Ookami no Kodomo no Ame to Yuki tem tudo para ter um roteiro clichê, porém emociona ao introduzir o espectador a dificuldades reais em um contexto fictício.
Ookami no Kodomo no Ame to Yuki
Ookami no Kodomo no Ame to Yuki tem tudo para […]
Dando voltas no mundo dos animes
Ookami no Kodomo no Ame to Yuki tem tudo para ter um roteiro clichê, porém emociona ao introduzir o espectador a dificuldades reais em um contexto fictício.
Olá a todos! Como prometido estou aqui de volta. Pessoa desculpas novamente pelo último fim de semana, realmente não tive tempo de postar algo decente, mas agora que as férias estão muito próximas, terei bastante tempo para dedicar ao blog. É muito provável que até o começo do ano que vem ele passe por algumas mudanças, para melhor, claro. Enquanto isso não acontece, vamos continuar com o bom e velho Gyabbo!, hoje falando sobre o filme Summer Wars.
Existem animes bons, assim como existem animes ruins. Existem aqueles que são ótimos, como existem aqueles que são apenas medianos. Mas alguns poucos conseguem ser melhor que ótimos, conseguem ser por si só uma gigantesca experiência de entretenimento. É esse último tipo de anime que Summer Wars se situa.
O hype que eu tinha em cima desse filme era tão grande que eu estava com medo de me decepcionar por esperar demais. Mas que culpa eu poderia ter? Dirigido por Mamoru Hosada, o mesmo diretor do igualmente fantástisco Toki wo Kakeru Shoujo, animado pelo meu estúdio favorito, a Madhouse, e com o Character Design desenvolvido por ninguém menos que Yoshiyuki Sadamoto, mangaka de Evangelion e que fez o mesmo trabalho no já citado Toki wo Kakeru Shoujo. Eu não podia esperar nada menos do que uma obra prima.
Summer Wars tem como pano de fundo o mundo digital de Oz. Com o avanço da tecnologia, o mundo de Oz toma conta da vida de praticamente todas as pessoas, seja através da televisão, do computador ou mesmo do celular. Apesar de ser uma comunidade virtual como a existente Second Life, a Oz toma proporções gigantescas, envolvendo tanto cidadãos comuns quanto grandes empresas.
Assim, em um dia de verão o jovem Kenji Koiso, um pequeno gênio da matemática, aceita trabalhar para a sua senpai, por quem tem uma queda, ajudando nos preparativos da festa de 90 anos de sua avó. O que o garoto não sabe é que a sua senpai, Natsuki Shinohara, pretende que ele finja ser seu noivo para que sua avó possa ficar feliz, visto a situação da sua saúde. Sem grandes possibilidades, Kenji acaba aceitando. Tudo ia normal até Kenji receber por celular uma mensagem criptografada que ele consegue resolver. A partir daí, Kenji passa a ser o principalmente suspeito por desmantelar todo o sistema da Oz, causando um grande caos mundial.
Não pretendo entrar em maiores detalhes da história para não dar spoilers, mas a família Shinohara é na verdade um clã bem antigo do Japão (pelo menos no anime), mesmo que não possua mais as riquezas do passado. Todos os acontecimentos que envolvem o incidente com a Oz tem a ver com a família Shinohara, mesmo que aparentemente sejam apenas uma tradicional família japonesa.
Summer Wars é uma obra-prima da animação japonesa, junto com os clássicos do estúdio Ghibli, não somente por sua animação espetacular, mesclando com maestria o estilo clássico 2D com inovações de CG, feita pelo estúdio Madhouse, mas principalmente por saber condensar em suas quase duas horas as mais diversas emoções dentro de uma história coerente, envolvente e divertida.
É espantosa a habilidade que Hosoda possui em passar de momentos cotidianos, indo para cenas espetaculares de ação (superiores a muitos animes propriamente ação), até as passagens mais dramáticas. Apesar de pouco tempo para explorar tantos personagens (afinal, se trata da reunião de todo um clã), Summer Wars consegue desenvolver bem os personagens principais, sem que fique faltando nenhuma ponta, mesmo para os secundários.
Se o final tenha sido um pouco clichê, em nada diminui a grandiosa experiência que é assistir a Summer Wars. E por isso eu digo, aproveite que as férias está aí e baixem Summer Wars e Toki wo Kakeru Shoujo, obras que nos relembram por que gostamos tanto desse meio.
Se as minhas expectativas antes do filme já eram gigantescas, viraram maiores ainda para qualquer outro trabalho realizado por Mamoru Hosoda, atualmente um dos grandes diretores da animação japonesa. Por último apenas um pequeno detalhe, enquanto eu assistia o filme lembrei muito de um filme de Digimon, com um desenvolver bem semelhante. Quando fui ver, Hosoda era o diretor desse filme. Apenas por curiosidade.