Coesão, shonen e Yu Yu Hakusho

Kitsune dividindo com vocês seus pensamentos sobre o shonenzão de porrada comum, suas características, e como pensá-lo em termos de coesão, pegando Yu Yu Hakusho como exemplo.

Kitsune dividindo com vocês seus pensamentos sobre o shonenzão de […]

6 thoughts on “Coesão, shonen e Yu Yu Hakusho”

  1. Para mim não importa não importar, eu vejo que se em uma mídia já está instituído que é necessário um período de apresentação em que a história não se torna tão importante para o resto dos acontecimentos essa parte pode ser relevada com mais facilidade em consideração com alguma outra parte inútil em algum momento mais avançado do mangá (ou em outra série). A mesma coisa pra mim são os filmes da marvel, quando se junta alguns personagens sendo que 2 desses já tiveram 2 e 3 filmes solos não se espera uma evolução desses personagens a fim de dar espaço aos outros, trazendo assim uma visão de “série” e não de conjunto de filmes.

    A propósito Kitsune eu não tive a oportunidade de comprar lúcifer é o martelo, e no evento da Henshin falaram que iriam vender box de férias completas, você sabe ser luciferiano martelo será uma dessas e a partir de quando irão começar a vender?

  2. Será que todas estas avaliações e peso que você faz quase obsessivamente (exageros eu sei, n]ao leve a mal) é por conta de estar se preparando para ser um autor? Acredito que pra maioria dos leitores, mesmo com bastante olhar critico, estes caminhos que possam te incomodar por você jamais se quer considerar (ou não, não estou afirmando nada, só questionando) esta abordagem em seu possível trabalho não incomodar a maioria dos leitores passivos que nem questionam fazer de maneira diferente.

    Vejo que você dá muita enfase em estruturas narrativas (mas posso estar fazendo uma leitura equivocada ou superficial), talvez por ver nelas um caminho seguro ou uma identificação no que pretende, contudo, talvez a maioria dos leitores mesmo conhecendo estas técnicas não se importam tanto se elas estão sendo “respeitadas”, já outros autores vão buscar exatamente contrariar estas estruturas e possivelmente a frustração seja inversa, por achar que esta estrutura é repetida a exaustão.

    Eu particularmente achei bem interessante esta sua catarse em relação a Yu Yu e como a estrutura das shonens seja necessariamente a causadora desta transformação de clima, sim, sabemos como os editores pressionam.

    Mas eu acho que autores se transforma e muitos mudam no decorrer da sua obra, uns evoluem, outros caem na formula se retroalimentando na zona de conforto e falta de imaginação, muita coisa pode acontecer e talvez isto seja parte da graça de acompanhar uma obra desta, n]ao sei, eu pessoalmente acompanho muito mais animes que mangás, não vivo esta experiencia porque não tendo a me comprometer com obras tão extensas em mangá.

    Acho fascinante filmes coreanos que não respeitam o modelo do Syd Field (que Deus o tenha) e nos surpreende com obras extremante fascinantes e surpreendentes (embora calcadas em seus próprios clichés) por mostrar que existem caminhos, e vários podem ser muito bons (não estou falando que você afirmou o contrário)…

    É natural e importante achar o material que você tenha afinidade. Provavelmente as melhores obras não sejam as mais famosas exatamente por não se encaixarem nesta necessidade de se manter um publico entretido com ação (sem entrar no mérito de se isto é certo ou errado).

    Então eu diria que enquanto leitor/espectador, no geral não me importo muito com a estrutura narrativa, não sinto a necessidade da obra ter um objetivo maior do que ser interessante ou divertida dependendo da proposta do material me entregando ao material sem expectativas de ele se encaixa naquilo que eu possa achar uma narrativa “adequada”, já como criador/autor, gosto muito das estruturas dos 3 atos (e suas possibilidades) e o mito do herói (que entendo como um reflexo da experiencia humana (nestas obras coreanas, entendo que elas são obras focadas em apenas fragmentos da jornada do herói, as vezes já iniciado após o chamado, já imersos no mundo mágico ou na aproximação da caverna, as vezes as informações são passadas em ordem inversa e etc…) e para a ideia que pretendo passar na obra, sejam sim necessários, e mais uma vez, sempre se questionando como usar esta fórmula e ao mesmo tempo surpreender ou no minimo prender a atenção. Resumindo, me cobro muito mais do que cobro a obra de outros, que meio que fica simplesmente no nível de se tá sendo uma experiencia agradável/interessante mas não necessariamente tendo que superar determinadas expectativas que de fato evito ter.

  3. Cara acabei de ler toda a obra do Yuyu Hakusho, e tive essa impressão, como vc falou “A atmosfera mudou completamente”. Fazendo um paralelo entre o manga e o anime vemos q o anime deu uma arrumada nessa questão da atmosfera ,e ainda, nas últimas partes ele meio que coloca até o final da obra de uma maneira mais aceitável como um shonen.
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  4. O problema da maioria dos shounen (pra mim) é que eles acabam durando tempo demais e não tem mais o que colocar na história pra fazê-la render senão lutinhas. Lutinhas, poderes, inimigos diferentes, mais poderes, evolução de poderes e, por mim, alguma história.

    Sobre Yuyu Hakusho, o único problema que eu realmente vejo é que o autor cansou da pressão e cagou o final. Mal feito, mal desenhado, mal explicado.

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