O que um herói de Tokusatsu, um cavaleiro medieval de um reino fictício e um guerreiro da era Heian têm em comum? Descubra com as primeiras impressões de Garo: Guren no Tsuki!
Garo ( 牙狼 ) foi uma série Tokusatsu exibida entre 2005 e 2006. Em 2014 o estúdio MAPPA produziu o anime Garo: Hono no Kokuin e agora em 2015, Garo: Guren no Tsuki, baseados no antigo seriado, mas com histórias completamente diferentes e, aparentemente, nenhuma ligação entre si. Guren no Tsuki é ambientado na era Heian, e tem como personagens principais Seimei, uma bela onmyoji, o jovem guerreiro Raiko e o menino Kintoki.
Garo: Guren no Tsuki chamou a atenção principalmente por ter character design do renomado Masakazu Katsura, autor de Video Girl Ai e Zetman. De fato, o visual dos personagens do anime é muito bonito. A animação está razoável, o CG é bem visível, mas não ao ponto de incomodar. A trilha sonora tem algo de antiquado, com uma sonoridade que lembra um pouco as músicas enka, e um floreado de flamenco que não combina muito com a ambientação, mas, novamente, não chega a estragar a experiência. Na parte técnica, o primeiro episódio é no mínimo, competente.
A narrativa flui bem, apresentando personagens e cenário com leveza e ritmo, um pouco de explicação, um pouco de humor e batalhas, cada item em doses medidas. Talvez um pouco menos de “coisas acontecendo” e um pouco mais de tempo para uma apresentação de personagens mais aprofundada teria sido melhor, mas está aceitável.
Embora bem ligeiramente, já se desenha o problema de Raiko em relação à armadura de Cavaleiro Dourado, e a natureza de sua relação com Seimei e Kintoki. Faltou, talvez, um pouquinho mais de presença ao Raiko, não no sentido de “aparecer mais”, mas em personalidade. Muitos heróis de anime começam fracos, inseguros, e até com menos tempo em cena do que os outros, mas têm um charme, alguma coisa que desperta o nosso interesse. Faltou um pouco disso.
Uma curiosidade é que os três personagens são versões fantasiosas de figuras históricas. O Abe no Seimei real era homem, e foi um onmyoji, que dava conselhos a imperadores, fazia calendários e também era astrólogo. Por causa de sua vida longa e saúde de ferro, muita gente acreditava que ele tinha poderes místicos. Minamoto no Raiko serviu o clã Fujiwara, o mais influente na era Heian. Raiko se tornou conhecido por seus feitos militares. Nas lendas, Minamoto no Raiko tinha um fiel seguidor, o menino Sakata no Kintoki, ou Kintarou, um garoto de força sobrehumana que fora criado por uma bruxa. O Sakata no Kintoki real era um servo de Minamoto no Raiko que ganhou fama por sua bravura e habilidade como guerreiro.
No geral, este primeiro episódio ficou entre médio e bom. O visual é bonito, a animação não tem falhas gritantes e a narrativa tem bom ritmo. O grande problema de Garo: Guren no Tsuki é que vai decepcionar quem esperava uma continuação de Hono no Kokuin, ou quem queria algo mais próximo da antiga série de Tokusatsu. Em comum, essas três obras têm apenas a armadura do Cavaleiro Dourado e os Horrors. Entretanto, para quem encarar o anime como uma história isolada, sem qualquer ligação com as outras séries, pode ser uma boa diversão ainda que não tenha nada de excepcional.
O fato do traço ser de responsabildiade do Masakazu Katsura já fez esse anime ganhar pontos comigo, pois acho o traço dessa Mangá-ka muito bonito. Quanto ao enredo, confesso que o mesmo me cativou. Até mesmo pelo fator de que só recentemente eu despertei interesse pela cultura do Japão.
A arte do Katsura é fantástica! *o* Realmente, o uso da ambientação e personagens históricos é bem interessante, principalmente por que o Kintoki ou Kintarou (Menino Dourado) é uma figura lendária muito famosa e querida pelas crianças japonesas ^^
Valeu por comentar Marcondes! Se assistir até o fim me diga se gostou, eu vi até o terceiro episódio e acabei parando por falta de tempo, mas continua na minha lista, assim que puder vou tirar o atraso ^^