Comics versus mangas

Na última quarta-feira (18/01), durante as comemorações do 3º aniversário do blog, fui surpreendido genuinamente pelo conteúdo de um post do Qwerty em seu blog Nahel Argama – Seu porto seguro para animes (depois do Gyabbo!, é claro) – com a imagem que ilustra o início deste post. Trata-se de um panfleto de uma loja de quadrinhos americana de Orlando, a “A Comic Shop”, onde, em claro patriotismo exarcebado informa: “Robama (Uma mistura de um ciborgue com o president Barack Obama) quer que VOCÊ compre [produtos] americanos” em tradução livre feita por mim. A ideia é que o cliente poderia trocar o volume #1 de qualquer manga pelo volume #1 de qualquer série do reboot da editora DC (entenda melhor sobre esse reboot AQUI).

Ao primeiro olhar, certamente esse panfleto soa um tanto quanto ofensivo não só para a mídia manga quanto aos fãs desse tipo de quadrinho, mas de certa forma também ao povo japonês. Um segundo olhar mais calmo pode até retirar todas essas impressões ou pelo menos minimiza-las, ainda mais após um dos donos da loja ter afirmado que tudo não passa de uma brincadeira e que não havia nenhuma ideia exageradamente patriotista ou anti-manga por trás do panfleto, além de que os próprios mangas trocados serão (ou seriam?) vendidos por $1 na própria loja. E ainda mais, estamos falando de apenas uma pequena loja. Porém, a questão se torna mais complicada quando sabemos que a própria editora DC não somente permitiu oficialmente o uso da imagem de seus personagens icônicos da Liga da Justiça, como também arcará (ou arcaria?) com 75% dos custos dessa ação de “marketing”.

Isso torna as coisas um pouco mais interessantes. Saímos do micro para o macro e buscamos entender porque uma editora do tamanho da DC, ainda que em tom de brincadeira, transforma mangas em alvos? Como bem disse a Valéria Fernandes do Shoujo Café sobre esse assunto, porque os mangas incomodam. E para falarmos sobre isso vou precisar voltar um pouco no tempo.

A partir de 2002 os mangas nos EUA demonstraram uma força gigantesca, uma verdadeira explosão. De acordo com um artigo do jornal The New York Times tivemos vendas que chegavam a $50 milhões naquele ano e que passaram para algo em torno de $90 a $110 milhões em 2003, chegando a um mercado de $150 milhões de dólares em 2005 de acordo com um artigo da revista Times, carregado principalmente pelo sucesso do shoujo Fruits Basket. Esse crescimento durou até o ano de 2007, com picos de vendas de $210 milhões quando os lucros começaram a diminuir, indo para quatro anos de quedas consecutivas.

Apesar de 2010 e parte de 2011 terem conseguido ter perdas menores que 2008 e 2009, a situação não se encontra tão bem quanto no início dos anos 2000, principalmente por algo que também preocupa as editoras brasileiras, a falta de animações na televisão que virassem febre. Ainda sim, é um mercado que em 2010 conseguiu render $110 milhões de dólares.

Mas de nada adianta eu mostrar esses números se eles não puderem ser comparados aos dos comics e quadrinhos americanos em geral para entendermos o quanto os mangas podem incomodar. De acordo com o site ICv2, no ano de 2011, depois de 4 anos consecutivos de perdas (coincindindo com o ano de 2007 quando os mangas também começaram a cair em vendas) o mercado de comics conseguiu elevar as vendas em 1.87% nos primeiros 11 meses do ano em comparação com 2010. Já o site The Comics Chronicles aponta que neste ano que passou, o total de vendas pela maior e principal distribuidora do país em quadrinhos, a Diamond Comic, de comics, “trade paperbacks” e revistas do tipo  foi de aproximadamente $417 milhões.

Percebem que em um ano positivo para os quadrinhos americanos e em um ano ruim para os mangas, as vendas de mangas ainda representam aproximadamente um quarto das vendas dos produtos originalmente americanos? Sendo que na conta do The Comics Chronicles ainda estão listados alguns mangas, ainda que com vendagens muito pequenas visto que estamos falando das vendagens de lojas especializadas em comics.

Recentemente foi lançado nos EUA o manga de Sailor Moon, virando automaticamente um grande sucesso. O primeiro volume ficou pelo menos três semanas consecutivas no primeiro lugar do ranking do New York Times de mangas e é desde seu lançamento a “Graphic Novel” mais vendida nos EUA por três meses seguidos. Voltando a números interessantes, de acordo com o JBox, em quatro semanas o manga conseguiu esgotar toda sua tiragem inicial de 50.000 volumes, sendo impressos mais 50.000 que provavelmente já esgotaram também. Isso só do primeiro volume.

Só esse número já colocaria Sailor Moon na posição #43 se essas vendas fossem das Comic Stores do ano inteiro de 2011, algo conseguido em menos de meses, passando fácil o número #1 da lista de Graphic Novels, Walking Dead #1. Se pensarmos que de acordo com informações da distribuidora Diamond Comics Naruto #50 foi o manga mais vendido, na frente do primeiro volume de Sailor Moon e se esticarmos para para o mercado geral que engloba não só as comic stores, mas também as livrarias físicas e on-line, os números de Naruto seriam ainda mais impressionantes e ameaçadores aos comics e aos quadrinhos americanos em geral.

Só que isso não é tudo. As coisas ficam mais interessantes ao pensarmos que apesar de todo um apoio sócio-cultural a favor dos quadrinhos americanos em seu país (afinal, são décadas de lançamentos) e da voluntária propaganda gigantesca que a indústria do cinema e séries televisivas fazem para suas contra partes gráficas ano após ano, o mercado de quadrinhos americanos consegue crescer apenas meros 1.87%.

Retirem essa propaganda toda, esse rebuliço em torno dos supers e imaginem como estaria o quadro agora? Os mangas não tem força de massa para se apoiar nos EUA e ainda assim, mesmo com suas consecutivas perdas, ainda é uma indústria de mais de $100 milhões de dólares!

Os mangas são o que são hoje no Japão em grande parte graças ao modelo aberto por Osamu Tezuka, novamente citando o blog Nahel Argama. Anime faz propaganda do manga, que gera jogos, light novels ou qualquer uma das direções possíveis dessas diferentes mídias que se entrelaçam e fortificam umas as outras, algo que inexiste nos EUA para fortificar o mercado de mangas por lá. De acordo com Roland Kelts, autor do livro “Japanamerica – How Japanese Pop culture has invaded the US” (“Japanamerica – Como a cultura pop japonesa invadiu os EUA” em tradução livre), é justamente a falta de uma maior proximidade dos produtores e criadores japoneses com o público americano (e porque não dizer brasileiro?) que resultou nas quedas das vendas de mangas após o fim do explendor do “Cool Japan”. Imaginem se essa aproximação fosse maior, se o peso da indústria cinematográfica estivesse a favor dos mangas, as coisas seria bem diferentes.

Os quadrinhos americanos (e sim, vou chamar de “quadrinhos americanos” de uma forma generalista ao falar do comics já que a Marvel e a DC juntas representaram no ano de 2011 77.7% de todas as publicações por lá, sendo que a gigantesca maioria é de supers), como mesmo quem é de fora deve saber, teve seus anos de glória após a segunda Grande Guerra, nos anos 40 com a “Era de Ouro”, seguida pela “Era de Prata” nos anos 50~60 até o grande boom dos anos 90 que se mostrou uma grande bolha causada pelos fãs e suas múltiplas compras de um mesmo volume.

Entretanto, existiu um momento de transição no mundo dos supers que foi de vital importância para os comics que temos hoje: A criação do Homem-Aranha. Concebido em 1962 por Stan Lee, o personagem inaugurou um novo tipo de super-herói, um que fosse mais próximo do leitor, menos perfeito, mais humano. O sucesso desse personagem se dá justamente pela possibilidade de identificação com o seu público; na época majoritariamente adolescentes. Se após uma grande guerra o país precisava justamente de heróis perfeitos, símbolos da força americana como o Superman e o Capitão América, os anos 60 e 70 foram marcados como décadas de inquietações no país e pelo movimento hippie, claramente não patriota. Ao criar personagens com falhas, a Marvel se conectou com seu tempo, assim como Tezuka fez com Apollo’s Song na mesma época (Resenha desse manga AQUI) e seguiu para liderança do mercado na década de 70.

Mas o grande marco dos comics passou e não houve a evolução que se poderia esperar nos quadrinhos americanos de massa que aconteceu no Japão, onde os quadrinhos do pós-guerra ajudaram o país a se reerguer como uma forma de entretenimento barata (no sentido financeiro), mas evoluíram, alcançando todas as demografias existentes. Enquanto do outro lado do mundo o manga alcançou as massas, abrindo espaço para todo os gostos, e aqui vale salientar a revolução feminina dos quadrinhos japoneses, principalmente com o chamado “O grupo de 24“, algo totalmente inexistente nos quadrinhos americanos que se fecharam dentro de uma fórmula de sucesso para não saírem mais, o mercado norte-americano foi  cercando cada vez mais o círculo dentro dos fãs já estabelecidos.

Os quadrinhos de Supers, queira sim, queira não, monopolizam o mercado de quadrinhos norte-americanos e não parecem estar dispostos a abrir espaço para outros públicos, especialmente o feminino. Ao vermos que o reboot da editora DC diminuiu de 12% para meros 1% a participação de personagens femininas em suas histórias, pode-se tirar conclusões claras daí. A questão é que o mundo dos quadrinhos americanos mainstream não é nada amigável às mulheres, seja como desenhistas/escritoras ou como personagens. E é justamente aí que os mangas entraram no início dos anos 2000 ou vocês acham que o sucesso de Fruits Basket foi mera coincidência? Existem um público feminino que quer ler quadrinhos por e para elas (o que não exclui que existam muitas mulheres que adoram ler supers, como também existem muitas mulheres que adoram shounen, ao contrário de alguns comentários infelizes nos posts da Mara do Mais de Oito Mil).

Ao atacar os mangas a DC está entendendo o quadro de forma errada. Não é preciso ataca-los, é preciso aprender com eles e como os quadrinhos podem ser fortes ferramentos para alcançar os mais diversos públicos, certamente um dos motivos pelos quais os manga se os animes viraram sucesso mundial (talvez não financeiro, mas de público).

A questão é que sim, tem muita gente lendo manga e se as principais editoras dos EUA não se mexem para “permitir” que as mulheres (e não, fingir que se está falando de emancipação feminina quando se está falando para homens não é uma forma de atingir o público feminino) e outros públicos entrem nessa de vez, esses outros públicos vão sim buscar outras formas de se entreter. A imagem acima ilustra bem o caso. Ela é de uma HQ feita por uma garota americana de 16 anos, Raquel Yu, que no final do ano passado/início desse ano figorou como TOP1 dos quadrinhos mais vendidos na Amazon para o Kindle Fire com sua obra “How To Be A Super Villain”. Isso fazendo tudo sozinha, em estilo manga infantil, desbancando, sem praticamente nenhuma propaganda, títulos da DC e da Marvel, como o aclamado Watchmen.

Concluindo, por mais que os mangas estejam em um ritmo mais lento de vendas, podem ter certeza que eles incomodam. Incomodam por tirarem da zona de conforto as duas principais editoras dos EUA.

E aqui cabe um adendo: Percebem como esse processo de se fechar dentro de um mesmo nicho que garante o ganha pão se repete com os animes cada vez mais voltados para os fãs hardcores amantes de moe? Ou mesmo nas editoras brasileiras de mangas que nada fazem para tirar o manga do rótulo de “produto de nicho”? Só nos falta Mangas Stores no Brasil para fechar o ciclo. Até quando esses modelos tacanhos irão se sustentar?

Agora gostaria de ouvir a opinião de vocês sobre este assunto em geral ou qualquer ponto que eu toquei neste post.

PS: Sim, eu sei que supers não é tudo que os quadrinhos americanos produzem, mas visto seu tamanho de mercado, cabe a comparação.

PS2: Eu não odeio comics, na verdade tenho muita curiosidade de ler coisas de supers (como comprei Civil War por ter achado demais!).

Ps3: Sei que existem muitas coisas boas dentro desse tipo de HQ e também sei que existem coisas boas americanas fora desse tipo de HQ (como Retalhos. Leiam Retalhos! E Daytripper, que apesar de ser feito por brasileiros foi originalmente publicado nos EUA).

PS4: Sei também que não é a origem da produção que dita sua qualidade. Americano, japonês, brasileiro, francês, italiano, inglês. O importante é ser bom.

PS5: Não me matem, fãs.

Na última quarta-feira (18/01), durante as comemorações do 3º aniversário […]

43 thoughts on “Comics versus mangas”

  1. Sou fã de comix tbm, obviamente os coleciono, apesar de ter um preferencia um pouco maior com os mangás, sem duvida se juntar tudo como história em quadrinho ainda sim Watchmen é a maior obra feita nessa área, aliás por um Inglês, apesar de ter sido lançado pela D.C.

    Porém voltando ao assunto, é fato que em tudo os americanos sempre foram orgulhosos e tem levado um baile dos mangás, porém toda industria americana não vende mais o que vendia, até a Shonen Jump americana foi cancelada e só vai sair pela internet. O Problema do comix é sua cronologia doida e seus vários reboots, o fato de ter varias histórias fechadas e nem todas contam oficialmente na cronologia e poucos personagens conseguem viver bem com isso, apenas Batman e Homem-Aranha na minha opinião, enquanto isso não for resolvido ou revitalizado os comix ficaram com um deficit por lá.

    Entretanto aqui no Brasil o Mangá tem que aprender com o comix, as editoras tbm, como o mangá de comix aqui já é mais velho e maduro, como tem mercado desde R$:1,99 até R$:200,00 reais de papel jornal a acabento de luxo e tudo mais, aqui o caminho tem que ser inverso.

    Desculpe se falei de modo confuso hehehe x.x

  2. Concordo com a maioria das suas posições, faltou lembrar que mangás diferentemente dos comics têm começo, meio e fim (e Bleach? Ok, tem suas exceções), o que é mais um atrativo. Os nerds que dominam a cena atual de HQ (não só nos EUA como no Brasil também) não são nem um pouco amigáveis com o público feminino, volta e meia se escuta falar de alguma moça que foi ofendida em uma comic shop q é um território majoritariamente masculino.

    Faltou lembrar que a censura que caiu sobre os quadrinhos limou os quadrinhos femininos, proibindo qualquer romance e coisas do gênero depois de “A sedução do inocente”, não foi culpa das editoras, elas seriam censuradas se fizessem quadrinhos para mulheres, quando eles se lembraram que as mulheres existem já era tarde demais, o público já tinha sido perdido e os mangás já estavam aportando nos EUA.

    Mangás caíram em vendas a partir da quebra da bolha econômica, é normal isso, mangás são comprados por adolescentes que precisam pedir dinheiro aos pais, comics são comprados por adultos que têm o próprio dinheiro, note a diferença. O nicho (seja moe, seja supers) se mantém em períodos de crise, mas o quadrinho de massa não. Adolescentes precisam pedir dinheiro aos pais e é muito improvável que em um período de crise o gasto com supérfluos se justifique.

    E pra fechar, não havia nada de novo e interessante a ser lançado no mercado americano, quantos Narutos surgiram no Japão nesse período? Nenhum. O mangá que chega mais próximo disso atualmente é Ao no Exorcist, note que o maior sucesso dos últimos tempos é Sailor Moon que acabou de ser ressuscitado, um mangá do passado aguardado há muito tempo. Veja também que o desempenho dos volumes 2 e 3 foi bem menor do que o volume 1, muita gente deve ter se decepcionado com o mangá, mas é normal também que muita gente compre mais de um volume da primeira edição (especulação, e ela está surgindo aqui também).

    Acho que é isso, por ora.

  3. Eu não entendi, como disse no blog do Qwerty, o que há de tão ofensivo e baixo nessa ação de marketing.

    Quando o Japão optou pelo sonho pagável nos anos 50 e 60 e levantou a indústria local priorizando os produtos nacionais, todo mundo achou lindo, isso que é povo consciente. Quando os americanos fazem o mesmo é soberba. Não entendo.

    São negócios, concorrentes. Se o apelo nacionalista faz sentido no país, por que não? Não houve desmerecimento do outro, só exaltação do próprio.

  4. Só para constar…
    “Patriotismo” ou seja que termo for, existe em qualquer lugar do mundo.

    No Brasil, vemos isso com as novelas: Afinal, novela boa é novela nacional e da Globo! Novela mexicana? Para alguns “especialistas” no assunto, nem pensar.

    Daí pergunto: será que novela mexicana ou colombiana são piores? Não. É so a Globo fazendo seu poder valer em revistas de fofocas e afins. Ou você vê nestas revistas imagens de novelas da Record?

    O mundo capitalista é assim mesmo. Nada a se impressionar.

    Sandra Monte
    http://www.papodebudega.com

  5. Nunca fui fã de HQ por causa da cronologia confusa e pela necessidade de você ter que ler dezenas de HQs anteriores para entender o que etsá acontecendo na atual. Além do que ao que me pareçe as histórias se resumem em como o herói conseguiu seu poder e fim, até ele morrer e ser ressucitado várias e várias vezes, como já aconteceu. Com os mangás existe uma maior preocupação com os presonagens e suas identidades, mesmo os animes/mangás com histórias quase infinitas (Naruto, Bleach…) ainda existe uma preocupação com os personagens, suas características e com os acontecimentos da história, algo que não sinto nas HQs. Das poucas que eu li, pouco entendi, mas sinto uma ligação muito maior com mangás e suas personagens. Não gosto quando descubro que um personagem de HQ que eu tanto gostava morre porque foram criados tantos heróis e histórias diferentes que tiveram que matar alguns pra diminuir a quantidade de histórias e revistas a serem lançadas, até que depois de um tempo, quando for conveniente, eles ressucitam o falecido para poder voltar a vender mais. Isso é uma falta de respeito com o personagens e com os fãs.

  6. As editoras americanas pararam no tempo e não querem se modernizar como devem e por isso vão aos poucos colhendo os frutos de seu relaxamento.

    Parei com HQ a mto tempo, pq odeio esses reboots, especialmente qdo são mal feitos em nível de enredo, só se preocupando em lucrar com vendagens paralelas de revistas. Recentemente a única série que estava gostando era Birds of Prey e mesmo assim acabei largando.

  7. Ahh, que post bom, Fanta! (… alguém ainda te chama assim? ainda posso te chamar assim? DÚVIDAS) Amo quando dá pra ver que a pessoa fez muita pesquisa pra escrever o negócio <3

    O ponto que mais me interessa é sobre a parcela feminina — comecei a ler HQs de super-heróis faz pouco mais de um ano, acho que justamente por um ENORME fandom feminino que encontrei no tumblr, que, apesar de viver sendo chutado pelas editoras e declarações de como seu público-alvo continuará sendo o garoto-adolescente (o que, aparentemente, pra eles quer dizer "pessoa-babaca-e-machista-que-quer-continuar-consumindo-produtos-babacas-e-machistas", em alguma língua misteriosa e desconhecida… e da qual discordo bastante, só pra deixar claro, haha), continua amando os personagens. E, sabe, as coisas ANDAM melhorando, acho que na DC principalmente, onde atualmente rolam muito mais títulos com uma moça como protagonista (Mulher Maravilha, Supergirl, Batgirl, Batwoman – o fato dessa ter ter um título solo é ainda mais algo pra se celebrar, já que é uma personagem assumidamente lésbica, e diversidade sexual em HQ (… ou em qualquer meio, pra falar a verdade): awesome -, Mulher Gato, Aves de Rapina…). E antes do reboot também tinham a Zatanna e a Power Girl, se não me engano.

    Claro que a revista ser "liderada" por uma personagem principal feminina não significa, realmente, que o negócio vá ser feminista – vide a polêmica da Mulher Gato (item 5 dessa lista 2011 for DC Women: The Worst – http://dcwomenkickingass.tumblr.com/post/15194916929/wostof2011) (ah, e aqui o 2011 for DC Women: The best!, pra contrabalançar a negatividade, haha: http://dcwomenkickingass.tumblr.com/post/15295999531/best2011). Mas eu acho que talvez as coisas estejam melhorando (que frase SEGURA. "eu ACHO que TALVEZ", hhihi, oh, bem, não dá pra ser muuuito otimista), no dia que DC e Marvel sacarem que, siiim, há muitas garotas querendo ler sobre – oh! – garotas, talvez parem de choramingar pelas vendas de shoujo.

    (… COMENTÁRIO GIGANTESCO e preguiça de reler, portanto podem ter rolado palavras repetidas, estranha falta de vírgulas, etc)

  8. @ Kawê

    Seu argumento é anacrônico, vivemos no sec. XXI e em plena era de economia globalizada, onde produtos são feitos simultaneamente em várias partes do globo e sendo consumido por toda sorte de gente, inclusive um gibi do Super-Homem que pode ser feito por estrangeiros (desenhado, colorido, letrado, etc) e ser lido na Coréia do Sul sem que isso gere supostas campanhas ufanistas. Para você ter uma idéia, hoje nos EUA, em muitos títulos apenas os roteiros continuam sendo feitos por um profissional ianque, de resto, todo um gibi pode ser feito fora dos EUA. Desta forma, o que se quer proteger nos EUA com esta medida idiota? Os empregos? Nada disso, digo a vc que essa medida só teria sentido se ela defendesse um quadrinho feito e vendido por americanos – como na época que vc citou -, visando a preservação dos empregos que garantem renda para consumir fazendo a roda capitalista girar de forma “saudável”.

    Ainda que seja uma só loja promovendo esta campanha, só o fato de a DC apoiar e entrar com capital financeiro, demonstra que há sim uma preocupação com a manutenção do seu status atual, somado ao incomodo com a presença do material estrangeiro, japonês no caso. E mais, eu não duvido que futuramente essa ideia possa ser repetida por redes maiores, vide a repercussão que isso tem gerado (não é um fenômeno, mas já é um barulhinho suficiente parafazerem as coisas começarem a se mexer), veremos.

    No mais, achei um bom post e pretendo voltar mais vezes ao blog.

  9. Essa desculpa de cronologia é a coisa mais idiota que sempre leio sobre os comics. Por exemplo se você pegar Naruto do vol 30 você não vai entender nada pois é uma história linear, enquanto os comics supers a maioria são histórias fechadas (tirando os miniarcos e megassagas que duram umas 5 edições) e os personagens como Batman e Super são tão conhecidos que não precisam de introdução.

  10. Mimimi. A Marvel sempre faz umas promoções onde quem rasga revistas da DC ganha revistas grátis. Aí UMA comic-shop minúscula faz uma ação tendo mangás na mecãnica e querem espernear? Eu até ia fazer um post sobre isso no Portallos, mas vi que era algo desnecessário.

    Anyway, o mercado de comics vai muito bem obrigado. Só como exemplo, a Marvel lançou em janeiro mais de 600 produtos dela nas comic shops. Então, mangás por lá incomodam? Sim, acho que dá uma coceirinha.

  11. Um ótimo post. Tenho para mim que isso é comum em competição por mercado. É aquele tipo de domínio que as empresas americanas não gostariam de perder e usam do sentimento patriótico para garantir mercado. Até faço uma comparação com a chegada de fábricas de automóveis estrangeiras em solo americano. Aquilo foi um rebuliço, décadas atrás, e várias indústrias americanas (cito aqui a Ford) pediram, em inúmeros comerciais, que os americanos comprassem carros americanos. É uma guerra de mercado. Gostei de como o texto foi conduzido e concordo com a carência das comics em relação a presença de mais heroínas, ou histórias relacionadas ao público. O sucesso de Fruits Baskets e, mais recentemente, Sailor Moon prova que há espaço para esse tipo de história. Há espaço não aproveitado pelas empresas americanas e que foi ocupado pelos mangás shoujo. E, ao perceberem que perderam alguns milhões de dólares, a reação mais natural aos americanos é a velha campanha já vista contra a indústria automobilística: compre produtos americanos. Aliás, esse tipo de protecionismo é natural em qualquer país (não sou anti-EUA), pois, por exemplo, vemos vários países aumentando taxas de importação para proteger seus produtos nacionais. A Europa, uma vez ou outra, ergue barreiras a produtos brasileiros como, por exemplo, a carne de frango. Proteger o mercado e gerar renda é objetivo de qualquer empresa. E concordo com você, os EUA deveriam aprender com isso e realizar algumas transformações em alguns dos seus produtos, para competir de frente com os mangás.

  12. Isso não parecer ser da alta cúpula da DC, várias versões mangás do Batman foram feitas por japoneses até anunciaram um projeto engavetado de uma Liga Justiça mangá (com um traço retrô), isso sem contar no extinto selo CMX que a empresa possuía, cujo único título, Megatokyo de Fred Gallagher (uma webcomics no estilo mangá e que chegou a ser publicada pela Kodansha) foi o único título do gênero que a editora publica.

  13. @Mauri Link

    Talvez, alguns de nós, estajamos dando importância demasiada a este “pequeno incidente”, mas o caso é que nos EUA uma coisa puxa a outra, principalmente em tempos de crise econômica por lá. Se hoje, os mangás e outros tipos de HQ façam apenas uma “coceirinha” dentro de um mercado dominados por Marvel e DC, lembrêmos que a maior parte dos leitores de Batman e Homem-Aranha nos EUA tem entre 30/45 anos (tipo os fanboys de The Big Bang Teory), daqui uns 20/30 anos esses mesmos leitores estarão morrendo, e com essa taxa de crescimento anual medíocre, quem afinal vai continuar a comprar esses gibis? Esse discurso de sobre mercado consolidado e garantido hoje é bem relativo.

    @Patric Raymundo

    Acho que vc está certo em quase tudo, só que no passado um carro da Ford era relmente todo feito nos EUA e fazia todo o sentido para o povo as campanhas para comprar carros nas empresas nacionais para “combater” os estrangeiros. Hoje um carro da mesma Ford tem peças feitas na China, Malásia, Filipinas, Vietnã e é montado no México, daí como a mesma empresa vai pedir ao povo americano para comprar carros – os ditos nacionais – , sendo que esse carro é 90% produzido fora dos EUA? Que carro nacional é este? Não faz sentido para o povo, aliás, muitos hoje estão sem emprego nos EUA por causa desta mundialização da produção; ou seja, hoje não adianta apelar para o sentimento nacionalista, é preciso se reinventar e criar estratégias mais inteligentes para vender seu produto em um mercado extremamente competitivo como é o mercado globalizado.

  14. @Mickie-chan

    Olá! Na época em que a Ford, e outras empresas, começaram a pedir aos americanos que comprassem carros americanos não havia ainda essa presença forte de empresas estrangeiras nos EUA. Uma época em que a internet estava engatinhando, em algum laboratório de pesquisa, e a globalização não tinha seus efeitos tão estudados. Eram carros nacionais produzidos em solo americano. Embora pudessem usar peças oriundas de outros países, a linha de montagem era americana, seguindo os padrões estabelecidos à época por Fayol, Taylor e Henri Ford. Por isso, quando as empresas estrangeiras começaram a introduzir seus carros em solo americano, o pessoal lá reclamou bastante e usou deste sentimento nacionalista para manter hegemonia de mercado. Por isso, o conceito de “compre produtos americanos” se aplicava com melhor lógica nesta época que citei na mensagem acima. Hoje em dia isso não se justifica justamente por causa da globalização que introduziu um mercado macro bem maior, mas o conceito da época ainda faz parte da cultura empresarial norte-americana. É difícil, atualmente, acreditar que essa visão impere, mas as empresas ainda a utilizam para tentar manter sua fatia no mercado. Comerciais com a representação do espírito norte-americano (o famoso Tio Sam) são tão corriqueiros por lá que servem de outro exemplo deste tipo de controle de mercado pelo espírito nacionalista. Isso se torna ridículo tomando-se por base a mistura de etnias que hoje se apresenta em qualquer país, mas eles ainda usam isso. Voltando a criação de carros nos EUA, existe um filme que tive que assistir na faculdade, que era o Fábrica de Loucuras (1986) com Michael Keaton e que começara a retratar esse choque cultural, globalização e técnicas de administração. Creio que ali se faz presente esse espírito nacionalista (estadunidense e nipônico) e a luta pelo mercado e emprego. Para ilustrar esse sentimento, coloque na pesquisa de imagens do google a frase “buy american” e verá como as empresas ainda usam desse artifício para conseguir vender seus produtos. Nessa pesquisa tem até um outdoor de estrada (Ford, GM e Chrysler) que reflete o que escrevi aqui. É um absurdo, mas eles ainda usam isso para defender seu mercado.

  15. @Patric Raymundo

    Sim, sim… mas a questão fundamental não é como era a indústria nos anos 80, mas sim como está a sensibilidade e a disposição do povo americano em “colaborar” após a crise de 2008 que ainda produz seus efeitos nocivos. Depois de perder o emprego, a casa, ver com insatisfação o governo emprestar um dinheirão para os bancos e montadoras (as principais responsáveis pela crise) par tirá-las da fossa, para logo em seguida tudo voltar a mesma farra de antes, sambando na cara do governo e do povo; depois de tudo isso, ainda querem usar a velha tática do “compre produtos americanos”? Num dá, né? Tanto que pipocam nos EUA protestos de insatisfeitos.

    Em dezembro de 20011, com a ameaça de um Natal bem bem fraco no comércio, o presidente Obama fez um pronunciamento apelando ao povo para que tirasse o dineirinho das poupanças para sair comprando para “salvar o Natal”, funcionou. O que a DC e a lojinha fazem é um arremedo desse apelo, tá… e quem é que vai tirar seu didim do banco ou trocar seu mangá num joguete de maketing fajuto numa época de crise?

    Olha, o que eu entendo é o seguinte, o moral do povo está lá em baixo e a confiabilidade das empresas estadunidenses frente ao povo também. Eu espero que essa campanha fique nisso, mas como eu sei que o apelo do Tio San é recorrente, periga outras lojinhas fazerem o mesmo.

    Sem mais.

  16. Mickie-chan,
    Acho que seu erro de análise é acreditar que todas as pessoas comuns tem isso em mente de modo claro. O mundo do marketing funciona da promoção de qualidades e verdades percebidas, não necessariamente concretas. Não precisa ser verdade, basta que quem compre acredite nisso. Se o apelo, ainda que não totalmente fundamentado, funciona até hoje, será usado!

    Além do mais, é muito míope achar que pelo fato da produção física do produto ser feita fora, ele está desvinculado do país produtor. Nenhum tênis Nike é produzido nos EUA, mas é para lá que vão as remessas de lucro e é a cultura deles que segue inundando o mundo todo, retroalimentando a demanda por produtos americanos. EUA vive de serviços, seu canteiro de obras é a China, e ainda sim eles sustentam um PIB assustador de 15 trilhões de dólares. Sem, produzir porcaria nenhuma, só propriedade intelectual. É o roteiro que importa pra eles hoje em dia. Eles querem vender a estética deles e a expertise narrativa deles…se o desenhista é indiano ou chinês, dane-se, é só uma ferramenta descartável. O importante é deixar viva uma linguagem inventada por eles.

    Desse modo, a exacerbação do produto americano faz sentido sim, e o ataque ao mangá, forte concorrente, é justificado pela lógica do mercado.

  17. @Mickie-chan

    Você fala como o sucesso de Homem-Aranha, Batman & Cia fosse algo de uma só geração. São décadas de sucesso. E muitas outras virão, pois esses personagens conseguem dialogar com diferentes públicos, ao contrário da indústria japonesa, que preferiu se focar no modelo de target fechado. O Homem-Aranha possui desde uma revista de atividades para crianças em pré-alfabetizagem, até histórias para leitores maduros. Essa versatilidade e empatia com o consumidor é a razão do sucesso ininterrupto.

    Não é toa que esses personagens são parte da cultura pop, são personagens mundiais e acessíveis, com apelo para todo o globo. Os mangás ainda são muito mais feitos pensando no público local. è só dar uma volta pelas ruas e você vai ver desde uma criança até um adulto com uma camisa do Batman. Agora, os animes por enquanto atendem a uma faixa etária limitada.

    Eu espero que com o tempo isso possa mudar, pois eu amo muito animes e mangás, acompanho isso há mais de 20 anos, e entendo o tremendo potencial que essa indústria em particular tem para conseguir abraçar outras demografias. Assim como gosto também dos fumettis italianos e HQs européias, tem muita coisa sensacional.

    Não precisamos dessas “guerrinhas bobas” não podemos nos fechar em uma só coisa. O que me dá tristeza é ver tanta gente obcecada com animes e mangás e que não queiram ampliar os horizontes.

  18. E só para deixar claro. Eu frequento fóruns americanos de quadrinhos e a maioria acha essa idéia da lojinha uma bobagem por diversos fatores desde culturais até econômicos, e nem deram bola. Artíficies como esse já foram usados no passado, mas o mundo era outro:
    https://x4a.xanga.com/8adb37541013034703243/b23896787.jpg
    https://badcomics.files.wordpress.com/2009/11/god.jpg?w=420
    https://farm5.static.flickr.com/4113/5097457587_2142fc6d71.jpg
    Aliás, atualmente estou vendo o documentário Filmes Perdidos da Segunda Guerra Mundial (no Netflix) e entendi o quanto os americanos odiavam o Japão. Talvez o dono da lojinha tenha saudades dessa época, vai saber…
    Enfim, estamos dando corda para algo que nem aqueles que em teoria deveriam dar, deram atenção.

  19. Não é novidade nenhuma que os otakus são passionais, tendem a tomar a cultura do mangá/anime como parte de sua identidade e tudo mais. Ou seja, quando falamos de HQs (isto é, HQ’s americanas e inglesas) Vs Mangás, estamos entrando em um terreno pantanoso.
    Farei algumas ponderações:
    -Creio que as HQ’s não são piores que os Mangás e os últimos não são piores que os primeiros. São apenas diferentes, mesmo que eles tenham uma influência mútua (não fale isso para os fanboys).
    A estrutura das HQ’s são oriundas de uma “jornada do herói” básica, simulando o cotidiano de, por exemplo, um trabalhador que lida com problemas diários, os resolve e volta para a casa. A estrutura dos mangás é uma “jornada do herói marcial”, bem parecido com a estrutura de filmes de luta, aonde há vilões iniciais, vilões secundário e o grande vião. Em suma, um foca na resolução do problema diário e o outro foca na evolução.
    -O mainstream das HQ’s é tão clichê quanto o mainstream dos Mangás, porém possuem estruturas diferentes. Se você ler as grandes publicações de quadrinhos por um período de 2 anos você verá tudo que o universo mainstream de HQ’s tem a oferecer, depois é só repetição. Se você ler um grande mangá, acabou, você sabe tudo que o mainstream dos mangás tem a oferecer, depois é só repetição. Isso não significa que o que é mainstream é ruim, mas a maioria, por pressões editoriais talvez, são clichês. (aliás, essa teoria não é minha, mas eu achei bem válida).
    – Por fim, eu, pessoalmente, gosto mais das comics da Vertigo do que quaisquer outros quadrinhos, seja japonês ou não, mas é uma questão de gosto, temos que respeitar isso.
    Vlw

  20. @Kauê

    Miopia é achar mesmo que o EUA é uma população de ‘Homer Simpson’s e que são todos alheios ao mundo que os rodeia, são muito consumistas sim, mas não houve campanha de marketing tão milagrosa assim durante a crise que fez o povo sair em peso para comprar, nem o novo iPhone da Apple. Eu nunca disse que as HQs estavam desvinculadas do seu país de origem e nem deixei de acreditar no potencial do país, disse que o moral do povo está baixo e que eles tem menos disposição para comprar diante da crise, pode procuarar em minhas falas anteriores. Sobre a questão HQs: é ingenuidade achar que os artistas são meras engrenagens dentro do sistema, a visão de mundo dos artistas está impregnada em seu trabalho e isso provoca “ruídos” (prefiro ‘influência’) dentro da proposta do autor/roteirista, a arte de uma HQ não é só o intrumento para veicular sua mensagem (a do roteirista), é o suporte de um discurso feito a duas mãos, não é porque o artista indiado/brasileiro/tailandês seja visto como mera “peça de rolar” signifique que realmente seja assim, pelo menos eu penso desta forma. Apesar de as HQs serem rotuladas de “lixo” por alguns especialistas, as HQs trazem todo um discurso em seu bojo e até uma poética (ex. Will Eisner), as HQs americanas são veículo de transmissão de seu modo de vida e visão de mundo, mas também de auto crítica e questionamento social, ou vai dizer que nunca viu isso no Homem-Aranha ou nos X-Men? Se uns quiserem ver nas HQs apenas um objeto de consumo rápido edescartável, sem problemas, pois é mesmo, mas também é ítem de expressão cultural, digna de ser considerada arte, sendo que o mesmo não pode ser dito do tênis Nike.

    @Mauri Link
    Eu não disse que odiava as HQs americanas em nenhum momento, só achei uma atitude estúpida a da lojinha e a DC em apoiar uma campanha tão tola. É claro que as grandes poderiam obter mais sucesso e vender se usassem estratégias mais planejadas e audazes, pergunto: será que a Marvel, por exemplo, não poderia ter aproveitado melhor o tempo de exposição no cinema para vender mais a outros públicos? Lembre que ano passado tivemos Thor e Capitão América nos cinemas, enfim… adoro quadrinho de modo geral, e também acho que o evento foi um pouco superestimado por todos nós.

    @franciaz
    Acho que ninguém declarou ódio aos comics e nem amor cego aos mangás, todos tem seus méritos e defeitos, a questão é que há estratérias mais inteligentes e eficazes de vendê-las, ainda mais hoje.

  21. Tenho alguns comentários à fazer, mas antes vou dizer que vou dar uma de traidor da pátria por assim dizer. Eu não sou leitor assíduo de HQ e sim e de mangá, mas eu ão gostei do texto. Então se quiserem marcar meu comentário com negativo por darem preferência cegamente ao mangás, façam, mas leiam pelo menos o que vou colocar aqui. COm relação à alguns argumentos comuns:

    – A cronologia e o fim das sagas. Na boa isso é uma besteira, tá?! Sabe porque? Porque se me compensação vc pode pegar uma saga cheia de referências cada saga é fechada em si mesma. O que não invalida a leitura de coletâneas e especiais. Que costumam ser o sumo do que há de bom nessas sagas. Outro motivo é que os mangás podem ser serializados em uma só publicação fazendo vc comprar apenas aquela saga, mas se você pegar no meio você pdoe ler sim, mas vai ser confuso. Fica mais fácil rastrear aquilo que foi lançado anteriomrnete? Sim, mas uma coisa não justifica à outra.

    – Tem gente que diz que mangás são sempre mais bem desenhados e são obras de arte. Na boa pra cada saga do superman que surge se cria um Shonen genérico. O se cria um Shonen o que já é um genérico de mangá e a indústria de animês em mangás não só produz Akiras e Evangelions anualmente. Produz muito lixo assim como as Hqs. Falar que o mangá sempre inova e restringir o mercado americano á DC e à marvel é no mínimo o mesmo que falar que os mangás são Shonen Jump e ignorar a Sunday que mesmo assim é mainstream. Trocar uma generalização pela outra.

    – Fazer essa briga entre as mídias seria o mesmo que falar que o mercado Japoneses etsá morto no quesito de games porque os games americanos são open World e os Japoneses, não. Ignorando quem muita gente prefere um jogo fechado com objetivos mais claros. São públicose porpostas diferentes.

    – Asim como tem Will Eisner temos gente como Mitsuru Adachi que escreveu Aventuras de menino. Lançado pela L&PM. Alguém conhece? Pois,é… só pesquisar. O livro foi lançado no Brasil e o autor trabalhou como gente como Rumiko Takahashi e a Shonen Sunday publicou um volume todo sobre ele. Ainda sim ngm conhece ele. Temos muitos exemplos de mangá não padrão.

    Ou seja, mesmo não sendo fã acho o texto ofensivamente generalista e arbitrário em seus argumentos se utilizando da ofensa da loja que fez uma campanha obviamente mal fadada. Daí surgem as ofensas à nação e ao povo pra justificar suas preferências. Esse tip ode discussão chega a ser lamentável quando esse tipo de discussão que rolou fica nesse mimimi todo. Sme criticar o autor aqui, mas os leitores que seguem um comportamento passional e irrestrito de defender apenas aquil oque se ocnhece atacando aquilo que desconhece. Leiam HQs boas e tirem suas próprias conclusões. Ambas as formas de expressão são válidas.

    PS: entre respeita e pedir desculpas existem diferenças e acredito que o texto seja muito generalista na maioria dos pontos.

    1. Não, sério, você leu meu texto? Onde que eu cheguei perto de falar que mangas são melhores que comics? “Sei também que não é a origem da produção que dita sua qualidade. Americano, japonês, brasileiro, francês, italiano, inglês. O importante é ser bom.”, acho que você ou não leu ou não entendeu o que foi lido. Também em nenhum momento o texto fala sobre as cronologias e sagas dos comics como algo negativo (nem sequer é citado, na verdade!). O texto fala sobre os mercados de comics e mangas nos EUA, o porquê dos mangas incomodarem causando a tal propaganda e o fato das principais editoras (77% do mercado) ignorarem o público feminino, algo que diferente no Japão e que marcou a diferença de negócios dos mangas nos EUA.

      Peço que releia o texto, pois 98% do seu comentário não cabem sobre meu texto.

      Gyabbo!

      1. Tem certeza mesmo? Quando vocêdiz que os mangás incomodam. que eles tem mais rotatividade, mais variedade que inegavelmente? Concordo que o mercado de mangás é mais amplo, mas o seu texto claramente defende o mangás de qualquer ataque.

        No sentido de que a continuidade foi sim citada ou o fato de que as obras de relevância e as revoluções urgem mais frequentemente em mangás. Você colocou bastante coisa de economia, mas nem tudo foi só de economia.

        Apenas expus minha opinião. De ualquer modo estou falando sobre assunto como um geral. Os meus comentários valem tanto pro seu texto tanto pra maioria do que essas discussões acabam caindo. Na boa, desmoralizar não vai funcionar, mas beleza. Tô de boa.

        1. Meu texto defende os mangas de qualquer ataque? É óbvio que em um texto onde estou comparando dois mercados dos EUA e porque o mercado de comics poderia aprender algumas coisas com os mangas, como ser mais amplo, como você mesmo concorda, não caberia fazer críticas aos mangas, afinal, estaria fugindo do tema, quando o tema do post são formas de negócios envolvendo quadrinhos. Meu texto na verdade conclui-se com críticas sobre o foco do manga/anime de hoje em dia no otaku hardcore e como o mercado de mangas no Brasil está tomando o caminho errado, além de eu mesmo ter afirmado que a nacionalidade do material não é o que importa, mas sim sua qualidade, disso você entendeu que eu estou defendendo “o mangás de qualquer ataque”? Eu ataquei os mangas também!

          Eu reli meu post inteiro e em momento algum eu falei sobre continuidade ou que os mangas tem mais obras de relevância ou revolucionários. Desafio você citar uma parte do meu texto onde eu falo isso.

          Não, você não estava falando sobre o “assunto como um geral”, seu comentário foi diretamente relacionado ao meu texto, você mesmo disse isso no seu primeiro comentário, não se contradiga por favor. Não estou lhe desmoralizando, em algum momento eu lhe ataquei ou faltei com educação no meu post? Assim como você expôs a sua opinião sobre meu texto (e os comentários estão aí pra isso) eu estou expondo a minha opinião sobre a sua opinião (para isso que temos a resposta nos comentários).

          Gyabbo!

  22. Os mangas tem um nincho sim e não é o “Moe” que vc citou.Alguem ja viu uma pessoa “normal” dizer”Ah manga é mo lixo,So tem putaria,”Moe”,Ecchi e afins…”?A resposta é não;Mas provavelmente ja deve ter visto alguem fala”Ah você compra mangas?Isso nãoa é coisa para criança?”.Com conclusão que se chega?Que os mangas também têm um nincho que são os mangas Shounens liderados pela Shounen Jump.Sim existem Shoujos muito famosos,mas o povo comum não conhece eles tão bem.As imagens de mangas e animes foram contaminados pela imagem de coisas do tipo Naruto,Bleach,Reborn,Dragon Ball e seus sub generos.O melhor deles q seria One Pice nem faz sucesso no ocidente.. Veja quantas coisas são produsidas todo ano sobre isso.Aplicativos de jutsu,milhares de roupas mochilas e bujigangas relacionados a esses shounes.Filmes que saem todo ano e afins.Essa imagem de que animes são infantis é que restringe o nincho do mercado de mangas e não o tão culpado “Moe”.
    Ma sim esse tipo de produção tem creceu na última decada e sabe o motivo?
    Porque hoje em dia sai muuuito mais animes do que antes.Eu duvido que se saisse a quantidade de animes igual a da decada de 90 teriamos excelentes obras tais como The Tatami Galaxy,Mushishi,Kino no Tabi,Baccano!,Nana,Usagi Drop,Mahou Shoujo Madoka Magica e afins…
    Oque tem que acabar é essa divulgação unica e exclusiva de mangas infântis.Existem excelentes produtos voltados para o publico mais velho que é pouco conhecido porque é eclipsado pelos Shounens da vida.

    ps:antes que me falem q eu não mencionei os Shoujos reflitam:Se os mangas dominam por completo o publico feminino porque a vendagem desses é de 1/4 dos HQs?pelo que eu me lembre a população feminina de 50%!.Ainda que nesses 1/4, 70% deve ser dominado por shounens.Agora me fala,o puplico feminino de mangas é tão surpreendente assim?

    1. Vamos por partes,
      No 1º §, o autor do texto, Denys “Fantasma” Almeida (ou não…), referiu-se ao Moe como UM dos EXEMPLOS de como ocorre esse “afunilamento” de público (assim como, de certa forma, Gundam), em que a indústria investe fortemente uma vez que isso significa um retorno financeiro seguro e rentável – algo essencial em tempos de crise atual.

      “Mas provavelmente ja deve ter visto alguem fala’Ah você compra mangas?Isso nãoa é coisa para criança?’.Com conclusão que se chega?Que os mangas também têm um nincho que são os mangas Shounens liderados pela Shounen Jump.” – Desculpa mas acho que você está misturando Brasil com Japão, já que é aqui no Ocidente que desenho é taxado como infantil. Lá, os shonens apesar de representarem a grande parcela de lucro dos mangás, não são os “formuladores” do estilo mangá – quer dizer, nem por isso os shojos, joseis, seinens perdem sua singularidade – situação diferente para os comics, em que a maior parcela de vendas de Supers se dá pela falta de abrangência de “temas” nessa outra forma de se fazer arte. Enquanto o mangá pode se dividir em shonen, shojo, etc, os comics o fazem em Supers….. e o que mais? (entenda-se essa passagem como ignorância minha por falta de conhecimento e não como desprezo)

      “Veja quantas coisas são produsidas todo ano sobre isso (shonens).”… cara, veja quantas coisas são produzidas visando o Moe, Eroges e outras peculiaridades. (http://missaoincubator.blogspot.com/)

      2º §: Shonen NÃO se restringe ao público infantil. Seu exemplo da Shonen Jump foi o mais infeliz em relação à isso. Como exemplo mais notório temos One Piece, em que o público majoritário consiste de adultos (http://www.jbox.com.br/2011/02/09/de-olho-no-japao-adultos-sao-o-maior-publico-de-one-piece/), Para não o ter como pontual, Kochi-kame, publicado desde 1976, impediria qualquer popularização infantil e títulos como Hunter x Hunter, Bleach e até Naruto apresentam uma violência gráfica que até ultrapassa alguns seinens.

      E finalmente sobe o “ps”, os mangás NÃO dominam o cenário americano, apenas “fazem uma coceirinha” (plagiada da Mickie-chan) nos gigantes locais. Os mangás apenas roubam uma fatiazinha de um possível mercado feminino, insatisfeito com a falta de obras específicas que os comics não supriram.

  23. Tenho que concordar com Amidamaru Reborn, o seu texto faz um ataque aos Hqs de certa forma tenta mostrar a superioridade dos mangas. Você disse que os Hqs vivem de “super”, os mangas vivem de shonens genéricos Da mesma forma que temos que garimpar no meio de lixo para encontrar mangas bons temos que fazer o mesmo no meio dos Hqs. Vertigo é uma prova disso. Sei muito bem que você generalizou, e generalizou sem a necessidade, bom há pouco tempo tinha o mesmo pensamento sobre hqs, mas comecei aprender sobre o assunto o que me fez mudar completamente a minha visão.

    1. Acho que você entendeu errado o que eu quis passar com o texto. Gosto de supers, não vejo nada de errado com eles. Não diria que eles são o “lixo” americano e que títulos como da Vertigo (que são da DC) é que são bons, você está falando isso, não eu. O que eu estou falando aqui é sobre mercados de quadrinhos nos EUA. Enquanto os mangas conseguem alcançar homens e mulheres de uma maneira mais objetiva, os quadrinhos americanos não querem se voltar para outros públicos além daquele que já compra suas obras. Isso está provado pelos números que postei, não é opinião minha.

      Eu não generalizei, se você pegar os números que eu postei, vai ver que o que eu falei é certo. A dominância dos quadrinhos nos EUA são dos Supers, estou mentindo? Mas em nenhum momento eu julguei a qualidade desse material, você que entendeu isso de forma errada.

      Gyabbo!

  24. “A questão é que sim, tem muita gente lendo manga e se as principais editoras dos EUA não se mexem para “permitir” que as mulheres (e não, fingir que se está falando de emancipação feminina quando se está falando para homens não é uma forma de atingir o público feminino) e outros públicos entrem nessa de vez, esses outros públicos vão sim buscar outras formas de se entreter. A imagem acima ilustra bem o caso. Ela é de uma HQ feita por uma garota americana de 16 anos, Raquel Yu, que no final do ano passado/início desse ano figorou como TOP1 dos quadrinhos mais vendidos na Amazon para o Kindle Firecom sua obra “How To Be A Super Villain”. Isso fazendo tudo sozinha, em estilo manga infantil, desbancando, sem praticamente nenhuma propaganda, títulos da DC e da Marvel, como o aclamado Watchmen.”

    Isso é uma prova irrefutável de que você nega o valor dessas obras como produtos comerciais dizendo que um fanzine atual tem mais valor ocmercial e, portanto, ´pe mas apelativo. Isso é, sim, um julgament de valor ao falar que sem a propaganda o mangá naturalmente seria mais atrativo para públicos variados. E isso porque o estilo da menina é em mangá infantil. Como se essa evnda justificasse a qualidade do produto. Sendo que o mangá foi reforçado nesse trecho em contrpate ao grande clássico que, segundo, essa lógica está lá nas profundezas morto esperando que algupém o resgate de seu eterno sono.

    Isso é pérola, o pragráfo deo uro que junat a preferência pelo crescimento “exarcebado” do mangá como se os quadrinhso Nore-Aericanos não tivessem mais vez e que agora a sua crítica é voltada para além do mercado para o público e pela atratividade do mercado.

    Se isso não é dazer julgamento de valor e se isso não é uma opinião pessoal daí eu diria que quem não leu o texto direito foi você mesmo. Afinal, se era só pra ocnstatar apenas núemros porque não falar da escala de vendas? Se os uspers são a maior parte das vendas o público feminino (como dito pelo morimoto) não é tão siginificativo assim pelo fato e ainda ser minoria. Outra coisa curiosa é uqe os mangás são voltados exclusivamente quando feitos) pro público Japonês. Sendo que as HQs trem em ocntraparida o público americano, porém, a indústria americana ocntinau sendo definidora do mercado como um todo.
    Prova disso são as milahres de edições deo bras americanas que permeiam o mundo dos mangás como as versões de Star Wars, Batman e mesmo Homem-Aranha que figurou em páginas preto e branco com traços mangá. Os Japoneses são igualmente consumidores desses produtos.
    Para não mencioanr que o japão vive desse moe que vc cito por causa de um nicho específico de ocnsumidores mais frenéicos e mais descontrolados. Sendo quem uitos desses consumidores figuram no nível de xclusão social por suas práticas e hábitos. Os chamados Hikkikomori.

    1. Você pelo menos clicou no link que eu coloquei quando comentei sobre o caso da Raquel Yu? Diferente da sua precipitada interpretação, não reforccei o manga “em contrpate ao grande clássico, que, segundo, essa lógica está lá nas profundezas morto” (sic), eu citei Watchman (o qual tenho na minha coleção e gosto bastante) pelo simples fato dele ter ficado em #5 lugar nesse TOP onde “How To Be A Super Villain” ficou em #1.

      Eu fiz todo um delineamento histórico do mercado de mangas nos EUA e mostrei claramente que ele está em uma grande crise e você vem afirma que eu estou falando de “preferência pelo crescimento “exarcebado” do mangá como se os quadrinhso Nore-Aericanos não tivessem mais vez”?! Todos os números estão lá, o mercado de mangas nos EUA está em queda ano após ano.

      E que tipo de lógica é essa de que se os supers comandam as vendas é porque o público feminino não é tão significativo assim?! Nos EUA existem mais mulheres do que homens (http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_sex_ratio). Além de que é cultural no ocidente o quadrinho ser algo “para homem”, o que deveria ser mudado (e o Japão conseguiu, esse é o grande ponto do post) pelas editoras americanas para aumentar sua lucratividade, sair do grupo fechado em que se encontra e que vem causando danos à própria indústria, vide os números de vendas em baixa nos últimos 4 anos.

      O resto do seu comentário é uma tentativa de valorizar os quadrinhos americanos contra os quadrinhos japoneses quando eu nunca fiz nenhuma comparação de qualidade entre os materiais, mas sim sobre visão de mercado.

      Gyabbo!

      1. Agora a moeda inverteu. Hahaha quem valoriza os quadrinhos americanos sou eu. Hahahahahahaha. Okay, cara. Eu estou falando assim ó: HQs são fodas e mangás são ruins. Okay. Interprete como quiser. Isso virou piada já.

        O seu delineamento histórico foi vago e vc tomou 3 focos no seu exto e não desnvolveu particularmente nenhum. Não sou contra vc entenda bem. O que não gostei foi a abordagem e paenas reforcei essa opinião baseado no que senti no texto. Se isso é um pecado me execre, mas quer uma dica? O artigo pode ser bem aproveitado sim. Não achei a idéia ruim. Não julgue que estou contra sua pessoa porque ue discordo de muita cosia do que você disse.

        O que acho é que esse não é um caso bom pra ilustrar a tal queda. Talvez os números fossem mais significativos. De qualquer modo isso não altera meu gosto tanto por quadrinhos Norte-Americanos como por mangás. Apenas acho que existem aspctos que me desagradaram como o fato de vc ter aberto seu texto com o anúncio da loja e ter reforçado o fato do público feminino ser tão expressivo assim quando ele não é em números gerais.

        Agora se vc quer minha opinião sincera sobre o assunto? Tudo o ue falei nos outros posts e mais muita coisa. A qualidade das HQs não é a mesma de nates? Não, assim como tem muito animê e mangá que é uma desgraça nesse mercado. Se a cultura oriental invadiu sim a cultura visual moderna no ocidente? Bingo.

        Mas isso foi na surdina porque ainda sim o mercado deles não é voltado para nós. Se produz para eles mesmos por mais que os números de exportação sejam altos. COmo disse um colega nosso o mercado Japonês ainda precisa abrir os olhos dele para um público ocidental sedento por produtos orientais. Queria ou quer não a procedência dá um sabor à mais.

        Assim como o mercado Japonês de games foi pro buraco pela cisão entre o mercado Japonês e ocidental que não foi recuperado por eles. Mas isso é o outro lado da moeda; Os games. Então não acuse-me de falar o que não falei aqui, colega.

        Você está tentando virar a mesa e isso está virando jogo de gato e rato de um acusar o outro. Eu vou me retirar da discussão por um simples fato: eu disse o que queria dizer e se quer mais uma dica? Não largue a mão desse texto. Guarda ele, mas publica em três partes para ter uma exposição prologada dos fatores. Sabe, porque?

        Porque esse texto pelas idéias básicas nele poderia dar com uam pesquisa extensa muito assunto pra manga e pra ver os dois lados. Tanto a ascensão do mercado Japonês quanto a queda do mercado ocidental quanto os sustos levantamentos históricos.

        Não fica dando bola tanto para um texto relativamente curto. E se vc não queria ser interpretado dessa maneira que explicasse isso no texto. Assim fica clara suai intenção. Eu não ia clicar em cada link quando o discurso diz uma coisa o que vale é o texto mesmo. Agora falar que só estou defendendo os quadrinhos Americanos como se eles fossem isentos de culpa quando eu mesmo fiz comparações? Tah foi coisa rápida, mas não joga a peteca pro meu lado, não, colega.

        Então, na boa porque a vida continua sem ou com HQs.

        1. Não julgo que você tenha algo contra mim, gosto de discussões, acredito que faz parte de ter um blog e da vida em geral mesmo. Só acho que você está interpretando coisas no texto que não existem, você viu o que queria ver, mas não que não estavam lá, vide todo mundo que comentou antes de você. Quando eu linko algo é porque lá dentro tem uma informação que aprofunda mais a questão, se você lê rapidamente e julga sem observar direito, fica complicado discutir. Infelizmente você vai colocando palavras na “minha boca” onde eu não falei. Seu último comentário é um belo exemplo disso: “Agora falar que só estou defendendo os quadrinhos Americanos como se eles fossem isentos de culpa”. Eu não disse isso, é só ler o outro comentário, falei que você estava valorizando os quadrinhos americanos, não que estava tirando a culpa deles.

          Gyabbo!

          1. Só me pergunto o que há de errado em gostar e valorizar os dois mercados, mas tudo bem. DIsse que não iria discutir e não vou me alongar. Apenas deixo registrado aqui que isso é retórica para falar a mesma coisa que já foi dita.

            1. Não há nada de errado em gostar e valorizar os dois mercados, onde alguém disse isso? Fazer uma análise de mercados e possibilidades não é desvalorizar, saiba diferenciar as coisas.

              “Ps3: Sei que existem muitas coisas boas dentro desse tipo de HQ e também sei que existem coisas boas americanas fora desse tipo de HQ (como Retalhos. Leiam Retalhos! E Daytripper, que apesar de ser feito por brasileiros foi originalmente publicado nos EUA).

              PS4: Sei também que não é a origem da produção que dita sua qualidade. Americano, japonês, brasileiro, francês, italiano, inglês. O importante é ser bom.”

              Gyabbo!

  25. Foi você que não entendeu oque eu falei
    “E que tipo de lógica é essa de que se os supers comandam as vendas é porque o público feminino não é tão significativo assim?! Nos EUA existem mais mulheres do que homens (http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_sex_ratio). Além de que é cultural no ocidente o quadrinho ser algo “para homem”, o que deveria ser mudado (e o Japão conseguiu, esse é o grande ponto do post) pelas editoras americanas para aumentar sua lucratividade, sair do grupo fechado em que se encontra e que vem causando danos à própria indústria, vide os números de vendas em baixa nos últimos 4 anos.”
    Pense bem,se tem mais mulher que homem nos EUA e os mangás dominam o mercado feminino na sua maioria,porque diabos as vendas de mangás chegam a míseros 25% das vendas dos HQs?O quadro se agrava quando persebe-se que a maioria das vendas de mangás são de shounens,querendo ou não.Isso sem mencionar o fato de que existe um grande público masculino mesmo entre os shoujos,por ter uma história diferete,traço diferente e afins.Oque se conclui então?Que mesmo os mangás não tem tanta bola assim no mercado feminino quanto você exalta.

    1. Er… não me recordo de ter respondido seu comentário, como pode dizer que não entendi o que você falou se estava me referindo à outro comentário?

      As vendas de mangas chegam a “míseros” (não sei se isso seriam “míseros”) 25% por um monte de fatores, como o próprio texto aponta um que seria a não aproximação do Japão com os EUA, enquanto os americanos obvivamente tem os produtores/desenhistas/roteiristas/diretores de filmes/etc logo do “seu lado”.

      Não sei exatamente se você estava dizendo que eu afirmei algo ou se você afirmou algo, porque primeiro você diz que “os mangás dominam o mercado feminino na sua maioria” (nos EUA) para logo em seguida falar que “O quadro se agrava quando persebe-se que a maioria das vendas de mangás são de shounens”. Contraditório. Apesar de que esse seu “querendo ou não” é questionável, pois eu não tenho esses dados se shounen vende mais manga que shoujo nos EUA. Existe um público masculino que consome shoujo nos EUA? Onde você viu esses dados, queria dar uma olhada, pois isso seria interessante. O que eu costumo ler por aí é justamente o contrário, que tanto na parte dos shounen quanto nos comics tem muitas mulheres que ainda compram, mesmo não sendo voltados para elas.

      Quando Sailor Moon fica um mês em primeiro lugar nas Graphic Novels mais vendidas e em menos de 3 semanas consegue ficar no TOP25 de todos os quadrinhos vendidos no ano de 2011 nos EUA eu fico na dúvida se “os mangas não tem tanta bola assm no mercado feminino”.

      Gyabbo!

  26. Uma sugestão: não se meta a falar do que não sabe. Ou melhor, do que não gosta. Desculpe a comparação tosca, mas o que você fez foi como um comunista querendo falar do capitalismo, fingindo que está localizando pontos positivos. Essa guerrinha entre mangá e comics é um saco. E não faz sentido por um motivo muito simples: os dois são produtos de uma indústria cultural. Não são obras de arte, não são alta literatura, são produtos feitos para entretenimente rápido e capazes de gerar lucro mais rápido ainda – então não interessa o público, se é de homem ou mulher, o que importa é vender. E só para constar: Fruits Basket é um dos mangás mais machistas que eu já li (bom, você sabe como a sociedade japonesa é extremamente machista, não é?).

    1. Ok, então por favor indique onde eu escrevi algo errado. Terei o prazer de admitir o erro se assim você me mostrar.
      PS: Esse post não foi uma comparação da qualidade dos produtos. E se o que importa é vender, mostrei bem, com números, fatos, que o mercado de comics nos EUA está estagnado há anos.

      Gyabbo!

  27. me pergunto se só eu entendi o texto do Gyabbo… –‘
    em nenhum momento ele fala mal das HQ’s(pelo contrario) apenas diz q ele é pouco aberto ao público feminino e isso abriu uma brecha para mangás shoujo tenham tido todo esse crescimento dentro do mercado, e esse crescimento foi incomodo!
    sobre o coment do Mishima de Fruits Basket ser machista… numa sociedade machista até as mulheres podem ser machistas, jah q fotam educadas nesse pensamento. E msm q seja ”machista” ainda é tratado de um ótica feminina, o q chama a atenção do público alvo.
    Amidamaru Reborn, desculpa mas inventou coisas aí… chegou a puxar coisas q nem são questionadas no texto –‘ dá próxima vez relaxa antes de escrever algo pra ñ se contradizer u_ú

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