Shin Sekai Yori – Wakaba No Kisetsu – Episódio 1

Apesar de alguns outros animes já terem estreado, o verdadeiro ponto de partida para a nova temporada de outono 2012 começou neste sábado com Shin Sekai Yori, uma das minhas grandes apostas e que começou muito bem!

E a partir daqui irei dar início a um novo formato de posts, já muito conhecidos nos blogs estrangeiros e que começou a engatinhar recentemente no Brasil, acompanhando e comentando episódio por episódio toda semana.

É um experimento, nunca fiz isso antes, vamos ver no que vai dar.

Shin Sekai Yori, nova animação do estúdio A-1 Pictures (Ao no Exorcist, Ano Hana, Sword Art Online) produzida em conjunto com a Aniplex e a Sentai Filmworks, vem adaptar o livro homônimo do premiado autor japonês Yusuke Kishi, publicado em 2008 pela editora Kodansha misturando ficção científica e sobrenatural.

Apesar da história se passar mil anos no futuro, a ambientação da série é marcada por um caráter campestre, com uma pequena vila cercada por longas campinas, tranquilos rios e montanhas no horizonte. E se quase todo o primeiro episódio segue nesse ritmo tranquilo, é o começo dele que dita o sentimento de estranheza que causa apreensão no expectador.

Em pouco menos de um minutos nos é mostrado aquilo que provavelmente foi o início de tudo: no Japão atual, um grupo de pessoas com poderes telecinéticos ataca inesperadamente as outras pessoas em diversas localidades, espalhando sangue e morte. Nesse curto mas crucial flashback muitas perguntas são colocadas na tela de forma a apresentar com maestria o conceito da obra sem exigir muito tempo. É nesse pouco tempo e no contraste dos dois ambientes que você já se sente impelido a continuar assistindo para entender tudo que aconteceu nesses dez séculos que se passaram.

Partindo para a atualidade da série, somos apresentados aos cinco protagonistas: Maria Akizuki, Shun Aonuma, Satoru Asahina, Mamoru Itou e Saki Watanabe, crianças que após despertarem seus poderes telecinéticos se graduam da Academia Waki e vão para a Turma da Deificação.

Existe aqui todo uma sombra sobre o tema que deve nortear a série: a segregação entre aqueles que possuem poderes e os que não possuem. Desde a apreensão de Saki por ser a última a manifestar suas habilidades, passando pelas pequenas lendas sobre aqueles que não conseguem isso, até o desespero da mãe de Saki pelo risco de perder mais um filho.

Aquele primeiro minuto serviu para mostrar que a partir de determinado ponto a humanidade foi marcada – um antes e um depois da chegada das pessoas com poderes psíquicos -, mas nem os protagonistas nem nós sabemos o que de fato aconteceu. Afinal, o que levaria um grupo teoricamente mais forte a viver “limitado” por uma fronteira cultural e fisicamente intransponível como a que cerca a vila? Por que viver de maneira tão interiorana se em tese este é o grupo superior?

Shin Sekai Yori mostra potencial não apenas por apresentar um enredo interessante, mas também por uma execução – neste primeiro episódio – primorosa. A direção do novato Masashi Ishihama consegue jogar muitas informações, termos, toda uma nova sociedade sem que isso soe atropelado, ainda que – de forma proposital aparentemente – muita coisa acabe confusa.

A animação não é muito exigida, mas quando é necessário mostra que está tão forte quanto nunca, mantendo a constância do A-1 Pictures. Mas é na arte e na fotografia que o trabalho técnico da produção merece todos os elogios. Desde a escolha do uso de cores “apagadas”, sem brilho, até a maleabilidade de estilos usada na hora de contar uma história mostram uma execução que interage de forma perfeita com o tom que o roteiro busca imprimir.

Além do visual, a sonoplastia de Shigeo Komorique já havia feito um trabalho espetacular nos encerramentos de K-ON!, também é acima da média, seja nos sons ambientes diversos que o campo traz, até as músicas inseridas em cada cena para completar o casamento perfeito entre história-visual-som.

Se as expectativas para a temporada de outono já estavam altas, Shin Sekai Yori tratou de aumenta-las mais ainda com seu primeiro episódio primoroso.

Esse post sobre o primeiro episódio acabou sendo também um post de primeiras impressões sobre a série, mas a tendência é que os próximos sejam mais aprofundados aos acontecimentos da série, incluindo teorias mais densas e possíveis spoilers. Por isso, e também por ter gostado muito desse início como deu para perceber, indico que todos assistam aos episódios para que possamos acompanhar e comentar juntos aqui no Gyabbo!

Você que já assistiu, o que achou da série? Quais são suas teorias sobre esse mundo regido por poderes psíquicos?

Próximo episódio:

Apesar de alguns outros animes já terem estreado, o verdadeiro […]

14 thoughts on “Shin Sekai Yori – Wakaba No Kisetsu – Episódio 1”

  1. Também gostei muito desse episódio, mas vou ficar com um pé atrás. Não vou me empolgar muito porque parte da staff é meio inexperiente, e prefiro ser mais pé no chão do que sair idolatrando tudo pra depois não quebrar a cara.

  2. Achei o primeiro episódio muito bom. A dinâmica do episódio é um pouco lenta. Mas é uma boa aposta. Boto mais fé nele do que em Psyco Pass por exemplo. Mas essa temporada ao meu ver promete bastante, como toda temporada de outono

  3. Esse primeiro episódio me lembrou o de Steins;Gate. Coisas jogadas e confusas, proporcionando o não entendimento do telespectador. Gostei muito do início da série, ainda mais por parecer retratar uma mistura de Sci-fi com mitologia.

  4. Gostei bastante do primeiro episódio, também sou pé no chão, vamos ver mais episódios para poder comentar algo mais concreto ou ter uma opinião formado de forma honesta.

  5. Ambientação primorosa, ost e a musica do final traz a tona o clima “épico” da obra. Achei um pouco confuso tbm, mas acho que é proposital, principalmente a falta de explicação de algumas coisas, termos e tudo mais, acredito que seja pra fazer o espectador se sentir inserido na trama (mesmo não sabendo muito sobre a mesma). Desde o ínicio o anime me chamou a atenção e é o que eu tô mais “hypando” nessa temporada.

  6. Este primeiro episodio foi marcante!
    Achei maravilhoso, o feling passado pelo anime te prende a atenção do inico ao fim… a muitas perguntas a serem respondidas, mas acho que isto é o que dá um “gostinho” a mais neste tipo de obra.
    As dosagens de misterio estão sendo bem aplicadas e o clima é tão propenso ao pseudo/drama que chega a te fazer ansiar por mais episodios o mais rapido possivel…, se o objetivo era pegar uma boa fanbase neste primeiro episodio acho que conseguirão!

  7. É o primeiro episódio foi até que consideravelmente bom, porém não irei ficar idolatrando e tudo. Vamos esperar e ver no que vai dar esse anime.

  8. Gostei da proposta do animê, mas não achei o primeiro episódio espetacular como muitos vem dizendo. Muitas coisas jogadas de uma só vez, por mais que seja uma boa maneira de prender a atenção do espectador, nem sempre acaba dando certo. Another é um bom exemplo disso.

    Quanto a animação, nada muito além do já tradicional do A1 Pictures. Boa trilha sonora, com boa ambientação. Gostei especialmente da introdução, que mostra o pequeno flash back de mil anos atrás, e o final do episódio te deixa curioso o suficiente para querer continuar acompanhando a série.

    Enfim, episódio razoavelmente bom. Vejo grande potencial no animê, é uma das minhas apostas dessa temporada. Porém, como muitos, não vou me atirar logo de cara para não me decepcionar depois. Afinal, um pé atrás de precaução não mata ninguém.

  9. Concordo com o que você disse. Enredo interassente, cores frias e apagadas, boa trilha sonora e gostei muito também do flashback. A única coisa ruim, na minha opinião, foram os personagens: muito simples e sem graça.

  10. Chances de ser um dos melhores da temporada se o clima do primeiro episódio for mantido e o desenvolvilmento da história for interessante, mas fico com um pé atrás graças a animes que tem um primeiro episódio impactante, mas depois… Vide Guilty Crown.

  11. Curti bastante esse primeiro episódio. A parte técnica está bem feitinha, e a história promete bastante. Fiquei muito curiosa para saber o que acontece com as crianças “falhas”…
    Já que, ao que tudo indica, o material que serviu como fonte para série é de qualidade, só me resta torcer para que o estúdio faça um bom trabalho de adaptação. Afinal, de animes de suspense/terror ruins o mundo já está cheio, infelizmente.

  12. Gostei MUITO do primeiro episódio. Mas já que eles colocaram tanta dúvida na cabeça do espectador, fico na incerteza de saber se eles, de fato, farão o que prometeram.

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