do CK. Acima da média geral dos stand-ups por aí.
  10. Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) – Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance) (Alejandro González Iñarritu, EUA, 2014)
    Projeto ambicioso, vibrante, basicamente uma homenagem, sátira e crítica ao cinema, tratando da diferença entre o “blockbuster” e o “filme de arte”. A constante trilha sonora toda feita de solos de bateria (o Oscar tava cheio dos solos de bateria, esse ano!) aumenta a intensidade da experiência – que é a palavra para definir esse filme: Uma experiência.
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  11. Mea Maxima Culpa: Silêncio na Casa de Deus – Mea Maxima Culpa: Silence in the House of God (Alex Gibney, EUA, 2012)
    O que dizer de padres que abusavam de crianças surdas em um orfanato? Que se aproveitavam que elas não conseguiam se comunicar com os pais e, assim, não podiam denunciá-los? E quanto à Igreja Católica e todo o esquema de acobertação desses atos? Bom, é sobre isso o documentário. Importante.
  12. Foxcatcher – Uma História que Chocou o MundoFoxcatcher (Bennett Miller, EUA, 2014)
    No fim, uma história sobre como é nocivo o culto à masculinidade e à “macheza”. Um homem doente e confuso (atuação brilhante de Steven Carell… esse cara é bom demais), projetando seus desejos sexuais e suas frustrações em outros homens fortes e atléticos. Ótimo, apesar de ser, digamos, “parado”.
  13. Máquina Mortífera 3 – Lethal Weapon 3 (Richard Donner, EUA, 1992)
    Dos filmes que assisti quando estava de cama com dengue (hehe). Eu adoro a série Máquina Mortífera (incluindo o filme com o Jet Li!). Nesse, além do carisma e da química entre Danny Glover e Mel Gibson, ainda toca em assuntos importantes, como a violência na periferia e como isso leva os jovens sem condições.
  14. Burlesque (Steven Antin, EUA, 2010)
    Sim, estava de cama com dengue. Um filme que me ensinou que tem, sim, coisa pior que dengue. Absolutamente previsível e dispensável. Vale a pena porque a Christina Aguilera é simplesmente incrivelmente linda sempre e de qualquer jeito, em qualquer lugar. (desculpa)
  15. Protegendo o Inimigo – Safe House (Daniel Espinosa, EUA, 2012)
    Último filme do meu dia de dengue! E uma boa surpresa! Um filme não-bosta com Ryan Reynolds! Aquele filme policial básico, mas com um plot criativo, e que ainda conta com o Denzel Washington pra fazer um filme médio virar um “filme médio, porém com Denzel Washington”. Recomendo pra ver com seu pai.
  16. Uma Aventura LEGOThe Lego Movie (Phil Lord, Christopher Miller, EUA, 2014)
    Alguém me explica como um filme que é basicamente uma propaganda de brinquedo pode ser simplesmente genial? Um filme que ensina como ser criança, como quebrar as regras é importante, como SEGUIR as regras também é, e… bom… ensina como brincar de LEGO! É… eu nem sei dizer, mas é sensacional.
  17. Jodorowsky’s Dune (Frank Pavich, EUA/França, 2013)
    “Duna”, a adaptação perdida do livro de Frank Herbert pelas mãos de Alejandro Jodorowsky, é provavelmente o melhor, mais revolucionário e mais influente filme que NUNCA existiu. Esse documentário sobre o que seria o filme é uma viagem no tempo, que nos faz ter saudade e admiração por um filme que nunca vimos.
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  18. Vingadores: Era de UltronAvengers: Age of Ultron (Joss Whedon, EUA, 2015)
    Eficiente como todo filme da Marvel. Mas só. Tenta ser uma sequência de eventos prévios e uma preparação para eventos vindouros, e esquece de ser uma história por si só. Tem seus momentos, mas é quase dispensável.
  19. Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 – The Hunger Games: Mockingjay Part 1(Francis Lawrence, EUA, 2014)
    Tem coisas importantíssimas sendo ditas nesse filme, sobre o uso de propaganda política de guerra e manipulação de massas… mas por algum motivo que eu ainda não entendi comigo mesmo, eu acabo achando que o filme se sabota justamente nesses pontos. Jogos Vorazes segue sendo a melhor franquia cinematográfica que eu não estou nem aí.
  20. De Volta ao Jogo – John Wick (Chad Stahelski, EUA, 2014)
    Uns caras matam o cachorro do Keanu Reeves. Ele fica puto. Seguem duas horas de Keanu Reeves batendo em pessoas. Eu preciso mesmo falar mais que isso?
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  21. Coherence (James Ward Byrkit, EUA, 2013)
    No meio deste filme você vai entender que a história que você estava assistindo já estava mudando na frente dos seus olhos sem nem você perceber. Junto de Primer (sobre o qual escrevi ano passado), uma ótima ficção científica sobre viagem no tempo feita pra você quebrar a cabeça e tentar entender “quando isso começou a acontecer?”
  22. Tudo Por um Furo – Anchorman 2: The Legend Continues (Adam McKay, EUA, 2013) 3/5
    Não é tão bom quanto o primeiro, mas tem momentos simplesmente insanos (destaque para a amamentação de tubarão). Will Ferrell segue fazendo suas comédias absurdas, esticando piadas até o nível do inconcebível. Sou fã. Mas esse é médio.
  23. 50/50 (Jonathan Levine, EUA, 2011) 4/5
    Filme feito pra chorar, com Joseph Gordon-Levitt lidando com o câncer. Uma história sobre como o câncer (ou qualquer doença terminal) muda as pessoas à sua volta. O final é previsível, e por isso, fácil, mas funciona.
  24. Kotonoha no Niwa (Makoto Shinkai, Japão, 2013)
    Tanto na história que conta (e na crueldade de sua conclusão) quanto nas imagens que nos mostra. A água, as folhas, a luz, a beleza da natureza em contraste com a cidade, os movimentos leves… Recomendadíssimo.
  25. Mad Max: Estrada da Fúria – Mad Max: Fury Road (George Miller, EUA/Austrália, 2015)
    Filme do ano? FILME DO ANO!! Assim como Uma Aventura Lego, mais um filme que prova que o blockbuster não precisa ser idiota. Uma gigantesca perseguição de carro sobre patriarcado, poder, nocividade do exagero da masculinidade, personagens femininas praticamente revolucionárias, e minha waifu Tom Hardy.
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  26. Mad Max (George Miller, Austrália, 1979)
    O primeiro Mad Max é um filme médio, que (ao contrário do que se diz) não é exatamente uma história sobre um mundo pós-apocalíptico. É basicamente uma história de vingança. É estranho dizer isso, mas considero quase dispensável.
  27. Mad Max 2: A Caçada Continua – Mad Max 2: Road Warrior (George Miller, Austrália, 1981)
    Esse, sim, é a essência de Mad Max! Max (Mel Gibson) é só nossos olhos. O filme mesmo é sobre essa comunidade se rebelando contra o controle opressivo de um governo/milícia/gangue que os domina (ou seja, exatamente a base de Estrada da Fúria). Esse é legal!
  28. Verdade e Mentiras – F for Fake (Orson Welles, Alemanha/França/Irã, 1973)
    Genial! Documentário com estrutura de histórias paralelas, contando diversas histórias provavelmente reais (ou não!) sobre pessoas que mentem. O centro: Um dos maiores replicadores (falsários?) de arte da história. O que ele faz é arte? É dele? Quanto isso vale? Recomendadíssimo.
  29. Kung Fury (Daid Sandberg, Suécia, 2015)
    Curta-metragem diretamente para YouTube que virou hit no começo do ano. Uma homenagem e brincadeira com os exageros e a estética dos anos 1980. Divertidíssimo em sua loucura (e nos trocadilhos!). Recomendo ver o filme aqui, e ouvir a trilha sonora aqui.
  30. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge – The Dark Knight Rises (Christopher Nolan, EUA, 2012)
    Continuo defendendo o filme. Além de eu realmente acreditar que o Nolan queria estudar uma situação que justificasse a existência desse justiceiro fora da lei que é o Batman, ele tem seus momentos marcantes, e o Bane da minha waifu Tom Hardy é (de maneira bem distinta) tão bom quanto o Coringa de Heath Ledger. Gosto muito. Talvez pudesse ser mais curto.
  31. 5cm per second (Makoto Shinkai, Japão, 2007)
    O negócio do Makoto Shinkai parece ser criar histórias tristes e finais infelizes, e colocar isso em lindos cenários realistas, né? Acho Kotonoha no Niwa melhor, mas a estrutura em “capítulos” não deixa de ser interessante.
  32. Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida – Indiana Jones and the Raiders of the Lost Arc (Steven Spielberg, EUA, 1981)
    Nunca tinha visto o filme inteiro de verdade, mas já tinha visto tudo em pedaços na Sessão da Tarde. Agora, vi do jeito certo: no cinema! E continua ótimo; uma aventura empolgante onde ninguém está exatamente certo (o Indiana está roubando artefatos históricos, afinal!), com direção inteligente e empolgante do Spielberg e o carisma de Harrison Ford.
  33. 007 Na Mira dos Assassinos – 007 A View To a Kill (John Glen, EUA/Reino Unido, 1985)
    Pra ter uma ideia de como os filmes do Roger Moore como 007 são genéricos: Eu tinha anotado como “Four Your Eyes Only” e tive que ver o trailer algumas vezes pra entender que NÃO ERA esse. Enfim, Roger Moore tem carisma e energia, e compensa o plot mais-do-mesmo. Até vale a pena.
  34. Alemão (José Eduardo Belmonte, Brasil, 2014)
    Acabei assistindo por acaso e me surpreendi! Um filme tenso, que se passa na invasão do Morro do Alemão em 2010, e conta a história de policiais infiltrados que perdem comunicação com a polícia durante a invasão e são cercados por traficantes. Tão bem dirigido que até o Kauã Reymond de chefe do morro convence.
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  35. Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza – Dradon Ball Z: Fukkatsu no F (Tadayoshi Yamamuro, Japão, 2015)
    Mais um filme da “zuera” para Dragon Ball Z! Acho que a Toei sacou que não precisa criar grandes épicos. Dragon Ball é bom humor com lutas. Aqui, funciona mais uma vez, além de expandir um pouco mais esse novo “universo” que está se formando.
  36. Exterminador do Futuro Gênesis – Terminator Genisys (Alan Taylor, EUA, 2015)
    Enquanto Mad Max prova que remakes podem ser relevantes e parecer novidade, “Gênesis” prova que o mundo não te dá só notícias boas. Um plot tão desnecessariamente complicado que acaba quase se anulando, péssimos atores e, enfim, um filme que não precisava existir.
  37. Homem-Formiga – Ant-Man (Peyton Reed, EUA, 2015)
    Marvel sendo Marvel. Dá aquele gostinho de que se fosse feito pelo diretor original (Edgar Wright) seria MUITO melhor, mas o que tem, tá bom. Divertido por não se levar a sério, se destaca quando extrapola e deixa as possibilidades da trama se desenvolverem. E quando a Luis fala. Porque o Luis é foda.
  38. Kingsman: Serviço Secreto – Kingsman: The Secret Service (Matthew Vaughn, EUA, 2015)
    Primeiramente, recomendo este texto aqui, do FILM CRIT HULK (caixa alta se faz necessária), que me fez perceber que esse filme tem mais do que aparenta. O resto vocês já sabem. Ótima tiração de sarro com James Bond (é o melhor filme do Bond no ano, no fim das contas), e tem AQUELA cena. Nem preciso dizer qual é.KSS_JB_D07_00960.tif
  39. The True Cost (Andrew Morgan, EUA, 2015)
    Documentário sobre o impacto da moda na vida das pessoas, principalmente da indústria da moda, as vidas que ela toma e altera. Mais que relevante: Necessário. Recomendadíssimo.
  40. The Death of “Superman Lives”: What Happened? (John Schnepp, EUA, 2015)
    Mais um documentário sobre um filme que não existiu! Embora esse não seja tão bem feito quanto Jodorowsky’s Dune (aqui, quase parece um especial do E! Entertainment Television), pelo menos cria um efeito interessante: Conta a verdadeira história do famigerado filme do Superman com Nicolas Cage, e nos faz perceber que, hey! Talvez fosse interessante!
  41. The Last Naruto: O Filme – The Last: Naruto the Movie (Tsuneo Kobayashi, Japão, 2014)
    E falando em filmes que não existiram: Esse não precisava. Um filme que não é bom nem pra quem quer “ninjas se batendo”, nem pra quem quer o romance (e, sim, eu sei, estou errado nesta questão: a galera do “shipping” amou). E ainda consegue fazer a Hinata virar uma idiota inútil, em vez da personagem forte que deveria. Péssimo.
  42. Quarteto Fantástico – Fantastic Four (Josh Trank, EUA, 2015)
    Só não foi o pior filme que vi esse ano porque o filme 59 dessa lista é quase amador. Mas esse é simplesmente um desastre. Uma mistura de “visão única” do diretor com diversas óbvias intervenções de estúdio, resultando em um grande nada sem personalidade nem coesão. Quase um não-filme.
  43. Marcados pela Guerra – Camp X-ray (Peter Sattler, EUA, 2014)
    E se eu disser que esse é um filme com Kristen Stewart, a Bella de Crepúsculo, que não só é BOM, como conta com ótima atuação dela? Inacreditável, não? Tocante filme sobre prisioneiros de Guantánamo, onde uma soldado americana descobre o outro lado da questão, e a brutalidade e a injustiça deste lugar.
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  44. A Origem – Inception (Christopher Nolan, EUA, 2010)
    É. Continua sendo meu filme preferido. Não tem nenhum tema necessariamente novo, mas é um brilhante exercício de forma. O máximo de todas as obsessões do Nolan, principalmente narrativas paralelas e edição intensa. Sempre fico fascinado, não importa quantas vezes vejo.
  45. O Voo do Dragão – The Way of the Dragon (Bruce Lee, Hong Kong, 1972)
    Nem o carisma de Bruce Lee e as lutas salvam esse filme. Ele é péssimo. A trama é básica (bandidos querem pegar o restaurante da família dele, ele bate nos caras e impede). Mas o que mata o filme é a tentativa de ser engraçado. É só constrangedor. E as lutas não são lá tão inspiradas assim. Sim, é o filme com o Chuck Norris. Mas só essa cena presta (e na minha opinião, nem essa direito).
  46. For the Bible Tells Me So (Daniel Karslake, EUA, 2007)
    Documentário sobre a relação e o tratamento que a religião dá aos seus fieis homossexuais. Muitos relatos interessantes de famílias que aceitaram seus filhos e lutaram contra a direita religiosa americana contra a estigmatização da comunidade gay. Recomendo.
  47. A Lenda de Fong Sai Yuk – Fong Sai Yuk (Corey Yuen, Hong Kong, 1993)
    Como eu adoro esse filme! Como eu adoro os filmes de época do Jet Li! Valeu, Band! Fez minha infância! É um filme que começa bem doido (toda a história do torneio, da intromissão da mãe dele e tudo mais), e evolui para uma história bastante satisfatória – o que nem precisava ter, porque já tem Jet Li. (Ah! E eu não faço ideia de como é o título oficial desse filme no Brasil…)
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  48. Os Suspeitos –The Usual Suspects (Bryan Synger, EUA, 1995)
    Filmaço! Eu sou fã do Kevin Spacey por conta do House of Cards (eu sei, sou um “poser”), por isso é legal ver um dos primeiros papéis de destaque da carreira dele e ver que o cara já era incrível na época. Filme inteligente, apesar de ser complicado ver hoje, 20 anos depois, e não sacar o final.
  49. Merchants of Doubt (Robert Kenner, EUA, 2014)
    Documentário interessantíssimo sobre pessoas que são profissionais em fomentar a dúvida e a desinformação, principalmente científica (com destaque para os perigos do tabaco e a existência do aquecimento global) para que grandes indústrias consigam continuar a existir. É como ver uma teoria de conspiração ser provada real.
  50. O Sétimo Selo – Det Sjunde Inseglet (Ingmar Bergman, Suécia, 1957)
    Um clássico dos clássicos. Um cavaleiro das Crusadas volta à sua terra natal e passa por uma jornada conversando pessoalmente com A Morte, durante uma partida de xadrez. Questiona-se o papel de Deus e a inevitabilidade da morte. Forte e com um final incrível. (e eu vi dois filmes suecos esse ano e não tinha percebido. Vejam como são diferentes, hehe)
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  51. Casablanca (Michael Curtiz, EUA, 1942)
    Eu JURAVA que era um romance chatão. Passei a vida achando isso, por pura bobagem preconceituosa. Mas é um brilhante filme de guerra (se passa durante a Segunda Guerra Mundial), no qual o romance (sim, ele está lá) é não só real e complicado, como é peça fundamental da trama. Recomendadíssimo. Poucos filmes clássicos são tão clássicos como esse.
    FILE – NOVEMBER 23, 2012: The American romantic movie drama Casablanca celebrated its world premiere on November 26, 1942. Starring Humphrey Bogart and Ingrid Bergman the film was a solid success in its initial run, winning three Academy Awards, and its characters, dialogue, and music have become iconic. It now consistently ranks near the top of lists of the greatest films of all time. Please refer to the following profile on Getty Images Archival for further imagery: http://www.gettyimages.co.uk/Search/Search.aspx?EventId=113854183&EditorialProduct=Archival&esource=maplinARC_uki_12nov Humphrey Bogart (1899 - 1957) and Ingrid Bergman (1915 - 1982) star in the Warner Brothers film 'Casablanca', 1942. (Photo by Popperfoto/Getty Images)
  52. George Carlin: Complaints and Grievances (Rocco Urbisci, EUA, 2001)
    Um dos melhores stand-ups de George Carlin. Não chega a ter uma estrutura coesa, mas tem sessões inteiras que são simplesmente geniais, com destaque para a análise da (falta de) necessidade de haver 10 Mandamentos. George Carlin é um gênio incontestável da comédia, ponto.
  53. Missão Impossível: Nação Secreta – Mission Impossible: Rogue Nation (Christopher McQuarrie, EUA, 2015)
    Acho que já chegou num ponto em que, se tem Missão Impossível novo, eu vou no cinema. Nenhum desses filmes é especial, único, icônico. Mas (tirando o 2º) todos eles divertem consistentemente. Nesse, Tom Cruise continua um doido de pedra (alguém pare esse homem), o plot é básico, mas permite uma série de cenas incríveis. Destaque para a perseguição de moto.
  54. Medea (Lars Von Trier, Dinamarca, 1988)
    O único filme que assisti de Lars Von Trier na vida (preciso corrigir isso), bem do começo da carreira dele, feito direto pra TV. Bastante cru, mas com muita personalidade. Porém, tenho que confessar que minha cabeça hollywoodiana não chega a ter paciência pras tomadas longas e imagens simbólicas do filme. Não saberia julgar.
  55. Jogo de Cena (Eduardo Coutinho, Brasil, 2007)
    Brilhante (BRILHANTE!) documentário de Eduardo Coutinho (outro que preciso ver mais), no qual mulheres contam suas histórias, e atrizes pegam transcrições dessas histórias e “atuam”. Mas no meio das “mulheres reais” existem atrizes desconhecidas contando histórias que podem ser suas próprias, ou de outras mulheres. Debate-se o que real na atuação, o que é o sentimento de um ator, como a visão do artista altera a história… enfim, MUITA coisa pode ser tirada disso. Minhas atrizes brasileiras favoritas (Andrea Beltrão e Fernanda Torres) marcam presença, assim como a recentemente falecida Marília Pêra. Assistam!!
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  56. O Agente da U.N.C.L.E. – The Man from U.N.C.L.E. (Guy Ritchie, EUA, 2015)
    Que filme divertido! Das atuações à trilha sonora (ouçam a trilha sonora!!!), é uma grande bobagem divertida do começo ao fim. Henry Cavill precisa ser escalado pra esses papéis, ele tem um carisma natural muito subaproveitado em Homem de Aço. Veria de novo várias vezes!
  57. Hotarubi no Mori E (Takahiro Omori, Japão, 2011)
    História sensível, que não apela pro dramalhão mesmo tendo tudo para fazer isso, e sim prefere envolver com as imagens e o ritmo gostoso, como se fossem férias eternas em meio à natureza.
  58. Perdido em Marte – The Martian (Ridley Scott, EUA, 2015)
    Ainda bem que esse filme tem Matt Damon. Se não fosse o domínio de cena que esse homem tem, a cadeia de bobagens desse filme nunca passaria batido (sim, eu tô falando do silver tape). Um filme divertido, que, apesar de escorregar aqui e ali (silver tape!!) toma especial atenção aos detalhes e à plausibilidade de tudo que acontece. Viva a exploração espacial!
  59. Altitude (Kaare Andrews, Canadá, 2010)
    Um filme horroroso, praticamente amador, que só assisti porque fazia parte de uma das aulas do curso de dublagem. A ideia básica é boa (viagem de avião entra num vórtex Lovecraftiano gerado pela imaginação de um dos passageiros) mas a péssima edição, diálogos horrorosos, elenco de peça escolar e efeitos especiais que canais de YouTube hoje fazem melhor (video Video Quest 66 – Kill la Kill), é só tristeza e constrangimento. Pior filme que vi esse ano. Mas, sei lá, nem conta.
  60. Madagascar 2: A Grande Escapada – Madagascar: Escape 2 Africa (Eric Darnell, Tom McGrath, EUA, 2008)
    Valeu, Augusto! Brigadão, hein! Tava lá, fazendo o bebê dormir, e assisti essa merda inteira. Eu acho Madagascar um saco. Os personagens são forçados demais (e olha que eu adoro o Chris Rock), as situações sempre me passam um desespero por parte dos roteiristas, de tentar fazer você prestar atenção… enfim, eu acho um saco, e esse segundo é ainda pior.
  61. Homem-Aranha 3 – Spider-Man 3 (Sam Raimi, EUA, 2007)
    Tá. OK. Eu sei. O Peter Parker emo é pavoroso. EU. SEI. Mas e a história do Homem-Areia, que só comete crimes por necessidade e acaba sendo pego nesse mundo doido dos superpoderes? E o Peter (e o Harry Osborn!) tendo de aceitar que vingança não é o caminho? E o Venom, que mesmo por 5 minutos, ainda é até que bacana? Tem coisas boas ali! …mas tem o Peter emo… É…
  62. 007 contra Spectre – Spectre (Sam Mendes, Reino Unido/EUA, 2015)
    Como eu queria que esse filme fosse bom… Leva quase 1 hora pro filme nos apresentar o vilão. Mais meia hora pra gente entender o propósito de tudo isso. E na cena final, James Bond é irrelevante. Se esse for o último do Craig (parece que é…) é uma pena.
  63. Star Wars Epidósio VII: O Despertar da Força – Star Wars Episode VII: The Force Awakens (JJ Abrams, EUA, 2015)
    Tá, na prática ESSE é o “filme do ano” (mas Mad Max Fury Road é melhor!). Um ótimo filme… até porque, eu já tinha visto esse filme, e ele se chama Uma Nova Esperança (meu Star Wars preferido, aliás). O ponto forte são os personagens. Se a Rey de Daisy Ridley ainda é um mistério que aceitamos porque a atriz é ótima, o Finn de John Boyega rouba a cena com um arco completo e um conflito interessantíssimo. E eu adorei Kylo Ren, justamente por ser um molecão imaturo. Bom, mas agora tem que melhorar. Adendo: Viva Furiosa e Rey!
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  64. Batman: O Cavaleiro das Trevas – The Dark Knight (Christopher Nolan, EUA, 2008)
    Melhor filme de super-herói de todos os tempos? Não sei. Mas ainda é excepcional. Ainda tem uma mensagem muito forte. Ainda tem Heath Ledger. Ainda tem um elenco fora de série. E nunca vai sair das listas de melhores filmes de super-heróis de todos os tempos.
  65. Fargo (Joel Coen, EUA,1996)
    Como eu não tinha visto isso antes? Uma comédia sobre pessoas incompetentes fazendo planos muito mais elaborados que eles mesmos podem dar conta… e falhando miseravelmente. Frances McDormand rouba a cena (e, desculpa, mas que sorriso lindo!) como a única pessoa inteligente e competente da coisa toda. Não é pra gargalhar, é pra sentir desconforto. Gostei muito.
  66. Vampiros de Almas – Invasion of the Body Snatchers (Don Siegel, EUA, 1956)
    Como eu adoro essas ficções científicas dos anos 40/50! As soluções que eles encontram! Aqui, os aliens (provavelmente) invadem uma cidadezinha e trocam de lugar com os humanos. Ou seja: Nada de maquiagem ou fantasias! Destaque para o clima de paranoia
  67. Viagem à Lua – Le Voyage dans la lune (Georges Méliès, França, 1902)
    Um dos mais importantes filmes da história, é um curta de ficção científica muito criativo de 1902 (!!), que, acredito, é uma crítica à ganância da exploração humana de territórios estrangeiros. Ou estou vendo demais. Mas recomendo! Inclusive pela importância histórica.
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  68. Landau 66 (Fernando Sanches, Brasil, 2008)
    Olha que legal. Esse curta-metragem (assista AQUI) tem roteiro do nosso mano J.M. Trevisan! Acredito eu que deve ter inspiração em Stephen King e, talvez, em Sandman (?). Essa parte é bem legal. O argumento base. Uma pena que os atores não colaborem.
  69. A_ética (Pablo Villaça, Brasil, 2008)
    Mais um curta-metragem, dessa vez do Pablo Villaça, que admiro muito como crítico de cinema. Aqui, a direção é um problema. Talvez, básica demais. Mas o roteiro e os diálogos são o forte, com inspirações talvez tarantinescas (mas me lembrou um pouco Clive Owen em O Plano Perfeito, do Spike Lee), falando sobre a hipocrisia e o uso egoísta do conceito de ética. Recomendo. Assista AQUI.
  70. Seven: Os Sete Crimes Capitais – Se7en (David Fincher, EUA, 1995)
    Quando terminei o filme, percebi que já tinha visto. Mas ainda bem que já tinha esquecido tudo. Que filme. O contraste entre a explosão do Brad Pitt e a calma do Morgan Freeman (e a aparição de Kevin Spacey, mais uma vez, incrível), aliadas à direção e ritmo envolvente do filme, fazem desse um clássico dos thrillers. Foi uma bela maneira de fechar o ano.
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Mais uma lista de filmes do ano! Gosto dessa tradição. […]

13 thoughts on “Os 70 filmes de 2015 do Kitsune”

  1. Agradeço por fazer essa lista todo ano.
    Eu tenho o costume de só ver os filmes mais populares e deixo passar uma porrada de coisa legal e acabo vendo muito filme ruim também.
    bom peguei uns aqui que me interessei e continue fazendo essa lista todo ano se possível.

  2. Essas suas listas sempre me lembram de assistir a uns filmes que eu deixei passar, além dos textinhos conseguirem, em poucas palavras, me convencerem.

  3. Acho que pode-se dizer que a lista do Kitsune virou uma tradição de fim de ano. Nice.
    Vamos a alguns comentários (sou carente de alguém pra discutir cinema mimimi):

    – Se você é fã do Kevin Spacey, é obrigação assistir ao filme Beleza Americana. O ator está incrível no papel, além do roteiro e direção impecáveis.

    – Os irmão Coen (Fargo) são uns dos meus diretores favoritos. Recomendo fortemente ir atrás da filmografia deles, especialmente: Barton Fink (uma história surreal de um roteirista nos bastidores da velha Hollywod), Raising Arizona (Nic Cage impagável), O Homem que não estava lá (grande homenagem aos filmes Noir) além dos já clássicos Grande Lebowski e Onde os fracos não tem vez.

    Além disso, em 2014 Fargo ganhou uma “sequencia espiritual” em forma de série que mantém o espírito do filme original. A 1ª temporada acho apenas bacana (apesar de Martin Freeman e Billy Bob Thorton matarem a pau na interpretação), mas a 2ª é quase perfeita. Ah, são antologias, portanto cada temporada é uma história fechada.

    – Em termos de direção, Geroge Miller realmente foi brilhante (e desejo muito um Oscar a ele), mas devo admitir que Star Wars mexeu mais comigo e foi o meu longa favorito que vi no cinema esse ano. Depois de Whiplash, claro.

    – Pobre Kristen Stewart e Robert Pattinson. Bons atores que ficaram marcados por uma série horrível…. espero que um dia se livrem disso.

    – Lars von Trier é complicado. Mas esse ano vi um filme dele que se tornou um dos meus favoritos de todos: Dogville. Recomendo fortemente.

    – O último filme que vi esse ano foi John Wick.

    Não tenho arrependimentos.

    Bom ano e sucesso pra você e pra toda a equipe do VQ.
    Abraços!

  4. Gostei, mas prefiro com nostas. De preferencia que não seja uma nota de 1 a 5, pois é simples de mais e meio covarde.
    Se possível usa esse sistema de avaliação.

    0 – (o pior insulto que tu conseguir achar)
    1 – (péssimo, horrível, desprezível)
    2 – (muito ruim)
    3 – (ruim)
    4 – (razoável para menos)
    5 – (razoável)
    6 – (razoável para mais)
    7 – (bom)
    8 – (muito bom)
    9 – (ótimo, excelente)
    10 – (quase perfeito)

  5. Lista muito bacana, alguns dos filmes citados assisti pela primeira vez esse ano, com destaque para vampiros de almas, que só assisti porque perto da minha casa abriu um cinema cult/hipster, ele retrata muito bem a paranoia da “invasão comunista” dos EUA pós guerra.
    Espero que essa “tradição” permaneça por um bom tempo, e dá próxima vez gostaria de ver mais filmes fora desse eixo EUA/hollywoodiano, recomendo muito o cinema argentino com o incrível Ricardo Darín (todo filme com esse cara é no minimo regular), outra indicação vai pra o cinema coreano que trabalha com dramas de uma forma bem pesada, foi de lá que eu assisti o incrível Han Gong Ju, foi o melhor filme que assisti em 2015.

      1. Assisti dois filmes dele, Memorias de uma assassino e o expresso do amanhã, e os dois são muito bons. Eu particularmente curto mais o Kim Jee Woon,adorei o trabalho dele em A Tale of Two Sisters.

        1. Mas você não viu meu favorito dele: Mother. Dá uma chance depois haha
          Eu vi o Diabo é fantástico, não sabia que era desse diretor que você falou, checarei esse filme que vc mencionou.

          1. Cara, muito obrigado pela indicação, assisti Mother nesse fim de semana e o filme é muito bom, ele é melhor que os outros filmes que assisti do Joon-ho Bong.

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