Karin – Editora Panini – Vol. 1

(Análise feita apenas com o primeiro volume cedido pela própria editora)

No final de Novembro chegou às bancas da Fase 1 do país o mais novo lançamento da editora Panini (sem contar com Blood Lad que deve chegar nas bancas agora em Dezembro); Karin. Escrito e desenhado por Yuna Kagesaki, a obra foi publicada originalmente na revista mensal Dragon Age, a mesma de outros títulos lançados pela editora italiana como Highschool of the Dead e Chrono Crusade. Entre 2003 e 2008 chegou a oito volumes, recebendo também uma versão animada em 2005 pelo famoso estúdio J.C. Staff.

Neste manga temos a protagonista Karin Maaka, filha de uma família de vampiros, mas que possui características bem diferentes. Ao contrário de seus pais e irmãos, ela pode sair de dia e na verdade odeia a escuridão. Porém, sua maior diferença está na sua relação com o sangue. Ao invés de sugar, em determinado período do mês ou quando está perto de um tipo de pessoa (descobrimos depois que cada vampiro se sente atraido por um tipo de sangue, Karin “gosta” do sangue de pesssoas infelizes) seu corpo começa a produzir sangue em abundância e a garota precisa coloca-lo pra fora, seja através de explosões nasais que remetem ao clichê dos mangas da excitação masculina ou seja mordendo tal pessoal e “doando” seu sangue.

Somente esse enredo básico já daria uma boa base para uma comédia utilizando vampiros, mas é claro que precisa existir um outro lado romântico para equilibrar tudo. Quando Kenta Usui se transfere para a mesma escola de Karin, seu corpo começa a reagir de uma forma muito forte, dificultando a vida da garota. Tudo fica pior ainda quando o garoto começa a trabalhar no mesmo restaurante que ela.

Como você pode imaginar, temos em Karin uma comédia simples (apesar de que se durou 14 volumes é porque muita coisa diferente irá acontecer), onde diversos empecilhos irão acontecer até que o casal principal possam finalmente ficar juntos. Se lembrarmos que Karin sente uma atração pelo sangue de pessoas infelizes, qual mistérios Kenta Usui guarda e que serão resolvidos com a ajuda da pequena vampira?

Apesar do traço não comprometer, ainda mais por estarmos falando de uma comédia simples, ele não é exatamente o mais agradável. Se em Sora no Otoshimono tínhamos uma história mal narrada, mas bem desenhada, em Karin é justamente ao contrário: uma história agradável para uma leitura divertida, mas com um traço um pouco datado. Uma coisa importante de ressaltar é que há sim momentos ecchi, mas nada gratuito demais ou mesmo que assuste pessoas mais sensíveis a esse tipo de conteúdo (como eu).

A edição da Panini está boa, com uma boa tradução por Jae HW e um texto bem editado que flui bem. Temos as contra-capas coloridas, capa cartonada e Formato 13 x 18 nas suas 168 páginas. O Papel é Pisa Brite e felizmente não sofre o mesmo mal da transparência de outros títulos recentes no mercado. É esperar que a próxima edição, que por algum motivo consta no Check-list de Dezembro, mesmo sendo uma obra bimestral, não tenha os problemas que causaram tanta revolta nos leitores, principalmente agora com o aumento de preço para R$10.90. Um ponto que eu mesmo não havia percebido, mas é bom falar, é o corte mal feito nas páginas, mas para isso eu indico a leitura do post do blog Anikenkai onde isso fica muito bem exemplificado. Outra coisa a ser corrigida na segunda edição.

Como vocês ficaram sabendo aqui no Gyabbo!, a Panini passou a semana toda sorteando volumes de Karin para os fãs pelo Twitter e pelo Facebook. Fique de olho aqui no blog para não perder chances como essa. Além disso, ainda é tempo para participar do sorteio de um volume de Sora no Otoshimono feito pelo blog!

 

(Análise feita apenas com o primeiro volume cedido pela própria […]

12 thoughts on “Karin – Editora Panini – Vol. 1”

  1. Não achei o traço ruim, como você mesmo disse, ele e “antigo” mas é discriminação sua. As vezes acho que te falta amor Gyabbo.

    Desse tipo de mangá bobinho de humor Karin é muito bom, recomendo.
    Só espero que consertem o problema do corte do papel no próximo volume.

    1. @Panino
      Não disse que o traço é ruim em momento algum. Apenas que ele não ser exatamente agradável e parecer meio datado. Bem diferente.

      Gyabbo!

  2. HOTD também tem esse quadro branco em volta (e não lembro de ter visto comentários sobre isso na época). Será q isso não tem a ver com a editora original?

  3. Não ser é agradável e datado, é pior do que ser ruim não? Se ele não é ruim, passagem de tempo nenhuma tornará ele ruim, apenas, no máximo diferente do que você está acostumado hoje em dia.
    Dei uma olhada e não nada que não funcionasse nele por mais datado que possa ser.

  4. Eu meio que paguei a língua com ese manga. Dava nada pra ele e acabei gostando bastante. É divertido e não força a barra no fan service, pelo menos até o primeiro volume.

  5. não tenho problema com o traço acho que é uma caracteristica unica de cada autor.

    Minha historia com karin e panini:
    Varios blogs comentando sobre karin (provavel por estrategia de marketing da panini), ai fiquei com vontade de comprar. Ai fiquei ansioso para comprar ai quando finalmente chegou aqui foi a grande decepção, primeiro 170 paginas formato pequeno muito mal formatado (bordas em branco), uma ou outra coisa borrada e pra completar o mesmo papel de merda de sempre, e toda essa maravilha por apenas R$10,90.
    JBC que fez merda com kobato, assim a panini ficou com pena e fez merda com karin também

    1. @gustavo

      De fato a questão do traço é bem subjetiva.

      Sim, muitos blogs comentários por marketing da Panini, pelo visto funcionou! Na minha avaliação não ficou tão ruim quando você colocou. As páginas não estão tão ruins quanto em Sora no Otoshimono (não vi Kobato ainda em mãos), o número de páginas é o mesmo do original, mas não chega a ser nenhum absurdo como xxxHolic e a parte das bordas, pelo menos para mim, não foi um incômodo, só percebi porque vi o Didcart comentando, mas reconheço que foi um erro e espero que seja corrigido.

      Gyabbo!

  6. Tudo bem, eu estava um pouco puto na hora que escrevi aquele comentario, mas pensando melhor agora realmente o manga não ficou tão ruim assim, ele só ficou muito ruim.

    não comperi sora no otoshimono pra ver como tava.
    O que eu não entendo muito bem é que quando um mangá tem +20 paginas do que o normal (+-200) eles aumentam o preço, isso eu entendo, agora o que eu não entendo é que quando eles diminuem 30 paginas do tamanho normal eles mantém o mesmo preço.

    Espero que 2012 possa ser o bom ano para as editoras brasileiras.

Deixe sua opinião