Side Quest – Otakus, Tradução, Japonês e Frescura

Mais um Side Quest, e dessa vez, com um assunto delicado: Otakus, e a tradução de animês e mangás.

Obviamente, muita coisa ainda há de ser discutida, e o Kitsune só tocou na superfície. Mas é uma opinião. Qual é a sua?

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Mais um Side Quest, e dessa vez, com um assunto […]

125 thoughts on “Side Quest – Otakus, Tradução, Japonês e Frescura”

  1. Kitsune, eu fiz uma Iniciação Científica justamente sobre tradução de mangá (e vou apresentar essa semana num Simpósio da USP, mas isso não vem ao caso). Uma das coisas que eu vi na minha pesquisa, é por exemplo, nessa questão do “Watashi” e “Ore”, obviamente não temos em português uma forma de dizer eu que carregue o mesmo sentido, mas é possível sim traduzir a frase marcando essa diferença no modo de falar do personagem

      1. Eu só tenho lá minhas ressalvas quanto a traduções culturais. Aí já e uma grande discussão nos estudos da tradução e foi o principal foco da minha pesquisa. Porque por um lado a tradução é uma forma de aproximar “conteúdo” para leitores de uma outra língua, no entanto, a tradução também é uma forma desses leitores entrarem em contato com uma cultura diferente. (isso vale pra mangá, literatura, revista etc) Pra ilustrar o que quero dizer, vamos supor que numa cena um personagem fala que comeu “gyoza”, aí na tradução o cara coloca “pastelzinho”, para que o leitor brasileiro entenda. Pode ser um exemplo imbecil e talvez sem significado nenhum, mas é um elemento cultural que se perde e que talvez o leitor que está interessado em aprender mais sobre essa cultura acabe perdendo. (é claro q essa discussão já é um pouco diferente da questão que você tratou no vídeo e eu concordo com o ponto que você apresentou – só não tenho uma posição consolidada quanto aos honoríficos). E sobre a tradução de títulos e acho que o mais adequado seria realmente traduzir o título (quando em japonês, se o título original for em inglês eu acho que deve-se respeitar a intenção do autor de usar na língua estrangeira). Seguindo nesse pensamento eu não veria problemas se tivéssemos nas nossas bancas um mangá chamado “Kenshin, o andarilho” ou “O neto do nurarihyon” ou “A Marcha dos Gigantes” (ou seja lá como se traduz çaporra)

          1. não sei se fica mal fazer propaganda aqui, caso não goste o Kitsune pode apagar, mas enfim daisukeinkyoto.wordpress.com

  2. Uma coisa que acho ridícula, são as pessoas que ficam comparando personagens de animes diferentes, que ficam de Mimimi na internet sobre qual anime ser melhor ou não.
    “Otacus” simplesmente não sabem respeitar a opinião alheia, é isso que acho. E com essas páginas de facebook sobre animes e mangá a coisa só vem piorando. São crianças que criam páginas pra ganharem Likes de mais crianças e não se dão ao mínimo trabalho de pesquisar sobre o mundo ao qual estão envolvidos de certa forma. Ai a hecatombe está armada, pois uma página de “Otacus” desinformados e chatos, é semelhante a um terremoto de magnitude 9,0 na escala Ritcher.
    Os próprios fazem com que não os respeitem. Sinceramente, você pensa “Ah isso é fase, eles crescem e param de ter essa mentalidade.” Não… Eles só pioram e se tornam mais retardados ainda…
    Só acho que já deu essa coisinha de gente que porque assiste um Naruto alí ou qualquer outro anime modinha se achar superior e que sua opinião sobrepuja as demais.

  3. concordo com quase tudo com q vc diz,mas as vezes em alguns animes,principalmente os shonens(acho q é assim q se escreve) um golpe não precisa ser traduzido pro português por que o golpe não vai mudar nada na historia do anime

    1. Essa parada de “golpe” tem mais a ver com o ÍCONE q se forma com o personagem.
      Às vezes dá pra traduzir, outras não. Por isso q eu disse no vídeo q tem várias variantes no processo.
      Mas, em geral, não sou tão contra traduzir golpe, não.
      Não q precise SEMPRE, mas não me opohno quando acontece.

  4. Uma coisa que eu não gosto em otakus é o fato deles acharem especiais e inteligentes mas eu não intendo isso, mas em relação a tradução eu acho que é tudo uma questão de costume, porque antes eu achava estranho o manga diário do futuro mas agora eu já me acostumei

  5. “Senchou” é capitão de navio. Existe também o “taichou”, que é pra infantaria, eu acho…

    Eu prefiro ver animes com som original e ler mangás no original, mas é por que sou descendente, então pra mim é gostoso entender algumas piadas/trocadilhos/nuances (Gin no Saji é saudosismo puro, reconheço meus pais e avós ali). Entretanto, como o meu nível de japonês é intermediário, quando fica difícil recorro a traduções sem problema algum.

    O que eu acho muito legal e, ao que parece, poucos otakus reconhecem, é que muitos mangás nacionais tem apêndices e notas culturais. Isso é muito mais interessante e fornece mais informações do que simplesmente manter um honorífico.

  6. Concordo com você que uma tradução tem que ser completa e que coisas vão se perder nesse processo, mas também acho que há coisas que devem ser mantidas, como os sufixos “-chan, -san” porque, na minha opinião, não geram tanto “ruído”, como você disse..haha.
    Enfim, acho que cabe ao tradutor filtrar isso pesando o que é perdido na passagem quanto realmente traduzir e então fazer a escolha mais adequada.

  7. Eu aprendi japonês e realmente é muito difícil traduzir para o português. A minha professora (já ia dizer “sensei”) mesmo dizia que tinha que pensar direto em japonês e não ficar traduzindo, porque muitas coisas ficam sem sentido. E realmente, se for traduzir palavra por palavra fica muito estranho, por isso além de traduzir tem que adaptar bem o texto.

  8. Isso me lembrou uma reportagem interessante que eu vi numa revista uma vez…

    Os otakas reclamam pra burro de traduções… Mas engraçado que nunca vi ninguém chamar o Ash de Satoshi, ou mesmo a Jassie e o James de Musashi e Kojiro… Ah, e o nome dos pokémons, tu sabe que são adaptados também? Sabe, então dêem um jeito de decorar os trocentos pokemons em japonês também, já que toda tradução é ruim, né…

    Eu particularmente acho muita frescura essa birra que os otakas têm contra traduções e adaptações. Me lembro de ter ouvido um cara uma vez dizer que nem filme dublado assistia mais! Porra, é ridículo! Tá, eu sei que existem traduções horríveis, dublagens dignas de pena, mas não são a maioria, isso é tudo uma generalização.

    Eu só vejo animes legendados POR FALTA DE OPÇÃO. Assistir uma boa obra dublada é uma experência única, tu presta muito mais atenção na tela do que nas legendas, pena que há séculos não vejo um bom anime dublado, o último foi FMA Brotherhood, o suspiro final da Álamo.

    1. Não concordo com parte de as dublagens ruins serem a minoria. São sim a maioria e os últimos animes traduzidos aqui mostram isso.
      São feitas por estúdios muitos vagabundos e nem atores direito eles contrataram. A voz do Ichigo parece com a voz de um novato, que tem voz anasalada, vergonha e um headset do Urso (kkkkk).

      1. Cara, não disse apenas no quesito de “dublagem de animes” e sim na dublagem como um todo, de filmes, séries e afins.

        E outra coisa que acontece na dublagem brasileira é que ela normalmente é derivada da dublagem americana – e é aí que a coisa muda. Americanos são patrióticos e puritanos, ous eja, tudo que ferir esses conceitos, vai ser “adaptado”, um belo exemplo é em Bleach, que “Shinigamis” foram mudados pra “Soul Reapers” ou mesmo em Gashbell, onde praticamente todo o anime foi mudado, desde a mania de um personagem por apertar peitos quanto por se tratarem de demônios batalhando entre si. Ou o próprio Saint Seiya, que por chamar um humano de “santo” foi modificado para “os cavaleiros do zodíaco”.

        Já um exemplo contrário a isso é quando a dublagem é feita diretamente do japonês, como foi com Digimon Tamers – Ali, tudo foi traduzido sem a intervenção americana, por isso temos os nomes em japonês, o Bezelbumon, entre outras coisas que seriam facilmente barradas ali.

        Infelizmente no Brasil ainda temos aquela velha história de que “anime é coisa de criança”, daí os estúdios nem levam a série ou a dublagem, ous e tudo aquilo vai fazer sentido, daí temos tragédias traduzidas como Blue Dragon, que parece que os personagens são robôs. Já com FMA e Lost Canvas o estúdio estava ciente que não eram obras que passariam na TV globinho, daí o fato delas terem sido mais caprichadas. O problema não são os estúdios, e sim a prórpia cultura brasilera, no fim das contas. Ao menos penso assim.

        1. Bem, as dublagem de filmes aqui são muitos boas.
          Porém as de séries nem tanto. Só séries grandes que geram muito dinheiro tem dublagem boa.

          Mas você está certo em relação ao dinheiro. Se anime tivesse lucro aqui, estúdios maiores iriam traduzir e não ficaria essa tristeza como tá agora.

          1. Exatamente, e como anime aqui é “coisa pra criança” e seriados são “coisa pra se ver de vez em quando”, não levam a dublagem destes tão a sério quanto a de um filme, por exemplo, que gera lucro desde o cinema até a exibição em tv aberta.

    2. Caro Manoel, devo dizer que concordo com aproximadamente 99% do que disse.
      Mas esse último porcento acredito que tenha sido um deslize de colocação, pois senti que não foi intencional. Você menciona que há tempos não vê um anime dublado, mas esqueceu que todos eles são, seja por Brasileiros ou Japoneses. Mas sim, eu entendi que você se referia ao questão da escolha do serviço de dublagem brasileira ao invés do de legendas no nosso idioma. Só queria aproveitar o seu gancho para ressaltar que sua menção sobre a tal “experiência única” das boas dublagens brasileiras foi um nostálgico fato em minha vida (e acredito que na de muitos), tanto em obras japonesas como Akira, Pokémon e Yuyu Hakusho, quanto em cartoons americanos como Simpsons, Freakasoid e Bob Esponja.

      O caso da “falta de opção” talvez seja pelo confronto entre a maturidade desse serviço no Brasil e no Japão. É certo que aqui temos excelentes e talentosos profissionais que se destacam, como Nelson Machado Filho, Wendel Bezerra, Guilherme Briggs, entre outros. Mas se considerarmos que no Japão também há dubladores fascinantes, possivelmente o que desequilibra é a estrutura industrial desse mercado que se tornou poderoso por lá, e que aqui ainda estamos em processo de melhoria. Outras coisas contribuem também, e a internet é uma delas. Mas gosto de pensar otimista e acreditar que melhoraremos esse quadro com o passar dos anos. 😉

      Um abraço.

      1. Pois é, quis dizer “dublado” no sentido de “traduzido”,e de depender do áudio para entender o contexto, não a legenda, hehehe…

        Também penso a respeito disso, que no Japão os dubladores são bem mais respeitados e valorizados, tanto que temos até prêmios para eles saindo todo o ano. Já aqui, não me espantaria achar alguém que saiba sequer o nome do grande dublador do Saga de Gêmeos.

        Acho engraçado tanta gente reclamando e cruxificando a tradução no Brasil, mas se não fossem animes assim , ninguém aqui saberia o quão é fascinante a animação japonesa. Acho que os otakas deveriam especificar quando generalizam a tradução como uma porcaria…

    3. Eu gosto de assistir filmes legendados, até assisto de vez em quando filmes dublados também, mas só em última opção mesmo, e não tenho nenhum problema em acompanhar as legendas e o que está se passando no filme. Acho que quem não está habituado a ler legendas tenha uma certa dificuldade em acompanhar. Mas pra quem já está acostumado a tudo isso (eu, por exemplo) não perde nada.

  9. A unica coisa que me faz odiar anime dublado é a censura descabida das tradutoras/emissoras,assisti os primeiros episódios de One Piece no SBT e depois comecei de novo legendado…Luffy chutando tornozelo foi estranho,mas nada supera o Sanji fumando um pirulito…

  10. Parabéns Kitsune, teve coragem pra tocar num tema polêmico!
    A questão é bem complexa. Eu mesmo acompanho já a alguns anos animes traduzidos por fansubs, onde a tradução fica num nível que eu gosto de chamar de “misto” (mantendo algumas coisas em japonês). Não posso dizer que não gosto destas traduções, por exemplo quando deixavam “taichou” (capitão) nas legendas do amado Bleach o efeito foi bem positivo pra mim (o efeito, não o anime). Maas, eu concordo que se uma editora tem um tradutor profissional, que é cobrado para seguir o padrão das traduções que é este que você explicou bem no vídeo, é isso que ele se vê obrigado a fazer, principalmente diante da total ausência de regras que existe na tradução mista.

    Concluindo, eu diria que a tradução de mangás e animes pro Brasil é um desafio único a ser resolvido por alguém que vai criar um novo paradigma, e inclusive acho que generalizar tradução de mangá e anime com tradução de outras mídias como você fez no SQ é um tanto perigoso. Por que? Bem, acho que concordamos que os fãs de anime e mangá não são um público tão geral quanto o público de um filme americano. Temos uma legião de fãs, que aparentemente representam a maioria do público alvo destas obras que serão traduzidas, e eles gostam da tradução mista! Entendo que as editoras querem conquistar novos fãs que nunca viram anime de fansub, mas na minha opinião será preciso achar um meio termo.

    Deixo uma questão: Vale mesmo a pena seguir as regras, e desagradar a grande maioria dos possíveis compradores do seu produto?

    “A teoria não molda o mundo, ela é que deve tomar novos moldes, a medida que o mundo muda.”

      1. Valeu Eskarlet!
        Lembrei de um exemplo recente:
        A pouco tempo eu resolvi comprar a light novel de Spice and Wolf em inglês mesmo, e descobri que a Yen Press, responsável pela tradução da novel, resolveu trocar a arte da capa que era no estilo mangá por uma foto de uma modelo real, deixando a capa original apenas para uma slip cover, vulgo protetor de capa. Isso foi feito com esse preceito de “conquistar novos públicos”. Confiram o resultado aí embaixo.

        A sorte é que a Yen Press percebeu que esse tipo de atitude era um desrespeito com os fãs da obra e voltou com a capa original.

    1. O que eu não consigo entender usando seu exemplo qual é a
      diferença de você utilizar “Capitão” ouque ali esteja escrito Taichō de forma romanizada, isso não irá lheentregar uma camada de entendimento melhor da obra ou irá lhe trazer umaperspectiva que o autor queria passar, já que é apenas é romanização literal de uma palavra japonesa…

      1. Talvez porque ser capitão em Bleach não se encaixa nos moldes de capitão já existentes. É algo novo, eles são a elite de proteção da Soul Society, são os personagens mais fortes até o momento apresentados, são algo novo diferente de tudo que eu já vi! E mais, eu estou escutando taichou, então por que não faria sentido ler taichou?

        Essa é só a minha opinião, mas acho que tem argumentos bem interessantes aí:
        – Lendo um termo igual à pronúncia, dá a impressão que estamos mais próximos daquele mundo.
        – Os significados que os animes apresentam pra certos termos, podem ser Muito diferentes dos significados que o termo equivalente em português possui.

  11. Preciso contar uma história, embora tenha mais a ver com dublagem, mas é um exemplo que eu acho absurdo de como alguns parecem idolatrar o idioma japonês. Conheci uma menina na minha cidade pela internet, muito fã de One Piece. Certo dia vi no YouTube uma abertura da série que foi traduzida e fandublada, ficou LINDA (procurem Hands Up no canal “RicardoJuniorSigns”), e logicamente indiquei pra ela ver.

    Ela chamou o vídeo de lixo, “porque tudo em português é uma bosta”.

    Eu nem quis argumentar, pra não me estressar ainda mais com a resposta inesperada dela. O vídeo era um FANdub, feito por fãs, assim como os FANsubs e os scanlators não oficiais são. Eu tenho certeza que ela lia o mangá ou via o anime por meio de um fansub, mas a possível “adoração ao japonês”, “ódio ao português”, ou sei lá, desgosto com algum mal trabalho na dublagem oficial (o que sim, é possível acontecer) acabou fazendo ela generalizar a tal ponto que falou aquilo. Completamente irracional.

    Eu concordo com o Side Quest, infelizmente o costume acaba fazendo isso. Culpa de alguns fansubs (não todos, alguns até usam notas pra explicar termos mais complicados, isso eu gosto e acho válido pra entender melhor o sentido original). Mas, poxa, se tem uma palavra em português que tem o sentido EXATO da palavra japonesa, como Nakama/Amigo, PORQUÊ não traduzir? Qual a vantagem prática de deixar Nakama no meio da tradução? Será que “Nakama” expressa a idéia de “amigo” melhor que a palavra em português? NÃO!!! SÓ COMPLICA AINDA MAIS! Acho que esses otakus querem é que apenas eles entendam, não se sentem confortáveis em ver “”pessoas comuns”” entenderem a obra que eles gostam. É a minha teoria.

  12. São versões oficias e estão custando dinheiro. Eu quero ter o mais próximo da obra original o possível, mesmo sabendo que é impossível uma tradução 100%.

    Mas ai uma pessoa vê na internet uma tradução gratuita que, mesmo mantendo vários termos e nomes em japonês, consegue ser bem melhor e ser o mais próximo possível do que o autor original queria mostrar.
    A primeira coisa que veem a cabeça dela é que a tradução oficial é uma bosta.

    E em relação aos nomes, não acho que tudo deva ser traduzido mas algumas coisas devem. A maioria dos substantivos próprios não podem ser traduzidos. Assim como a maioria dos adjetivos podem.
    E meio complicado então senso comum é necessário. Não vamos traduzir “One Piece” como “Um Pedaço”, Naruto como “Massa de Peixe” e “Bleach” como “Alvejante” (embora acho que esse último cairia bem kkkk).
    Porém não vejo problema em “Canção de Gelo e Fogo”. Crônicas tem tradução para o Inglês (Chronicles). Mas se o autor não usou tal palavra, pra que eu vou traduzir com ela? Não faz sentido.

    Quanto aos nomes dos personagens, acho que é algo intocável. Quem se lembra nas mudanças nos Livros do Harry Potter. Completamente desnecessário.

    Em relação aos termos, acho uma boa mantê-los. A ordem de leitura já é mantida então pra que não manter “chan”, “kun”, etc… Depois é só colocar uma nota.
    O legal do mangá é isso. É algo novo. Um estilo diferente de quadrinhos.
    Fica mais fácil pro tradutor, mantem certos traços de personalidade de alguns personagens e ninguém reclama.
    E como você disse Kitsune, certas coisas não tem tradução mesmo. Para que tentar traduzir se o resultado quase sempre vai ser negativo.

    1. Inuyasha, nesse anime uma personagem se chama Kagome –‘ , na tradução ficou Agome. Pq? a personagem seria exculachada e vc sabe o motivo.
      Se quer o maximo da obra aprenda japones.
      Sem mais.

      1. Tipica resposta de quem não sabe argumentar:
        “Não gostou, faça melhor.”

        E em relação a Kagome:
        Conde Doku e Capitão Panaka
        Star Wars não perdeu nada por causa disso.
        E outra. Em todo lugar que vou só falam Kagome (até em sites brasileiros).

          1. Foram zoados mas não saiu disso. Uma boa história consegue se salvar desse tipo de coisa.
            Doku Kagome…. XD kkkkkkkkkk

            Se formos implicar com nomes porque eles tem duplo sentido iriamos ter um grande problema. São vários idiomas e regionalismo pelo mundo.

          2. Mas existem mesmo esses problemas, cara. Não dá pra lançar um anime com um personagem que se chama Kurapika. Ia dar briga, com certeza.

      2. Esse é um caso em especial, realmente foi bom terem mudado o nome dela. Mas o caso de traduzirem outros nomes, como Raito, de death note, que ficou como Light, um nome em inglês e mais dificil de se ler do que raito, não há necessidade. Concordo com o Rodrigo.

        1. Nesse caso não foi exatamente traduzido, mas sim adaptado,
          Light em japonês tem som de Raito.

          Percebi isso no episodio que a Misa esta pesquisando sobre o Raito e na tela do computador dela aparece Light apesar dela falar Raito

          1. Se você fala Raito, ou escreve assim, você só pode ser retardado.

            Eles não conseguirem pronunciar o fonema do L ou com palavras mudas, não significam que você, brasileiro, deva.

            Se é escrito Light, você deve falar Light.

          2. não e questão de ser retardado ou não acontece que quando eu vi DN na legenda estava Raito e eu escutava na pronuncia Raito me acabei acostumando com ele. Depois que fui descobri que se escreve Light

            agora em questão da pronuncia acho que se deve falar no idioma original.

            quando vc Ler Harry Potter vc ler no inglês ou no português
            que ficaria algo com Arry Potter??

            só pq vc e brasileiro não significa que vc tem que trazer todo tipo de nome pro português

    2. Concordo com vc, são versão oficiais, quero ter o mais próximo da obra original o possível.

      se eu quiser uma obra brasileira eu procuraria um tipo de leitura brasileira e não manga que e japonês

      1. Então se eu quiser ler ‘O Senhor dos Anéis’, vou ter que ler ele em inglês, porque se eu quisesse uma ‘leitura brasileira’ procuraria uma obra brasileira, e não uma uma obra inglesa.

        1. não foi exatamente isso que eu quis dizer.

          A ideia e trazer de um outro idioma sem ser perda muita coisa e manter a obra o mais original possível, que você possa entender da mesma maneira como se fosse lindo no seu idioma original. No meu ponto de vista se for editado muita coisa deixar de ser a obra original.

          Se eu pegasse pra ler Harry Potter, sabendo que não uma obra nacional e tem a versão dela em português(que e o único idioma que eu sei), eu quero que ela o mas próximo do original. Agora se ele vem com capa diferente, nomes de personagens diferente, nome de feitiços diferentes e cheio de gírias. Pra mim não seria Harry Potter uma obra inglesa.

    3.   Pelo q vc diz parece q o quanto vai ser traduzido é apenas uma questão de bom senso, bom , concordo q ele é necessario, mas não acho q devemos generalizar e assim acabamos criando um “nivel padrão de bom senso” . 
        Por se tratar de internet recebemos material de muitas fontes, e cada uma delas acaba prezando níveis diferentes do quanto de deve preservar da cultura original da obra.  
        Sinceramente, gosto muito dessa variedade acho q isso enriquece a experiência de leitura e principalmente nos enriquece culturalmente. É claro q alguem q esta lendo um manga ou assistindo um anime pela primeira vez vai ter um certo choque ao encontrar, por exemplo uma tradução preserve fielmente  todos os pronomes de tratamento. Mas penso q ai cabe a pessoa q não se agrada com esse tipo de tradução, q procure uma outra mais adaptada a sua cultura e língua. 

      1. “Bom senso” era justamente a palavra que eu queria usar ao invés de “senso comum”. 🙂
        É preciso bom senso e conhecimento da obra pra sair uma boa tradução.

        Mas o que você falou está certíssimo. Porém estamos falando de fãs, e eles são a maioria já que não temos mais animes na TV para atrair leitores novos e casuais.
        Dessa forma não acho que faria sentido fazer uma tradução normal que poderia atrair novos leitores, se esta mesma tradução afastasse aqueles que realmente se importam com a obra. É um tiro no pé.

        No final os fãs que, atualmente no Brasil, são a única forma de marketing para esse tipo de coisa, iriam falar mal e rejeitar ao ponto de que novos leitores ficassem receosos.

        Por isso falo que um bom senso é necessário. E as notas no rodapé são sempre bem vindas, mesmo quando o livro é de origem brasileira (literatura fantástica por exemplo).

  13. Muito legal, tirando os erros, falo muito bem Kitsune.

    Outro exemplos é legal ser lembrado, o mangá “Ao no Exorcist”, no EUA foi publicado como “Blue Exorcist” quando publicado no Brasil seguiu o nome em inglês, em fez de “Exorcista Azul” como ficaria o nome em português.

  14. Muita coisa se perde mesmo na tradução. Uma das características que mais marca Goku é que ele fala como um interiorano (o que faz todo o sentido). Mas creio que ninguém quer que as falas dele sejam transpostas como a de um caipira igual o Chico Bento. Agradeço aos tradutores sempre que vou falar sobre uma obra que tem nome em português e não preciso ficar 5 minutos só para explicar um título.

  15. Discussão legal, imagino como seria uma tradução para “Shokugeki no Soma”.
    Algo como “Soma dos desafios culinários”. Otakus hardcore enlouqueceriam com isso.

  16. A maioria dos “otakus” nacionais se prendem a esses detalhes da tradução e começam a esbravejar quando tais “crimes” são transgredidos, pois consideram que tal adaptação estivesse agredindo a imagem idealizada da cultura japonesa que está em suas mentes, pois aquilo está abrasileirando e nós já conhecemos desde eras passadas o estigma que está implantado na mente do brasileiro que a cultura nacional “é uma merda”. Quanto mais afastado estiver da cultura brasileira e mais próxima da japonesa, através da perspectiva limitada que os a maioria dos otakus possuí dela, melhor para essas pessoas, isso fica mais claro ainda quando paramos para refletir como a cultura do anime e manga é para essas pessoas escapista e alienadora.

    Agora indo para um lado mais pessoal, eu como bom nerd que sou prefiro, por exemplo, consumir a cultura de massa americana na sua forma original sempre que possível, sempre irei optar por um filme Hollywoodiano legendado do que dublado, ou até sem legendas se for o caso, mas não faço isso porque acredito que o trabalho de adaptação nacional é ruim, é simplesmente pelo fato que como já foi debatido muita coisa se perde e eu que tenho um domínio e conhecimento da cultura americana relativo não quero ter essa perda, claro que por eu não ter nascido lá será impossível eu anular por completo a perda do contexto cultural local, entretanto, com o passar dos anos eu fui bombardeado de várias formas pela a cultura dos gringos e fui transpondo a maioria dessas barreiras.

    Isso vale o mesmo para mangas/animes, estou longe de compreender a cultura e o idioma deles, como compreendo o inglês e será impossível compreender tão bem quanto a minha própria cultura, mas hoje já não tenho mais a mesma perda do que um perfeito leigo e isso faz com que eu não queira consumir uma obra mais adaptada e sim uma mais crua.

  17. Eu compreendo também que se está extrapolando os limites, mas não acho que algumas dessas “birras” sejam sem necessidade. Por que para o contexto otaku, não poderia haver incorporações de palavras como existem em vários outros contextos? Afinal em algum momento, várias palavras inglesas foram incorporadas a língua portuguesa e reinventadas. Além disso, outros ramos (informatica e games,ex.) tem seus próprios “dialetos” com palavras incorporadas do inglês e outras línguas.

    Cada “nicho” tem sua “gíria” e não vejo muito problema com isso. “San,Sama,Chan,…” iriam agregar algum valor a tradução? Muito provavelmente sim, de uma forma mais simples e talvez mais próxima ao original do que tentar atingir a mesma semântica com verbos e pronomes (eu não sou bom em português). De todo modo, enquanto um técnico de informatica continuará falando “seed, branch e root” ao invés de traduzir para as semelhantes anatômicas de uma árvore no português, não vejo problema um texto para otakus conter “san, sama, chan” e qualquer outra variação necessária para um maior entendimento da mensagem posta. Claro que eu também concordo com o que foi dito, é impossível não perder absolutamente nada. Mas ao mesmo tempo, otakus brasileiros querem ter a mesma experiência de otakus do japão e do mundo. A ideia é que um grupo possa falar o mesmo “dialeto”, sem necessariamente falar a mesma língua, como acontece em outras áreas do conhecimento (apesar de anime/mangá ser apenas entretenimento).

    De todo modo, a pergunta principal seria, “aonde podar”? Ou seja, o que deixar de traduzir e o que traduzir, como foi apontado no vídeo. Talvez caberia ao público alvo decidir, mas de fato o único modo de “entender da mesma forma que o original” é lendo o original, em japonês. Então, algumas coisas são aceitáveis, “ore sou Ichigo” não(ao menos não para o público de agora xD).

  18. Concordo que se tem uma tradução que não ser perca totalmente o sentido ou que vai atrapalhar o entendimento deve sim ser traduzido, mas no caso dos “-chan”, “-Kun”,”-Sama”,”-san” perdi muito o significado, ou ate em alguns situação a compreensão, pra isso exite Glossário.

    se for o caso de “adaptar” para ficar de fácil compreensão então pq não coloca o manga pra ser lindo da forma ocidental(da esquerda pra direita) em vez de manter a maneira ocidental. se e possível a pessoa se adaptar a ler os quadros da direita pra esquerda pq ela não se adaptaria a uma coisa tão simples como os honoríficos.

    Já vi um personagem em um anime dizer “Watashi” e depois se corrigi e Dizer “Ore” ai fica dois “Eu” seguidos, não custa nada colocar uma nota. se fosse no manga isso não seria necessário era só colocar um “Eu” dar uma pausa e continuar

    agora já vi num manga uma personagem feminina Dizer “Boku” que também significa “EU” mas de uma maneira masculina. Ai depois outra personagem diz: “Por que você fala com uma garoto”. não custa nada colocar um “NT” no rodapé da pagina ou no Glossário. Acredito eu, que quem compra manga sabe que não e uma obra Nacional do brasil, então ela tem que se adaptar com isso se ela quer ler continua lendo esse tipo de leitura.

    Uma coisa que já ia esquecendo e a tradução de nome próprio, se não soa tão estranho ate tudo bem traduzir. também tem quando alguma nome em outro idioma que não e o japonês(inglês por exemplo, japonês costuma fazer muito isso), e quando e traduzido ele traduz tudo, mas se nei pros japonês fica totalmente compreensível, pq o tradutor vai trazer isso pro português?

  19. O pior de tudo é que pelo menos nos scans e fansubs, nem é traduzido direto do japonês, é uma retradução de outra língua.

    Por mim, não colocava nem chan, san, sama, colocava tudo Senhor, diminutivo, e mestre.

  20. si lançarem um manga de Free e ele vir pro brasil como De Graça ( grats ) eu compro. a tradução do manga eu aceito (com exceção como si o japonês coloco o titulo egles nao muda. ja o titulo do japonês tudo bem, e outras coisinhas mais). Ja anime prefiro legendado dublado nao da, nao sinto emoção dos dublado brasileiros ( pelo – da maioria que traduz anime ja que nao colocam muito esforço ou dinheiro neles {na minha opinião}ou e porque so vi animes com + de 8 anos dês do one piece nao vi nem um + recente { primeira temporada} )

  21. Só acho engraçado traduzirem Mirai Nikki pra Diario do Futuro, que eu apoio totalmente, mas Ao no Exorcist deixarem Blue Exorcist, se é pra traduzir que seja pro portugues com Exorcista Azul, que é bem mais legal que em ingles, nesse caso acho que largar em japones ia ser melhor.

    1. Ao no Exorcist é um caso complicado. É costume no japão eles colocarem palavras em inglês no meio de uma frase em Japonês.
      Tem até uma paródia que o South Park fez sobre anime que tem uma música que era a extrapolação desse fato.

      Desse jeito todas as nomes ficariam esquisito aqui no Brasil. Por exemplo:
      Ao no Exorcist (embora seja o original não é um nome bom)
      Azul Exorcist (mesma lógica japonesa, mas o resultado seria pior)
      Exorcista Azul (é tão bizarro que eu queria ver só pela galhofa XD)
      Blue Exorcist (o melhor nome mas não faz sentido no Brasil)
      Blue Exorcista (Joel Santana approves)

      Como vê, é muito complexo. Ainda acho que o nome certo a se adotar seria o japonês por vários motivos, mas ele não é o melhor nome.

  22. É muita questão de hábito. Realmente achei estranho quando começaram com essa história de nakama, por que pra mim traduzir como companheiro sempre foi a coisa lógica a se fazer.
    Quanto aos sufixos, eu não me incomodo com a presença deles, acho até legal. E é uma coisa que fica natural a medida que você lê, como se fizesse parte do nome do personagem. Agora deixar um monte de palavra solta que não seja golpe(que até dá pra se traduzir e pra mim, dependendo da qualidade da tradução pode ficar até melhor) e nome de comida é demais, não há necessidade e pode atrapalhar a leitura, principalmente de quem tá começando nessas coisas.
    Acho muito interessante os mangás que tem as notas de tradução e aqueles apendicezinhos com explicações do que significam as coisas no final, é um metodo útil e você acaba até conhecendo mais sobre a cultura ou sobre a intenção do autor. Sempre gostei de ler o do D. gray~man, porque colocavam também referencias sobre os personagens.

  23. Olha, minha opinião parece (e deve ser mesmo) meio incoerente, mas leiam.
    Tradução é algo naturalmente arbitrário. O tradutor terá NECESSARIAMENTE de arbitrar e escolher o que fazer no caso a caso. Para obras de leitura (notadamente livros e gibis), a tradução fica muito mais simples que em obras áudio-visuais. Isso acontece por existir para obras escritas o uso da nota (que pode, e deve, ser usada, desde que com moderação).
    Sobre essa arbitrariedade, temos um exemplo bem recente do trabalho de tradução de Crônicas de Gelo e Fogo. No livro, muitas palavras, inclusive nomes próprios, foram traduzidas (Porto Real, Correrrio, etc), enquanto outras não (Rivers, Winterfell, etc). Não há critério fixo pra essa tradução? Há. A regra é “NUNCA traduza nomes próprios”, mas o próprio tradutor deixou uma nota no fim de cada livro pra explicar porque traduziu. Em Harry Potter isso também acontece com os nomes das casas, do jogo de quadribol e etc.
    Percebem o que quero dizer quando falo que a arbitrariedade é necessária?
    Assim, afirmo que CERTOS termos, arbitrariamente, deverão ser traduzidos E OUTROS NÃO. No caso dos mangás, eu acho muito sensato NÃO traduzir os honoríficos e deixar notas explicativas para eles. Porque são coisas relativamente fáceis de explicar em uma nota. Já o caso de pronomes pessoais (eu, tu, etc) devem ser traduzidos, EXCETO nos casos onde o tradutor perceber que se perderá algo MUITO essencial para a obra (isso pode acontecer principalmente em obras que retratam um universo mais antigo, como a Bíblia é um exemplo clássico).
    Para os mangás e livros esse problema tem uma solução mais fácil e deixa tudo na decisão do tradutor, que deverá ser muito bom no que faz para perceber quais as nuâncias que devem ser deixadas e quais devem ser retiradas. O caso se complica mesmo é no áudio-visual. Acredito que seja esse o maior problema dos otakus: a maior parte SÓ vê o anime!

    Fui claro? Faz sentido? Se quiserem me responder, eu adoraria o feedback (reparem que ninguém fala “adoraria a retroalimentação”).

    1. Concordo. Acho que a tradução de lugares é uma das piores coisas que um tradutor possa fazer. Porém nós usamos muito (Londres, Nova Iorque, etc…).

      Mas como isso já foi feito e não podemos mais voltar atras, temos que ter bom senso e não usar mais isso quando formos traduzir algo

      Imagine “Rio de Janeiro” virando “January River”. kkk

      Então pra mim não faz sentido, em pleno século 21, na era da comunicação e da globalização, você traduzir um nome de lugar ou de pessoa.

      Eu não vi a nota mas qual foi a razão que ele deu para não traduzir “Rivers” e “Winterfell” e traduzir “King’s Landing”?

      1. Ih, cara, é uma justificativa de uma página no final do livro. Eu nem me lembro direito, mas ele começa falando que uma das coisas que mais o “deram liberdade” para a tradução mais “livre” foi que o próprio autor dos livros não respeita a regra da não-tradução de nomes próprios na própria obra. Mas não lembro direito.

        Ademais, o que eu digo é: Winterfell não tem estilo se for traduzido. Imagina aí, a capital do norte, o castelo de Inverno Caído/Chegado. Não soa bem! Já Porto Real soa muito bem. Rivers e Snow são nomes de personagens, mas ele traduziu o Meia-mão então caiu no mesmo padrão. É uma questão de estilo e de facilidade no entendimento. Ele deve ter tentado conjugar as duas. E, na minha opinião, ficou muito bem feito.

        1. Se não me engano (preguiça de pegar o livro agora) o critério usado foi:
          – Nomes próprios nunca são traduzidos (Snow, Rivers, Flower, Stark), porém alcunhas sempre são traduzidas (Cão de Caça, Montanha, Mindinho, Duende, Coração de Pedra)
          – Já para lugares houve uma arbitrariedade, traduziram os nomes que havia tradução e não ficavam estranhos, logo há nomes traduzidos (Porto Real, Correrio, Jardim de Cima) e outros não (Winterfell, Karhold, Crakehall, Qohor, Pentos)

  24. Acho que o maior problema com as traduções são os títulos dos mangás. Eu não tenho problema com isso, mas isso é o que gera mais problema. Concordo com Kitsune quando fala que tem que se achar a melhor forma de adaptação. Por exemplo, se traduzir o título “soul eater” ou “hunter x hunter” seria realmente estranho. Mas no caso de “diario do futuro” ou “Nura”, não afeta tanto assim o que a obra é.
    No caso de traduzir o nome do golpe, acho válido. Sempre que você vê um golpe e, logo no rodapé tem a tradução do golpe, fico, as vezes, com raiva. Sei que nós nos acostumamos a ver nas traduções, de animes/mangás, os nomes dos golpes no original. As vezes tem que preservar o original, mas tem mais é que traduzir. Ou melhor, fazer ao contrário, colocar o nome traduzido no balão e, no rodapé, e porque não no fim do mangá, para os mais “conservadores” não ficarem com tanta raiva assim, o nome no original.. Quando vejo no final do mangá aquelas explicações de termos e nomes japoneses, penso que podia ser invertido. Se alguém que nunca pegou um mangá ver alguma coisa escrita em japonês, pode não querer ler mais por vários motivos. E também acho que ninguém é obrigado a aprender japonês.

  25. Kitsune, eu sou otaku.

    Mas digo com certeza absoluta que não me encaixo na idealização que muitos fazem do otaku. Assim como vocês do VQ, do Fala Otaku, ou como muito dos meus amigos também não se encaixam nessa idealização. Mas dizem que há uma tribo de otaku e que otaku tem uma forma, um cheiro, um jeito de falar (?). Eu só me acho otaku porque gosto de anime e mangá. Ponto.

    Então acho que a questão de alguns termos não serem traduzidos ser algo intolerável está relacionado com um tipo dos tipos de otakus que temos hoje no Brasil, talvez sejam os mais fanáticos e o desejo deles de estarem mais próximos da obra original ou da cultura japonesa, ou dos dois. O desejo de se sentir mais íntimo a cultura ou mais próximo da obra eu até entendo e respeito, agora a obrigação que outros sintam o mesmo, não.

    Você cita OP e o termo usado pelos personagens para denominar ‘companheiro’. É algo particular da obra. Seria o mesmo que “hokage” para os fãs de Naruto, por exemplo. O que eu não veria nenhum problema em ler/ouvir o termo “hokage” traduzido pra “governante”, “prefeito”, “líder”, etc. Mas para muitos fãs aficionados a tradução do termos empobrece a história. Mas isso só ocorre exatamente pelo que você falou antes: os otakus tem acesso a obra na sua forma original, antes da tradução e das adaptações. E aí passam a se sentir íntimos da obra e da cultura. O próprio anime legendado faz isso com os Otakus.

    Então para os otakus que estão habituados a “ouvir” o termo em japonês, acontece com eles o contrário do que você citou sobre um brasileiro achar que o “Watashi” é um corpo estranho dentro de uma frase em português. É estranho? Sim, muito. Mas não para o público otaku que é o público alvo dessa obra. Então para um otaku mais aficcionado ler: “O prefeito da Vila do Fogo autorizou a formação de um grupo de busca com ninjas aprendizes” é tão estranho quanto seria para uma pessoa comum ler “O Hokage de Konoha autorizou a formação de um grupo de busca com shinobis genins”.

    Então a reclamação dos otakus mais fanáticos é que, se o mangá é direcionado a um público alvo que já compreende a importância dos termos originais, por que não usá-los? O problema é que essa pessoa não pensa nas questões das regras de linguagem e que esse tipo de trabalho visa alcançar também um público maior. Aquele que ainda não teve o acesso ao mangá e nem ao anime.

    Afinal, será que iríamos gostar tanto de animes se cavaleiros tivesse sido transmitido com o som original e legendado?

    Meus sobrinhos até pouco tempo atrás vinham na minha casa e perguntavam, “tia Tsunade, não tem anime falando ‘brasileiro’?”. Por que eu estava assistindo legendado e eles tinham dificuldade de acompanhar a leitura e achava estranho a própria fala. Eu mesma quando não tinha costume de assistir legendado, achava o japonês falado um idioma muito estranho. Até por que em certos momentos dá impressão que eles estão gritando ou bravos. Já ouviram como eles falam: “arigatô gazaimasu!!!!!” ou “Hai!!!!”. Eles falam com tanta vontade e empolgação que parece que é algo ruim.

    Com o tempo a gente vai se habituando, e aprendendo que a tonalidade também tem haver com a emoção, com a educação, e o otaku acaba criando um vinculo quase afetivo com a forma que eles falam.

    Não que é uma questão de valorizar os termos estrangeiros e desvalorizar o nosso português, acho que isso está mais ligado ao desejo desses fãs de estarem mais próximos a obra original e a cultura japonesa.

    Eu escrevo. E eu uso honoríficos japoneses e alguns termos dentro de obras direcionadas aos fãs de anime/mangá. Por que eu sei que o meu público alvo vai entender e gostam. Mesmo assim, costumo colocar um vocabulário no fim do capítulo por que acho que outras pessoas comuns podem de repente se interessar pela história. Mas nas minhas obras originais eu não uso nem nomes, muito menos termos japoneses. Por que simplesmente não teria sentido. Poderia usar se a história se passasse no Japão, mesmo assim, se não fosse para fãs de animes/mangá, por exemplo, fosse um livro para ser publicado aqui no Brasil, com certeza não usaria termos japoneses.

    Então, é uma questão delicada? Até é. Mas não é de difícil compreensão. Pra mim, que sou adulta, não interfere em nada. Hoje eu prefiro assistir o anime legendado por que me habituei com as expressões, com a fala em japonês. Não é mais estranho com a uns quinze anos atrás. Mas se não houvesse censura e se os animes passassem na televisão antes de chegar por outros meios na televisão brasileira, assistiria o dublado sem problema nenhum. Como assisti Dragon Ball, Guerreiras Mágicas, Samurai X, Inuyasha e tantos outros que passaram em épocas mais prósperas na TV. Da mesma forma que leria o mangá traduzido por profissionais nas bancas se eles chegassem para nós na mesma velocidade que os scans feito pelos scanlaters chegam.

    É o que eu penso.

    1. Imagine uma pessoa de pé, batendo palmas com o mesmo louvor do que uma foca circense, torcendo por algum peixe. Sou eu neste momento. Parabéns e obrigado pelo texto impecável! 😀

    2. Concordo com 99% de tudo o que disse exceto por esta parte:

      “Da mesma forma que leria o mangá traduzido por profissionais nas bancas
      se eles chegassem para nós na mesma velocidade que os scans feito pelos
      scanlaters chegam”

      Existe por questões contratuais, uma janela de licenciamento e publicação de mangás fora do Japão. Salvo algumas poucas exceções como a versão digital da Shonen Jump americana além de outras versões locais também da China, Coréia(se não me engano) onde publicam simultaneamente com o Japão. Logo, a questão da velocidade dos scanlators é praticamente impossível de se bater atualmente no Brasil.

    3. Ler um texto desse digno de redação do ENEM chega a ser animador! Ótima dissertação do assunto e sua opinião foi muito bem explicada e defendida ^-^

    4. Na verdade, tudo o que você disse nada mais é que:
      É justificavel o otaku preterir a tradução integral porque ele está acostumado com a cultura japonesa e se habituou a isso e não porque é necessário. Como você mesmo citou, vc antes estranhava os desenhos com audio japonês e depois se habitou e adquiriu conhecimento para perceber a carga cultural que eles expressam na intensidade da pronúncia das palavras e tudo mais, isso nada mais é que costume, não foi uma escolha sua, acredito que quando vc estranhava o audio japones, se tivesse o mesmo desenho dublado, você iria preferir ele. Não vejo quem assitiu DB no sbt, Fly, CDZ, YYH reclamarem de consumir o material traduzido na integra, porque eles acostumaram com isso, essas mesmas pessoas, se continuaram a assistir desenhos orientais tiveram que recorrer a material legendado, hj elas não se importariam de assisti-los com audio em japonês, porque elas tem familiaridade com a cultura japonesa no que diz respeito a pronúncia e tratamento, mas a grande maioria deve preferir o desenho dublado na integra como foi o primeiro contato e já as pessoas que assistiram os desenhos apenas na infância e depois não mais, essas quando escutam o aúdio japonês reprovam veementemente. Não existe uma necessidade, até mesmo o argumento de “empobrecimento” da obra quando ela é traduzida na integra nada mais é que costume e um grande “que” de clubismo, de mexer com uma tribo. Reconhecendo ou não o Otaku é elitista, porque não aristocrático nas questões que envolvem as duas mídias. Tem a certeza que são os mais sábios, mais cultos sobre o assunto e cabe a eles o crivo das coisas, determinar o que pode e não pode, como especialistas e sentem um certo orgulho do conhecimento que possuem com relação a quem está tendo seus primeiros contatos com quadrinhos e desenhos japoneses.
      Sobre a sua postura profissional, ai é uma questão particular e estratégica, mas criar elementos para agradar a um nicho é restritivo, pode achar que não, que a pessoa se adapta, mas nessa perde pessoas que não tem o interesse desse aprofundamento. Lembro até hoje que em meados de 98 mais ou menos eu peguei algumas obras onde eu pensava que o chan era parte do nome do personagem e pensava que assim como os chineses, o tal do chan era muito popular nos nomes de meninas japonesas…

  26. Ah, ainda complementando meu outro post, é necessário perceber também que, para aumentar a necessidade da arbitrariedade, tem toda uma questão de beleza nas palavras usadas. Existem palavras que, se traduzidas, não vão fica cool (se ligaram?). Até nomes de personagens que ficam ridículos quando traduzidos.

  27. Eu acho que tradução é coisa que tem ser feita com bom senso. No caso do anime e mangá vc espera uma tradução do japonês para protuguês, para que nós possamos ler a historia, e é por isso que os nomes, termos e golpes em ingles, eu acho que tem que ser mantido, se ñ perde essencia, se no original já fez ingles era para ser diferente se fosse para ser traduzido fazia em japonês que ficaria igual ao resto da historia mais o autor quis usar outra lingua. Se achar que for necessario coloca uma nota, ou sempre coloque da primeira vez que aparecer. Por isso que pra mim se traduz “Mirai Nikki” e se mantém “One Piece” por exemplo. Os nomes dos personagens em japones nem precisa citar pois nunca vi alguem fazer tradução deles mesmo, mais golpes eu acho q ah aqueles que existe tradução e akeles que não da pra fazer algo decente, eu entendo por que traduzir só mesmo por meu gosto, minha preferencia, eu prefiro que ponha notas em todos os casos em vez de tradução, pq golpe, poderes, tecnicas são algo para marcar e maioria das vezes que é traduzido soa tão fraco, tão sem graça xD mais como ñ vão fazer isso mesmo, pelomenos poderiam pensar nos casos que dava pra manter em japones e os casos que de pra fazer tradução boa, ñ forçar sair traduzir tudo como muitos fazem é isso que eu quiz disser nesta questão. Pra terminar eu vou falar de algo que não entendo mesmo pq tiram os sufixos, pq pra falar a verdade não tem tradução, pq no Brasil não se usa coisas assim talvez um senhor mais que caiu no des uso e virou outra coisa. Não faz mal nenhum deixa-los eu acho q falta deles é que muito errado, primeiro pq tem tantas piadas, tantas coisas nas historias que você entende por causa deles pq de um sufixo pro outro vc pode notar coisas sobre o personagem, intimidade, relação de hieraquia, respeito, e se perdem muito por exemplo na JBC, pq oq eles fazem ou ñ colocam nada oq é o mesmo de tirar (isso ñ é tradução) ou coloca algo que fique estranho, ou coloca “senhor” pra qualquer sufixo, quando é no anime ñ importa oq está na lengenda em relação a isso pq você vai ouvir e notar, mais nos mangás muita coisa se perde por causa disso. Eu concordo com vc que é impossivel uma tradução perfeita mais eu acho q poderiam esforçar naquilo que da pra fazer perder sentido só pq ñ tem sufixo em portugues quando coloca-lo la em japones não atrapalharia ninguem, quem gosta de mangás, aprende isso rapido pelomenos os mais usuais. Não é impossivel salvar muita coisa disso, é possivel salvar varias coisas sim, claro que não é possivel salvar todas.

    1. Agora q terminei de ver o video vou falar mais coisa, primeiro faço aula de japones (tá isso é irelevante xD) mais sabia desses tipo do “Eu” “Você” isso é puro bom senso claro que o eu tem q ser traduzido, não é mesma coisa que os sufixos, perder o uso de um “eu” formal ou um “eu” informal não vai fazer muita diferença no historia mais um sufixo dependendo do caso faz muita mesmo, vc tava comparando coisas diferentes tipo “nakama” pode ser traduzido como companheiro, colega é uma palavra como qualquer que existe sim uma tradução diferente dos sufixos, outro exemplo capitão, capitão tb tem no portgues ñ é esse caso dos sufixo q todo briga xD vc falou coisas que existem uma tradução para comparar com coisas que não possue uma

      1. No Brasil usa-se “eu” para tudo. O que torna a frase formal ou não é o que vem depois.
        Bom senso é tudo.

        Mas no caso dos sufixos, alguns não tem tradução. Esses, em particular, são os que não deveriam ser mantidos.

  28. Na minha opinião o problema da tradução é a sonoridade e praticidade, no MEU gosto eu prefiro urashima-senpai a veterano urashima(há pouquissimas pessoas q dizem isso), tradução tem q ocorrer mas a adaptação tem que ser seletiva, repetindo isso é uma preferencia MINHA.

  29. Eu acredito que um bom exemplo do que o Kitsune disse sobre toda essa discussão da tradução de modo geral ser muito influenciado pelo costume da pessoa, é o anime de YuYu Hakusho.
    A dublagem brasileira de yuyu hakusho é vista com muito carinho e nostalgia por quem viveu a época da manchete (e eu sou um deles). Porém eu tenho certeza que se yuyu hakusho tivesse passando hoje nas tvs japonesas e fossem anunciado a sua vinda ao Brasil, e como resultado nós tivéssemos a dublagem do modo como foi feita na década de 90, ela seria rejeita por praticamente 100% dos otakus daqui e seria usado como um exemplo do que “não” se pode fazer numa tradução que é justamente o contrário de como o anime é visto hoje.
    Até hoje, dos fansubs que eu achei o anime com o audio em japonês, todos eles usavam alguns dos termos da versão dublada na legenda mesmo que o audio original tenha um outro sentido.

    1. Essa é uma das melhores dublagens que eu já vi. Exalta a personalidade de cada personagem. Não sei se a galera iria reclamar não, visto que tem gente que gosta das que saem hoje (que são feitas em garagens de tão toscas que são).

      1. Mas com certeza reclamariam. A dublagem praticamente jogou o roteiro pro alto e encheu aquilo de gíria. hahahahahaha
        Não que isso seja ruim, como você mesmo disse a dublagem exaltou as personalidades dos personagens e trouxe o Urameshi “delinquente padrão japonês em animes/mangás” para o Urameshi “delinquente padrão brasileiro” falando gíria o tempo todo e “cheio de marra”. E isso ficou realmente muito bom. Mesmo assim, a “total” exclusão de termos em japonês e a inversão das várias brincadeiras de vocabulário e ditados japoneses que existem no original trariam uma grande aversão a obra.
        Quer saber porque eu digo isso?
        O mangá de Beelzebub foi licenciado aqui pela panini, e a base do roteiro da obra é “delinquentes saindo na porra com demônios”. A panini usou algumas gírias na hora da tradução e como resultado disso eu vi uma galera dizendo que o material tava um lixo porque o Oga (o protagonista) falado com muita gíria e ele parecia um delinquente carioca/paulista, e isso tava transformando completamente o mangá e deixando ele uma merda e etc e etc…
        Nós temos a mesma “base” (delinquentes de escola) em dois mangás diferentes em décadas diferentes e as reações para cada um foram diferentes exatamente pela “carga cultural” ou nível de informação prévia sobre a obra original ser diferente. Quando Yuyu Hakusho chegou aqui ninguém sabia nada sobre a obra e assistimos, analisamos e gostamos (ou não) do que vimos de maneira neutra sem nenhum pré-conceito. Já Beelzebub que à tempos já vinha sendo traduzidas por scans teve uma reação totalmente diferente porque muitos leitores estão preocupados demais em ler oq já leram ao invés de experimentar outras experiencias de leitura com o material oficial.

        1. Sempre achei o Yusuke e o Kuwabara um pé no saco, justamente pelo modo de falar deles… Apesar de estranhar nos primeiros 2 episódios, curti muito mais reassistir aos episódios legendados com audio em japonês…

          1. Hahahahahaha

            Já eu achei legal na época e continuo achando até hoje. Você assistiu quando passava na manchete?

  30. Kitsune o problema é que as vezes é necessário manter a palavra ou frase na língua materna para não se perder o sentido e as traduções tiram toda a graça, isso quando não simplesmente excluem a piada/expressão do material. Quem leu na versão original fica irritado com isso, pois sabe que muitos vão perder aquela parte por culpa dessa tradução completa que você defende.
    Por exemplos: Há uma parte de “Y – O ultimo homem” em que duas pessoas estão discutindo sobre bandas e uma delas diz: The who e a outra responde The who?. Quando fui ver essa passagem na versão em português ela foi deixada em inglês, apenas com uma nota de rodapé – Uma brincadeira feita com o nome da banda. A questão aqui é a seguinte – como traduzir essa brincadeira de modo que as pessoas aqui no Brasil entendam?.

    Sobre os títulos honoríficos eles muitas vezes são os responsáveis pela situação e se forem retirados acabam com o entendimento.

    Vou ilustrar uma situação que é clássica de mangás: Um garoto está interessado em uma garota, mas não tem coragem de se declarar. Ele, que sempre a tratou do modo mais formal possível, em algum momento olha pra ela e diz o seu nome com -chan, ela então se assusta e olha pra baixo com as bochechas vermelhas. Se tirassem o honorífico da situação ela ficariam simplesmente sem sentido algum.

    Por isso eu sou a favor de manter honoríficos e não traduzir certas frases ou palavras, para que não se perca o sentido que o autor quis dar aquela situação.

  31. nesta questão, eu tenho que concordar com o Tio kitsune (tio?), eu nunca entendi a necessidade que todos comentam de “estar o mais parecido” com a obra original, este problema dos fãs brasileiros é em todas as áreas. Quem joga qualquer jogo de MOBA ou MMORPG, onde se conheceu a versão inglês e depois passou para o português, vc se deparar com os xiitas que morrem mas não usam os termos e nomes em português…

    e sabe a onde mora a maior ironia no mundo dos animes sobre esta historia de “manter o sentido mais próximo da obra original” que os “otakus” tanto querem…
    é que a dublagem mais conhecida, considerada por muito a melhor dublagem de um anime na historia da TV brasileira, foi justamente a que mais “distanciou” da versão original do autor, abrasileirou muito, trazendo para a nossa cultura os termos, girias e piadas….

    nesta altura do campeonato muito ja devem ter lembrado de Yuyu / manchete.

    enfim… parabens kitsune, seu questionamento é o mesmo que o meu, por mim se abrasileirava o máximo possível, yuyu me passa aquele sentimento que eles ate são brasileiros, e eu gosto disto.

  32. Isto tem que virar fala otaku para que os otakus possam contra-argumentar.
    Uma das traduções de títulos que eu não entendo é de Kurotsuki que virou um título em inglês no Brasil.

  33. Eu concordo plenamente com o Kitsune, bem eu sou brasileiro a lingua cujo aprendi foi o português, logo prefiro ler ou assistir algo que eu entenda melhor não quero ler algo ande esteja palavras de significado que eu não entenda, não quero estar lendo meu manga ou vendo meu anime e sempre ter que olhar para o subtitulo para saber o que significa a palavra taichou ou porque sempre tem um “san” ou “kun” ou seja lá o que for no final do nome de alguns personagens, gente a historia não vai mudar por que a editora brasileira colocou “fruta da borracha” ao inves de

    “Gomu Gomu no Mi” desde que o enrredo da história seja o mesmo é isso que importa. logo no começo quando comecei a ler manga um dos primeiros foi bleach ( pela internet) eu sempre medeparava com a palavra taichou e eu não sabia o que significava por que era a primeira vez que eu lia um manga ae eu me perguntava o que ele quiz dizer com taichou ae eu ia no google tradutor pra saber o significado se vc quer ler algo em japones aprenda tal lingua ou então ñ compre as edições nacionais e ponto. mais antes saiba de uma coisa só por que o nome do golpe em japones não quer dizer a historia mudou ela é a mesma é o mesmo foco amigo, e lembre-se vc esta no Brasil onde se fala o portiguês não o japones se quer ler em japones va para o japao.

  34. Pra mim, que também prefiro uma ou outra palavra no idioma original (de forma bem arbitrária, como o Kitsune falou no video) se trata apenas de uma coisa: alguns termos soam mais legais no idioma original. Não xingo e nem reclamo se a tradução for 100% adaptada, mas PREFIRO alguns termos no idioma original.

    Um bom exemplo que já citaram são os golpes do Luffy, de One Piece. Em alguns momentos, cria-se uma certa expectativa de que raios de golpe novo o sujeito vai inventar. No caso da adaptação total pro nosso idioma (que repito, não xingo e nem reclamo), esse suspense cai por terra em muitas vezes.

    Se é errado ou não, pouco me importa. Mas que é mais legal, pelo menos pra mim, é.

  35. Não li as mensagens mas acho que minha opinião deve ser igual de alguém. Achei coerente no que o Kitsune falou no vídeo, e apoio a todo mundo pra mandar seu amigo Otaku chato a se fuder 😛 .
    Concordo que o tradutor tem que estudar e achar o melhor significado para a palavra na hora de colocar na tradução, mas por exemplo em anime, no capítulo trezentos e tantos quando a pessoa já viu e reviu todos eles, uma palavra (ou bordão) que fez sucesso em uma personagem ser colocada em japonês não vejo tanto problema.

  36. Kitsune, discordo do seu ponto de vista, pois acredito que alguns termos traduzidos para o português não “fazem sentido”, exemplo: Shinigami = Ceifeiro de Almas, pessoalmente não sei/nunca ouvi falar em ceifeiro/ceifador de almas, da mesma forma que antes desconhecia o termo Shinigami (pelo menos no contexto de Bleach), não posso garantir que entendi todos os sentidos que o autor quis escrevendo assim, porém isso se deve justamente pela diferença de cultura. Também não irei procurar todos os sentidos da palavra porque a desconheço, apenas procurarei entendê-la dentro do contexto mostrado.

    Para mim dizer que uma obra deve ser traduzida por completo (palavra por palavra) é algo muito radical e que nem sempre será possível dado o exemplo citado anteriormente. Portanto sou a favor da “tradução parcial” que encontro na maioria das vezes (não a do “nakama” citado no vídeo, pois considero que a palavra companheiro a representa suficientemente bem). Também gosto de alguns trabalhos dublados como o Dragon Ball, Yu Yu Hakusho (citados por outros também, eu sei).

    Pra finalizar gostaria de dizer que uma boa tradução é aquela que passa o sentido original expressado pelo autor da melhor forma possível, portanto isso será pessoal e nunca uma unanimidade. De toda forma, entendo seu ponto de vista e o considero válido. Continue com o bom trabalho realizado por você (e o urso também) no VideoQuest.

    Bruno Resende, Camaragibe-PE, 22 anos

  37. gosto de boas historias, manga anime não me considero otAku porque? simples eu não me prendo apenas em anime e mangar mais para mim não me importo com tradução se não quer tradução aprende japones.

  38. Excelente vídeo! Soou muito como um desabafo de tiozão, porque essas reclamações são muito coisa de molecada. A molecada ainda tá excitada demais com o mundo da cultura japonesa, por terem conhecido há pouco tempo. Então não vão dar o braço a torcer tão facilmente. hehe

    Em certo momento você se pergunta “por que as pessoas querem o original”? Tenho uma teoria pra isso: o que as pessoas querem é se sentir incluídas naquela cultura (japonesa, americana), por considerarem-na superior à sua própria. Acham que conhecer termos como -chan e -san os torna japoneses, e, portanto, “superiores”.

    Por outro lado, também acho positivo uma pessoa se interessar por outras culturas através de suas obras de entretenimento. Neste caso, acho que o nível de adaptação deve variar de acordo com o teor da obra: adoro a quantidade absurda de notas em Genshiken, mas não gostaria se o nome do Shinigami-sama (ou Doutor Morte) em Soul Eater não tivesse sido adaptado.

    Por fim, algo que me lembrei ao mencionar Soul Eater. Os otakus não querem ver a “pura” cultura japonesa ser “contaminada” pela brasileira nas traduções. Mas se esquecem de quão “contaminada” pelo ocidente a cultura japonesa já é. Espero que o tamanho do meu comentário não te impeça de lê-lo. hehe

  39. Muito bom esse vídeo! finalmente alguém mostrou esse tipo de situação. Eu particularmente prefiro traduzido/dublado, em realidade me sinto mais em ”casa” quando leio ou quando assisto uma adaptação, acho que entro mais na história!

  40. Nada me incomoda a exceção do título. Alguns, eu acho que não devem ser traduzidos, simplesmente pelo argumento que, se um título é o resumo/apresentação da obra, essas nuances que o Kitsune citou, não deveriam ser perdidas. Por exemplo, no caso de Senhor dos Anéis, OK, não há nada em Lord of Rings que o faça ser diferente de Senhor dos Anéis, mas por outro exemplo, LOST tem sim uma carga contextual (embora haja uma palavra pra isso) diferente de “PERDIDOS”, assim como The Walking Dead também tem essa carga. Agora, o anime Free!, não perde nenhum nuance se fosse traduzido para Livre!, afinal é um nome de um estilod e natação; ou então Avengers e Vingadores também são títulos que não perdem em nada um para o outro; se Breaking Bad fosse traduzido, também não perderia nada.

    Não gosto de “bom senso”, pois ele dá liberdade paras e fazer o que quiser, mas acredito que em títulos e nomes de personagens como (nomes mais normais como Seiya, Goku são uma identidade do personagem, e não um palavra que tem tradução, mudar isso seria como querer traduzir o meu nome, Lucas, e aí? Traduz isso? Não, deixa como está, é a minha identidade. Já Kagome e Conde Doku merecem ser mudados, mas são a exceção da exceção) devem utilizar mais do bom senso.

    1. Agora imaginem se Goku fosse João e Seiya fosse Ricardo. Não né, péra! Como eu disse, nomes normais e títulos que tenham essas nuances, realmente merecem a sua forma original, de resto, pode traduzir tudo e está ótimo.

  41. Vá vi varias discussões sobre esse tema, que no caso eu acho meio que desnecessário, não tem realmente um proposito “forte”. Pois como você mesmo disse são culturas diferentes, algo tem sentido para tal cultura que aqui não tem. Me recordo que quando realmente tive acesso a ler conteúdos pela internet, que deixavam palavras de outro idioma, estranhei, achei sem noção pois era algo que não tinha costume, até mesmo com traduções do inglês para o português. Concordo completamente contigo.

  42. Na minha opinião acho totalmente necessário que traduzem(ate se puder honorificos),para esse ”mundo” nao ficar tao fechado assim,por causa desse tabu que certos otakus criaram, ninguém começa sabendo,alem de que como disse,o trabalho de um tradutor e passa um certa língua para outro ate mesmo culturalmente para que as pessoas tenham acesso a isso,acho que certos otaku que isso para que eles se fazem um grupo diferenciado(forma de falar,jeito,etc…),eu nao acho que teria problema por exemplo traduzirem a palavra hokage para governante(ou imperador..etc..) por que te levaria a entender realmente o que esta constituído
    naquela palavra,esse e o objetivo da traduçao,alem de que nem todo publico que vai ler as obras vai entender,assim nao alcançara o objetivo de ter um publico maior nesse meio.

  43. Essa raiva de que os fãs sentem quando algo é traduzido não se limita a apenas
    animes sito como exemplo alguns fãs de Senhor dos Anéis que se arrepiam toda
    vez que alguém fala Valfenda ou Escudo de Carvalho.

    E o caso mais recente que me lembro foi a tradução do jogo World of Warcraft
    que foram toneladas de pessoas reclamando das traduções, admito que torci a
    cara para muitos (convenhamos StormWind virar Ventobravo é meio complicado e
    Lich King viram Lich Rei também não ajuda muito) mas em questão de entendimento
    ficou muito melhor, porque os personagens no jogo assim como em Senhor dos
    Anéis não possuem sobrenomes e sim títulos que remetem muitas vezes a algo
    importante sobre o personagem ou a seus antepassados. Eu não gosto das coisas
    que são “meio” traduzidas como o caso de nakama, companheiro também é
    uma palavra forte em nosso idioma então porque não usá-la?Mas se for um caso de
    extrema importância sempre teremos as notas de rodapé para nos ajudar.

  44. Whatashi não seria um termo feminino, para o masculino não seria boku ha

    Mente podre de 5 anos agindo contra minha vontade
    shaushuahsuhuahsuhaushuhasuhaushasuh

  45. Concordaria 100% com você, Kitsune, se a tradução fosse sempre bem feita. Infelizmente, todos nós estamos cansados de ver traduções horríveis, mesmo em meios oficiais (em especial em filmes de cinema) em que se resolve mudar completamente o sentido de frases inteiras, ou simplesmente do título, mas para uma forma muito inferior à original. Um exemplo que me vem à mente agora é o filme “Rat Race”, que foi traduzido aqui no Brasil como “Tá Todo Mundo Louco”. Ou o mais recente “Captain America: The Winter Soldier”, que foi traduzido como “Capitão América – O Retorno do Primeiro Vingador”. Traduzir um título dessa forma acaba perdendo muito o sentido original, e, sendo o título, passa uma imagem muito diferente do que o planejado originalmente pela obra.

    Mas temos bons exemplos de dublagem. A dublagem brasileira de Yu Yu Hakusho é um exemplo de profissionalismo, as adaptações (que foram MUITAS) mudaram, claro, o sentindo cultural de algumas expressões, porém as adaptaram para a nossa cultura, deixando, além de mais natural, inesquecível. Tanto na tv quanto no quadrinho. Fiquei impressionado quando li, em certa parte do mangá brasileiro, o momento em que os personagens não podiam falar a palavra “quente”, e o Kuwabara diz “quem te viu e quem te vê” e acaba quebrando a regra pela sonoridade (QUEM-TE viu e QUEM-TE vê). Essa adaptação encaixou perfeitamente à trama.
    Outros bons exemplos são as dublagens de Padrinhos Mágicos, que fui ver em inglês e percebi que não possuía graça alguma. A dublagem não só traduz, mas adapta à nossa cultura e dá sentido para a trama e para as piadas.

    Pessoalmente, prefiro tudo traduzido. Gostaria de ler um mangá e ter a sensação mais próxima possível de um japonês o lendo. “Mirai Nikki” não me diz nada, mas “Diário do Futuro” me passa MUITA informação. Sei que quando um japonês lê Naruto, ele vê “Konoha”, mas seu cérebro entende “Vila da Folha”. Então, porque para mim tem que ficar codificado? Prefiro um ninja da Folha a um shinobi de Konoha. Por esse mesmo motivo, também sou contra traduzirem palavras que NO ORIGINAL estão em outra língua. Se fossem dublar a abertura de “Ataque aos Titãs”, para mim não faria sentido cantar algo diferente de “sie sind das essen und wir sind die jäger”. Um japonês ouviria exatamente assim, então é melhor não traduzir e deixar da mesma forma.

    Como você disse, dublar é traduzir sem perder o sentido. E eu acho que, mais importante que a tradução, a sensação que o autor quer passar deve ser preservada o máximo possivel.

    One Piece o caramba, quero ler é Um Teco! =P

  46. Eu até concordo com “n – k” argumentos, Kitsune.

    Infelizmente, e muito mais frequente na JBC, falta a tal uniformização da tradução em determinadas obras (por exemplo, no mangá Nura, optou-se por traduzir os ~nomes~ dos youkais, mas alguns outros continuaram a ter seus nomes-não-humanos mantidos em japonês) publicadas por aqui. A incoerência aparenta não estar presente apenas no lado do consumidor…

    Particularmente, muito do que me atraiu no mundo dos mangás (na net, btw) foram as formas como as coisas ali aconteciam e as devidas explicações que os scanlators mantinham em letras menores nos campos disponíveis… Ou seja, foi a afinidade e empatia com a carga cultural (da arte, do texto e das situações) que ali estava presente. Se eu quisesse “aspectos brasileiros” com certeza compraria uma obra feita por brasileiros… E aqui faço referência à descaracterização das obras que foi muito comum até meados do ano passado.

    Claro, todo mundo que acompanhou Cavaleiros do Zodíaco está familiarizado com “meteoro de pegasus”, mas é bem interessante, ainda que não obrigatório, ter contato com a expressão original do golpe (pegasus ryu sei-ken). E qual seria o critério? Bem, eu gosto que se mantenha os ~nomes próprios~ dos personagens, golpes e locais na língua de origem, por mais que isso soe estranho para algumas pessoas…

    No mais, argumentos mais que válidos quanto ao trabalho de tradução (literalidade + adaptação) entre línguas e culturas tão distintas como o português e o japonês.

  47. Nada contra o vídeo ou a mensagem, mas como ex-tradutor de Fansubber, só não entendo por que motivo é criticado por exemplo o uso de “Nakama” em One Piece – que concordo, em parte, quanto a ser um exagero, mas que tem mais a ver com a história dos Fansubbers no Brasil do que com tentativa arbitrária de (não) traduzir – e o rapaz do vídeo usa o termo “double standard”, explicando logo depois que são “dois pesos e duas medidas”.

    É tão inconsciente quanto. E como eu disse, tem mais a ver com a forma como os Fansubbers surgiram, em um ambiente de falta de ferramentas e de total descrédito. Esse tipo de coisa só existe pra dar confiabilidade à tradução, o que era um alvo frequente de todo o público já crescentemente otaku e que queria um conteúdo próximo do original no sentido de se ter mais acertos que erros – logo, confiável, melhor, perfeito enquanto trabalho de Fansubber.

    Faltou falar também dos erros grotescos e contínuos de tradução até hoje, que empobreceram muitas séries como Saint Seiya, por exemplo, e que despertaram um olhar mais crítico dos fãs das séries. Dessa forma, a consciência do grupo de fãs acaba sendo muito mais inocente em achar que um texto traduzido demais é mais próximo da tradução oficial, que muitas vezes é extremamente problemática, preferindo a versão de Fansubbers, que por mais longe do oficial que esteja, pelo menos é aceito pelo fandom como digno.

    A solução? Melhorar a tradução. Minimizar esse tipo de erro. Valorizar sentidos originais, e não necessariamente termos originais. Isso é o que aproxima o Fandom dos produtos oficiais.

  48. E “nakama” é ruído pra alguém que não é otaku, na verdade. Pra quem é, não é ruído. E muitos fãs gostam é de saber que o tal do “nakama” significa amigo/companheiro, mesmo que seja buscando no google, e ver isso no vídeo, mas não porque não quer ver traduzido, mas porque é único nesse cenário de traduções essa aproximação com o original. É meio inédito. Não prefiro assim, prefiro ver traduzido também, mas BEM traduzido.

  49. Sobre os honoríficos, acho que é importante pra ajudar a compreender as relações entre personagens. Pode ser substituído sim, dá pra colocar personagens falando de forma mais ou menos formal, mais ou menos fina ou rude, e assim vai. Até por que não é só o pronome de tratamento ou o honorifico que representa isso, todo o dialogo daquele personagem representa seu jeito de falar. Então dá pra tirar, mas tem que adaptar o dialeto do personagem. Isso não acontece na esmagadora maioria dos mangás. Salvo uma ou outra exceção de personagens que falam de um jeito muito diferente do resto, todo mundo num mangá traduzido costuma falar igual.
    Acho que a implicância (completamente arbitrária, como você disse) em manter só o honorifico é justamente por que eles não tem uma tradução direta, eles não atrapalham a frase, não soam feio como os pronomes pessoais soariam. Me incomoda ler um mangá e não conseguir discernir como aqueles personagens se tratam, mas não é só por falta de honorifico, é por falta de noção do tradutor de manter as diferenças na fala. Por isso que geralmente eu gosto que mantenham, já que vão fazer cagada pelo menos esse pedacinho se salva.
    E eu sei que uma tradução tão detalhista é bem inviável, deve requerer muito mais tempo e cuidado que a carga de trabalho numa editora permite.

    Pra mim o sem noção mesmo é quando reclamam da falta de honorífico em legenda de anime. Sendo que anime tem audio pra ouvir o honorifico, o pronome pessoal, o dialeto, o verbal tic e assim vai…

  50. Caras, li os comentários, e vejo que estou muuuuuuuito mais do lado do VQ do que dos otakus em geral.

    Discordo da política “usar termo em jp e depois colocar no glossário”, pois é extremamente irritante para o leitor casual. Discordo do “meu público-alvo é otaku, tenho que escolher termos para eles”, é tudo questão de costume.

    “Traduzindo não fica tão elegante”

    Isso também é mania, acho tão legal a tradução em Senhor dos Anéis, onde temos Bolseiros, Valfenda, Passolargo, etc.

    Mais prova de costume, em Digimon todo mundo cresceu com “Diginvolve para…”, no japonês é “Shinka” apenas, e não vemos otaku pelos cantos dizendo “Ah, o correto é shinka, que saco…”. Em Inuyasha temos Garras Retalhadoras de Almas, Onda Explosiva e Ferida do Vento. Por*a, que nomes legais!

    Já foi impantada uma cultura no meio otaku de que japonês é sempre melhor que em português, e acho isso errado, muitas pessoas NEM TENTAM gostar da versão brasileira, desgostando logo de cara.

    Outra, não pode-se esperar que todo mundo que comprar já é fã, os mangás brasileiros estão sendo vendidos em acesso público, e acho que devem tentar agradar novos fãs. Para isso, deve-se usar termos mais amigáveis.

    O mesmo vale para fanzines brasileiros, vejo aos montes coisas do tipo “Este é Shikazuki Kishikito, um brasileiro que vive em São Paulo”, e temos que ter em mente que esse tipo de coisa só favorece exclusão, criação de nicho. Não é “temos que preservar a espécie”, mas o anime/mangá precisa ganhar mais força, é necessário trazer mais pessoas para o meio, é necessário que o mercado cresça. E acho que estamos muito “fechados”.

    A única coisa que eu acho correta, é manter os mangás com sentido oriental, pelo simples motivo que teríamos situações contrangedoras do tipo “Esse ataque perfurou o coração dele” (e a mão está atravessando o lado direito do peito). Fora que, a parte visual da história é feita em um sentido de leitura que, se espelhada, perde parte da mensagem/impacto que o autor quis passar (por incrível que pareça, espelhar pode arruinar uma cena boa).

    ===============================

    Enfim… Não vou dizer que esse é um problema de brasileiro, acesso comunidades internacionais, e tudo que foi dito aqui aplica-se para o mundo todo.

  51. Concordo q quando tem q traduzir tem q traduzir, tirar honoríficos, mudar algumas falas ou gírias para facilitar o entendimento, e não interromper o ritmo de leitura do leitor. Só sou contra a tradução de nomes.

    Usando um exemplo diferente, eu sei q a Dc exige q nas revistas aqui do Brasil, o personagem Batman é escrito em inglês ao invés de Homem-morcego, mas (se por algum milagre) Devilman viesse ao Brasil, eu preferiria que mantivessem o nome Devilman, pois Homen-demonio, ou Homen do capeta, eu acho que ficaria estranho e perderia o sentido do nome Devilman.

    Mas talvez seja só o meu lado nerd babaca falando, pois no próprio exemplo de Devilman, eu falo isso pq eu me acostumei de chamar ele de Devilman.

    E por ultimo eu prefiro a tradução do Animax de Bleach q o da Panini, pis eu prefiro o nome “ceifeiro de almas” no lugar de shinigami, e sociedade das almas no lugar de soul society.

  52. Nerd é assim, eles querem um material só para seu próprio nicho! Depois reclamam que não faz sucesso para o grande publico e assim fica cada vez mais de nicho mesmo (provavelmente como eles querem)

    Eu cresci vendo anime e tokusatsu na TV, pra mim é normal a adaptação.

  53. Tem coisa pior, nas legendas quando querem manter a frase completamente literal ao japonês e fica aquela legendo ridicula de 5 linhas cheia de notas, perdendo a dinamica da olbra, legenda de fã é triste! Falta bom senso! Quer mostrar que entende da lingua, faça ma adaptação fluida e com sentido e não usando todos os termos possiveis literalmente btraduzidos acabando com a esperiencia audio visual, em uma animação o forte é a animação, não estragem poluindo com textos desnecessarios, só de ter çegenda já se perde em demasia da experiencia.

  54. Realmente é dar murro em ponta de faca.

    Sou uma exceção, já estou próximo dos 30 anos, acompanho desenhos animados japoneses a 20 anos, e digo que sou exceção pq eu sempre defendi a tradução de tudo, desde golpes, títulos, os diálogos nem preciso comentar e sou assim com títulos e golpes em inglês também. E nessa sou 1 em 100 e olhe lá, pq a maioria acha que é muito mais sonoro e estiloso em inglês ou japonês determinado golpe, mas não vejo o menor sentindo, se o golpe tem um nome que significa pelos do suvaco vedorentos, deve ser traduzido para isso, o autor que inventa-se um nome estiloso, adulto, fodastico ao invés de algo tão infantil e besta, se ele não o fez e está sendo lançado aqui, deve ser traduzido, assim como ataque dos clones da sombra, pistola de borracha e por ai vai.
    Eu não canso de me surpreender como um otaku se ofende quando falo que mangá é história em quadrinho e anime é desenho animado, sendo que em nenhum momento eu digo que o estilo adotado seja o mesmo dos desenhos ocidentais, eles possuem caracteristicas próprias, mas mangá são desenhos em quadros contando uma história e anime são desenhos animados que o japão produz, qual o problema de constatar isso?

  55. A questão não se é “fácil ou difícil” traduzir – como muitos tem falado com relação aos honoríficos, por exemplo -, e sim a questão de que parece haver um preciosismo dentro da comunidade Otaku, que parece QUERER uma exclusividade de compreensão dos animes e mangás. Porque honoríficos, “Ni-san”, “nakama” e todas essas palavras acabam sendo um vocabulário comum dentro da “tribo” e acaba virando uma gíria identificadora, que mantém os inteirados sabendo seus “sentidos secretos” e os noobs ou “estrangeiros” na periferia. A comunidade otaku tem um grande “quê” de clubinho fechado e elitista. E falo isso com propriedade, tendo convivido com (e participado, e, até contribuído com essa postura) esta comunidade há mais de 15 anos.

    É função da tradução ser o máximo fiel ao sentido original, sim! Mas há uma função mais primordial na tradução que é de se fazer entender. Os honoríficos não vão fazer qualquer sentido para um brasileiro que não conheça a língua japonesa e, caso seja uma legenda, por exemplo, quem for otaku e conhecer o mínimo de japonês vai ESCUTAR o honorífico e distingui-lo.

    Então, sinceramente, para mim, no final das contas, essa coisa de não traduzir é uma tentativa dos otakus de criar um exclusivismo da compreensão dos animes e mangás, como se “só nós conseguimos compreender isso, pq animes e Japonês são coisas muito complexas e dignas somente daqueles ‘seres especiais’ que tem a capacidade ou a determinação de ultrapassar a barreira linguística/cultural”.

    “Ah, mas os honoríficos criam relações hierárquicas entre personagens.” Alguém com certeza já disse. Pode ter certeza de que, se essa relação hierárquica for algo IMPORTANTE para a compreensão da história, ela será expressa de forma muito mais explícita do que um mero uso de honorífico. E se não for, simplesmente, não é importante para a compreensão geral da história!
    Pode até o ser para uma análise profunda de seus “significados implícitos”. Mas para as pessoas que QUEREM analisar estes significados, uma tradução não vai ter qualquer importância, pois esse objetivo requer um conhecimento do material original e da língua japonesa, de forma que ela não vai buscar isso na tradução.

    A tradução não serve a estas pessoas e sim as que, justamente, não conhecem a língua!

    Os únicos efeitos reais das traduções cheias de notas de rodapé para explicar expressões não traduzidas e cheias de palavras e partículas japonesas são:
    1º – afastar o público que não conhece anime – e que muitas vezes tem um tremendo preconceito com animes causado exatamente por esta postura exclusivista sua, otaku. (pois é)
    2º – e ser um atestado de que o tradutor é, na melhor das hipóteses, covarde por não assumir uma decisão de tradução e, na pior das hipóteses, um incompetente que deveria se dedicar a outro trabalho.

    1. Concordo plenamente, não tem uma REAL necessidade de honoríficos nas obras traduzidas, toda a postura do personagem na história, linguagem corporal e verbal já indica a hierarquia entre os personagens ou um tratamento formal que uma pessoa reservada tem com outras pessoas. Sem contar com o que vc disse no final, que em português existem os “equivalentes” para tratamento.

      1. A grande questão é que muitos consideram o uso de honoríficos na tradução como uma questão estilística, como uma forma de ambientação no “mundo oriental” (como o caso dos chineses falarem “L” ao invés de “R”, ou o Daniel-san de Karatê Kid). E, nessa perspectiva, até que realmente não é um grande problema porque não afeta a compreensão do texto.

        Mas o problema é que existem muitos honoríficos no Japonês. Não é só “san”, “sama”, “chan” e “kun”. Há “senpai”, “kohan”, “sensei”, “dono”, “hime”, “gou”, “bo”, “hakase”, “shi”… e tem mais! É só procurar que se acha um monte. Vamos deixar essas palavras TODAS sem traduzir? Ou vamos traduzir algumas e outras não? Qual o critério para qual serão traduzidas?
        E mais: “san” é um honorífico neutro. TODO mundo é “san”, “Sama” pode-se traduzir tranquilamente como “Senhor”, “Chan” e “Kun” com diminutivos ou apelidos. “Dono” pode ser traduzido com formas arcaicas como “Senhorita”, “Senhorio” (até pq só personagens de fala arcaica ou pomposa usam esse honorífico), “sensei” pode-se traduzir tranquilamente como professor ou como mestre, dependendo do uso específico. “Hime” é princesa, ou Vossa Alteza…

        Ou seja: o Português tem SIM capacidade de traduzir esses honoríficos de forma satisfatória. Eventualmente, um honorífico específico, pouco usado, com sentido muito restrito necessite de uma explicação, mas não é o normal.

        Mesma coisa do uso de Watashi, Ore, Boku… pode-se, pelo uso do vocabulário daquele personagem, indicar que ele é mais vulgar, masculinizado, etc. Não precisa ser com “a palavra eu”, especificamente.
        Isso daí indica a qualidade e a dedicação do tradutor de pensar sobre a estrutura do que está traduzindo, e não simplesmente encontrar os sinônimos e substituir X por Y. É a parte criativa do trabalho dele! Não tiremos essa prerrogativa do tradutor! Ele é um artista, cujo trabalho é interpretar e adaptar linguagens.

        Enfim, não somos japoneses. E, apesar de ter muitos otakus por aí que querem declaradamente ser, eu pessoalmente sou muito feliz por ser brasileira e poder ter como língua materna uma tão bonita quando o Português. E acho que ela merece ser valorizada.

        E aí, quem sabe, tantas das pessoas que conheço que não passaram dos primeiros episódios de um anime fantástico porque “Não entenderam nada”, vão poder deixar o preconceito de lado e conhecer esse estilo de literatura e entretenimento tão legal.

    2. Ou, para resumir tudo isso que a gente falou até agora:

      PRECIOSISMO é o emprego desnecessário de vocábulos de “baixa freqüência” (palavras de significado desconhecido da maioria das pessoas), arcaicos ou em língua estrangeira ou ainda qualquer forma afetada de expressão verbal. Constitui também preciosismo o abuso da ordem inversa e, na expressão oral, o linguajar próprio do padrão formal (língua escrita).

      Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/preciosismo/

  56. concordo com tudo o q falou, mas tb não dá pra ignorar certas bizarrices de traduções…

    personagens com sexo alterado, piadas perdidas q poderiam ser mantidas facilmente se tivesse um pouco mais de carinho e atenção (visto q volta e meia vemos amadores conseguindo isso), títulos q são praticamente estuprados e por aí vai… pq uma coisa é reclamar q Avengers virou Vingadores (q, aliás, é como a HQ sempre foi vendida aqui), outra coisa é reclamar q tá “Deu a Louca nos Super Heróis”…

    Outra coisa é q, se tiver importância pra trama, precisa sim de uma nota do tradutor explicando o q aconteceu… lembro de um caso em Hunter x Hunter no navio quando Kurapika (outra merda é essa censura nos nomes… Kurapaika q o diga) e Leorio se conhecem… pelas normas japonesas, Kurapika é mal educado ao chamar Leorio sem o “-san” e isso gera o conflito ali entre eles… ou seja, Kurapika tá errado e Leorio reage a isso… na tradução colocam ele reclamando por não ser chamado de “Senhor Leorio” e não se tem nada explicando o pq disso… o cara parece um louco por surtar e ofender o outro por algo q não é da nossa cultura (um cara de 17 anos exigir ser chamado de senhor??)…

    mas desde q seja um trabalho bem feito e realmente esforçado em tentar traduzir ao máximo, não as palavras, mas a intensão das cenas, sou super a favor de traduções (mas não de dublagens, mas isso é outro assunto)… apesar de, particularmente, gostar muito mais de certos títulos no original… questão de sonoridade mesmo…

  57. Acho que algumas palavras devem ser mantidas no original, eu penso nisto unicamente para a estética do texto, eis um exemplo: “Rasengan” ou o comumente conhecido “Kamehameha” por habito ou por estética não creio que algumas palavras necessitam de tradução, não sou averso a tradução das duas palavras citadas acima, só pergunte a si mesmo se prefere “Meteoro de pégaso” ou “ryu sei ken”.

  58. Não cheguei a ler todos os comentários, mas consegui ter uma noção da
    polêmica que o assunto gera. Apesar de tardiamente, gostaria de deixar
    minha opinião.

    Tradução/adaptação é um assunto complicado, e muito discutido na academia há bastante tempo. Obras importantes do cânone cultural estão sempre ganhando novas traduções, e é possivel perceber a diferença na compreensão de uma obra comparando as versões anteriores.Eu gostaria de dar o exemplo dos escritores russos, cujas primeiras versões foram traduzidas do frânces ou do inglês. As traduções em português que vieram do original, continuaram mantendo os traços culturais, e quando necessário apresentam as notas de rodapé. Eu falo dos russos porque acho interessante a preservação que fazem das variantes de um nome russo. Dependendo do tratamento que uma pessoa tem com outra, no russo, o modo como essa pessoa é chamada muda. E o nome chega a mudar tão
    drasticamente que são necessárias notas de rodapé para explicar a
    variação. Isso me lembra muito os honorificos do japonês.

    Na cultura brasileira a importância no uso dos pronomes de tratamento foi
    diminuindo com o tempo. Ainda assim, continuam existindo algumas marcas
    gramaticais que expressam a essa diferença. Por exemplo, ao se referir a
    uma pessoa idosa de respeito, não se usaria o tratamento “você”, e sim,
    iria se prefeir o uso de “senhor (a)”. Se for prestar atenção, mudamos o
    tom de nosso discurso várias vezes durante um único dia. Nossa fala não
    é uniforme. Isso, porque variamos a forma de tratamento com as pessoas.
    No japonês também existem, além dos honoríficos, as marcas gramaticais. Eu
    acredito, até, que tenha se passado despercebido por alguns as “partículas” que
    finalizamas frases no japonês. Esses elementos gramaticais carregam muito mais
    significado de contexto, do que de “vocabulário”. Numa tradução
    serviriam como uma pista de entonação e tratamento, acredito, tanto
    quanto o que falam a respeito dos honoríficos.
    A diferença é que os honoríficos se ligam aos nomes, e por isso não pesam tanto, digamos assim, do que uma estrutura gramatical que não existe no português. É
    mais fácil, com o costume, assimilar essas formas de tratamento. Elas
    ficam mais evidentes. Nesse caso particular, eu acredito que em
    determinados casos eles possam ser mantidos, assim como acontece com as
    variações mantidas nas traduções das obras russas para o português.
    Porém, quando possivel adaptar para uma outra cultura sem perder a
    significação que a obra original quis dar, é preferivel a adaptação.
    Queria poder falar dos outros tópicos que foram polemizados, mas acho que estaria delongando demais o comentário.

    Então, foi só porque não resisti comentar sobre essa parte, depois de
    assistir o vídeo e ler alguns comentários. Me pareceu que o que mais
    pegou foram os honoríficos.

    Aliás, um exemplo que me passou agora
    a mente, imaginem o termo “aniki” do japonês em diferentes contextos.
    Como, máfia, irmão mais velho, ou até mesmo dentro da comunidade GLBT. O
    que o tradutor olharia é para o contexto na hora de adaptar.
    No português poderíamos isolar o termo “coxinha”, e variando o contexto ganharia uma tradução diferente para outro idioma.

    É realmente um assunto muito delicado, mas também muito interessante. Muito bem abordado no side quest.

  59. Discordo em parte pois não é só isso, mas também o desleixo na tradução, por exemplo o manga Freezing com erros enormes de português, e a proposito por que freezing não foi traduzido? Dois pesos duas medidas também vale para as editoras.

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