Dia do Orgulho Nerd… e o Otaku?

Essa semana rolou o “Dia do Orgulho Nerd” (ou, se você é TRUE, “Dia da Toalha”)… mas onde fica o otaku nisso? Existe mesmo preconceito contra o otaku? Cagação de regra no Video Quest!!

LINKS:

Mercado de animes no Brasil: desinteresse das empresas?

 

Essa semana rolou o “Dia do Orgulho Nerd” (ou, se […]

14 thoughts on “Dia do Orgulho Nerd… e o Otaku?”

  1. Parabéns pessoal,vídeo muito bom sobre um assunto muito pouco debatido,esse “descaso” dos japoneses em relação a divulgação das obras é gritante.

  2. Uma coia antes de eu dar o meu adendo aqui: vc me fez sair do conforto do youtube para comentar um vídeo que eu já vi no youtube. Parabéns. Só acho que o youtube de vcs não tem tanto fluxo de gente para fazer essa seleção de gente. Seu irmão comenta por lá normalemnte, ma okay.

    Agora, ao que interessa como eu havia comentado antes:

    “Em suma, o colecionador de mangá não tem aquele amor pelo que coleciona.
    OS NERDS gastam dinheiro com figures e outras coisas e, em geral, tem o
    culto do objeto. Muito similar ao dos bibliófilos. Uma pena pensar que
    edições como a VizBig e outras mais luxuosas só servem para um nicho. Eu
    trabalho com educação e a molecada cresce lendo os mangás, mas note-se
    que é o pessoal que reclama de gastar 12 reais em uma edição pocket de
    Hamlet. Dá para entender a má vontade da Focus com os seus produtos.
    Contudo, a gente precisa lembrar de umas coisinhas. Digo a gente, mas
    esse dado saiu de um professor de inglês americanos (mais um pro lote,
    uhul!) que fez estágio-moradia por dois anos no Japão e disse que eles
    compartilham tudo da cultura deles, EXCETO mangá e animê. Eles não fazem
    questão e nem mesmo parecem confortáveis com a ideía de ocmpartilhar
    esta cultura mais contemporânea. O canal dele é Gaijin Goombah. Reomendo
    bastante. Ele adminsitra outro show no Game theorist chamado Culture
    Shock. Recomendo muito assistir.”

    É óbvio que isso é chover no molhado, ou para utilizar um termo de letras (caro ao sujeito que administra a página pela própria formação) essa tese reitera o que foi previamente dito confirmando as hipóteses apresentadas. Contudo, também, há de se entender que durante muito tempo (quase 30 anos) o cenário das produções japonesas foi amplamente divulgado no mundo neste mesmo modelo sendo o que melhor havia em questão de entretenimento para a industria. O tokustatsu já foi considerado um modelo dep onta mesmo sendo barato por trazer coisas novas para a programação televisiva e whiskas sachê. Qualquer um que pesuisou um pouco da história deles já viu isso.

    Acho engraçado que o NERD separa-se do otaku. Independente do comportamento dele, claro, porém, simplesmente por se considerar um nicho diferente. Isso é meio antigo já. Mesmo na época das “otaquices” existia a segregação de grupos e não quero entrar em detalhes chatos e desnecessários osb sub-grupos e rixas de grupos. É um sonífero fácil.

    O que acontece é que essa distribuição da cultura deles mexe em um monte de decisões. Os americanos sempre importaram a cultura deles. O oriente continua guardando seus tesouros com import^ncia enorme. E não falo só dos japoneses, mas há uma tendência asiática (exceto na coréia, que tem uma mentalidade progressista) de ser tradicionalista com a divulgação da própria cultura. O Japão era e continua sendo um pais essencialmente de mentalidade rural. Isso significa que o provincialismo, tomado como xenofobia em termos extremos, se reflete na economia. A sociedade japonesa que é patriarcal, ruralista (em origem) não gosta de riscos e, muito provavelmente, isso tem a ver com o quanto eles são adversos à exposição da própria cultura.

    Não culpo eles, já que as pessoas costumam julgar muito a cultura japonesa em sentido de tirar sarro, portanto, o enigma do otaku e mania de os japoneses se sentirem incompreendidos soltando acusações de que “os americanos estúpidos não os compreenderiam” é bem válida. Afinal, por mais “bizarra” ou engraçadas que sejam as manifestações de uma cultura ninguém gosta de ver sua cultura sendo exposta e ridicularizada. Eles zelam demais pelo próprio produto. Novamente, reflexo de uma comunidade que se coidentalizou, mas não se capitalizou e não percebeu o potencial do mrcado exterior. Isso explica muita coisa dentro do fechamento sistemático da cultura deles. Hiroito pode ter morrido, mas a separação do ocidente e oriente tenta ser preservada por eles.

    Claro, as gerações mais novas aceitam muito melhor a ocidentalização, mas como disse o professor já citado é díficil ensinar inglês para crianças japonesas, aifnal, elaasnão prezam a experiência internacional. Elas vão nascer e morrer no Japão e o ocnhecimento dos japoneses sobre o ocidente é, no mínimo, sofrível e estereotipado. Chegando a serem piores que os americanos ao caracterizar franceses e alemães tão similarmente que até dói tentar entender porque um gaules loiro é parecido com um bavário em um mangá.

    Acho que é isso.

    Espero que tenha sido de ajuda.

  3. Olha, eu vou ter que discorda ai com você. Acho que o problema não é a falta de vontade do Japão totalmente, mas sim um problema um pouco mais prático: o Japão é muito longe daqui.
    Soa meio estranho falar isso num mundo globalizado com internet nos quatro cantos, mas culturalmente, o Japão tem uma influencia muito menor no Brasil que os Estados Unidos, o que torna qualquer produto deste tipo mais difícil de ser exportado.
    Quando eu vivia em Taiwan, por exemplo, era fácil achar MUITA coisa do Japão. Anime passando em horário nobre, divulgação de mangás com posteres nas bancas e etc. Mas é lógico que não era só com produtos “”otakus””, e sim com filmes, música e livros japoneses. Isso torna a resistência e estranheza de qualquer coisa do Japão menor, e tudo fica mais fácil com países mais próximos que não tem costumes tão diferentes. Ao contrário do nosso querido Brasil.
    Pros japoneses, tentar publicar mangá aqui e esperar que pegue é tipo se a gente tentasse publicar Mônica lá e achar que vai virar febre nacional.
    Apesar de tudo, ainda acho que o público “otaquinho” vem crescendo por aqui justamente por culpa da internet. Mas como ainda é um jeito meio clandestino, talvez não seja bem visto por lá.
    Enfim, desculpa se foram só achismos.

    EDIT: Só dando exemplo, a pouco tempo atrás eu vi muitos fãs de JRPG reclamando de como a “imprensa especializada” americana usa adjetivos como “nojento”, “medonho”, “estranho” e “ofensivo” (nos piores casos) com muita frequência para esse tipo de jogo na medida que eles entram no nicho otaku. Se lá já é problema, aqui só tende a piorar.

    1. Hum… acho que é uma questão que tem vários fatores diferentes, e o seu comentário e o do Pedro Centurión ali em baixo levantam pontos muito interessantes. Mas vou acrescentar mais um que acho que também faz parte da conta.

      Como o Kitsune disse, o público otaku ainda é relativamente jovem, e por não estar em evidencia as pessoas não costumam ter muito contato com ele. E o que acontece é que quando tem normalmente é um moleque falando e fazendo babaquice.

      A cultura japonesa pra quem não conhece já parece extremamente bizarra, e quando a pessoa se depara com alguém que gosta e supostamente entende dessas coisas o garoto é ainda mais estranho. O próprio publico que consome esse tipo de mídia aqui muitas vezes acaba colaborando com a imagem de alienígena que as obras que vem do Japão tem.

      Mas como todo “”preconceito”” é uma questão de tempo para que acabe mudando, pode até demorar um pouco mas eventualmente isso vai acabar se tornando, não digo considerado normal, mas pelo menos um comportamento aceitável.

      Espero não ter falado muita besteira também, mas se falei por favor relevem, até porque somos apenas entusiastas tentando pensar um pouco a respeito aqui. Grato pela atenção.

      1. Tenho algumas objeções até porque muito do papo de bizarrice foi justificado para vetar quadrinhos nos próprios EUA. OS americanos não aceitavam Batman e chegaram a cogitar que o quadrinho estaria influenciando comportamentos homossexuais e depravados, etc. Inclusive, que há um livro muito antigo chamado a sedução dos inocentes.
        O EUA demoraram muito à aceitar À cultura NERD como algo bom ou legal. O papo da cultura ser bizarra é velho e acredito que ele tenha pernas bem curtas. Ele é meio qu reptido à exaustão por puro estereótipo. Os americanos fazem reviews negativas de produtos japoneses pela alta sexualização deles. Lembrar que nos EUA qualquer violência em jogos é moralmente válida quando qualquer fetiche é demonizao. Isso foi muito bem abordado por youtubers americanos. Então, o buraco é mais embaixo. A cultura japonesa ofende os americanos por conta de sua sexualização. Lembrar que FREUD nos USA é considerado um autor que vai contra os valores americanos. Eles são muito puritanos e hipócritas com relação à conteúdo sexual e, na maioria das vezes, é isso que o pessoal reclama de mangá e JRPG. Lembrar que há inversão de papéis sexuais, homossexualismo , etc tudo muito condenável pelos padrões deles. Será mesmo que cai no bizarro ou no moralismo retrógrado do americano médio? É uma pergunta muito séria que os fãs deveriam se fazer antes de tentar classificar a cultura japonesa como bizarra. Não falo por problemas de “otacus” em preservar a cultura, mas julgar um alemão de pouco flexível por sua língua ou um francês de articulado por seu estereotipo é tão perigoso quanto considerar um oriental um pervertido sem restrições morais. Imputar que a cultura sexual deles é bizarra porque ofende meus costumes é imputar meu modelo cultural de maneira sistemática. É um crime tão grave quanto cometer um ato de ódio racial, só que no caso é cultural. CVamos com calma no senso comum galere!

        1. O senso comum costuma ser mesmo uma grande armadilha, isso é verdade. Mas não sei se entendi o que você quis dizer… enfim.

          Independente do preconceito que a cultura ocidental (porcamente generalizando de novo) costuma ter com tudo que é diferente, não apenas das obras que vem do Japão mas pra tudo que seja diferente do normal, a questão é mesmo complicada e tem vários fatores que podem ser pensados de vários jeitos.

          No final das contas a gente não pode fazer muita coisa, senão levar na esportiva e aos poucos tentar mudar a imagem estereotipada que as pessoas a nossa volta podem ter.

  4. Talvez a primeira geração que cresceu vendo anime e lendo manga já esteja trabalhando, enquanto que o publique lê comix ou quadrinhos de super-heróis exista há varias decada no Brasil, enquanto que o publico de manga e anime so começou a realmente surgir na decada de 90, o que é um ponto. Para mim, os japoneses não estão conseguindo lidar com o fato da internet ter erodido cada vez mais a midia tradicional e não conseguem usar a internet a seu favor como a Marvel faz com seus filmes e a Warner com as séries e filmes e investem tudo para promoverem os filmes, enquanto que os japoneses esperam o momento propicio para investir que seja favoravel para eles enquanto que os americanos são mais arriscados em suas estrategias comerciais.

  5. sobre preconceito, acho que tá correto o termo, não dá realmente pra colocar no mesmo patamar que perseguições de grupos com consequências graves como mortes e ou impedimento de direitos em relação a outros grupos, mas se entendermos que preconceito é tudo aquilo que não conhecemos com profundidade e repudiamos (não importa em qual nível) é preconceito, o termo (pelo menos ao meu ver) está correto.

  6. mais forte, muito mais inteligentes… não seria por ter muito mais dinheiro? não seria porque eles se focam na Ásia, e principalmente no próprio mercado.

  7. Tem que se estudar o quanto a crise no Japão afeta isto, embora exista um interesse em se divulgar a cultura pra fora (através da fundação que trará o autor do “Samurai X”), o fato é que o Japão é uma cultura fechada, toda voltada pra si. Não vou entrar no mérito desta conduta ser correta ou não, então somada a sta ideia de sociedade fechada mais a crise econômica que atrapalha os investimentos, pode explicar este declínio de investimentos que sempre existiu porque brasileiros foram atras do material e jamais por eles explorarem devidamente o potencial deste material fora da Ásia.

    O Brasil tem cada vez mais interesse em produzir o próprio material (e acho isto muito importante e bom), existe a lenda de que o governo japonês daria uma ajuda de custo para as televisões brasileiras passarem programas sobre ou do japão, mas (tirando o Pingu e o Viva Pitágoras) nunca deve ter dado em nada.

    neste cenário, praticamente só o esforço das editoras de mangá em seu trabalho hercúleo, e algumas poucas distribuidoras de vídeos tentando entender o que os fãs já estão consumindo e chega já saturado (cade o fenômeno Ataque Dos Titãs?).

    A Toei em vez de se prostituir pra Saban não desenvolve pacotes de programas? Chegam centenas de seriados péssimos na TV paga brasileira, não é possível que não daria pra lançar anualmente um bom pacote de anime, tokusatsu e filmes (mesmo que pra Tv ou pra vídeo) pra criar uma cultura, o problema é que nem daqui e nem de lá surgem estas iniciativas (e pelos custos da pra entender o porque).

    O japão é passivo na distribuição de seu material, no Brasil tem publico, mas a dificuldade da língua, distancia e cultura torna pouco atraente, vindo mais adaptações do que o material original.

    realmente o produto japonês possui muitos entraves, mas quem conseguir solucionar este problema e tornar o Brasil como um porto pra redistribuir este material pro ocidente, poderá abocanhar um mercado ótimo, não entendi o que aconteceu com os investimentos da Sony principalmente em relação ao Animax na América latina. Este caso poderia nos dar uma ideia da falta de interesse pelos mundo “otaku”.

    Acho que é assunto muito complexo apontar uma única causa/solução, acho que tudo está correto, mas é só uma parte de algo maior, e principalmente o difícil é entender o que motiva estas causas.

    Realmente é um momento muito bom pra ser nerd, mas parece que o nicho otaku tá sendo bom para os nostálgicos (do caralho a volta dos tokusatsus via Netflix junto com as séries da Disney

    Agora a novidade é muito nicho, é site especializado, veiculo especializado, tem que ver se também o mercado americano não influencia.

  8. sobre a parte denão querer gastar dinheiro não é tão simples,eu tenho dinheiro mas não vou gastar nas porcarias q as editoras vem trazendo
    1-preços sempre aumentando e a qualidade do papel continua a mesma droga
    2-titulos mais aleatorios e desconhecidos q o outro,e trazer Eniga serio?manga cancelado da jump com final corrido e cheio de furos em vez de trazerem mangas dela como Shokugeki no Souma ,Haikyuu,Nisekoi e outros q realmente estão indo bem nela

  9. Vou fingir que não li isso, af vão encher o saco em outro lugar. POHA como vocês consseguem ser irritantes!! Se não tem algo relacionado a otaku no meio de qualquer coisa, aprece um dizendo já: “Isso é preconceito contra nós”, Sério a paciência já acbou.

Deixe uma resposta