VQ Review – Suisei no Gargantia – Ep. 01

suisei no gargantia 01

Ah, a expectativa… Gargantia no Planeta Verdejante (falaê se esse nome traduzido não é muito mais legal?) sofreu com a nossa antecipação. Vimos “Gen Urobochi” na equipe, chegamos esperando o episódio 10 de Madoka, e tivemos o episódio 01 de Madoka. Mas eu gostei do que vi.

RESUMINDO

Ledo (ou Red, ou Redo, sei lá… eu prefiro Red) é piloto da frota de Machine Calibers (os mechas –  o dele, inclusive, é chamado por ele de Chamber) da Aliança Galáctica da Humanidade. O animê começa com um ataque direto contra uma criatura espacial chamada Hideous. O ataque é uma falha total, Red (sim, aqui vai ser Red) acaba perdido no espaço-tempo e é “resgatado” num lugar desconhecido. A grande revelação do fim do episódio é o tal lugar no qual ele é encontrado.

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EU ACHO QUE…

O episódio 01 de Gargantia pode ser facilmente dividido em duas partes: a primeira é só a batalha contra os Hideous, e a segunda é o choque do resgate forçado, com as pessoas tentando (inutilmente) desmontar o Chamber. Então, falemos dessas metades.

A primeira metade… é, é bem meia-boca, mesmo. É bonito, bem animado, e eu devo também ser o único que curtiu o design dos mechas e dos uniformes (mas ainda assim parecem roupas de mergulho). Mas naquele momento aqueles personagens não são nada. Muito menos o Red. A série ainda tenta começar alguma espécie de conflito moral do protagonista, onde ele se questiona sobre ser um soldado, esquecer tudo que não é imediatemente útil… mas eu ainda não me importo. Então, acaba sendo quase um AMV: cenas bonitas, trilha sonora de fundo, acabou.

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Já na segunda metade a coisa fica mais interessante.  Principalmente por ter algo que eu amo: a tentativa de evitar ao máximo o diálogo expositivo. Nós descobrimos naturalmente, através de diálogos que fazem sentido naquela ação, que aquelas pessoas vivem de desmontar coisas que eles descobrem por aí; a revelação (para o protagonista) do lugar onde ele se encontra é gradual e muito bem estruturada,  com o escaneamento do lugar, o estudo da língua e as conclusões lógicas baseadas na observação da tecnologia do lugar. Além disso, achei linda a cena na qual ele sai do “prédio” onde ele está preso e descobre o céu, o mar e as nuvens.

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Aliás, palmas novamente para o recurso utilizado para diferenciar as línguas: o espectador entende apenas a língua de quem domina o ponto de vista da cena. Não, nada fantástico, mas eficiente e interessante. Merece um parágrafo só para isso.

E, ao que parece, boa parte do animê vai ser devotada ao Red descobrindo esse planeta (tô evitando o spoiler, mas já está meio óbvio, não?), os costumes, o destino daquele resquício de civilização antiga e etc. E é aí que voltamos àquilo que não fez diferença na hora, mas que agora vai fazer: Red não sabe o que é viver além da batalha. Ele é um soldado, e apenas isso. Viver em sociedade, e em relativa paz (que não deve durar muito) vai ser interessante. Lógico, isso pode ficar bem piegas e forçado, mas por enquanto, é um bom mote.

Ou seja: eu gostei. Despertou minha curiosidade. Tenho grandes esperanças para Gargantia no Planeta Verdejante. Bom primeiro episódio.

Suisei no Gargantia – ep. 01 – no Argama

Suisei no Gargantia – ep. 01 – no Xil

Suisei no Gargantia – ep. 01 – no Anikenkai

Ah, a expectativa… Gargantia no Planeta Verdejante (falaê se esse […]

18 thoughts on “VQ Review – Suisei no Gargantia – Ep. 01”

    1. Parece bem interessante, mechas não são a minha praia, mas vou dar uma olhada nesse. Se tem o Gen Urobochi envolvido então também espero algo pelo menos próximo do nível de Madoka.
      “Redo” deve querer dizer Red mesmo se é o “R” é pronunciado como em “caro”.
      E, Kitsune, você é fã de mechas?

      1. Sobre o nome do personagem, tive a impressão de que é “Ledo” mesmo, pois eles pronunciam como o nome do Light de Death Note (“Raito”, o som do “R” é meio puxado, como se tivesse um “L” antes, “luRaito”), e quando o capitão fala com ele, parece estar falando “Ledo” mesmo, sem som de “R”, mas o nome só foi dito umas três vezes e em cenas de ação, é difícil ter certeza…

        1. Não há uma real diferenciação de L e R.
          Um bom exêmplo foi quando a Conrad traduziu para o português Ruffy em vez de Luffy. Isso só foi confirmado errado quando apareceu o cartaz romanizado pelo Oda, escrito Luffy (com sua recompensa).

          Não acho que “Ledo” signifique alguma coisa em Japonês… Então por eliminação ficaria Redo, o que faria seu nome “Red”.

          Uma outra possibilidade, que eu duvido muito, é que o nome dele fosse Led (referência monitores de Led), mas isso acho pouco provável.

  1. Olha, eu vi as coisas meio diferentes de você. Primeiro, descordo sobre as roupas dos soldados parecem roupas de mergulho, achei nada a ver isso. Segundo, a primeira metade realmente não foi das melhores, mas me deixou intrigado pelo modo de vida dos humanos nas colônias e me fez pensar como que eles foram para um lugar tão longe da Terra e que eles estão em um futuro tão distante que nem sabem mais nada sobre a Terra (achei isso foda). Terceiro, os costumes dos habitantes da Terra no futuro de Gargantia foram o que me deixou mais intrigado no episódio. Aliás, foi todo o modo de vida deles que me intrigou. É possível perceber claramente ali que eles não são muito desenvolvidos tecnologicamente (pros padrões do mecha do Ledo pelo menos xD) mas ainda assim se viram bem numa Terra do futuro que esta em um estado que complica bastante a vida deles, afinal, está sendo coberta por água quase que completamente e os seres humanos vivem em embarcações gigantes (ta bom, vi isso na sinopse, mas pelo menos isso eu tinha que fazer antes de ir assistir o negócio né). Os humanos ali parecem bem felizes e satisfeitos com o modo de vida deles. O que me fez pensar que essa é uma situação bem diferente da proposta em Ergo Proxy por exemplo, que também tem um Terra que é em grande parte inabitavel mas os humanos se viram. Porém la eles viram seres gananciosos, “corrompidos” e perdem o conhecimento do que é viver em sociedade de forma harmônica (mesmo que essa seja a impressão dos cidadãos de lá, do ponto de vista da Re-I é fácil perceber que não é assim o mundo deles). Enquanto em Gargantia a minha impressão é de que a reação deles a esse ambiente, que é de certa forma semelhante, foi completamente oposta. E por fim, queria dizer que aquilo na história que mais me interessa para me fazer continuar a assistir esse anime é a interação do Red, que possuí padrões tecnológicos muito maiores que os dos terráqueos (me sinto estranho usando essa palavra xD) e uma cultura social bem diferente, com esses humanos que ficaram pra trás (viu, meio diferente de você que citou o fato dele ter sido um soldado pela vida inteira para justificar o interesse na relação dele com essa gente). Também é bom esclarecer que isso só é válido pro primeiro episódio, eu não sei realmente ainda como é que as pessoas veem essa vida na Terra quase completamente coberta por água, especialmente em detalhes, como por exemplo se há muita violência ou não.

  2. Achei interessante a primeira parte. Me pareceu (e é muito importante deixar claro que foi mais impressão do que observação, mesmo que tenha tido bastante observação) que ela serviu para construir o tema do anime. Tema esse seria o progresso, ou coisa do tipo. Mas ainda é muito cedo para falar.

    A verdade é que a falha do episódio foi não ter deixado claro para que o anime veio.

  3. Estava esperando muito por esse post do Kitsune! Sim a batalha pode ter sido meia boca mas introduziu muitos pequenos detalhes que talvez sejam relevantes mais a frente, e esses detalhes foram dados de maneira sutil. Como quando Red fala que é acordado apenas para o combate. Eu acho que essa divisão feita no episódio foi feita exatamente para causar um choque entre culturas em nós, telespectadores, mostrando superficialmente como cada uma está organizada.
    O enredo que envolve a parte da guerra me lembrou um pouco o jogo Phantasy Star Online 2 onde a humanidade quer progredir mas uma raça alien a qual eles não possuem muito conhecimento está atrapalhando. Bom, o jogo é japa e faz um sucesso tremendo…
    Apesar do conflito de linguas ter rolado, o que foi bem interessante de se abordar, parece que logo será resolvido com um software do próprio Chamber.
    Gostei do design dos mechas, eles não são individuais como normalmente vemos em animes de mechas, eles são unidades, soldados de um exército e além disso podem ser consideirados até baixinhos perto dos Gundam.
    O anime contém mechas, mas parece que novamente esse não será o foco. O anime pode não ter mostrado sua “verdadeira forma” ainda mas isso também aocnteceu com Madoka e Psycho-Pass, e nenhum deles deixou a desejar.
    PS.:Me corrijam se eu estiver errado, mas apesar de estárem no planeta… o cara lá aflou que eles estavam atravessando a via-láctea naquele momento… isso me pareceu um pouco estranho.

  4. Um comentário rápido: embora eu concorde que a expectativa era de algo grande, usarei seu próprio exemplo como argumento, Kitsune. Você disse que “esperávamos o episódio dez de Madoka e tivemos o um”, mas isso não pode significar que teremos um episódio dez de Gargantia no nível do de Madoka? Madoka também começou com jeito de um anime mahou shoujo típico, até chegar no terceiro episódio e o Urobuchi mostrar que não era bem assim, quem sabe não estamos diante de mais uma obra desse nível? Claro, é o que eu espero, mas ainda teremos que ver alguns episódios antes de saber o que ele pretende…

  5. bom gostei do episodio, principalmente do detalhe do idioma muitas series de ficçao nao se importam com isso, como se existe sempre uma lingua universal falada por todos.
    pra mim a primeira parte foi importante pra mostrar a tecnologia superior que o protagonista tem e como ele é um Ze nimguem( nao possui nem o direito de reproduzir), de forma que esse pé rapado vai dar uma de Jesus nesse planeta com certeza.

  6. Assisti os 2 episódios que saíram e parece promissor. O jet ski-piranha me fez rir (não sei por que mas me lembrei daqueles filmes trash tipo “Piranhas Voadoras”). Ainda não deu pra empolgar mas deu vontade de continuar assistindo.

    O discurso no início do episódio 1 e o robô dizendo que o Red é um “exemplar de humano superior” e portanto teria “permissão para se reproduzir” me fez lembrar do nazismo. Aliás, espero que o Red não vire um Ichigo da vida, haha…

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