Tokyo Ghoul √A – Primeiras Impressões

Dizia a lenda  que essa temporada seria melhor que a anterior, Tokyo Ghoul √A prometeu bastante e cumpriu pouco.

Tokyo  Ghoul √A é a segunda temporada do anime baseado no manga homônimo, escrito por Sui Ishida, produzido pela Pierrot e dirigido por Shuhei Morita.

Dando continuidade aos acontecimentos dos últimos episódios, a segunda temporada de Tokyo Ghoul se inicia quando Kaneki, sequestrado e brutalmente torturado por Jason, perde  todos seus princípios e desperta seu lado ghoul adormecido. Após isso, ele derrota Jason e o último episódio termina com o “lado despertado” do protagonista.

O primeiro episódio da segunda temporada dá continuidade ainda a essa noite cheia de acontecimentos. Kaneki salva Touka da surra que estava levando se seu irmão Ayato Kirishima enquanto os “pombos” estão invadindo o local. Descobrimos também que tudo não passa de uma armadilha para chamar a atenção dos distritos e organizações ghouls e muitos humanos morrem nessa batalha. No final Kaneki decide abandonar a Anteiku para fazer parte da organização Aogiri.

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Os primeiros episódios de Tokyo Ghoul me lembraram de uma pergunta curiosa que um mangaká famoso recebeu durante uma palestra em um evento no qual eu cobria: “Para um manga, o que é mais importante, ter um boa arte ou uma boa história?”. Durante alguns segundos essas palavras ecoaram na minha mente, mas antes que eu pudesse achar uma resposta ele já a havia respondido. “Os dois”. Uma resposta nada surpreendente, óbvia, mas… venhamos e convenhamos, é justamente isso. É difícil lidar com uma história boa com uma arte horrível, do mesmo jeito que não agrada uma narrativa incoerente com um belo traço. Isso se aplica não só aos mangas, mas também a um anime.

Essas foram minhas primeiras impressões de Tokyo Ghoul:  uma boa história com uma animação questionável.

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Para quem não sabe, essa temporada não seguirá fielmente o manga, mas isso não a faz ser pior, ou melhor. Claro que é bom para um fã ter seu título animado à risca, entretanto, isso o fez não se tornar monótono e ser uma boa alternativa para quem não curtiu a forma pelo qual tudo terminou no manga, além de criar uma série de surpresas que nós só saberemos assistindo à animação. O que parece é que o foco dessa narrativa irá ser a organização Aogiri Tree e não mais a Anteiku.

O que não me agradou foi a animação fraca da Pierrot, onde poderiam ter investido mais. Assim como na temporada anterior, exageraram na repetição de frames, deixaram muitas cenas com cortes brutos onde poderiam ter maior fluidez – um dos pontos mais importantes na hora de dizer se a animação é boa ou não. É isso que irá fazer com que os movimentos dos personagens sejam naturais e não “congelados” enquanto falam. As lutas foram rápidas demais e os personagens poderiam ter sido melhor plasticamente trabalhados.

Tokyo Ghoul

Mas nem tudo está perdido. Tokyo Ghoul  está com uma ótima trilha sonora, em particular, a cena onde Kaneki se despede de Touka, onde a música no seu encerramento é muito melhor que na sua abertura. O silêncio, seguido pela OST até a decisão do Kaneki criou uma cena impactante e deixou um sentimento forte em mim.

Enfim, apesar da qualidade da animação não estar tão boa quanto antes, continuarei a ver Tokyo Ghoul √A, pois, apesar de todos seus defeitos, ele consegue despertar o interesse de saber o como a história terminará.

Vai ver? Já viu? O que achou? Comenta aí!

Sobre Karolina

Formada em Comunicação Visual e estudante de Design, Karolina Facaia é gerente de conteúdo do Portal Genkidama, consagrado veículo do segmento otaku no Brasil. Desde 2015 faz parte da comissão, escrevendo resenhas e cobrindo eventos do meio.
Twitter: @KarolFacaia

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