Quando eu comecei o blog, logicamente eu fui atrás de muitas leituras. Artigos, sites especializados, fóruns, outros blogs, eu queria saber o que e como se falava de animes e mangas pela internet. Uma das minhas primeiras fontes que parei realmente para ler constantemente foi o blog Maximum Cosmo do Alexandre Lancaster. E entre os vários artigos que li por lá, uma frase marcou muito a forma como eu passei a ver o – mercado de – anime:
Um anime é um grande comercial de 26 minutos do mangá que o originou.
Apesar de originalmente focar nas adaptações de mangas, podemos – e sei que o Lancaster há de concordar comigo – enxugar essa máxima retirando sua última parte. Podemos até discutir em outro momento como a indústria de animação japonesa se vê como criadora de arte e como indústria de mero entretenimento – ainda que as duas coisas não necessariamente precisam estar separadas -, mas a verdade é que isso seria mais a exceção que confirma a regra: Anime é feito pra vender. E muitas vezes não é para vender nem o próprio anime.
E é essa a forma mais perfeita para definir o anime que irei comentar neste post, o recém lançado Busou Shinki.
Produção do estúdio 8-bit (Infinite Stratos, Aquarion Evol, ambos com parcerias) temos um Japão futurista onde foram criadas pequeninas bonecas (15 centímetros) com movimentos e emoções humanas para servir aqueles que elas veem como seus “mestres”, as Shinki. Entre essas bonecas, existem algumas que são equipadas com armamentos e proteções próprias para combate entre outras, principalmente em campeonatos, essas são as Busou Shinki – as “deusas princesas armadas” em tradução bem liberal.
Masato é um colegial que acabou de retornar à sua cidade natal no Japão e com ele vieram suas três Shinki, Ann (Arnval), Aines (Altines), and Lene (Altlene), cada uma com uma personalidade bem diferente, mas em comum o carinho – para não dizer amor – que possuem por seus mestres por quem desejam ser correspondidas (ainda que sejam freaking bonecas de 15 centímetros…). Mas tudo pode mudar com o surgimento de uma quarta Shinki!
Vocês já podem ter percebido pequenas nuances de que eu não gostei do que vi no primeiro episódio da obra. Isso é verdade, por sinal ela já está dropada. Mas não é por isso que eu “acuso” a série de ser um mero comercial. É verdade que a série é feita na medida mais precisa para agradar ao fã otaku hardcore com suas garotinhas moe, fazendo bobices para lá e para cá a fim de agradar ao seu mestre, um personagem sem nenhum desenvolvimento ou personalidade para que ele possa ser trocado e preenchido na experiência pelo próprio espectador.
Assim, misturam-se fetiches diversos e joga-se na tela sem nenhuma real preocupação com qualquer coisa. É como se os roteiristas pagassem uma lista das coisas que precisam estar na série e vão só riscando assim que conseguem qualquer desculpa para encaixa-las. Aí você ir conferindo: Garotinhas moe. Check. Subserviência quase doentia. Check. Insinuações com esperma sendo jorrado no corpo dessas garotas. Check. Roupas minúsculas que deixam os órgãos sexuais bem delineados. Check. Maids. Check.
E assim vamos.
Porém, Busou Shinki é uma imenso comercial pelo simples fato dele ser uma “adaptação” de uma linha de Action Figures da Konami. Lançada no Japão desde 2006, a linha tem como principal característica a grande variabilidade de “movimentos” que as junções da boneca permitem fazer.
Ao criar uma linha como essa e uma série animada (diga-se de passagem que a animação é muito boa e as cenas de ação são até interessantes de se assistir, ainda que caiam no mesmo problema de Infinite Stratos – não ter uma boa base que sustente essas cenas) casa-se perfeitamente o útil com o agradável para os fãs e para a empresa, afinal, pode-se vender facilmente figures em escala 1:1!
Mas e para as pessoas que não tem como ou não pretendem comprar as action figures? O anime tem algum valor? A verdade é que para um grupo bem específico é possível afirmar que sim. Pessoalmente é uma obra que não olharei mais, porém, é certo que os fãs de moe vão encontrar em Busou Shinki uma série bem produzida que consegue encaixar boas cenas de ação com um slice-of-life no ponto exato que esse tipo de obra precisa, além de providenciar o fanservice que as pessoas querem.
Não vou julgar quem achar (sexualmente) interessante ver insinuações eróticas de bonequinhas de plástico… mentira, vou sim, mas o que a minha opinião vai mudar no fetiche das pessoas?
Se você quiser roteiro, sentido ou pelo menos algo menos forçado mesmo para uma obra de fanservice, passe longe de Busou Shinki, é apenas o que eu posso dizer.
Vi o ONA de 10 episódios quando saiu e não gostei, foi extremamente aborrecido. Mas era infantil. E isso intriga-me, já que descobri com este post que este anime é um ecchi. O meu problema é não gostar de mecha. Não acho estranho achar interessante ver insinuações eróticas com bonequinhas, já que são bonequinhas personificadas e muito semelhantes a humanos, certo? Se víssemos por aí, era estranho achar interessante ver insinuações eróticas num anime em geral, já que não são pessoas.
Por incrivel que pareça não considero MOE, Fanservice ou Ecchi… achei a serie meio infantil.
Tem cenas de ação simples, enredo com historinhas sobre bonecas e suas aventuras do cotidiano… acho doente alguém achar isto “sensual”.
Vejo a serie como um bom comercial de vendas para suas figures action com teor bem infanto-adolescente, sem malicia ou apelo sexual. Com o DROP que dei em K acho que vou ver o segundo episodio da serie para ver as historinhas das bonecas… me lembrou Hantaro, mas com cenas de “lutinhas”.
uma coisa me chamou a atenção e apenas isso, como o o anime é focado nas bonecas, pra passar a sensação de estar “vendo” as coisas na perspectiva delas o mestre tem os movimentos lentos e só isso me chamou a atenção, pq eu me lembrei de animações com gigantes e aquela coisa de parecer que eles são lerdos e tudo mais. Não dropei, mas n vou acompanhar fielmente, é só pra assistir quando eu estiver “sem nada pra fazer”
A primeira coisa que me veio a mente foi “outro Angelic Layer?”, mas vendo que essas bonequinhas tem (sabe lá como) personalidade, movimentos próprios, desejos e se não fosse por seu tamanho, poderiam facilmente se passar por humanos, foi impossível de engolir.
Em uma realidade onde se tem liberdade para ter a quantidade que quiser de tantas servas e todas elas sendo exclusivamente femininas, deixa bem claro os interesses no apelo sexual no anime.