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[Coluna Hanyan #2] Stepping on Roses

Olá!

Em primeiro lugar gostaria de agradecer pela recepção calorosa que vocês têm me dado desde a  estréia da coluna, muito obrigada pelo apoio!

Hoje vou falar de um mangá bem diferente dos anteriores, Stepping on Roses.  Porém antes de dissertarmos a obra em si, eu gostaria de fazer um pequeno parêntesis sobre a discussão que define os limites entre qualidade e gosto. Os meninos do Mangá² recentemente gravaram um podcast (muito bom) sobre o tema, mas gostaria de deixar a minha opinião registrada aqui: “Qualidade” é objetiva, enquanto “gosto” é subjetivo. Agora vou tentar desenvolver um pouco essa ideia.

Eu acredito que exista um conceito objetivo de qualidade. E pra ele não podemos considerar apenas a nossa opinião e sim avaliar um conjunto de opiniões de pessoas especializadas no assunto e que possuem mais conhecimento do que nós, o que gera uma espécie de consenso pra determinar se tal coisa é “boa” ou “ruim”. Quando eu digo especialistas, não me refiro apenas a críticos profissionais, mas também à pessoas com um bom nível de conhecimento e capacidade analítica.

A qualidade de uma obra deve ser classificada com base em aspectos concretos, como a originalidade, o impacto que ela teve na sua época, o desenvolvimento da história e dos personagens, o refinamento da arte, a capacidade do material de se conectar com o seu público alvo, etc. E o ponto central: se a obra executa o que ela se propõe a fazer.  Originalidade também é importante mas não é tudo. Mais vale um clichê bem desenvolvido sob uma perspectiva interessante do que uma ideia nova “queimada” com um desenvolvimento pobre.

Seguindo a lógica da minha “tese”, a obra ser boa ou ruim não depende da nossa opinião sobre ela. Mas aí caímos no outro lado dessa questão: o gosto. Esse sim, pessoal e intransferível. Porque as suas experiências, a sua formação intelectual e social e até mesmo o momento de vida em que você se encontra contribuem muito para determinar isso. Porque não tem o menor problema você gostar de uma coisa ruim, contanto que você saiba que ela é ruim! É para isso que existem os guilty pleasures. Não vejo  nada de errado em se divertir pra caramba com uma coisa evidentemente ruim. É o famoso “é ruim mas eu gosto”.

Considerações feitas, vamos partir para a obra desse mês: Stepping on Roses.

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