Lúcifer e o Martelo – Editora JBC – Vol. 3

Disputas amorosas, revelações bombásticas e medos superados. Lúcifer e o Martelo 3 finalmente alcança um nível superior. Todas as peças desse quebra-cabeça estão juntando-se para a batalha decisiva.

Esse texto contém spoilers!

As cortinas do próximo ato se abrem. Com a premissa do volume anterior, Amamiya enfim encontrou um rival á altura, alguém que realmente procura uma boa briga só pra passar o tempo. No entanto a rivalidade não se limita aí, pelo contrário, estende-se para aquilo que Amamiya mais se importa, mais ambiciona: A princesa! Com isso, seus sentimentos são aflorados com seu ciúme inflamado a simples menção de ver Samidare com Mikazuki. Apesar da abordagem clichê de um trio amoroso, o autor procura sempre sair do roteiro previsível, não levando essa disputa amorosa muito a sério.

Em sequência, no momento em que menos se espera, mais um cavaleiro surge e se apresenta para esse trio. O cavaleiro de cavalo Soichiro Nagumo (que já tinha feito uma pontinha no volume anterior) tem uma introdução rápida e impactante. Tão logo se apresenta já se encaixa no cotidiano dos jovens e traz consigo outros cavaleiros. A definição para ele certamente é “Enigmático”, principalmente por possuir informações sobre os outros cavaleiros e procurar agir como um instrutor para os mais novos, pouco revelando sobre si mesmo.

O momento mais emocionante desse volume foi, sem dúvidas, quando Amamiya vê-se agregado novamente aos seus medos. Nesse ponto do volume o autor soube surpreender com uma cumplicidade e troca de favores que não se espera, principalmente vinda de Amamiya. Aquele momento em que o protagonista assume suas próprias fraquezas, mas quer superá-las, não apenas para satisfazer a si mesmo, mas também para doar-se para aquele de quem recebeu tanto.

Lutar por si mesmo sem se conformar com o fracasso ou deixar para os outros o trabalho pesado, esse é o verdadeiro significado de evoluir, superar-se, porque a vida é assim, ela te obriga a dar o seu melhor sempre, novos desafios surgem ao longo da caminhada e se você não for forte, será devorado por aqueles que são. Você pode ser bom hoje, mas pode se superar amanhã, isso é o delicioso da vida, esse é o dom de sermos humanos, saber auto avaliar-se e transformar-se ao longo do tempo.

O que Amamiya passa é uma aprovação do destino que o convoca para a luta, desafiando-o a por a cara a tapa, a descobrir se ele realmente é capaz de reconhecer a bênção que lhe foi dada e sacrificar-se pelo que for preciso. O garoto e Mikazuki possuem mais similaridades do que imaginam, mas talvez posteriormente eles venham a descobrir isso e juntar forças por um bem maior, pois força bruta sem conhecimento não é nada, é preciso aprimoramento.

Em meio a tantas revelações, o grande inimigo apresenta-se: Animus chega de forma triunfal, mas deixa um “até logo” repentino. O que esperar do Feiticeiro? Aparentemente inofensivo e cordial, deve esconder um grande poder e uma tática mais inteligente do que a da Princesa. Particularmente se eu tivesse a chance de sentar para conversar com ele, ia adorar saber seus propósitos e pensamentos, afinal alguém que almeja algo tão grande como destruir o planeta e planeja isso com astúcia não é uma pessoa qualquer. No momento em que Amamiya ganhou essa chance, eu me corroí de frustração com sua atitude impulsiva e irracional!

Animus parece conhecer tão bem cada um dos cavaleiros de uma forma que intriga. Qual a relação dele com os cavaleiros na Guerra passada? O que vos aguarda é um passo para o escuro! Resta ao leitor aguardar pela continuação!