VQ Review – Arata Kangatari – Ep. 01

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Arata Kangatari despertou meu interesse desde que seu mangá foi publicado no Brasil pela Editora Panini sob o título O Mito de Arata. Na época não pude dar a devida atenção a ele, mas quando fiquei sabendo do anime, imediatamente fiquei com expectativas altas. No fim das contas, não deveriam ter sido tão altas.


RESUMINDO

Em Arata Kangatari temos a história de Arata, um garoto com a responsabilidade de substituir uma princesa devido à falta de mulheres no seu clã. Como se não bastasse ter que se passar ilegalmente por mulher, as coisas ficam ainda mais complicadas  quando ele se vê no meio de uma rebelião dos “Doze Shinsho”, guerreiros esses que, antes responsáveis por proteger a princesa, agora se viram contra ela. Acuado e sem saber o que fazer, ele foge e numa floresta mágica acaba misteriosamente trocando de lugar com Arata Hinohara, um jovem do Japão moderno cheio de problemas na escola. Sim, agora o que temos é o garoto de hábitos rústicos do mundo de fantasia chamado Amawakuni no Japão moderno e o rapaz do repetitivo e confortável mundo moderno num lugar fantástico onde tudo é diferente.

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EU ACHO QUE…

Aposto que você ficou com o sentimento de “já vi isso em algum lugar” enquanto lia o resumo, por mais que provavelmente não tenha visto. Sob um disfarce de aparente originalidade, Arata é uma história de fantasia clichê o bastante pra fazer com que você não consiga levar tão a sério. Ou ao menos foi o gosto que esse primeiro episódio deixou.

A história se desenvolve rápido demais e se ela fosse um pouco mais complexa, ficaria difícil de entender. Antes da primeira metade do episódio e do desenvolvimento de qualquer personagem, já estamos no coração da rebelião dos Doze Shinsho, o que na minha opinião poderia ter sido guardado para um pouco mais tarde em favor do desenvolvimento dos personagens, todos bastante estereotipados e jogados na cara do público como se fossem de papel. O próprio Arata não passa do típico protagonista shonen esquentadinho e sua contraparte do Japão dos tempos modernos é aquele já conhecido adolescente de anime recluso e cheio de problemas de relacionamento na escola. Espere também vilões clichês e cenas obrigatórias, como a mocinha sendo feita de refém pra despertar a coragem no personagem principal (Sério? SÉRIO??).

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Depois de tudo isso você deve ter certeza que é o anime é ruim, certo? Minha opinião? Não é e eu explico. Apesar do festival de clichês, Arata Kangatari consegue despertar interesse por uma coisa que falta a muito anime hoje em dia: carisma. Pelo o que pude julgar do primeiro episódio, não parece ser uma história que veio pra deixar marcas e mudar vidas mas diverte e é simpático, até por se passar num mundo de alta fantasia, o que por si só é capaz de deixar muita gente curiosa. Um aspecto que particularmente achei interessante foi assistir o conflito de Hirohara após ele ser transportado para Amawakuni. Se no Japão ele era um garoto tímido e acuado, ele começa a demonstrar algum crescimento e consegue fazer quem assiste torcer por isso, mesmo que dê uma forçada no drama. O design não é excepcional, mas combina com a ambientação da história. O mesmo pode ser dito da animação. Nada excepcional, nada desastroso, mas nada além do básico. É nisso que todo esse primeiro episódio e todos os elementos da história apresentados até aqui podem ser resumidos.

Infelizmente, não nos é mostrado como Arata vai reagir no Japão moderno, mas o final do episódio me deixou ansiosa para ver isso. Dependendo de como vão lidar com o ritmo em que a história se passa e com o desafio que os protagonistas vão passar em universos diferentes, pode acabar sendo uma boa experiência afinal.

Arata Kangatari despertou meu interesse desde que seu mangá foi […]

6 thoughts on “VQ Review – Arata Kangatari – Ep. 01”

  1. O anime nao seguio o mangá,mudaram muita coisa e cortaram muitas cenas,fico muito ruim.
    Pela abertura que deu para ver pela abertura do anime,ele vai ser shounen ai.E no mangá nao tem nada de shounen ai,e nem yaoi.
    Achei muito ruim o anime.

  2. Eu tenho um pé atrás com Yuu Watase. Embora ela tenha um traço lindo e seja mestra em dramaticidade e humor, Fushigi Yuugi me decepcionou tanto que nunca mais quis ler nada dela (sim, o mangá como um todo é bom, mas o casal de protagonistas que começou engraçado e interessante com o tempo foi ficando tão meloso, mas tão meloso… e a história virou um verdadeiro dramalhão mexicano… ugh…).

    Entretanto, pelo que você diz no review, este anime parece ser uma boa diversão, então eu decidi dar uma chance a Arata Kangatari. Se o foco for mais na aventura do que no romance, pode valer a pipoca.

  3. Sabe, acho que eles mudaram de dimensão por conta do Arata “medieval” (vamos assim dizer) ter derrubado aquele artefato dos deuses e, como castigo, isso aconteceu.

  4. Minha opinião:
    Muuuuuuuuuuuito corrido.
    Nos é jogado de cara um drama pessoal do Arata “Real World”, foi muito rápido, não deu pra sentir o peso da “traição” que ele carrega. A gente tem simplesmente que aceitar isso, mas minha sensação foi de “não me importo”.

    A animação está muito fraca também.

    Eu não li o mangá, mas imagino que esses problemas foram culpas exclusivas do anime, e a maior culpa ao meu ver cai no diretor.

    Acho que no ep2 a coisa melhora, a série é longa, ela deve ter algum desenvolvimento legal… Mas se até o ep3 não melhorar, eu vou apelar pro mangá.

    PS: Eu fiquei muito mais interessado no Arata medieval no mundo humano, hehe.

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