Aishiteruze Baby

Aishiteruze Baby: um manga shoujo adorável no qual um galante paquerador é forçado a ser babá de sua priminha – e com ela, aprende a ser uma pessoa melhor.

Kippei é um adolescente irresponsável e mulherengo, até que um dia a sua priminha Yuzuyu, de cinco anos, é deixada na casa dele após o desaparecimento da mãe dela. A irmã de Kippei, já cansada das constantes ligações de garotas atrás do irmão e dos problemas gerados por ele, deixa a responsabilidade de cuidar de Yuzu para Kippei, o que vai desde aprontá-la para a escola até tomar conta da menina enquanto os pais e a irmã trabalham.

aibaby1Yuzu é uma criança boazinha e compreensiva com o primo, mesmo quando ele atrasa para deixá-la na escola ou erra no lanche. Ela sente falta da mãe e já havia perdido o pai, cuja morte deixou a mãe depressiva. Kippei, por sua vez, genuinamente se esforça para cuidar dela, ganha responsabilidade e cresce durante a história – conquistando o amor de sua séria colega de escola, Kokoro.

Apesar de parecer bobinho, Aishiteruze Baby dialoga com temas mais complexos, com o elenco de suporte trazendo uma série de histórias diversas, belas, engraçadas ou tristes para o manga. A mãe desafio em parte os clichês pois não é completamente irresponsável: ela deixou a filha sobre os cuidados de parentes bondosos antes de sumir. Outras personagens enfrentam desafios na família e já vivem sozinhas mesmo sendo menores de idade. Em um arco, é mostrada uma prima de Yuzu que sofre bullying, além das dificuldades de se seguir em frente após o trauma.

AiBabyAishiteruze Baby é um drama na medida certa: belo, divertido e tocante, sem nunca cair no melodramático. Ao todo são sete volumes para o manga e 26 episódios para a adaptação em anime de 2004 feita pelo estúdio TMS Entertainment. O enredo segue em bom ritmo no manga até o momento da conclusão e acaba na hora correta – sem se prolongar demais ou deixar pontas soltas. Já o anime, infelizmente, termina sem o arco final da história.

A arte da mangaka Yoko Maki é bela e competente. É adorável na medida certa para a trama do manga, serializado na revista Ribon entre 2002 e 2005. As capas dos volumes são diferentes do usual, com uma colagem de cenas, e ainda mais bonitas na versão da Panini. A editora publicou o manga no Brasil entre 2009 e 2010 com uma boa adaptação e tradução, além de ter a qualidade gráfica padrão da época.

É recomendado para os fãs de histórias que se passam no mundo real e que fogem do colegial, com um drama verdadeiro sem ser forçado. Aishiteruze Baby é uma história de amadurecimento para Kippei e Yuzuyu – lembra a primeira parte de Usagi Drop, mas só a primeira parte ou a versão em anime. É uma leitura de qualidade na qual ao final, a sensação para o leitor é de satisfação por ter acompanhado uma boa e bela trama.

Aishiteruze Baby: um manga shoujo adorável no qual um galante […]

One thought on “Aishiteruze Baby”

  1. Eu assisti Aishiteruze Baby antes de Usagi Drop. Quando vi Aishiteruze Baby, eu fiquei bastante emocionado. Mas, assim como em Usagi Drop, não gostei do final.

    No entanto, eu achei a primeira fase de Usagi Drop muito melhor. Acho que pareceu mais “verdadeiro”. Em Aishiteruze Baby, Kippei não mora sozinho e tem ajuda da família. Já em Usagi Drop, Daikichi morou a vida toda sozinho e do nada pega a responsabilidade de cuidar de uma criança. As dificuldades que ele tem com creche, escola, a Rin ficar doente, etc, são muito mais “verdadeiros” (não achei um adjetivo melhor).

    Mas, os dois mangás/animês são muito bons. Pra quem nunca viu nenhum dos dois, recomendo começar com Aishiteruze e depois ver Usagi Drop. Assim como eu, tenho certeza que vocês irão se emocionar com as duas obras.

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