Mais um sucesso da Shonen Jump está chegando às bancas brasileiras o que reafirma o interesse da editora JBC em investir nos mangás que atinjam um público mais amplo. E em um segmento com tanto títulos com temáticas parecidas eles conseguiram um grande feito ao trazer o diferenciado Nurarihyon no Mago.
Muitos diálogos e uma boa história
Como todo bom mangá de aventura Nura já começa nos bombardeando de informações e acontecimentos, o primeiro volume consegue facilmente deixar o leitor a par de tudo que precisará saber para ler volumes futuros e continuar acompanhando as aventuras dos yokais. O grande diferencial aqui é a maneira como os fatos são apresentados e a quantidade de texto que existe em cada página (sério, é muito texto), tem horas que nem parece um shonen e isso me surpreendeu muito.
A história gira em torno do garoto Rikuo, ele é neto do famoso Nurarihyon o líder dos yokais. Tudo que seu avô deseja é que ele se torne o terceiro grande chefe do Clã Nura e a princípio o jovem Rikuo até tem esse desejo, mas após descobrir que os yokais não são bem vistos pela sociedade humana e fazem muitas maldades com as pessoas o garoto decide que não quer assumir essa responsabilidade e a partir disso todos os seus problemas começam.
Nesse primeiro volume temos o jovem meio yokai aprendendo que nem todos os monstros do seu clã são tão gente boa como ele imaginava, ele também descobre que por ser um yokai seus amigos da escola sempre estarão em perigo, o que vai trazer muita dor de cabeça pra ele. Cada arco do primeiro volume funciona de maneira separada, mas ajuda a reforçar o desejo de Rikuo em não assumir o clã Nura, são pequenas histórias que já conseguem mostrar todo o potencial do autor Hiroshi Shiibashi que usa muito bem o universo mitológico japonês.
Personagens peculiares
Outro detalhe curioso de Nura é que muito personagens são apresentados logo no primeiro volume e todos possuem particularidade bem interessantes. Todos os yokais estão representados com visuais bem estranhos e muitos são engraçados, os personagens humanos não ficam atrás e conseguem mostrar bem suas personalidades. O destaque pra mim nesse primeiro volume vai para o Aotabou e a Mulher da neve, os fiéis escudeiros de Rikuo.
A parte ruim de ter tantos personagens é a dificuldade em guardar os nomes deles, admito que desse primeiro volume lembro do nome de pouquíssimos. Se a adição de novos personagens continuar assim nos próximos volumes haja memória!
Arte bonita e edição caprichada
Logo de cara Hiroshi Shiibashi mostra que tem talento para desenhar, cada página do mangá é muito bem trabalhada para os padrões Shonen Jump de produção. O visual dos personagens humanos não chega a ser inovador e nem muito estilizado, mas funciona de maneira convincente dentro da história que ele está construindo.
O trabalho da JBC também convence e melhorou muito do meio do ano para cá, quando eles decidiram dar um “up” na qualidade gráfica dos seus mangás. Em Nura a editora aposta no mesmo formato de outros de seus lançamentos recentes utilizando papel brite 52g, em formato tankobon e com o preço de R$11,90.
Considerações finais
Já fazia algum tempo que eu não pegava um mangá shonen para ler e devo dizer que a sensação com “Nura – A ascensão do clã das sombras” foi das melhores. Temos ação, combates entre seres poderosos, uma pitada de comédia e muita referência ao folclore japonês, algo que gosto muito. Que muitos outros Nuras venham por ai!
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Obs:. Podem ler sem medo, porque o fim do mangá já foi anunciado no Japão, serão 22 volumes no total. Não é mais um daqueles mangás que parecem infinitos.
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