Tag Archives: Conclusão

The Melancholy of Haruhi Suzumiya 2 – Conclusão

Olá a todos novamente! Mais um domingo está passando, daqui a pouco tempo chegaremos ao horário de verão, como o tempo passa rápido, não? Essa semana o Gyabbo! ultrapassou às 10.000 visitas, algo que quando comecei, não esperava acontecer tão cedo, achei que teria que esperar pelo menos o primeiro ano para isso. Agradeço a todos que entram aqui, todos que comentam e todos que apoiaram esse projeto que felizmente tem dado muito certo. Vários posts estão sendo programados, alguns projetos desenvolvidos, podem esperar! Para que o blog continue crescendo, peço que quem ainda não respondeu, por favor responda a enquete que está no menu ao lado, pretendo finaliza-la com 50 votos.

Mas bem, hoje o comentário é sobre uma série muito popular e que esse ano criou muita confusão pela sua segunda temporada. Vocês já devem ter entendido, mas o post será sobre The Melancholy of Haruhi Suzumiya 2.

Para quem por acaso não conheça, e eu recomendo que procure conhecer, The Melancholy of Haruhi Suzumiya foi uma série lançada em 2006, contando com 14 episódios. Baseada em uma série de light novels, Haruhi Suzumiya contava uma história de uma forma bem diferente do que normalmente se vê em outros animes, com episódios apresentados de forma não-linear. Ligado a isso, tínhamos uma história muito interessante onde a estudante colegial que dá nome à série, Haruhi Suzumiya, forma um clube em sua escola, o SOS Brigade, com o intuito de encontrar viajantes do tempo, ESPER’s e aliens ou outras formas sobrenaturais. A grande questão é que na verdade Haruhi é (ou pelo menos isso é suposto) uma espécie de entidade, com poderes para criar e recriar o universo inteiro. Afim de estudar melhor essa situação, uma alien, uma viajante do tempo e um ESPER entram para o SOS Brigade, que ainda conta com Kyon, o único normal da história toda.

Essa história interessante, com personagens originalmente clichês e um trabalho muito bem feito pelo estúdio KyoAni fizeram de Haruhi Suzumiya um sucesso gigantesco, chegando a ser criado uma espécie de culto à personagem principal, o Haruhismo. Todos esperavam que a KyoAni fizesse uma continuação do seu maior sucesso, a ansiedade era gigantesca, até que em maio desse ano, após o início de uma reprise linear da série, finalmente novos episódios surgiram.

O primeiro foi o episódio 8, Bamboo Leaf Rhapsody, que apesar de não ter sido tão aclamado como os antigos, foi um ótimo episódio, começando muito bem a nova leva de episódios. Entrando nas minhas opiniões, fui um grande fã da primeira temporada de Haruhi, mas ao baixar esse novo episódio, não lembrava muito bem a razão de gostar tanto, mas o fim desse episódio que se apresentou interconectado com o futuro da série, me lembrou do porquê.

Mas foi aí que começou, o terror dos haruhistas, o flame maior da animação japonesa, algo que criou a ira de milhares! O infame arco conhecido como Endless Eight. Primeiro episódio, a SOS Brigade está de férias e Haruhi quer aproveitar ao máximo as férias de verão; psicina, matsuri, bicos, caça à insetos e várias outras coisas preenchem o tempo até o fim do verão. No segundo episódio do arco somos apresentados com eventos muito semelhantes ao do primeiro, mas dessa vez descobrimos que o mundo está preso em um loop temporal onde todo o verão é repetido seguidamento por Haruhi.

Wow! Fantástico, não? Sim, até aqui todos estavam achando tudo muito interessante. Mas quando veio o terceiro episódio e nada novo foi acrescentado, apenas apresentando as férias de verão novamente, as pessoas ao redor do mundo começaram a ficar apreensivas (sim, estou sendo exagerado e irônico). Mas o desespero total veio com sequência dos outros episódios, até o sétimo episódio, tudo que tivemos foram episódios com animações diferentes, mas acontecimentos iguais. Muitos se revoltaram, anunciaram que não iriam mais ver a série, iriam boicotar os dvd’s e o próprio estúdio. Até mesmo a dubladora Hirano Aya, responsável pela voz da protagonista, disse achar estranha a decisão da KyoAni. Ao fim do oitavo episódio finalmente tivemos a resolução do arco, que por um lado foi muito bom, já que ninguém aguentava mais essa repetição, mas por outro foi muito pouco para a expectativa gerada pela situação toda.

Uma das principais coisas que me fizeram gostar da série foi o seu estilo non-sense, tanto na história, mas principalmente no formato da animação. Não via problema em repetições, mas 8 episódios com basicamente a mesma coisa foi um grande desperdício. Não chego a pactuar com a revolta que muita gente apresentou, tanto que assisti a todos os episódios, mas esperava por coisas melhores.

Em seguida ao Endless Eight, começou um novo arco, o The Sigh of Haruhi Suzumiya, que dividido em 5 partes, conta todo o processo de produção do vídeo caseiro apresentado no episódio 00 (1º) da primeira temporada. Aqui vemos todo o potencial que a série pode ter. Para mim o grande trunfo de Haruhi Suzumiya é passar a quem assiste a impressão que esses 5 estudantes são estudantes normais aproveitando a juventude, mas subitamente somos lembrados que nada ali é normal, nem o simples fato de gravar um vídeo passa pelo normal. Haruhi passa da comédia rápida e non-sense,  para o drama filosófico com maestria, de uma forma tão inesperada, mas natural, que você acaba imerso totalmente no que está acontecendo. O caso mais emblemático disso é o do gato falante. Haruhi gostaria que um gato falasse e Kyon comenta em seus pensamentos “Não fale, por favor!”, criando uma piada metalinguística de grande qualidade. Mas quando se pensa que as coisas ficam por aí, eis que o gato realmente fala, iniciando um diálogo pseudo-filosófico sobre a linguagem humana.

The Melancholy of Haruhi Suzumiya foi muito polêmico na sua primeira temporada, seguindo a risca do amo ou odeie. Essa segunda temporada não foi diferente, só que dessa vez dividiu os que já eram fãs da série. Para mim ela manteve o alto nível que deu o seu sucesso, além de ter sido comentada em todos os lugares por conta do Endless Eight. Por isso, se você não gostou desse arco, pule-o, veja só os dois primeiros episódios e o último, mas não deixe de assistir Haruhi Suzumiya 2, pois a série ainda é bem melhor que a maioria das coisas que se encontram por aí.

Mas e vocês, o que acharam dessa segunda temporada?

O próximo post já deve ser sobre as primeiras estreias da temporada de outono!

Olá a todos novamente! Mais um domingo está passando, daqui […]

Tokyo Magnitude 8.0 – Conclusão

Olá novamente. A maioria dos animes da temporada de primavera com até 13 episódios estão terminando com a proximidade do outono. Nessa terça-feira foi a vez de Tokyo Magnitude 8.0 chegar ao fim, concluindo aquele que possivelmente será o melhor anime desse ano. Assim como fiz com Aoi Hana, novamente vou analisar a série utilizando o gráfico formado pelas notas que dei em cada episódio. Caso você não tenha visto ou terminado a série ainda, recomendo que não leia esse post por enquanto, ele terá spoilers!

Tokyo Magnitude 8.0 foi um anime feito pelo estúdio Bones com a proposta de mostrar o que aconteceria com Tóquio no caso de um terremoto de magnitude nunca sequer imaginada. Para isso a história segue os irmãos Yuuki e Mirai que acompanhados por uma mulher chamada Mari Kusakabe, tentam sobreviver e voltar para casa no meio de tamanha catástrofe.

Desde seu início, a série foi marcada por um alto teor de realismo, algo difícil de se encontrar na maioria dos animes. Mesmo o  resultado do grande terremoto foi feito a partir de diversos estudos científicos e toda a ajuda oficial que aparece durante o anime (exército, bombeiros, equipes de resgate etc) foi baseada nos procedimentos reais a serem usados. Para terem uma ideia melhor do nível de realismo da série, é só ver a imagem a seguir. Ela é uma espécie de propaganda do exército japonês (sim, em teoria o Japão não tem exército, mas vocês entenderam) utilizando os personagens da série:

Um dos meus receios sobre essa série antes dela começar era quanto ao roteiro. Tudo bem, terremotos de força absurda são sempre coisas legais de se ver na ficção, mas como eles iriam fazer para seguir com os 11 episódios da série? Não só conseguiram envolver (quase) todas as possibilidades que um acontecimento desse causaria (até problemas com banheiros teve!), mas mostram personagens carismáticos, humanos e que cresciam com o desenrolar da trama. Como eu falei quando comentei sobre o primeiro episódio da série, Mirai era uma garota extremamente frustrada e irritada. Mas durante a série ela cresce sem que você perceba, de forma bem sutil, para chegar ao final como uma garota totalmente diferente daquela de antes do terremoto.

Como é possível notar pelo gráfico formado, a série manteve um alto nível durante todos os episódios, tendo somente três abaixo da nota nove. Também é possível notar que Tokyo Mg8.0 teve dois picos, os episódios 2 e 10. E é interessante notar que esses dois episódios tratam do amor da Mirai pelo seu irmão Yuuki. O segundo episódio foi um dos episódios mais angustiantes que eu já assisti em animes. O desespero de Mirai na busca pelo irmão entre os escombros de um prédio até a descoberta que ele estava vivo foi de um desespero e humanidade que eu não lembro de ter visto anteriormente.

Já o décimo, marca a declaração de que Yuuki havia morrido.Vi pela internet, principalmente pelo MyAnimeList que muitas pessoas já haviam percebido que ele estava morto (possivelmente de traumatismo craniano quando salvou sua irmã na queda da Torre de Tóquio), e realmente, reassistindo depois, chega a ser até óbvio esse fato. Mas a questão é que eu não havia percebido que Mirai estava na verdade alucinando. As “pistas” disso vão sendo colocadas cada vez mais fortes nesse episódio até que você não tem mais dúvidas, sucumbindo com a frase final desse episódio, onde Yuuki declara que na verdade já está morto.

Para quem não é da área, depois de analisar o que acontece e pesquisar no CID-10 (Código Internacional de Doenças, décima edição), acredito que Mirai tenha sofrido de F43.1 (Transtorne de estresse pós-traumático) e F23.8 (Outros transtornos psicóticos agudos e transitórios), bem comuns em situações de estresse agudo como o que acontece na série. E justamente por ter certeza que na verdade Mirai estava alucinando, não gostei muito do último episódio onde Yuuki volta a aparecer, parecendo mais um fantasma (algo que muita gente ainda tem dúvidas que não seja). Não que a série não tenha fechado muito bem, mas acho que o Bones perdeu a chance de explorar melhor essa situação de revelação.

Tokyo Magnitude 8.0 é pra mim a melhor série do ano, juntamente com Higashi no Eden, ficando esse um pouco abaixo. Com seu realismo, seu humanismo, suas emoções, com certeza é um anime que todos deveriam assistir, mesmo quem não gosta de anime.

Olá novamente. A maioria dos animes da temporada de primavera […]

Aoi Hana – Conclusão

Olá a todos! Eu estava esperando por esse tipo de post já tem um bom tempo, desde que iniciei com a parte de “Gráficos – O que estou assistindo”. Como essa semana aconteceu o encerramento da série Aoi Hana (que pelo visto não terá outra temporada por enquanto), pude terminar o primeiro gráfico e hoje vou analisar a série como um todo com a ajuda dele, por isso é bem possível que contenha spoilers!

Para quem não acompanhou, Aoi Hana foi um anime yuri da última temporada de verão feito pelo estúdio J.C. Staff, contando a história de duas amigas, Fumi Manjoume e Akira Okudaira, que após 10 anos sem se ver, acabam se reencontrando. Apesar disso, a série não foca suas atenções no romance entre as duas, mas sim, principalmente, entre Manjoume e uma senpai sua, Yasuko Sugimoto.

Pra mim isso teria se mostrado uma boa saída do óbvio se o anime não tivesse apenas 11 episódios. Quando Aoi Hana iniciou achei que o relacionamento de Fumi e Akira erá o foco, mas na verdade as duas ficam somente no campo da amizade, mesmo que uma amizade emocionalmente mais íntima, mas apenas na amizade. E isso é ótimo, faz você olhar para um outro lado. O problema é que o relacionamento de Fumi e Sugimoto é obviamente perecível. Não que ele seja ruim, na verdade ele consegue levar o anime muito bem como fator central, mas ao final, quando as duas se afastam, fica um vazio na série, afinal, é um anime de romance! E aí entra uma cena final bonita, mas forçada dentro do contexto, onde Fumi deixa quase explícito que gosta de Akira. Com mais 11 episódios o relacionamento delas é que poderia ser explorado, criando uma sensação de desenvolvimento única para o roteiro. Por isso fico no aguardo por uma outra temporada, mesmo não achando que isso vá acontecer.

Aoi Hana é certamente uma série de grande qualidade. Vendo o gráfico formado pelas notas individuais por cada episódio, percebe-se que apenas um episódio ficou em menos de 8 pontos. A série teve um bom início, mas acabou oscilando bastante, até que, ao entrar no final, foi aumentando de qualidade, o que refletia o aumento das tensões no anime, principalmente no episódio que Sugimoto apresenta Fumi para sua família, uma cena bem interessante, principalmente pelo confrontamento do relacionamento yuri das duas e o término do relacionamento delas no mesmo episódio. Por fim, manteve uma média acima de 8,5 sempre, mas caiu no episódio final justamente pelo que comentei.

No final Aoi Hana se mostrou um bom anime de romance, com uma belíssima animação do estúdio J.C. Staff, mas que prometeu mais do que cumpriu. Para quem gostar de romances e não se importar com yuri, recomendo muito, um dos melhores animes que eu vi esse ano.

E para quem assistiu e gostou, dê uma olhada no site oficial da série, tem uns wallpapers muito bem feitos!

Olá a todos! Eu estava esperando por esse tipo de […]