Manga – Nanatsu no Taizai

Os sete pecados capitais nunca foram vistos de uma maneira tão cool! Conheça o magnífico mundo de Nanatsu no Taizai!

Em um antigo reino chamado Lyonesse, protegido pelos chamados “cavaleiros sagrados”, a paz reinava absoluta e todo o povo era próspero. Com o tempo, um certo grupo de cavaleiros passou a ser conhecido como “Os Sete Pecados Capitais” por serem os mais fortes. No entanto, certo dia eles foram acusados de tentar um golpe de Estado contra o rei e começaram a ser caçados. Sem escolha, eles fugiram e separaram-se, indo cada um para um lado, tentando despistar o reino e viverem suas vidas em paz.

Muitos anos depois, Meliodas, o capitão d’Os Sete Pecados, cuida de um bar ambulante que ele montou nas costas de um porco gigante. Um dia é surpreendido por Elizabeth, a terceira princesa do Reino de Lyonesse, que diz suspeitar que os cavaleiros sagrados atuais estão planejando um verdadeiro golpe de Estado, acreditando que o golpe do qual os Sete Pecados foram acusados, foi realmente armado contra eles. Nisso ela quer encontrar e reuni-los novamente para, juntos, poderem desbancar os verdadeiros vilões.

Nanatsu no Taizai 2

Nanatsu no Taizai é publicado pela Weekly Shounen Magazine desde outubro de 2012 e naquela época já começou com status de “shounen de fantasia que iria desbancar Fairy Tail”. O hype da série era gigante quando ela foi iniciada e isso só tem aumentado com o tempo, tanto que com apenas dois anos de vida já é tida como um dos pilares da revista ao lado de Hajime no Ippo e do próprio Fairy Tail, da qual já até teve uma história extra em conjunto.

A obra cria vida nas mãos do talentoso Nakaba Suzuki. Seu traço é bem característico, facilmente reconhecido. Os olhos dos personagens são bastante expressivos, grandes e detalhados e conseguem passar bem as emoções de cada personagem. A alegria de viver de Meliodas, o desprezo pela vida de Ban, a maturidade precoce de King, a indiferente pelo mundo de Gowther, enfim… Todos os sentimentos são muito bem retratados pelos olhos desenhados por Nakaba Suzuki.

Nanatsu no Taizai 3

Outras características marcantes no seu traço são a quantidade de detalhes e a ousadia nos enquadramentos. Cada cenário de página cheia ou página dupla possui uma quantidade exorbitante de minúcias, mostrando as características de um mundo medieval. Mas apesar disso, as cenas são facilmente compreensíveis pela suavidade com que são retratadas. O autor consegue conciliar a complexidade de um cenário medieval com a praticidade de uma leitura battle shounen. Mesmo com ângulos de cenas bem inusitados, ele nunca falha na anatomia dos personagens.

Nanatsu tem um roteiro simples no geral; uma história de heróis considerados vilões que tentam conseguir seu espaço para revelar a verdade. Não é tão complexo se você olhar a história como um todo, mas cada personagem tem seu background muito bem trabalhado, tanto os protagonistas quanto os anti-heróis e os vilões. É difícil encontrar um personagem que não tenha um passado interessante a ser revelado e é incrível como todos se unem dentro de um roteiro tão cativante.

Nanatsu no Taizai 4

Para os fãs de lendas celtas, como eu, o mangá possui um tempero a mais. Quem conhece a lenda do Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda deve ter reconhecido o nome Meliodas. Os reinos de Camelot e Lyonesse não são tão próximos assim, mas em uma das campanhas do Rei Artur pela pacificação das terras, ele conheceu dois jovens chamados Tristão e Isolda, ambos do reino de Lyonesse. Eles eram ladrões fugitivos que viviam de vender as mercadorias que roubavam e o líder de seu grupo era o pai de Tristão, Meliodas. Todos muito bons em batalhas e totalmente contra o reino de Camelot.

Mas inimigos em comum fizeram os quatro lutarem lado a lado, convencendo os ladrões das nobres intenções do Rei Artur. O rei então os convidou para serem cavaleiros da távola redonda. Tristão e Isolda aceitaram e Meliodas disse que também aceitaria, mas ficaria para trás por um tempo para despistar os inimigos que os perseguiam. No calor da batalha, Isolda é mortalmente ferida e em memória dela, Tristão decide ser um grande cavaleiro. Mas Camelot nunca chegou a receber o tão aguardado cavaleiro sagrado Meliodas.

Nanatsu no Taizai 5

Lendas à parte, Nanatsu é totalmente ligado com o ciclo arturiano e isso me deixou extasiado, principalmente quando o próprio Rei Arthur aparece na história! O famoso mago Merlin também! E só para os empolgados de plantão, mês que vem estréia o anime de Nanatsu no Taizai!

Acho que esse sucesso todo não é por acaso, Nakaba Suzuki criou um mangá para ficar na história dos shonen de fantasia, sem dúvida!

Os sete pecados capitais nunca foram vistos de uma maneira […]

5 thoughts on “Manga – Nanatsu no Taizai”

  1. Boa análise da obra, simples e chamativa ao mesmo tempo.

    Acompanho The Seven Deadly Sins desde sua estréia na Shonen Magazine, fiquei encantado, um ótimo shonen, com uma pegada tensa, clichê e sensacional ao mesmo tempo, toda a história é bem construida, os personagens são bem chamativos, há revelações, um toque de drama, uma pitada leve de ecchi e pura insanidade nas lutas.

    Suzuki Nakaba é um dos meus autores prediletos, tanto o que ele vem fazendo em NnT quanto o que ele fez em Kongoh Bancho me deixaram boquiabertos, é puro entretenimento nas obras, fãs de mangás shonen não podem deixar de ler ambos, resumindo eles ~ “FODAS”. ;v

    1. Muito obrigado!! O Suzuki Nakaba é realmente um safado! Oh homem criativo! Kongoh Banchou também foi muito bacana e talvez em breve eu faça uma análise sobre ele aqui. Abraços!

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