Análise – No. 6

Depois da decepcionante primeira impressão será que o anime melhorou nos episódios seguintes? Será que vale a pena ver assistir? Veja a análise completa.

O que o anime tem de melhor?!

Vamos começar pelo áudio, o menos polêmico ao meu ver.

A dublagem convence, está boa mesmo, mas os elogios param nisso. As músicas em nenhum momento se destacam, mesmo quando algumas delas fazem parte da história (momentos em que Nezumi canta). As trilhas parecem genéricas, se eu colocar uma delas aqui, você não acertaria a origem, talvez você erre até que seja de um anime, falta algo marcante. A única exceção é a música da abertura.

Visualmente vai ressaltar que o anime não é bom e não é ruim, isso comparando com qualidade das animações hoje em dia. Já o vídeo de abertura é fraco, e o de encerramento é mais ainda.

Os personagens são simples, não dá para citar algo que destaque cada um deles! Nezumi é o “machão” decidido que resolve as coisas e Shion o garotinho problemático que não sabe o que quer (nos últimos episódios vemos uma versão desses papéis).

O cenário de utopia futurista é interessante, é o mais correto de um futuro utópico, algumas coisas de hoje em dia e algumas coisas futuristas, um exemplo, a gente usa cadeira de madeira desde antes de cristo e porque não no futuro? Já o cenário não utópico não tem nada demais, barraco, OK, ruínas, OK.

A animação é outro ponto genérico. Salvo a cena de tempestade do primeiro episódio que está fantástica.

A polêmica cena do beijo

A história e seus problemas

Agora vamos para a parte difícil, a história. Primeiro é importante dizer que a mistura de temas é ótima, temos uma cidade utópica, uma doença epidêmica, o trio amoroso, os cientistas, o outro lado do muro, a mulher que cuida de cachorros, o sofrimento da mãe, o repórter incompreendido, são muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo e isso é legal, se fosse bem explorado.

Todos os personagens tem suas convicções e essas por sua vez são interessantes, o problema é que todo episódio eles apertam a mesma tecla dessas convicções o que torna os personagens e o anime tedioso. Se repararmos bem do episódio 3 até o 9 eles não crescem em personalidade e a história não anda!

A trama principal do anime só começa a ser explorada no episódio 8, nos episódios 1 e 2 eles explicam a situação, nada ocorre por 5 episódios seguintes, explicam o resto da situação no 8, todos os personagens se preparam no 9 e nos dois últimos eles tentam explicar toda a história de uma vez.

Mas antes de falar do final em si vou falar do mérito dos últimos dois episódios, acredito que a imperfeição nas escolhas que os heróis fizeram nesse arco final tornou tudo muito humano.

O estranho final

Agora sobre o final, convenhamos, falar de ciência durante todo o anime e jogar um deus alienígena nos 5 minutos finais, foi broxante. Reviver o Shion no final foi broxante. E a tempestade de abelhas mortas? Sério, essa é a explicação da destruição do muro? Todo o plano do Shion para destruir o muro era uma tempestade de abelhas mortas? Uma tempestade que ele nem se quer tinha controle, que nem foi ele quem criou! E o plano dele?

Outra coisa que me incomodou no final foram os clichês, depois de toda a desgraça a sociedade volta a ser normal e esperançosa, personagens malvados morrem, personagens bonzinhos vivem, menos a Safu, mas é isso que dá gostar de um homem num Shounen Ai, você acaba morrendo. (agora eu entendi por que a Kairi sofre tanto com o relacionamento do Sora e Rikku em Kingdom Hearts).

Vou ser neutro em relação ao fan service feminino que ocorre durante o anime. Porque outros animes podem colocar peitos balançando e nesse não poderia beijo homossexual? Todos devem ter direitos iguais.

Concluindo, o áudio e o visual são sem sal, a história é chata no início, é lenta no meio e sem sentido no final. O anime tem boas idéias, escolhi assistir por causa disso, mas essas idéias são pessimamente executadas.

Avaliação: 3,5

Depois da decepcionante primeira impressão será que o anime melhorou […]

5 thoughts on “Análise – No. 6”

  1. Discordo de alguns pontos desse post, como por exemplo,o anime é um shonen ai e fanservice se configura em recursos utilizados para agradarem os fãs e que não são parte relevante da história, agora, porque o beijo em romance homossexual se encaixaria nisso?

    Também discordo em relação que o anime fica monótono em 5 episódios sendo que são dedicados a construção da relação dos dois personagens, que leva a outro ponto: Nezumi não é um “machão decidido”, ele é um personagem um pouco mais profundo que isso e antagônico ao Shion devido as suas experiencias, ele conhece a miseria, a solidão, a incerteza se viver ou morrer no fia seguinte, convive com o passado de assassinato de seu povo e da sua familia e seu único motivo para viver era a destruição da cidade. Já o Shion viveu em mundo de previlégios, de amor e é ingênuo por desconhecer a que custo que ele vivia em certa paz. A relação dos dois se constroi exatamente nesses pontos, e no final não é que exista uma inversão de papeis, mas Shion apenas deixa de ser ingenuo e idealista e Nezumi finalmente não está mais sozinho,a mudança é gradual, humana e nesse sentido muito bem trabalhada no anime, alias, a relação deles em um tudo é bastante humana, eles brigam, divergem, trocam carinhos, se beijam como qualquer casal normal, não é um roance idealizado, o choque de mundos, de personalidade e de experiencias acontece.

    Agora eu concordo que quanto outros aspectos da história, o anime deixou muito a desejar, ouvi falar que a light novel é melhor justamente por trabalhar melhor isso, e que o anime sendo de 11 episódios, algumas coisas foram jogadas apenas pra justificar alguns acontecimentos mas não trabalha certa profundidade nisso.

  2. Olá, gosto muito de NO.6 e nao concordei com o que foi dito neste post….
    Gosto de no.6 pois é um shonen ai que nao me deixou com medo… pois ja tentei ver yaoi e morri nos primeiros 5 min. de pavor.. diferente de no.6.. me interessei mt por no.6 e continuo amando..

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