K-ON! – Editora NewPOP – Vol. 1

Olá a todos, como estão? Nesses dias finalmente chegou K-ON! aqui em Manaus e eu fiquei pensando sobre a situação dos posts sobre mangas que saem no Brasil. Como faço parte da chamada Fase 2, há quase sempre um intervalo de alguns meses até que eu consiga comprar em banca um manga novo. Assim, será que ainda seria interessante postar sobre ele, imaginando que a maioria dos blogueiros do eixo Rio-São Paulo já terão comentado? Aguardo a opinião de vocês nos comentários, principalmente dos leitores assíduos do blog.

K-ON! fez um grande sucesso a partir do ano de 2009 pelas mãos do estúdio Kyoto Animation. Seu enredo despretencioso, mas carismático, suas personagens divertidas e sua parte técnica excelente conquistaram rapidamente o público, resultando em uma segunda temporada de 26 episódios e em um filme que chega aos cinemas japoneses no final do ano.

Como é comum na indústria de animação japonesa, K-ON! tomou vida primeiro na forma de um manga publicado na revista seinen Manga Time Kirara, sendo lançado originalmente de 2007 a 2010, quando ganhou uma nova publicação em uma revista irmã. De autoria do mangaka que atende pelo pseudônimo de Kakifly, o título possui quatro volumes encadernados e chega ao Brasil pela editora NewPOP.

A “história” é aquela que vocês já conhecem: quatro colegiais – a baterista Ritsu, a baixista Mio, a tecladista Mugi e a guitarrista Yui – se reunem no quase extinto clube de “Música Leve” e formam uma banda. Com essa premissa básica iremos acompanhar os dias felizes dessas garotas, entre alguns poucos ensaios e shows e muitas tardes de chá com docinhos. O manga não diferencia muito do que já foi apresentado no anime, mas a forma como as coisas são mostradas é bem diferente, algo lógico vista a natureza do manga que é narrado em formato Yonkoma – tirinhas de quatro quadros.

Assim, a maioria dos fatos acontecem com uma grande rapidez. Por exemplo, quem assistiu ao anime deve lembrar do primeiro show das garotas do festival escolar. Lá, tomou um episódio inteiro, enquanto que no manga não passa de umas três tirinhas. Pessoalmente isso me faz preferir o anime, pois é criada toda uma atmosfera ao redor, quando no manga as coisas são jogadas para os leitores.

Apesar disso o manga funciona bem para uma leitura despretenciosa, preferencialmente feita em pequenas doses já que ler o volume inteiro de uma vez pode cansar um pouco e repetir demais as situações. É fácil gostar das personagens e rir com as situações que vão surgindo na vida (in)comum delas. Mas para aqueles que já achavam que no anime “nada acontece”, é importante ressaltar que a sensação no manga é ainda maior. K-ON! é um slice-of-life, é preciso ter isso em mente na hora de comprar, saiba o que está levando pra casa. Se muitos reclamam da versão animada por não dar muita importância ao lado musical, o manga vai muito além e só usa isso apenas como pano de fundo.

Percebi lendo esse primeiro volume como o trabalho das seiyuu do anime é importante no relacionamento com a obra e na conquista do público. Por mais que eu buscasse imaginar as falas com a vozes conhecidas das personagens, ainda sim não era a mesma coisa e parte do carisma era perdida.

Custando R$14.90, a versão da editora NewPOP pode assustar os bolsos de algumas pessoas, mas posso dizer que valeu a pena pela qualidade gráfica que foi dada ao manga. São 120 páginas de papel offset de boa gramatura – não é possível ver através da folha – e com uma impressão de qualidade. O blog Anikenkai ressaltou um problema com as retículas do manga ao comparar com a edição americana de K-ON!, mas eu não consegui distinguir esse problema e acredito que na mão de um leigo não seria um problema (mas é algo a ser concertado, sim!). O início do volume ainda apresenta algumas páginas coloridas em papel couché brilhante, muito caprichado. Pode-se achar que algumas outras páginas do manga também deveriam ser coloridas, mas de acordo com o editor da editora NewPOP, Junior Fonseca, em comentário no mesmo post do Anikenkai, essa é a versão original japonesa e assim foi enviado para o Brasil.

Infelizmente é possível notar alguns erros de edição de quadros e falas, além do já comentado problema com as retículas. Também existem erros de digitação e revisão que são sofríveis de ler em uma publicação profissional e que poderiam ter sido facilmente sanados com um controle de qualidade mais atento. Mas no geral os textos estão muito bem traduzidos e fluem com a leitura.

K-ON! traz – salvo alguns erros que espera-se não se repetirem – novamente um bom trabalho da editora NewPOP e é uma compra indispensável para os fãs da série. Aos outros leitores não chega a ser tão importante assim, mas é uma obra com carisma e diversão para uma boa tarde de descanso.

Onde comprar:

Loja Anime Pró

Comix

Banca 2000

Conheça sobre o anime aqui no Gyabbo!:

Primeiras impressões de K-ON!

Primeiras impressões de K-ON!!

Conclusão de K-ON!!

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Olá a todos, como estão? Nesses dias finalmente chegou K-ON! […]

9 thoughts on “K-ON! – Editora NewPOP – Vol. 1”

  1. Quem avisa amigo é: vai se consultar com um oftalmologista!
    Sério cara, até nas suas fotos dá para ver o moiré por todos os lados. Ou você é quase cedo ou está mentindo que não vê. Como você é esse cara bacana, honesto e lindo que já conhecemos bem, o problema só pode ser com seus olhos.
    Vai se tratar!

  2. Saudações

    Respeito muito a opinião mais objetiva do amigo DidCart, quando ele expôs um texto à respeito do mangá de K-ON! em seu blog.
    Tal como o ocorrido contigo, eu não consegui me ater aos dados mais técnicos pertinentes à esta publicação, Denys. No texto em meu blog deixei tal aspecto bem claro.

    E concordo com a sua pessoa em número, gênero e grau, quando se faz citar que a leitura de K-ON! deve ser feita da forma mais descompromissada possível. É uma história bem banal, bobinha em dados momentos, porém atrativa e que consegue divertir em momentos-chave.

    Acho a compra deste mangá muito válida. Irei adquirir as quatro edições para, no final, fazer uma avaliação mais assertiva da obra como um todo.

    Até mais!

  3. A três semanas eu encomendei o mangá em japonês, nem sonhava que teria versão nacional por agora, tomei um susto ao ver na banca(acompanho pouco noticias de mangás), acabo que minha irmão comprou por que sempre falei bem do anime, e ela nunca tinha assistido e gostou do mangá, e eu não li ainda que to esperando ler pelo que encomendei que já vira com 3 volumes =/

  4. “Assim, será que ainda seria interessante postar sobre ele, imaginando que a maioria dos blogueiros do eixo Rio-São Paulo já terão comentado? ”

    Sim, porque sua opinião não será igual a dos outros.

    Sim, teve problema de retícula e uma palavras trocadas também.

  5. Tem que é trocar de revisor, eu posso aceitar a Mio como guitarrista, posso aceitar alguns erros gramaticais que só apareceram pela falta de atenção, mas alguém que ainda não sabe a diferença de “decente” e “deScente”, não deveria nem ser chamado para esse tipo de trabalho.

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