Análise – Cloud Nine

Takanori Nishikawa, ou TM Revolution é velho conhecido de quem assiste anime, ou pelo menos ouve J-POP, por suas músicas em Rurouni Kenshin e Gundam Seed, seu estilo de canto sobre um synthpop característico é facilmente reconhecível, difícil de ser confundido. Passando um ano sem lançar álbum nenhum, ele ressurge com a abertura de D.Gray-man, “Innocent Sorrow”, com sua nova banda, Abingdon Boys School, em um estilo mais puxado pro rock, mas com sua voz facilmente reconhecível. Quem não ouviu “Howling”, e pelo menos pensou: “Já ouvi essa voz em algum lugar…”?

Mas depois de mais um ano(e três singles do Abingdon), não se ouvia mais falar de lançamentos do TMR, que, apesar de estar ótimo no Abingdon, fazia falta. Isso até o lançamento de Soul Eater, e sua abertura Resonance, que mostrou que ele não se esqueceu dos fãs, e não ia largar sua carreira solo tão cedo. Apesar de mais dois anos sem lançar nada, finalmente alguns singles surgem, e o álbum é anunciado, mesmo adiado por conta dos desastres que aconteceram no Japão esse ano, o hiato de seis anos foi finalmente quebrado, pelo CLOUD NINE.

Reunindo os singles Naked Arms/SWORD SUMMIT e Save the One, Save the All(porém, vou falar sobre a edição limitada, que também reúne mais seis faixas já lançadas, mas que não estão em nenhum álbum), CLOUD NINE consegue ser um álbum coeso, tanto consigo quanto com a obra do artista até agora, em especial pela volta da parceria com o incrível Daisuke Asakura(também faz parte do Access e já compôs muitos dos sucessos do TMR).

Começando com um bom instrumental(“Cloud Nine – Instrumental”) para preparar o ouvinte, seguindo com “Pearl in The Shell”, uma onde se lembra o que ele faz, e faz bem, seguindo com a abertura de Sengoku Basara 3, “Naked Arms”, em sua versão japonesa, com ótimas quebradas que mostram bem o estilo do Daisuke Asakura e favorecem o cantor e um refrão divertido. Na edição especial, a próxima faixa é “Resonance”, já conhecida abertura de Soul Eater onde é bem aparente o que Takanori aprendeu com seu Abingdon. Guitarras pesadas somadas com um clima sombrio, mas sem se levar tanto a sério fez com que a música fosse perfeita para a série, e na minha opinião, uma das melhores aberturas de anime que eu já vi.

Nas faixas 5 e 6(ou 4 e 5 na edição normal), o álbum dá uma parada em duas boas baladas, “Imaginary Ark”(Apenas na edição limitada) e “Mizu ni Utsuru Tsuki”, que sabidamente não é o ponto mais forte do cantor, mas é uma boa respirada para voltar com “Wasteland Lost”, recuperando a força e velocidade, mas só pra cair de novo em “Thousands Morning Refrain”, em uma infeliz escolha da ordem, desperdiçando uma parte do potencial tanto da “Wasteland Lost” quanto da “Thousands Morning Refrain”, que entra em um clima diferente, e também deixa um clima estranho para a ótima “Sword Summit”, abertura da segunda temporada do anime Sengoku Basara(Sim, essa série tem uma grande relação com Takanori, que canta quase todas as aberturas dos jogos e animes).

Novamente, na edição especial a tracklist muda, entrando “crosswise”, abertura de Sengoku Basara, uma das músicas que melhor pega o espírito da dupla Takanori Nishikawa e Daisuke Asakura. Voltando à tracklist normal, a próxima faixa, “09(Nine) Lives”, é uma música mais lenta, mas não romântica, e sim um pouco mais sombria, se destacando positivamente entre as outras. “Fate and Faith” está entre “09 Lives” e as músicas mais comuns, bem interessante de se ouvir, mas estranhamente, passa para “Reload”, uma música acústica, em violão. Ótima mudança para dar uma variada, mas de novo a transição das músicas ficou um pouco estranha, com “Reload” fora de lugar, entre “Fate and Faith” e “Fortune Maker”, uma música não tão rápida, mas com guitarras e sintetizadores, deixando um contraste forte, talvez até demais. Na edição especial, foram usadas “Soul’s Crossing”, lado B do single de Resonance e tão boa quanto o lado A, e “Lakers” que é uma música escrita para um lago(?), e tema de uma maratona(??), e não é exatamente o ponto mais alto do álbum, voltando à tracklist normal, a última faixa(penúltima na edição limitada com as faixas bônus) é “Save the One, Save the All”, tema do quarto filme de Bleach, mais uma onde se ouve claramente a influência do Abingdon Boys School e um final justo para este ótimo álbum. Porém, na edição limitada, o álbum termina com “Vestige”, dando um ar mais emocional ao fim do álbum, mas um pouco estranha após “Save the One, Save the All”.

Apesar de alguns problemas com a ordem das faixas, o álbum consegue ser bem sólido, coeso com a história do cantor e com suas próprias músicas. Um retorno digno pra um dos melhores e mais queridos cantores do J-Pop.

Nota: 8.0/10

 

Data de Lançamento:  20/04/2011

Capa da primeira prensagem da edição comum

Tracklist Edição comum

  1. CLOUD NINE -instrumental-
  2. Pearl in The Shell
  3. Naked Arms
  4. Mizu ni Utsuru Tsuki (水に映る月)
  5. Wasteland Lost
  6. Thousands Morning Refrain
  7. SWORD SUMMIT
  8. 09(nine) Lives
  9. Fate and Faith
  10. Reload
  11. Fortune Maker
  12. Save The One, Save The All

 

 

Capa da edição limitada com as músicas bônus

Tracklist Edição Limitada B

  1. -CLOUD NINE -instrumental-
  2. Pearl in The Shell
  3. Naked Arms
  4. resonance
  5. Imaginary Ark
  6. Mizu ni Utsuru Tsuki (水に映る月)
  7. Wasteland Lost
  8. Thousands Morning Refrain
  9. SWORD SUMMIT
  10. crosswise
  11. 09(nine) Lives
  12. Fate and Faith
  13. Reload
  14. Fortune Maker
  15. soul’s crossing
  16. Lakers
  17. Save The One, Save The All
  18. vestige (ヴェスティージ)

Takanori Nishikawa, ou TM Revolution é velho conhecido de quem […]

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