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[Review] Aya Hirano – Speed☆Star

Foi lançado hoje, dia 18 de novembro o novo álbum da Aya Hirano, Speed☆Star. O álbum, cuja capa vocês podem conferir acima, contem 13 músicas e tem além de músicas inéditas, canções dos singles “Unnamed World”, “Set me Free/Sing A Song!” e “Super Driver”. Neste post, falarei as minhas impressões sobre o novo CD da Aya-chan, porém, ao contrário do que fiz com o CD ULTIMATE DIAMOND da Mizuki Nana, não falarei de cada uma das músicas mas sim tentarei compilar tudo de uma maneira mais simples, porém, não menos importante.

Conheço o trabalho da Aya-chan desde o primeiro single da seiyuu-cantora, “Breakthrought”, que faz parte da trilha sonora da visual novel pra PS2 Finalist cujo mangá é ilustrado por Shirou Nishiki, e de lá pra cá foi visível o amadurecimento da Aya não só como seiyuu mas também como cantora. Depois da explosão que foi Suzumiya Haruhi no Yuutsu a Aya-chan entrou de vez no mundo das anisongs e também teve um salto na sua carreira como seiyuu muito grande, fazendo vários animes durante o ano, estando hoje em alta.

Ano passado em seu primeiro álbum, Riot Girl, a Aya-chan mandou muito bem com músicas muito boas, porém eu fiquei com a impressão de que faltava alguma coisa para ela assumir um estilo de música mais constante. Felizmente, agora com o lançamento de Speed☆Star devo falar que ela está bem mais madura não só em relação ao tempo que passou de um álbum para outro, mas também nas músicas presentes no mesmo.

Speed☆Star é um álbum cheio de músicas agitadas com ótimas batidas de pop rock que combinam perfeitamente com a voz da cantora, o que me deixou muito feliz ao ouvir o álbum e me surpreender com a qualidade do mesmo.

A primeira música do CD tirando a introdução é “Super Driver”, música que para mim foi perfeita para começar o álbum e mostrar logo de entrada qual ritmo iria predominar do inicio ao fim do mesmo. Tendo feito sucesso como a nova OP de Suzumiya Haruhi, Super Driver é uma música bem animada. Em seguida temos músicas como “Sing a Song!”, “OH! My Darlin’” e “Kiss me” que misturam baladas mais fortes com uma um pouco mais tranqüila, porém ainda com um ritmo rápido.

Em Speed Star foi visível que as baladinhas foram deixadas no meio do álbum como “Mizu Tamaki” e “Ano Hana no You ni”, pois logo depois as músicas rápidas voltam com as belas “Aishite!” e “VOXX”. Agora, a música que me deixou realmente surpreso neste álbum (e que faz parte do penúltimo single da cantora) é “Set me free”. Desde o primeiro momento que eu ouvi essa música eu gostei demais e desde então tem se tornado a minha preferida. A música é levada bem pro estilo rock e se em breve a Aya-chan fizer um Live, terá que cantar essa música sem falta, pois fico imaginando a beleza que deve ser ouvi-la ao vivo.

Lock-on” e “Speed☆Star”, música título do álbum, também são muito bonitas e nos levam para a ótima “Unnamed World” que encerra o álbum com chave de ouro mostrando que o CD valeu cada uma das 13 músicas que o compõe.

Speed Star é o álbum que completa o que Riot Girl havia deixado em aberto que é definir o estilo da cantora que, por meio do que foi apresentado neste novo álbum, seguirá um caminho de músicas que mesclam muito bem rock e pop e até mesmo sintetizadores. Se com Riot Girl eu fiquei com o pé atrás e não gostei totalmente, Speed☆Star me fez ver que a Aya-chan conseguirá fazer ainda mais sucesso tanto como seiyuu quanto como cantora com sua voz inconfundível. É um ótimo álbum para quem é fã e também uma ótima oportunidade para conhecer o trabalho de Aya Hirano.

Aya Hirano – Speed☆Star
Gravadora: Lantis

Tracklist:
01. stereotype~inst~
02. Super Driver
03. Sing a Song!
04. OH! My Darlin’
05. Kiss me
06. Mizu Tamari
07. Ano Hana no You ni
08. Aishite!
09. VOXX
10. Set me free
11. LocK-oN
12. Speed☆Star
13. Unnamed world

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Foi lançado hoje, dia 18 de novembro o novo álbum […]

[FMP! Review Especial] #3 – Full Metal Panic: The Second Raid

Como combinado, aqui está a terceira e última parte das reviews de Full Metal Panic! que prometi para o mês de setembro. Após comentar sobre a primeira temporada (Full Metal Panic!) feita pelo estúdio Gonzo em 2002 e a segunda temporada (Full Metal Panic? Fumoffu) feita pelo estúdio Kyoto Animation em 2003 é hora de comentar a terceira e definitivamente a mais incrível e explosiva temporada, Full Metal Panic: The Second Raid feita pelo Kyoto Animation em 2005 e dirigida novamente por Yasuhiro Takemoto.

Devo lembrar que ao contrário de Fumoffu, Second Raid é uma continuação direta da primeira temporada, por isso muitas coisas do enredo podem ser consideradas SPOILERS para quem não assistiu a 1ª temporada da série. Pois bem, deixemos as explicações para depois e se preparem porque agora sim, o bicho vai pegar pra valer!

O Enredo

Full Metal Panic: The Second Raid se inicia dois meses depois do término da primeira temporada. Por ser uma temporada mais voltada à ação, os primeiros episódios são realmente espetaculares, sendo o primeiro um dos episódios de ação mais bem feitos que eu já vi para se iniciar um anime que envolve guerras. Ao vencer Gauln numa batalha praticamente dentro do TDD-1, Sousuke continua suas missões com a Mithril para conter guerras civis e em uma dessas missões, o esquadrão de Arm-Slaves (Os mechas do anime) da organização acaba indo de encontro a um grupo que está dominando um país pobre e que querem transformar tudo num regime ditatorial (mais precisamente em Bali). A missão ia muito bem até que um dos helicópteros da Mithril equipado com ECS (Eletronic Camouflage System), um sistema criado pela organização para deixar os mechas “invisíveis” é atacado com um míssil lançado de uma bateria antiaérea do grupo radical.

Todos ficam surpresos com tal ataque, pois acreditavam que era quase impossível um grupo daqueles ter tal tecnologia bélica já que, na teoria, seria uma tecnologia praticamente exclusiva da Mithril no mundo sendo que nem americanos e nem soviéticos conseguiam ter acesso a tal. Sousuke, enquanto os outros membros do esquadrão levam os civis em segurança, decide destruir a bateria antiaérea para que os helicópteros levantem voo em segurança. O problema é que Sousuke acaba demorando demais e com isso vai ficando cada vez com menos munição no mecha e também encurralado pelos inimigos já que todos os aliados já haviam deixado o campo de batalha e estavam voltando para o submarino em segurança. Após várias táticas, Sousuke consegue se salvar e voltar em segurança, deixando o exército guerrilheiro praticamente aos pedaços.

Ao término da missão, quando todos já estão bem, o míssil anti-ECS que foi usado pelos guerrilheiros acaba entrando na pauta dos comandantes da Mithril e depois de fazer uma investigação eles chegam a uma conclusão que iria mudar o rumo não só da organização, mas de todos para o resto da temporada: Há uma outra organização provavelmente comandada por um Whispered envolvida no acontecimento do míssil e também com ligações fortes à Gauln, sendo ele um de seus mais importantes compradores. Começa então uma busca atrás de tal organização para saber quem são os chefões, quais os interesses e também o porquê dessa organização estar por trás de tantos acontecimentos envolvendo civis ao redor do mundo.

Um dos pontos fortes de The Second Raid e todo o clima de suspense e espionagem que ronda cada um dos episódios da série. Aqui os personagens também são destaque sendo a parte emocional de cada um explorada muito bem, principalmente de Sousuke Sagara que começa a se perguntar o porque de estar na Mithril e qual o verdadeiro interesse da organização em proteger Kaname Chidori, que já tem uma ligação extremamente forte com o Sargento Sagara. Outro ponto bacana e que envolve Sousuke é a relação dele com o seu mecha, o ARX-7 Arbalest. Porém, antes de falar dessa relação eu preciso explicar o porquê disso estar importante só agora, voltando um pouco na história.

Na primeira temporada, Sousuke recebe da Mithril um mecha experimental chamado ARX-7 Arbalest e que tem um estranho mecanismo que até então é quase desconhecido: o Lambda Driver. Este mecanismo do mecha consiste em materializar tudo o que o ocupante mentaliza. Ou seja, se Sousuke imaginar um escudo o mecanismo ira automaticamente fazer um escudo de energia na frente do robô para protegê-lo. O problema é que o Lambda Driver requer uma grande quantidade de concentração e sem usar drogas ou outras coisas para potencializar essa concentração, “a vontade” do piloto do mecha nem sempre pode ser suficiente para que o mecanismo seja ativado. Além disso, o mecha de Sousuke é equipado com Inteligência Artificial e é ai que eu queria chegar para falar o porque do robô estar importante só agora, na terceira temporada.

Como o Lambda Driver é um dispositivo que não funciona sempre, Sousuke começa a ficar extremamente estressado ao pilotar o ARX-7 chegando ao ponto de querer usar outro robô por começar a achar o ARX-7 um mecha totalmente inútil. Logicamente os seus superiores negam o pedido do piloto e junto com outros acontecimentos começam a deixar Sousuke ainda mais estressado com tudo e com todos.

Mas FMP: TSR não tem só ação e suspense. A comédia ainda está presente e de uma maneira ainda mais hilária que na primeira temporada. No começo da série, o anime ainda mantém uma boa quantidade de cenas de comédia entre os personagens. Só a partir da metade é que a série entra num clima mais sério e cheio de suspense.

A Animação e o OVA

A animação desta terceira temporada está excepcional. Apesar do anime ter sido feito pelo mesmo estúdio da segunda temporada (Kyoto Animation), em FMP: TSR os produtores resolveram reformular tudo, principalmente o traço deixando os personagens com linhas ainda mais finas e um equilíbrio de cores ainda melhor. As cenas de ação que requerem uma taxa de frames maior ficaram ótimas, principalmente pelos ótimos ângulos de câmera. A série possui um OVA lançado em 2006 em que a capitã do TDD-1, Teletha Tessa Testarossa é a personagem principal e nele é mostrado um dia de folga da garota na base da Mithril. É um OVA muito divertido, pois é totalmente voltado para a comédia e as situações envolvendo os outros soltados que também estão de folga na base. O diretor do OVA é o mesmo da série e ambos ainda tem como produtor Shouji Gatoh, criador da série.

A Trilha Sonora

Assim como Fumoffu, FMP: The Second raid é composto por dois CD. O primeiro contem a Opening e a Ending mais uma vez cantada por Mikuni Shimokawa e se chama “Minami Kaze / Mou Ichido Kimi ni Aitai” e foi lançado 18 de agosto de 2005 pela Pony Canyon. O segundo CD é a Original Soundtrack do anime composta por Toshihiko Sahashi contendo 19 músicas.

Os Vilões

Como eu já comentei nos dois primeiros posts sobre os heróis da série chegou a vez de comentar sobre os vilões que em The Second Raid dão um ânimo a mais na série por serem extremamente bons.

Gates

Gates é um sádico que pertence à organização que a Mithril começa a combater nesta terceira temporada. Ele é o principal comandante de tal organização sendo responsável pelo esquadrão de execução da tropa. Ele tem uma mente brilhante quando o assunto é guerras e estratégias militares. Sendo totalmente maluco, o cara não está nem ai se alguém é inimigo ou amigo caso a pessoa vá contra alguma opinião do mesmo. Normalmente quando isso acontece, ele mata a pessoa sem nem pensar duas vezes. Gates é um dos personagens que usa métodos explícitos para conseguir alta taxa de concentração para usar o Lambda Driver.

Leonard Testarossa

Leonard é um personagem misterioso e que está por trás de toda a organização da qual Gates faz parte. Ele é irmão mais velho da capitã da Mithril, Teletha Tessa Testarossa e assim como a irmã mais nova, é um Whispered. É responsável pela criação dos primeiros Arm-Slaves totalmente autônomos usando unicamente o seu conhecimento em tecnologias ultra avançadas. Leonard normalmente não entra em combate sendo apenas o comandante de todas as operações terroristas ao redor do mundo. Em The Second Raid, quando as coisas começam a sair do controle, ele é obrigado a intervir e mostrar a sua identidade.

Conclusão

Full Metal Panic: The Second Raid é um anime para quem gosta de muita ação com ótimas lutas de mecha e também corpo a corpo. A luta da Tenente Mao em um dos episódios é uma das cenas de luta mais bem feitas que eu já vi tamanha a quantidade de detalhes e movimentação dos personagens na tela. Para quem gostou da primeira temporada e queria mais ação, esta temporada com certeza irá superar as suas expectativas. Espero que tenham gostado das três reviews sobre Full Metal Panic! que fiz aqui no Mithril durante o mês de setembro. Como a série é a minha favorita e em setembro ela comemorou 11 anos da primeira publicação, achei justo essa homenagem que fiz no blog escrevendo sobre as três temporadas e mudando o cabeçalho. A partir de amanhã o cabeçalho voltará ao antigo da Hatsune Miku. No futuro pretendo homenagear mais séries como fiz com Initial D há algum tempo porém não é certeza. Caso alguém comece a assistir FMP depois de ler essas reviews eu ficarei muito feliz pois a série merece uma chance, até por aqueles que não curtem tanto robôs ou séries envolvendo guerras ou ação bélica.

Fontes: Jindai-High, Shouji Gatoh Official Site, Wikipédia

Como combinado, aqui está a terceira e última parte das […]

[FMP! Review Especial] #2 – Full Metal Panic? Fumoffu!!

Hora de dar continuidade às reviews especiais sobre Full Metal Panic! programadas para o mês de setembro aqui no Mithril. Desta vez falarei sobre a segunda temporada da série, Full Metal Panic? Fumoffu!! que na verdade não é bem uma segunda temporada, como irei explicar mais adiante. Como esta série é menor que a primeira, a review será mais focada nos personagens que aparecem já que o enredo é basicamente voltado à vida escolar. Pois bem, agora ao contrário da ação da primeira temporada, é hora da diversão maluca!

O Enredo e a Dublagem Brasileira

Para falar de FMP? Fumoffu!! primeiro eu tenho que falar um pouco sobre as Light Novels da série. Até agora foram lançadas 20 novels de Full Metal Panic! porém há dois tipos. O tipo que tem as Side Stories e o tipo que tem o enredo principal. As Side Stories são novels que contam apenas a comédia por trás da série e as com o enredo principal, como dá a impressão, contam com mais ação e mostram as missões da Mithril. Como a primeira temporada conta mais a parte de ação, muitos personagens que só estão presentes na parte de comédia foram deixados de lado e é aí que FMP? Fumoffu!! entra. Nesta segunda temporada os eventos acontecem paralelamente à primeira temporada só que focando 100% na vida cotidiana de Sousuke Sagara e Kaname Chidori da Escola Jindai. O resultado? Situações hilárias envolvendo os dois personagens e todo mundo da classe, que aqui ganham bastante destaque, principalmente a melhor amiga de Kaname Kyoko Tokiwa.

Esta temporada de Full Metal Panic! talvez seja a mais conhecida pois ela passou no canal Animax. Aqui no Brasil Kaname Chidori teve a voz da dubladora Tatiane Keplermaier e Sousuke Sagara ficou com a voz de Wendel Bezerra. A série foi dublada nos estúdios da Álamo aqui em São Paulo. Em minha opinião foi um erro o Animax passar Fumoffu sem ter passado a primeira série, pois apesar de ser considerado um spin-off se passando paralelamente à original, tem diversos fatores que ficam sem explicação caso você não tenha assistido a primeira temporada.

Mesmo Fumoffu sendo totalmente de comédia (e talvez este tenha a causa para escolher Fumoffu) ainda assim tem ligação com a primeira temporada, principalmente à respeito dos personagens da Mithril que aparecem aqui porém apenas como secundários. A dublagem em si ficou bem legal com as adaptações de texto, porém eu achei uma investida estranha essa escolha do Animax.

A Animação

Como já mencionei na Review da primeira temporada, após o término da mesma o estúdio Gonzo perdeu os direitos sobre a série Full Metal Panic! que foram passadas para o estúdio Kyoto Animation. Quem conhece o estúdio sabe que ele, antes de começar a produzir animes como Suzumiya Haruhi, Lucky Star, K-ON! e etc. sendo o estúdio principal, já participava de várias outras séries sendo um estúdio de suporte, o que é totalmente comum no Japão. Tirando Munto que é um anime original do estúdio e que cá entre nós não fez quase nenhum sucesso, Full Metal Panic? Fumoffu! foi a primeira grande série a ser produzida pelo Kyoto Animation e usando uma animação linda deixando os traços mais limpos e mantendo o nível de fidelidade da série anterior, Fumoffu conseguiu ser superior neste quesito à série produzida pelo Estúdio Gonzo. E isso porque não irei falar nesta review sobre a terceira temporada que aí sim, revolucionou Full Metal Panic e todo o seu enredo. Full Metal Panic? Fumoffu! foi dirigido Yasuhiro Takemoto, que depois dirigiu ainda dirigiria também a terceira temporada de FMP e alguns episódios de Lucky Star. Assim como a primeira temporada, esta teve a produção de Shouji Gatoh, o criador da série.

Características

Full Metal Panic? Fumoffu!! é uma série que tem características em seus episódios um pouco diferentes das convencionais. Ela é divida em episódios de 12 minutos e também 24 minutos. Ao todo, não levando em consideração o tempo de duração a série tem 17 episódios, mas considerando cada episódio de 12 minutos como um inteiro (que é como eles foram exibidos, um atrás do outro) a série tem 12 episódios. Nesses 12 episódios, 2 deles não foram exibido na TV japonesa, sendo considerados especiais. Aqui no Brasil eles foram exibidos e ainda bem, na ordem correta.

Alguns Personagens Marcantes

Fumoffu!! tem uma sala inteira de personagens e o mais legal é que 90% deles participam de quase todos os episódios e não apenas como secundários. Como já falei sobre a Chidori e o Sousuke, falarei agora sobre outros que assim como os dois principais, deixam a série ainda mais engraçada.

Kyoko Tokiwa
JP – Seiyuu: Ikue Kimura
BR – Dubladora: Samira Fernandes

Tokiwa como já mencionei é a melhor amiga de Chidori. Por fazer parte do clube de fotografia da escola Jindai está sempre carregando uma câmera digital portátil consigo. É extremamente energética e como melhor amiga da heroína da série, está sempre dando conselhos e opiniões para ajudar (ou não) Chidori. Além de participar do clube de fotografia, é uma ótima atleta e uma das responsáveis, junto com Chidori, de manter a ordem na sala. É uma das personagens principais desta segunda temporada.

Hayashimizu Atsunobu
JP – Seiyuu: Toshiyuki Morikawa
BR – Dublador: Sérgio Moreno

Hayashimizu é um aluno do terceiro ano da escola Jindai e presidente do conselho estudantil do qual Chidori participa. Ele é um cara extremamente misterioso e sempre está lendo algum livro famoso, seja de literatura japonesa ou mundial. Nunca fica nervoso e após Sousuke também entrar para o Conselho Estudantil, os dois se tornam grandes companheiros onde Hayashimizu trata Sousuke com todo o respeito e nunca, absolutamente nunca duvida do rapaz, o que faz com que Chidori fique super irritada já que mesmo que Sousuke fale que vai explodir alguma coisa, Hayashimizu aprova e dá o total apoio para Sousuke falando que tal explosão é necessária. É um personagem que só aparece nas Light Novels e por isso não está presente na primeira temporada.

Ren Mikihara
JP – Seiyuu: Rie Tanaka
BR – Dubladora: Márcia Regina

Ren é a vice-presidente do Conselho Estudantil e nutre certa paixão pelo presidente Hayashimizu. Ela faz parte de uma família tradicional de Yakuzas que dominam certa região de Tóquio. É uma garota muito calma e que vive envergonhada, porém, quando é para ajudar Hayashimizu ela não mede esforços. É bastante amiga de Chidori sendo a sua senpai na escola. Ren é outra personagem que não aparece na primeira temporada, apenas nas Light Novels.

Issei Tsubaki
JP – Seiyuu: Jun Fukuyama
BR – Dublador: Hermes Baroli

Tsubaki é o presidente do clube de Judô da Escola Jindai e entra na história depois que Kaname e Sousuke são enviados ao antigo Dojô da escola que está caindo aos pedaços avisar que o prédio seria demolido. Tsubaki para proteger o seu dojô chama Sousuke para uma briga e aí começa uma rivalidade entre os dois que vai até o final da série. Sempre que os dois estão juntos rola alguma briga, mesmo que o motivo seja o menor possível. Tsubaki também é um personagem que aparece apenas nas Light Novels.

Bonta-kun (Sousuke Sagara)

O Bonta-kun não é bem um personagem, mas sim uma fantasia inicialmente “pega emprestada” por Sousuke em um parque de diversões para monitorar Chidori em um passeio suspeito da garota. Algum tempo depois Sousuke percebe o potencial da fantasia e a transforma num verdadeiro Mecha equipado com o máximo de tecnologia possível que se pode conseguir no mercado negro. Bonta-Kun se torna bastante importante nesta segunda série, pois está presente em vários episódios onde Sousuke não pode mostrar a sua identidade. Após equipar várias fantasias, Sousuke tenta fazer negócio com diversas polícias ao redor do mundo para adquirirem a tecnologia, porém apenas alguns governos se interessam na fantasia do Urso. Na primeira temporada Bonta-Kun aparece com um boneco e também está presente em outras séries do Kyoto Animation fazendo referência à FMP.

Trilha Sonora

A segunda temporada de Full Metal Panic! tem 2 CDs. O primeiro deles contém a Opening (Sore Ga Ai Deshou) e o Ending (Kimi Ni Fuku Kaze) cantadas por Mikuni Shimokawa, mesma cantora da primeira série. O segundo CD é a Original Soundtrack, composta por Toshihiko Sahashi.

Conclusão

Full Metal Panic? Fumoffu!! é uma série obrigatória para quem assistiu a primeira temporada e gostou da comédia presente na mesma pois aqui ela está aumentada 100%. A série tem uma arte muito bonita com uma ótima animação e ângulos de câmera que abusam da profundidade dos ambientes para dar total liberdade aos personagens. É uma série que vale a pena também para quem gosta de comédia. Como eu já mencionei, eu não acho muito legal começar a assistir a série pela segunda temporada, pois irá perder muita referência, porém, é extremamente divertida mesmo para quem não conhece. Fumoffu!! é como se fosse o Comic Relief da série pois está entre a primeira temporada cheia de ação e a terceira onde a violência é o ponto chave para deixar a série com um clima sério e de guerra. Quem quiser saber como é a dublagem é só procurar na internet que muitos sites disponibilizam versões com o áudio em português embutido. É uma ótima série que nos prepara muito bem para a terceira temporada e melhor de todas: Full Metal Panic: The Second Raid. Espero que tenham gostado da review e fiquem de olho que nos próximos dias a terceira parte destas reviews especiais será postada.

Fonte: Shouji Gatoh Official Site, Jindai High, Wikipédia.

Hora de dar continuidade às reviews especiais sobre Full Metal […]

[FMP! Review Especial] #1 – Full Metal Panic!

Olá a todos, como estão?
Como eu já anunciei aqui no blog dia 1 primeiro de setembro, para comemorar os 11 anos da primeira publicação das novels de Full Metal Panic! eu irei fazer diversas matérias envolvendo esta incrível série criada por Shouji Gatoh. Para começar as matérias eu decidi começar falando pelo anime de Full Metal Panic! que estreou em 2002. Falarei aqui sobre tudo que envolve o enredo inicial da primeira temporada como o porquê do encontro entre Sousuke Sagara e Kaname Chidori, o que é Whispered, o que é Mithril e contra o que eles lutam e outras coisas interessantes que fizeram de Full Metal Panic! meu anime preferido. Bom, espero que gostem e é hora da ação!
O anime de Full Metal Panic! estreou dia 8 de janeiro de 2002 no canal WOWOW e ao contrário de muitas séries não é baseado em um manga mas sim numa série de light-novels lançadas em 1998 por Shouji Gatoh com ilustrações de Shikidouji na revista Dragon Magazine da editora Kodakawa Shoten. A primeira temporada do anime foi produzida pelo Estúdio GONZO e teve direção de Koichi Chigira tendo ao todo 24 episódios. A série, programada para estrear no final de 2001, foi adiada pelos produtores devido aos ataques terroristas de 11 de setembro por ter fatos em seu enredo que envolvem terrorismo e seqüestro de aviões. Dois meses após a data inicial programada o GONZO decidiu então estrear o anime.

O Enredo

A história de Full Metal Panic! se passa, levando em consideração o seu contexto histórico, na Guerra Fria porém apesar da guerra entre EUA E URSS, a ambientação do anime é em 2000 e 2001 tendo como diferencial robôs gigantes. É como se fosse uma mistura de passado, presente com uma temática mais futurista.

O enredo se inicia quando uma organização autônoma de combate chamada Mithril (já viu esse nome em algum lugar? XD) descobre que a KGB (o serviço secreto soviético) está tentando sequestrar pessoas que tem habilidades especiais ocultas chamadas Whispereds. Essas pessoas têm em sua mente conhecimentos sobre diversas coisas tecnológicas extremamente avançadas e isso desperta interesse por parte da KGB, fazendo com que a mesma contrate uma organização desconhecida para sequestrar tais pessoas e fazer experimentos para que se descubra o que está por trás de tais conhecimentos. A Mithril tem como objetivo principal proteger tais pessoas e sua base é um submarino gigantesco chamado Thuata de Danaan (TDD-1) criador a partir dessa mesma tecnologia oculta. O comandante de tal submarino e responsável pelo projeto de construção é a jovem de 16 anos Teletha “Tessa” Testarossa, uma Whispered.

Após diversas investigações a KGB descobre que há uma Whispered no Japão e contrata um mercenário chamado Gauln para sequestrar tal pessoa. A Whispered encontrada se chamada Kaname Chidori, a heroína do anime. Ela tem 16 anos e estuda no colégio Jindai em Tóquio e é uma típica colegial que tem problemas com pressão baixa ao acordar e que é viciada em filmes de guerra, principalmente com o Stallone. Kaname nem imaginava o que estava para acontecer, levando uma vida tranquila morando sozinha em seu apartamento. Assim que a Mithril descobre que a KGB está atrás de Kaname, envia para o Japão três de seus melhores soldados para protegerem a garota. Um deles, um jovem de 16 anos chamado Sousuke Sagara, seria responsável por infiltrar-se na escola da garota se passando por aluno e se tornar amigo de Chidori para assim, deixar o serviço de protegê-la mais fácil.

Assim que Sousuke entra na escola o mesmo já causa certa agitação por parte dos outros alunos por tentar entrar com uma arma de verdade (mesmo que a professora ache que é de mentira). Kaname então descobre que um novo aluno estava para se transferir para a sala dela e quando vê, tal aluno transferido nada mais é que o próprio Sousuke que de inicio causa uma impressão super negativa para Kaname que acha o cara um otaku militar pela apresentação dele para a sala, cheia de termos de guerra e coisas que um fanboy assumido por coisas bélicas falaria.

O tempo vai passando e Sousuke, agora colega de classe de Kaname, começa a tentar se aproximar na garota, mesmo que seus métodos pouco convencionais façam a mesma ficar cada vez mais distante do maluco aluno transferido. Até aí a missão, apesar das trapalhadas de Sousuke, estava correndo tranquilamente sendo que tanto Sousuke e seus dois companheiros ganhariam um final de semana de folga, para fazer o que quiserem no Japão. Só que, ao mesmo tempo em que a folga foi dada, Sousuke fica sabendo que a escola Jindai iria fazer uma excursão de avião para as ilhas do sul do Japão. Os superiores de Sousuke, como forma de garantia, decidem deixar o soldado ir junto com a sala já que Kaname, a representante da turma, iria estar no passeio.

Porém algo inesperado acontece quando Gauln, o terrorista contratado pela KGB aparece no avião da excursão de Chidori e se passando por um comissário de bordo, decide sequestrar o avião onde a turma está, fazendo todos de reféns para apenas capturar Kaname, a Whispered que lhe foi dada como objetivo da missão. Começa então a luta de Sousuke Sagara, o soldado disfarçado de aluno colegial, para salvar todos os alunos da escola que estão no avião e ao mesmo tempo impedir que Gauln leve Kaname para fazer os experimentos no cérebro da garota para descobrir quais os segredos que a mesma esconde dentro de sua mente.

Os Personagens

Apesar de a história ter como personagens principais Kaname Chidori e Sousuke Sagara, há vários personagens na série, porém irei comentar apenas dos três principais. Todas as informações foram retiradas do “Full Metal Panic: The Anime Mission”, o livro de informações oficial da série.

Kaname Chidori
16 anos – Natural de Tóquio, Japão.
Seiyuu: Satsuki Yukino

Kaname Chidori é a personagem principal do anime junto com Sousuke. Nascida em Tóquio em 1984 é uma garota que se dá muito bem nos esportes, porém desde pequena é um tanto quanto problemática com relação a sua família. Em 1994 vai para os EUA junto com o pai, a mãe e a irmã estudando lá até 1998, quando retorna para Tóquio. No mesmo ano de seu retorno, sua mãe, Shizu Chidori, morre de câncer e após 2 anos vivendo com o pai e a irmã, os dois se mudam para os EUA deixando Kaname sozinha no Japão. A relação de Kaname com o pai, desde o falecimento de sua mãe é um pouco conturbada e desde que o mesmo foi morar nos EUA, raramente ambos entraram em contato um com o outro apesar do pai arcar com os custos da garota no Japão. Após entrar no Colégio Jindai, Kaname conhece Kyoko Tokiwa, aquela que se tornaria a sua melhor amiga e que faria a mesma se tornar um pouco mais calma, apesar de sempre ficar nervosa com qualquer coisa que ache errado. É considerada uma Whispered de conhecimentos bélicos avançados e matemática apurada, mas que estão ocultos.

Sousuke Sagara
16 anos – Local de nascimento desconhecido.
Sargento da Mithril e um dos pilotos da divisão especial de mechas da organização.
Seiyuu: Tomokazu Seki

Não se sabe exatamente o local de nascimento de Sousuke e nem os país do garoto. Apesar de ter descendência japonesa, foi criado como rebelde por guerrilheiros em regiões remotas do Afeganistão. Sousuke sabe falar inglês, russo, japonês, persa e diversos dialetos afegãos. Já viajou por diversos lugares do mundo, principalmente regiões de conflito e foi na Colômbia que conheceu Melissa Mao, uma integrante da Mithril que procurava bons soldados para ingressar na organização. Sousuke é considerado um mercenário, como grande parte dos soldados da Mithril, porém, segue as regras da organização com total vigor e disciplina não traindo a Mithril por achar que os ideais de tal organização são validos. Considerado um ás da Mithril em pilotar Arm-Slaves (os robôs gigantes do anime), Sousuke é membro de um grupo especial da organização onde só os melhores pilotos de Arm-Slaves são escalados e que são responsáveis por estar na linha de frente para acabar com conflitos ao redor do mundo. É um soldado extremamente sério que ao aceitar a missão de proteger Kaname, acaba tendo problemas em se encaixar nos costumes da sociedade japonesa moderna, totalmente diferente de tudo que o mesmo já havia passado.

Teletha Testarossa
16 anos – Natural dos EUA com descendência Suíça, Italiana e Austríaca.
Capitã e projetista do Thuata de Danaan e uma das pessoas mais influentes dentro da Mithril.
Seiyuu: Yukana Nogami.

Teletha Testarossa ou Tessa, como é chamada pelos amigos, é uma garota que desde criança foi considerada um gênio da matemática por causa de seus incríveis conhecimentos. Aos 6 anos foi capaz de resolver sozinha uma das Equações diferenciais hiperbólicas de Einstein e viveu boa parte de sua vida em bases militares por influência de seu pai. Tal conhecimento extraordinário por parte da garota se deve ao fato dela ser uma Whispered, tendo conhecimentos super avançados sobre matemática e engenharia naval. Ainda criança foi para a base militar americana em Okinawa, no sul do Japão estudando lá por algum tempo, pois como viva com o pai estava sempre se transferindo de escola para escola pelo mesmo ser um militar de alta patente. Ingressou na Mithril após ser aprovada pela organização sendo a principal responsável por aquele que seria o maior e mais tecnológico submarino nuclear de todos os tempos.

A Animação

Produzida pelo Estúdio GONZO, a primeira temporada de Full Metal Panic! é considerada um dos melhores animes da era de ouro do estúdio, antes do mesmo começar o seu declínio que resultou na reestruturação total do estúdio pela GDH. Usando elementos 2D e 3D, a primeira temporada do anime se destaca pela sua qualidade de animação acima da média para os animes que iam para a TV. Extremamente colorido e com um traço muito bonito, o anime de Full Metal Panic! foi produzido e acompanhado de perto pelo criador da série, Shouji Gatoh, o que fez com que o anime não tomasse um rumo distante do mostrado nas novels. Porém em 2003 o GONZO perdeu os direitos de exibição e produção de Full Metal Panic! para o até então pouco conhecido estúdio Kyoto Animation. A segunda temporada de FMP!, chamada Full Metal Panic? Fumoffu foi o primeiro grande anime do estúdio que 3 anos depois ficaria conhecido como o criador de Suzumiya Haruhi no Yuutsu. Os direitos de exibição e produção de FMP no Japão continuam na posse do Kyoto Animation até hoje.

A Trilha Sonora

A trilha sonora de Full Metal Panic! é composta por 3 CDs produzidos pela Pony Canyon. O primeiro deles contém a Abertura e o Encerramento da série cantada por Mikuni Shimokawa chamado “Tomorrow/Karenai Hana”, sendo este o 7º single da cantora. Os outros dois CD são as Original Soundtracks da série compostas por Toshihiko Sahashi, responsável por mais de 50 trilhas de animes e tokusatsus japoneses.

Curiosidades


– A Jindai High School, escola onde Kaname e Sousuke estudam existe na vida real e foi onde no passado Shouji Gatoh, criador da série, estudou durante a sua adolescência.

– O nome da organização MITHRIL foi inspirado no termo de mesmo nome dos livros de “O Senhor dos Anéis” do autor J.R.R. Toukien, de 1954.

– Como muitos sabem, os uniformes dos colégios japoneses são cobiçados por muitas adolescentes sendo que algumas até se transferem de uma escola para outra unicamente por achar o uniforme bonito. O uniforme da Jindai High School é bastante famoso no Japão, já tendo ganho vários prêmios pelo seu design.

– A série faz citações à diversos filmes de ação e atores famosos nesse estilo de filme como Steven Seagal e também à série de filmes 007 e seu personagem principal, James Bond. Há citações a outros animes também, como as séries Gundam.

– O autor da série, Shouji Gatoh, faz uma pequena participação na segunda ED e também numa cena do anime como um dos alunos da foto que estão todos da sala. A imagem que pode ser vista aqui, mostra Shouji Gatoh desenhado como um adolescente, do mesmo jeito que era quando estudava na escola Jindai.

Conclusão

Espero que tenham gostado deste primeiro post que farei aqui no blog sobre Full Metal Panic! Tentei ser o mais claro possível quanto aos termos do anime pois como puderam perceber a quantidade de informações desta série é extremamente grande tendo até um livro apenas para explicar o mundo criado por Shouji Gatoh. Nos próximos posts eu pretendo comentar sobre as outras duas temporadas do anime e também sobre os mangás da série, além de comentar também sobre as novels, que foi onde tudo começou. Apesar de não parecer pelo o que eu escrevi Full Metal Panic! além da ação é um anime cheio de comédia, principalmente envolvendo Sousuke e Kaname nas situações onde o cara deixa a garota fora do sério. Não lembro muito bem o porque de eu ter começado a assistir a série, isso faz uns 4 anos e até hoje, passado todo esse tempo todo ano eu faço questão de rever toda a série num mês pré-definido para continuar a minha admiração por este incrível anime. Talvez por envolver tantos termos militares o anime não seja tão conhecido (e as vezes só lembram do mesmo pela semelhança do nome com outro anime, Fullmetal Alchemist XD) mas com certeza é uma série que merece ser vista, pela qualidade apresentada na sua produção e pelo seu enredo que apesar de ter tanta coisa, consegue se encaixar direitinho sem deixar coisas em aberto durante a série.

Fontes: Shouji Gatoh official blog, Jindai High, Wikipedia, Full Metal Panic! The Anime Mission

Olá a todos, como estão?Como eu já anunciei aqui no […]

Paprika

Paprika
パプリカ
Diretor: Satoshi Kon
Estúdio: Madhouse
Ano: 2006

Sejam bem-vindos a um mundo onde fantasia e imaginação se misturam em uma obra-prima da animação japonesa. Estou falando de Paprika, filme de 2006 produzido pela Madhouse e com direção de Satoshi Kon.

Antes de falar sobre Paprika, devemos falar um pouco sobre as outras obras de seu diretor, Satoshi Kon. Em 1998 ele nos apresentou um filme que até hoje é surpreendente, “Perfect Blue”, nos mostrando uma animação complexa e que “brinca” com o lado psicológico de seus personagens. Em 2001, Kon volta e lança “Millennium Actress”, agora misturando realidade e imaginação em um filme que é por muitas vezes lembrado como “o filme dentro de um filme”. Em 2003 o diretor então volta com um filme diferente dos anteriores, mas que não deixa de ser importante, “Tokyo Godfathers” e mostra de uma maneira linda como três mendigos cuidam de um bebê encontrado na noite de Natal. Três anos depois chegamos ao filme que irei comentar, Paprika, filme onde Satoshi Kon definitivamente usa toda a sua mente para criar um mundo cheio de mágica e fantasia onde a distorção da realidade e o lado psicológico de seus personagens é explorado ao máximo.

Paprika se passa em um futuro próximo onde é criada uma máquina revolucionária que tem o poder de entrar nos sonhos das pessoas. Tal máquina é criação de um Doutor chamado Tokita e usando tal invenção uma de suas colegas, a Pesquisadora e Psicoterapeuta Atsuko Chiba, cria um método de tratamento psiquiátrico extremamente eficiente. O problema é que antes de ser aprovada para tratamentos desse tipo, a maquina, chamada DC-Mini, é roubada. No começo a Dra. Atsuko não vê indícios de quem pode estar por trás de tal roubo, mas pouco tempo depois, muitos dos pesquisadores colegas de Atsuko começam a ter alucinações e a “sonharem acordados” fazendo assim com que ela assuma seu alter-ego chamado Paprika, uma garota que só existe no imaginário e que é responsável por entrar nos sonhos das pessoas para ajudá-las no tratamento. Porém a missão de Paprika agora é outra: procurar o responsável pelo roubo da máquina conhecido até então como o “Terrorista dos Sonhos”.

Assim que o filme começa já podemos perceber que a animação terá como forma de expressão cores fortes e vibrantes que estarão presentes durante praticamente toda a duração do filme. Quem conhece o trabalho de Satoshi Kon e já assistiu as suas produções sabe que o diretor usa desses detalhes para fazer com que, além de você prestar atenção no enredo, veja também outras coisas do filme que mesmo não tendo tanta relevância no entendimento da história, faça com que a animação se torne ainda mais bela de se assistir. Assim como Perfect Blue não é uma animação para todos por ter uma temática polêmica diferente de animes normalmente vistos por ai, Paprika requer certa atenção por causa de seu enredo. A sinopse inicial é apenas uma parte da verdadeira viagem que é assistir a esse filme.

Basicamente há dois personagens “reais” principais na série. A Dra. Atsuko Chiba e o Detetive Konakawa Toshimi, o responsável por cuidar deste caso envolvendo o roubo da maquina dos sonhos. A Dra. Atsuko quando está trabalhando é extremamente séria, convicta de suas ações e totalmente independente no laboratório onde trabalha. Ao contrário de seus colegas, ela realmente trata tudo com muito profissionalismo. Eu que gosto demais de Cinema, assim que vi o que a Dra. Atsuko fazia lembrei na hora do filme A Cela (2000) onde Jennifer Lopez interpreta a Dra. Catherine Deane e usa uma maquina para entrar na mente de um assassino. O método usado tanto em Paprika quanto no filme A Cela é bem parecido, porém em A Cela o paciente não precisa estar sonhando como em Paprika. Ambos os filmes não tem relação alguma, mas achei interessante comentar essa minha impressão.

Já o detetive Konakawa Toshimi é um cara igualmente sério, mas que sofre com um tipo de sonho que lhe atormenta há bastante tempo por causa de um amigo. Não agüentando mais ter esse sonho, ele procura a ajuda da clinica onde a Doutora trabalha. Apesar de nunca ter visto a mesma, ele acaba conhecendo Paprika e por sempre ela ajudá-lo procurando uma solução para este tormento, ele acaba se dirigindo sempre quando vai falar de Paprika como “A mulher dos seus sonhos”. A idéia é um tanto quanto cômica por parte do detetive, mas não deixa de ser interessante nesse ponto.

A partir de certo momento do filme, tudo começa a se transformar de uma maneira que você não consegue mais parar de assistir por ficar com vontade de saber o que está para acontecer. O desenvolvimento do filme é excepcional pois apesar de parecer confuso tendo vários sonhos e situações onde os personagens se envolvem, Satoshi Kon faz questão de deixar tudo devidamente explicado para seguir o filme em frente. Um ponto muito bom de notar também é que a cada sonho que Paprika entra atrás do bandido que roubou a máquina, ela usa um tipo de roupa para se adequar àquele ambiente e isso é usado de uma maneira tão genial e repentina que me fez lembrar totalmente o que o diretor fez em Millennium Actress. Lá, há horas que você não sabe o que é real e o que é história, pois tudo se mistura. Em Paprika o mecanismo é parecido pois junta irreal e real muito bem.

Paprika é um daqueles filmes que todo amante de animação, não só a japonesa, deve assistir. A maestria como este filme foi feito é sem igual, pois nos mostra um Satoshi Kon cada vez mais brilhante e que se preocupa cada vez mais com detalhes. Uma curiosidade sobre o diretor é que ele só dirigiu filmes onde ele mesmo escreveu o roteiro. Há certo egoísmo nisso, claro, mas a influência que esse diretor tem por causa de suas obras é algo incrível. O filme é licenciado no Brasil pela Columbia/Sony Pictures e pode ser encontrado por até R$ 19,90! É um material que vale totalmente a compra.

Paprika – 2006
País de Origem: Japão
Região: 4
Áudio original: Japonês
Dublagem: Inglês, Cantonês, Português, Tailandês.
Legendas: Chinês, Coreano, Espanhol, Inglês, Português, Tailandês.
Tipo de Áudio: Dolby Digital 5.1, Dolby Surround 2.0
Formato de Tela: Widescreen Anamórfico
Extras: Trailers, Making Of, Seleção de Cenas; Uma Conversa Sobre o Sonho; O Mundo CG do Sonho; A Arte da Fantasia.

Onde Comprar:[1], [2], [3], [4].

PaprikaパプリカDiretor: Satoshi KonEstúdio: MadhouseAno: 2006 Sejam bem-vindos a um mundo […]

Uma surpresa chamada Sengoku BASARA

Quando comecei a assistir os animes da temporada de abril, vários dos animes que estavam programados para passar não me interessaram logo de cara. Um deles foi Sengoku BASARA. Uma das razões impostas por mim mesmo em não querer assistir a série era o fato da mesma abordar a temática de samurais e shinobis que bom, acho que desde a época de Samurai Champloo eu não me interessava tanto assim a ponto de acompanhar toda semana o lançamento dos episódios. Mas com o tempo eu fui vendo várias criticas boas sobre a série e um dos fatores que começaram a mudar a minha opinião quanto ao anime era a sua animação que ficou a cargo do estúdio Production I.G (e mais uma dezena de outros estúdios nas partes técnicas). Outro ponto positivo também é que ele em 720p fica a coisa mais linda de se assistir devido aos cenários extremamente detalhados. Mais ou menos no final de maio comecei a assistir a série e logo no primeiro episódio sou apresentado a uma série com um potencial imenso.

O anime de Sengoku BASARA é uma adaptação de um game de PS2 de mesmo nome da CAPCOM lançado em 2005 e que em 2006 teve uma continuação lançada para o mesmo console. A série é ambientada no periodo Sengoku da história do Japão, que vai da metade do século XV até o começo do século XVII. Nessa época o Japão era marcado por muitas, mas muitas guerras envolvendo territórios. Era um verdadeiro quebra pau na terra do Sol Nascente, tanto que vários jogos (e inclusive o novo mangá do criador de Hellsing, Kouta Hirano, chamado DRIFTERS) retrata. O diretor responsável pela adaptação em anime foi Itsuro Kawasaki, que já dirigiu alguns episódio de Ghost in the Shell, Noir e mais algumas séries.

O primeiro episódio do anime já começa com tudo. Somos apresentados aos personagens principais, Date Masamune e Sanada Yukimura. O primeiro é conhecido como “Dragão de um Olho Só” (Dokugan Ryu) e que tem nada mais do que 6 espadas na cintura. Detalhe: Ele consegue usar todas simultaneamente. Já Sanada Yukimura é um cara super animado mas que quando é para lutar com o seu exército à pedido de seu general, não brinca e usa as suas duas lanças para lutar. Assim como no game (que você controla alguém e sai matando tudo quanto é soltado do exército inimigo), no anime quando os dois enfrentam algum exército pode ter certeza que dezenas de soldados vão voar com a ignorância dos golpes de ambos. Isso é ruim? Pra mim é ótimo porque se é pra ser ignorante, que seja no melhor estilo bater-em-tudo-que-vier-pela-frente.

A medida que a série vai avançando nós percebemos que vários outros personagens são fundamentais para a série pois num enredo onde pelo menos uns 5 generais lutam, vai ter alguma coisa em cada um deles que vai fazer diferença. Apesar da pancadaria nervosa que o anime tem, a animação nas cenas de luta ao invés de dinuir o nível, fica ainda melhor! As lutas de Sengoku BASARA são de um nível superior a muito anime shounen (samurai ou não) que se vê hoje em dia. São lutas excepcionais, de encher os olhos MESMO.

Aliás, como se não bastasse tudo o que eu já falei o anime me fez fazer algo que há muito tempo não fazia: Baixar OSTs. Não lembro qual foi a última OST que baixei mas ontem, quando terminei de assistir o anime, fui direto procurar um torrent com os CDs. São dois, um com a temática do Yukimura e o outro com a do Masamune e várias BGMs excelentes tocadas ao longo da série. E por falar em coisas boas, o Masamune tem um estilo de fala extremamente interessante misturando algumas frases em inglês junto com japonês. Sem falar que parte do exército do cara parece uma gangue e o cavalo do mesmo tem um guidão de moto!!! É um show a parte ver o Masamune liderando o exército, hahaha.

No site oficial do anime, assim que o mesmo terminou de passar, foi anunciado que uma continuação da série está prevista para estrear em 2010. Fico bastante feliz por isso pois como o título do post diz, Sengoku BASARA foi realmente uma surpresa dessa temporada passada. O melhor pra mim da temporada ainda é Higashi no Eden mas que venham outros animes ainda esse ano para me surpreender igual Sengoku!

Quando comecei a assistir os animes da temporada de abril, […]

Dragonball: Evolution

Dragonball: Evolution
Diretor: James Wong

Produção: Twenty Century Fox

Ano: 2009 – 89min.

Pois é, hoje estreou o filme que talvez seja a bomba do ano (e olha que não estou contando com o filme da Chun-Li). Em uma parte do jornal Folha de São Paulo dos últimos dias saiu uma resenha do filme e uma das frases escritas por Diogo Bercito descrevem bem o que me motivou a ver esta “coisa” no dia da estréia: “[…] Mas os fãs – que, de curiosos, certamente vão conferir com os próprios olhos – talvez esperassem um pouco mais“. E é exatamente isso, eu queria ver com os meus próprios olhos o que fizeram com a série.

O filme mostra Goku (Justin Chatwin) e Chi Chi (Jamie Chung) no maior estilo “filme teen americano”. Ele é um cara que vive sendo zoado pelos amigos de escola e que como todo adolescente, sente uma paixão por alguma garota. E essa garota é Chi Chi, a bonitona da escola, popular entre os garotos e que não dá a menor bola para o rapaz de cabelo espetado. Goku então, ao completar 18 anos, recebe de seu avô uma esfera de 4 estrelas e o mesmo promete para o garoto que logo mais a noite irá lhe contar o verdadeiro segredo por trás de tal esfera. Só que Goku é um cara rebelde e, depois de ter recebido um convite de Chi Chi para ir a uma festa na casa da garota, nem lembra mais sobre o que avô disse e ao invés de ficar em casa vai curtir com todo mundo a tal festa.

O problema começa quando o pessoal percebe que há alguém atrás das esferas e essa pessoa é Piccolo (James Marsters), que junto com sua companheira Mai (Eriko Tamura) sai atrás das 7 esferas do dragão para por em pratica a sua vingança (sempre assim) contra a humanidade e o planeta Terra. Após alguns acontecimentos envolvendo o seu avô, Goku acaba conhecendo Bulma (Emmy Rossum), a filha de um grande empresário e que inventou um aparelho que consegue rastrear outras esferas do dragão. Usando tal aparelho e tendo consigo a posse de uma outra esfera, Bulma acaba tendo um encontro… não muito amigável com Goku na casa do rapaz.

Depois de uma boa conversa, Goku e Bulma vão atrás de Mestre Kame (Chow Yun-Fat), que segundo o avô de Goku, saberá lhe informar o motivo pelo qual Piccolo está atrás das esferas. Os três então saem numa longa jornada para reunir as esferas restantes antes que Piccolo as tenha em seu poder e é nessa jornada que eles acabam conhecendo Yamcha (Joon Park), um ladrão folgado que no meio do deserto faz uma armadilha para pegar os viajantes e tentar ganhar algo com isso. Mais tarde Yamcha se junta ao grupo e esta feito mais um enredo que, mesmo quem não conhece a série, já deve imaginar como irá se desenvolver.

Por ser um filme claramente voltado para o público infantil, DBEV não consegue empolgar em nada quem já conhece a história, pois é como o próprio Toriyama falou, “é melhor pensar no filme com um Dragon Ball de uma dimensão diferente” por que o filme é muito fraco. Sem falar do tempo do mesmo, menos de 1h30min. Se você for assistir pode ter certeza que além de tudo o que já foi mudado e esquecido nesse filme, ele ainda irá correr num ritmo bem rápido para caber nesse tempo o que o diretor pretendia mostrar.

Dragonball: Evolution é um daqueles filme você assiste esperando o pior e nesse caso, com certeza isso acontece. Como adaptar séries japonesas para os cinemas nas mãos dos americanos está na moda ultimamente, é melhor se preparar para ver mais coisas estranhas com esse filme vindo por aí. Talvez o único que pode se salvar é a adaptação de Blood, que pelo o que foi mostrado, deve empolgar bem mais do que outros filmes.

Aproveitando que o assunto é Dragonball: Evolution, não poderia deixar de postar a brincadeira de primeiro de abril que a TYPE-MOON (de jogos como Fate/Stay Night e Tsukihime) fez parodiando o filme. Esse poster de NECOARC Evolution tem bem mais carisma que o filme no qual a paródia foi inspirada.


“EVOLUTION – Esse é o progresso”

Dragonball: EvolutionDiretor: James WongProdução: Twenty Century FoxAno: 2009 – 89min. […]