Será que a falta de expressão do Tetsuya Kuroko em Kuroko no Basket seria sintoma de autismo?
Atenção: pode haver spoilers para a primeira e segunda temporada do anime Kuroko no Basket, incluindo episódios extras.
Há algum tempo vi uma review de Kuroko no Basket no Youtube em que chamaram o personagem Kuroko de autista. Aquilo me deixou curiosa: já tinha visto pessoas que não gostam do Kuroko chamarem-no de “sem sal”, “sem graça”, “cara de bunda” e coisas assim, mas autista? Por quê?
O autismo é um transtorno do desenvolvimento em que há uma grande dificuldade de interagir socialmente. A pessoa possui uma dificuldade muito grande em se relacionar com os outros, inclusive a própria família, tem dificuldade para se comunicar ou simplesmente não se comunica – crianças com grau severo de autismo não falam – e costumam ter comportamento repetitivo, como balançar o corpo para frente e para trás ou agitar as mãos, por exemplo. Em geral há dificuldade de aprendizado, embora alguns portadores de autismo possam ser excepcionalmente bons em uma única atividade específica como matemática ou música. O filme Rain Man, com Dustin Hoffman e Tom Cruise, dá uma boa ideia do que é o autismo.
Kuroko não parece apresentar nenhum dos sintomas mais característicos do autismo. Ele não tem dificuldade de aprendizado e no OVA Baka Ja Katenai Yo! descobrimos que ele é bom em Japonês e História – duas matérias em que um autista provavelmente teria dificuldade por envolver linguagem e comunicação. Ele também não apresenta nenhum comportamento repetitivo.
Entretanto, existe um transtorno de espectro autista em que Kuroko poderia se encaixar: a síndrome de Asperger. Neste tipo de transtorno não há dificuldade de aprendizado, pelo contrário, quem sofre de Asperger costuma ir bem na escola e falar com desenvoltura e com um vocabulário muito bom. O problema dos portadores dessa síndrome é a compreensão e expressão de emoções. Quando precisa dizer alguma coisa que envolva sentimentos – como explicar a razão de ter abandonado o time da Teikou no último ano ou falar como o Kagami e a Seirin o fizeram mudar – Kuroko sempre hesita e começa com um “não sei como colocar em palavras” ou coisa parecida. Outro possível sintoma seria o problema de coordenação motora: quem tem Asperger costuma ser desajeitado ou ter dificuldade para determinadas ações como pegar uma bola, por exemplo. Isso explicaria por que, mesmo sendo o sexto homem do prestigiado time da Teikou e um gênio dos passes, Kuroko seja medíocre em todos os outros fundamentos do basquete.
É claro que isso é só um exercício de imaginação. Tadatoshi Fujimaki provavelmente não chegou a pensar em nada tão complexo quando criou Kuroko. Basta assistir as duas temporadas do anime ou ler o mangá para perceber isso. Pessoalmente, acredito que a “cara de bunda” do Kuroko tem relação não apenas com a personalidade dele, mas também com sua forma de jogar basquete e os problemas que teve com o time da Teikou no passado. No episódio 22.5, Kise usa a expressão “jibun wo korosu” (literalmente, matar a si mesmo) para descrever o estilo de jogo do Kuroko. Ou seja, Kuroko “mata a si mesmo”, procurando parecer o mais inexpressivo e insignificante possível. Reconhecendo que não era um gênio nem tinha capacidade atlética como os membros da Geração dos Milagres, Kuroko apostou suas fichas na única característica notável que possuía, a falta de presença. Para piorar, no último ano da Teikou, ele estava quase desistindo do basquete, tinha perdido o gosto pelo esporte por causa da forma como seus companheiros de time mudaram – embora não demonstre, há um vislumbre do quanto isso o afetou através de suas reações durante os dois jogos contra a Touou, time do Aomine. O Kuroko que entrou para a Seirin, além de estar no ápice do seu estilo “matar a si mesmo”, também estava provavelmente mergulhado na apatia.
À medida que a história avança, no entanto, as coisas vão mudando. Logo de cara, ao conhecer Kagami, ele vê uma chance de derrotar a Geração dos Milagres. E à medida que seu relacionamento com Kagami e o time da Seirin vai se aprofundando, Kuroko aos poucos sai da apatia, vai ficando cada vez mais emocional, chegando mesmo a chorar e rir abertamente. Os dois jogos contra a Touou são cruciais nessa trajetória: no primeiro há a “quebra” do antigo Kuroko, ex-jogador da Teikou, ex-parceiro do Aomine, e no segundo, o surgimento do novo Kuroko, abraçando por completo a Seirin, seu novo time, e Kagami, seu novo parceiro, sua nova luz.
Para encerrar, podemos dizer com certeza que Kuroko Tetsuya não é autista nem tem síndrome de Asperger. Ele é apenas um menino que luta para se manter no mesmo nível de colegas que são gênios. E isso é exatamente o que torna sua jornada tão interessante para alguns e tão sem graça para outros.
FONTES:
AMA – Associacão de Amigos do Autista: http://www.ama.org.br/site/autismo.html
Hospital Albert Einstein – Entendendo a síndrome de Asperger: http://www.einstein.br/einstein-saude/pagina-einstein/Paginas/entendendo-a-sindrome-de-asperger.aspx
Tive que ler isso. Conheço uma pessoa que tem autismo (um cliente da loja onde trabalho) e não dizer o grau ou se é a síndrome de asperger (para aqueles que não conhece, confundir é fácil) e fiquei um tanto inquieta quando li Tetsuta Kuroko é autista?
Gostei do texto e devo dizer que a pessoa que levantou esse tema esteve um tanto equivocada ao dizer isso, como se não conhecesse a doença, que ouvi dizer, ainda traz dúvidas a muita gente. Gostei de você ter esclarecido isso, de uma forma que mostra que Kuroko não tem a tal doença, aliás, se tivesse, já teríamos suspeitado e muitos diriam isso, e não ficaria só no ‘sem sal’.
Vou divulgar o texto. =)
Obrigada, Natália! Eu também fiquei surpresa com o comentário no Youtube, embora a pessoa certamente não falou sério fiquei imaginando por que foi escolher justamente a palavra “autista”… E quando fui pesquisar acabei descobrindo muita coisa. Minha idéia de autismo se limitava ao tipo mais grave, daquele que a pessoa é totalmente incapaz de se comunicar.
Kuroko é apenas mais um kuudere no mundo dos animes..
Bom texto =)
Obrigada, Edu ^^
Mesmo Asperger possui estereotipia. Atualmente, principalmente depois do lançamento do DSM 5, está realmente difícil diferenciar o normal do patológico: parece que tudo é doença. Mesmo o autismo, que agora é tratado como um transtorno do desenvolvimento neurológico (ainda que não se tenham tantas provas biológicas assim), é muito complicado de ser classificado.
O L, de Death Note, por exemplo, é um personagem com características muito mais “clássicas” de autismo (apresenta sinais de estereotipia, além de viver sempre isolado e não conseguir criar vínculos de forma convencional), e ainda sim seria complicado classificá-lo como tendo TEA (Transtorno do Espectro do Autismo).
Atualmente, por conta das mudanças no DSM e CID, algumas áreas da Psicologia estão adotando a postura de “se não atrapalha a vida do indivíduo, não pode ser classificado como ‘doença’ “.
Levando essa visão em conta, e como é dito no texto, não há motivos para nem se pensar em Kuroko como tendo TEA. Ele tem um vínculo muito forte com as pessoas à sua volta, consegue expressar essas emoções (de forma atrapalhada, mas até aí tudo bem), não apresenta sinais de estereotipia e é excelente jogador de basquete. Além de tudo, o “basquete que Kuroko joga” é justamente o da união entre seus membros :)
Obrigada pelo comentário! Realmente, quando fui pesquisar sobre o tema fiquei impressionada com a complexidade. Levei um bom tempo quebrando a cabeça para colocar as informações de uma forma simples e concisa, espero ter conseguido. ^__^;
Na verdade, gostei BASTANTE da forma como você colocou, não diminuiu a questão e explicou de forma mais didática do que eu conseguiria hahaha
Bom post :)
Nem assisto o anime, mas vou chutar que o Kuroko representa essa nova sociedade de jovens japoneses.
Haha, de fato os jovens japoneses produzem tendências no mínimo curiosas ^^
Obrigada pelo comentário!
Acho complicado pegar definições tão restritas de autismo. Autismo é um espectro. Não é um pacote completo de comportamentos com três níveis de gravidade.
Esse texto só não seria ofensivo ou generalizador caso tivesse sido feito sobre a perspectiva de alguém que tem autismo e realmente sabe o que é, e como é viver com isso. Tem coisas que é melhor a gente não discutir caso não vivencie ou não dê espaço pra pessoas que vivenciam falarem sobre.
Também não vamos esquecer que, ainda hoje, usam autista como xingamento e taxam qualquer pessoa mais quieta e fria/séria como autista, como se pessoas autistas só pudessem ser assim.
Rebeca, você está correta ao afirmar que o autismo é um espectro e não dá para nos restringirmos à definições um tanto quanto clássicas e, muitas vezes, estereotipadas.
Mas para tratar sobre esse tema em um blog sobre animes e mangas com um público que provavelmente conhece pouco além do estereótipo, a escolha mais interessante para alcançar esse público e conseguir abrir um pouco a mente deles sobre o tema é justamente ir devagar, quebrando justamente a ideia de que o autismo é algo pejorativo. Desinformação se combate com informação, sempre tendo o cuidado de fazer a outra parte compreender a informação que você quer passar.
Mas irei discordar de você quando diz que o texto é ofensivo e generalizador (sintomas são generalizadores por natureza) por não ter sido feito sob a perspectiva de alguém com autismo e que tem coisas que é melhor não serem discutidas se não for uma pessoa com o quadro em questão. Ciência, e a ciência psicológica entra nisso, se faz não somente através de quem tem a doença ou o transtorno, se faz com pessoas alheias também que pesquisam e buscam conhecer melhor sobre o que se trata.
E sim, autismo infelizmente é usado como um termo pejorativo por muita gente, ainda mais no fandom de animes e mangas que usa a palavra pra diminuir determinados personagens. O texto aqui faz justamente o contrário, afirmando qualidades e potenciais de pessoas com transtorno de espectro autista e passando informações.
Obrigado pelo comentário,
Gyabbo!
Desculpa, mas vou ter que discordar que o texto foi informativo. Citou apenas duas fontes e deu informações superficiais no texto. A autora não parece ter conhecimento de causa pra falar desse assunto, e quando esse é o caso, há a necessidade de uma pesquisa que não seja superficial.
E há também a necessidade de se ouvir pessoas autistas. Não se pode excluir as pessoas das quais se está falando. E antes de fazer um texto desses, é sempre bom ver o que pessoas autistas acham de alguém falar sobre isso dessa forma. É preciso cuidado.
Ciência se faz com pessoas que não tem síndromes, distúrbios e transtornos sim, mas se a autora do texto não é estudante ou formada em psicologia ou psiquiatria, a necessidade de se pesquisar a fundo, ouvir quem entende do assunto ou está no espectro autista é maior ainda.
Moça, só queria fazer um adendo:
Concordo com o Gyabbo que houve sensibilidade da parte da Livia, mesmo ela não conhecendo do assunto, mas é claro que todo diagnóstico por natureza é generalista e não descreve, nem de longe, a experiência da pessoa que recebeu aquele diagnóstico. Assim como profissional nenhum descreve um transtorno suficientemente, e nenhuma pessoa diagnosticada com TEA descreve a experiência de outra. Um diagnóstico é uma coisa abstrata e inventada pra tentar descrever um problema geral, a pessoa é concreta e tem experiências reais que frequentemente vão além do esperado pela medicina ou o que o valha. Entendo sua colocação mas acho que mais importante é conscientizar a sociedade como um todo de que um diagnóstico é *apenas* um nome (geralmente mal definido) inventado pra categorizar determinadas pessoas que apresentam determinados sintomas e que de forma nenhuma descreve a personalidade ou a experiência delas no mundo, por exemplo.
Com isso, gostei do post pelo potencial de conscientizar as pessoas
que jogam termos como “autista!” por aí a pararem de fazer isso. :) Espero que entenda e não fique tão ofendida com as colocações.
Minhas desculpas, escrevi o texto por ter ficado intrigada com o uso da expressão “autista” pelo autor do vídeo do Youtube, não foi intenção minha ofender.
Eu já fui chamada de autista por ser uma pessoa quieta exatamente como você apontou, e justamente por isso fiquei com mais vontade de escrever sobre isso. Portanto, repito, não houve intenção de ofender, o que houve foi muito provavelmente falta de habilidade minha no escrever.
Eu também cheguei a fazer dessa cogitação de porque o Kuroko era assim. Eu pensei nele, por causa de uma coisa boba mesmo: estava eu falando com um amigo eu sobre Kuroko e ele me falou que o nome dos jogadores da Geração Milagrosa tinha a ver com a cor dos cabelos deles, eu até nem tinha me ligado nisso. Após isso, tentei associar o nome do Kuroko a alguma coisa da cor preta… bem, a única coisa que encontrei possível foi o fato da metáfora de ele ser a “sombra”. Eu acho que o mangaká quis fazer essa associação com o fato de ele ser uma sombra (uma coisa ofuscada que quase ninguém nota ou presta muita atenção à isso) com a sua personalidade.
Equação Tetsuya: Kuro + Ko + personalidade= Kuroko rs
Hehe, boa equação. O nome Kuroko deve ter alguma relação com “sombra” mesmo. Obrigada pelo comentário, Douglas ^^
Nossa, mano. Que viajem de todo mundo. No máximo seria excentricidade dos personagens japoneses de manga. A galera gosta de ver coisa onde não existe.
De qualquer forma ele não foi sempre assim. No arco do passado é mostrado que eles esconde as emoções pra atenuar a falta de presença dele.
Pois é, Reaper, a trajetória do Kuroko é de menino comum com pouca presença, mas expressando suas emoções => jogador fantasma, escondendo suas emoções como estratégia => jogador invisível da Seirin, aos poucos voltando a expressar emoções.
Obrigada por comentar ^^
Livia, primeiramente, adoro seus posts! Sempre muito criativos. Mesmo não assistindo Kuroko no Basket (parei ainda na primeira temporada) fiquei curiosa e vim ler.
Sou estudante de Psicologia e acho que hoje em dia se joga muito a palavra “autista” pra falar de personagens (e pessoas) caladonas e pouco expressivas (geralmente com um tom pejorativo injusto), assim como se usa “deprimido” pra falar de alguém cansado/desanimado, “hiperativo” pra falar de bagunceiros, ou “toc” pra falar de manias, etc. O autismo é uma condição séria que em muitos casos requer acompanhamento pela vida toda, então eu acho isso muito errado, mas fazer o quê?
Enfim, achei seu post ótimo por instruir as pessoas e quem sabe conscientizar algumas de que essa patologização não é legal. :) De resto, talvez um profissional mais ferrenho pudesse até taxar o Kuroko de autista, mas, pelo pouco que vi de KuroBasu, concordo que ele é só um garoto sensível e quieto sem perturbações mais severas… e adorável, por sinal!
Obrigada pelo post, e até mais! (◠‿◠✿)
– Chell @ Not Loli!.
Obrigada pelo comentário, Chell! Tem sido um grande prazer escrever aqui no Gyabbo!
Eu concordo com você, depois de pesquisar e ler sobre o assunto, eu vi a complexidade e cheguei à conclusão de que o melhor que eu podia fazer era apenas demonstrar que a coisa não é tão simples quanto se pensa, mas sem detalhar muito senão ninguém ia aguentar ler até o fim, hehe.
Olá Gyabbo. Eu imagino suas boas intenções ao fazer esses posts com uma análise do ponto de vista mais da sua área (psicologia, certo?), mas acho tão estranho quando saem em sites “mainstream” e pro público em geral… lembro de um de Chuunibyou nesses moldes. Fora que linkar autismo e personagem de um anime…. bem… ofensivo aos autistas. Mas reitero que minha opinião é de que não tenha sido essa a sua intensão. Em todo caso, me pareceu um artigo sem um propósito bem definido.
Abraços.
Estava eu lendo uma publicação sua sobre Gekkan Shoujo Nozaki-kun, gostei muita da forma como você escreveu e resolvi ler uma outra publicação (no caso esta sobre Kuroko).
Tenho um primo autista e ele tem muita dificuldade pra falar e ficar perto de pessoas que ele não conheça (e ele não come se estiver pessoas por perto, mesmo conhecidas).
Mas ele possui uma capacidade lógica muito boa, ele consegue raciocinar algo muito rapidamente e víamos esses resultados quando ensinávamos matemática ou jogávamos algo (qualquer jogo especialmente os parecidos com tetris ou o cubo mágico mesmo).
Gostei muito desse texto e da forma como você tratou o assunto de uma maneira simples e direta.
Um abraço!
Um dos maiores exemplos de portador de síndrome de Asperger hoje em dia, é o argentino Lionel Messi.
Por conta disso, ele é extremamente eficiente na hora de simplesmente cortar os adversários e levar a bola pro gol, mas não faz dribles mais elaborados.
Muito interessante o post! Embora seja triste saber que o autor de Kuroko não teve qualquer ideia desse tipo, o que é muito triste, já que se vê um grande desperdício de boas ideias e, mais além, a possibilidade de se trabalhar algo diferente, porém comum no mundo real, nos personagens de animes, atualmente tão clichês.
Mas eu queria apontar um erro sobre o conteúdo do post. Estava tudo indo bem, até a síndrome de Asperger ser citada e erroneamente explicada. Eu possuo a síndrome tal como meu pai, e mesmo que ela possa afetar as pessoas de forma diferente (como percebo observando tanto a ele como a mim mesma).
Portadores da síndrome possuem, sim, dificuldade para aprendizado. A questão é que nós, quando gostamos muito de um assunto, somos incrivelmente bons naquilo, e
tendemos a descartar quase totalmente o que não gostamos, se não totalmente de
fato. Quem tem Asperger vai sim mal na escola.
Não temos problema com a linguagem, de fato. O problema maior é a interação com as
outras pessoas. Como falado no post, compreensão e expressão de emoções, mas
não só isso. Nós temos dificuldade de captar comportamentos sociais que as
pessoas sem a síndrome aprendem naturalmente. Outro fator, é ser normal nós não
“termos papas na língua”. Simplesmente não pensamos antes de falar, em muitos
momentos, e podemos deixar escapar algo que acabe magoando alguém ou soe
grosseiro, mas não porque foi intencional, só saiu.
E por último: não, nós não temos nenhum problema com coordenação motora. Se
alguém com síndrome de Asperger é ruim com coordenação para algum esporte, ou
simplesmente não é bom em esportes, é pura e simplesmente porque ele não tem
interesse naquilo. Se tiver, ele certamente vai se destacar, já que uma coisa
da síndrome é causar “ilhas de interesse”, fazendo a pessoa ser
excepcionalmente boa no que gosta, mas uma droga no que não.
Espero ter esclarecido bem isso, porque não é legal quando você possui algo assim,
como no meu caso, e vê os outros explicando errado. Fica aquela sensação
incômoda, sabe?
Vale lembrar que os asperger tentam se socializar como querer ter amigos ,e namorar,como eles também podem se expressar como sorrir,chorar,rir mas em casos extremos ou estando em ambiente que estejam familiarisados,ou estando com pessoas que estejam completamente familiarizadas ,e que ele tenha muita afenidade,até abraçar amigos e beijar a namorada…