Uta no Prince-Sama – Primeiras impressões (por Tanko)

Olá leitores do Gyabbo!, eu sou a Tanko do site Blyme-yaoi e fui gentilmente convidada pelo Denys para dividir com vocês as minhas primeiras impressões sobre o anime Uta no Prince-sama♪ Maji Love 1000%, que estreou dia 07 de julho. Não sei ao certo se sou a pessoa mais indicada para falar sobre este anime, já que não sou a maior admiradora do gênero harém reverso, mas vou tentar dar minha opinião honesta.

Uta no Prince-Sama ou UtaPuri (o Príncipe da Música) é baseado em um típico jogo de relacionamentos para garotas, lançado pela Broccoli em 2010 para o PSP, o game portátil da Sony. O título também ganhou uma versão em mangá no mesmo ano, então presumo que tenha sido um grande sucesso.

Em UtaPuri seguimos os passos de uma tímida garota chamada Nanami Haruka que tem o sonho de ser compositora e, para isso, inscreve-se em uma academia especializada em formar ídolos pop. Enquanto persegue seu objetivo, como não poderia deixar de ser, ela conhece diversos rapazes lindos, ricos, talentosos e disponíveis.

O episódio abre muito bem, com uma sequência de música e dança bastante bonita, onde os rapazes são apresentados. A coreografia no estilo boy’s band é bacana, acompanhada de uma música chiclete. Nesta cena podemos reconhecer claramente o “tipo” de cada pretendente, digo, personagem, através de sua voz e expressão corporal.

A animação é caprichada, o que me chamou a atenção, já que estou habituada a produtos mais alternativos (para não dizer econômicos). No entanto, quando a trama tem início, fica claro que em termos de roteiro, UtaPuri não sai muito dos moldes básicos dos games de harém reverso.

A história começa quando Nanami chega atrasada para a prova de admissão na Academia Saotome e os seguranças a barram na entrada. Vendo a situação da moça, dois estudantes intercedem por ela. O primeiro deles, Ittoki Otoya, tenta convencê-los ressaltando sua grande determinação e o segundo, Jinguji Ren, argumenta dizendo que viu a moça da janela de seu carrão e afirma que ela se atrasou para ajudar uma criança perdida. Os guardas se convencem/intimidam com as palavras de Jinguji Ren e deixam que Nanami entre para fazer o teste.

 Depois deste esforço do roteiro para mostrar que apesar de aguada a Nanami é gente boa e tem muita força interior, ela finalmente consegue ingressar na academia. Lá, Nanami encontra Shibuya Tomochika, uma colega que conheceu durante os exames de admissão e com quem vai dividir o quarto do alojamento. Tomochika é a personagem que funciona como guia para Nanami, que não conhece quase nada do cenário da música pop e que sequer tem televisão em casa (saída que pode funcionar bem no jogo, mas que soa bem forçada no anime, afinal, se ela quer compor músicas para ídolos, custava conhecer mais de um?). Através de Tomochika ficamos sabendo que o excêntrico (e chato pra caramba) diretor da academia é uma ex-celebridade e mesmo os professores são artistas famosos. Em suma, Nanami acaba de entrar para um mundo maior do que ela imaginava.

À partir daí, por meio de diversos incidentes envolvendo esbarrões e afins, reencontramos os salvadores da mocinha e conhecemos os demais rapazes:  o sério e tradicional Hijirikawa Masato, o avoado Shinomiya Natsuki que parece viver para as coisas que são “fofinhas” e o animado Kurusu Shou. A impressão que tive neste primeiro contato é de que os personagens não são seres exatamente profundos, apenas seguem os estereótipos básicos que costumam agradar às jogadoras/espectadoras.

Confesso que senti um pouco de preguiça deste contexto já tão reciclado, mas me senti compelida a continuar acompanhando a trama após assistir o final do episódio, quando Nanami encontra acidentalmente o seu ídolo Hayato, ou melhor, alguém muito parecido com ele no jardim da academia. Foi um ponto de virada interessante que me fez acreditar que eu não sabia de antemão tudo o que havia para se ver no anime, o que é essencial para que eu continue assistindo alguma coisa.

No final das contas, acho que UtaPri cumpre o que propõe muito bem. Embora não se possa esperar muita originalidade e muito menos genialidade desta série, ela me pareceu uma boa diversão sem compromisso, bem caprichada e que tem tudo para agradar a seu público.

Acho que apesar de conseguir identificar as fórmulas usadas para atrair fujoshis e otomes incautas, o apelo funcionou comigo: não quero perder os próximos musicais e já estou curiosa para saber com quem a Nanami vai ficar. E como imagino que ela seja uma moça de família e não possa ficar com todos, resta saber quais bishounens vão alimentar as minhas ilusões de fã de yaoi.

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21 thoughts on “Uta no Prince-Sama – Primeiras impressões (por Tanko)”

  1. Haha xD
    Sinceramente? Eu acho que funcionaria melhor como 3 casais yaoi e 1 yuri. Assim todo mundo ficava feliz <3 lol q

    Eu estava com um pouco de receio pois não gosto de animes desse tipo, mas até que soou engraçado.

    Ele não é o melhor da temporada (com certeza não!), mas é divertido ^-^

    E a música de abertura do primeiro episódio (que vira o enceramento dos demais) é simplesmente chiclete demais! D:

  2. O Dennys ficou com medo de comentar o anime e contrariar o fandom, rs.
    Não conhecia a Tanko, mas parece que ela entende bem do assunto. Bom texto.
    Eu, por outro lado, de haren invertido, só assisti um até hoje (que foi Ouran High School Host Club), e, por mais que eu tenha gostado, Uta no Prince-sama não me fez sentir a minima vontade de querer assistir.

    1. @Panino Manino
      Não estou pensando em me aposentar, apesar de que esse período atual da faculdade será complicado e isso deve sim diminuir a frequência das minhas postagens. Convidar alguém foi uma saída que encontrei para trazer novas pessoas/visões ao blog, sem que eu tenha que abrir permanentemente para alguém. E foi uma ótima forma de estreiar!
      É, de fato eu não vi ninguém comentar em blog algum sobre Uta no Prince-Sama, o que é uma pena, bom anime.

      @Kyori
      Mas é um anime voltado para garotas, não tem casais yaoi (e não faria sentido ter casais yuri), apenas leves aproximações, nada demais. Não é realmente o melhor da temporada, está longe disso, mas é bom para assistir. E sim, encerramento chiclete demais, sempre canto junto quando passa!

      @Lucas Navarro
      Na verdade não. Eu fiz o convite para a Tanko antes de começar a ver o anime, achei que seria a chance perfeita para convidá-la, mas a verdade é que eu mesmo gostei muito do anime quando estreiou e, apesar de ter caído um pouco de qualidade nos episódios mais recentes, estou gostando ainda!

      @Nathalia
      Ai! Quanto tempo, como está? O Sugoi existe sim, mas anda bem parado… não sei até quando o Shin vai manter no ar. É, esse anime é bem “Fabulous” mesmo, acho que para o público a quem se dirige, o jogo deve ser ainda melhor.

      Gyabbo!

  3. … acho que nunca… comentei aqui, hihi. É a Ai do Sugoi (ainda… existe? Vagas saudades!). Masss cahaaaaam, ESSE ANIME PARECE ZUBER FABULOUS <3 Tipo uma amiga minha ama e ontem ela estava lendo esses trecos sobre o jogo e me passando e era um drama louco e ridículo, mas do tipo tão ridículo que faz você criar uma certa vontade de jogar (?). Enfim, hmm, baixarei em breve…!

    1. @Aline Kachel
      Acho que me expressei mal, não quis dizer que casais yaoi não são voltados para garotas, era pra ser duas frases independentes. Não tem casais yaoi | O anime é voltado para garotas.

      Gyabbo!

  4. Não tem muito o que comentar sobre o utapri, o enredo é fraco, os personagens são bem planos, mas em contrapartida tem um visual, uma animação e uma fotografia bem competentes, sem contar que tanto as openings e endings são muito bem feitas, e claro, outro ponto alto são as musiquinhas chicletes do vocaloid de boyband, adoro as músicas de utapri. ^.^

  5. Uma pequena correção, não são Otoya e Ren que convencem os guardas a deixarem Nanami entrar e sim o “personagem misterioso” (provavelmente o diretor) que estava observando tudo através de uma câmera de segurança.

    E apesar da ótima qualidade técnica da animação, a interpretação da Sawashiro Miyuki como protagonista não me convence nem um pouco, assim como nas outras duas séries que ela participa atualmente, mas acredito que para uma série de harem reverso isso não acaba importando.

  6. Boa série, boa série XD O melhor ponto forte dela é o traço e a animação, impecáveis até agora (6 episódios). Protagonista meh, mas… Harém reverso, checked D:

    Os caras conseguem ser um pouco interessantes, apesar de eu achar que, como única saída para serem personagens diferentes dos incontáveis personagens de outros haréns reversos, acabam ficando forçados demais… Como o Natsuki -_-‘

    Vou assistir até o fim, de qualquer jeito. E pra chutar com quem ela vai ficar, eu diria que vai ser como La Corda D’Oro, SPOILER: vai ficar com o violino /SPOILER.

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