The iDOLM@STER – Primeiras impressões

Depois de quase uma semana em Brasília, o que me fez ficar impossibilitado de acompanhar as estréias da temporada de verão e consequentemente de comentar por aqui. Mas de volta à Manaus e em pseudo-férias poderei falar sobre tudo, começando hoje por The iDOLM@STER.

The iDOLM@STER nasceu em 2005 pela desenvolvedora de jogos Namco como um simulador para arcades onde o jogador entra no papel de um produtor da 765 Production que deve levar um jovem Idol ao grande sucesso. Após um grande sucesso, a franquia recebeu posteriormente adaptações para XBOX 360, PSP e Nintendo DS, além de um anime spin-off pelo estúdio Sunrise, mas que diferente do produto original, envolvia mechas. Seis anos após seu surgimento, chega a hora de uma adaptação animada fiel chegar às televisões japonesas e computadores ocidentais.

Quando eu digo fiel, não é força de expressão, diferente de outras adaptações de simuladores onde personagens e mundos originais são usados para o desenvolvimento de uma história própria (ou pelo menos a escolha de uma única rota, como no caso das Visual Novels), aqui o estúdio A-1 Pictures preferiu não pensar muito e utiliza-se de uma abordagem muito semelhante ao próprio jogo, com a excessão de que o espectador não pode fazer escolha alguma.

Assim, cada uma das garotas é apresentada com sua característica mais marcante pulando na tela, obviamente sem a pretensão de nenhum desenvolvimento mais profundo, o que vale é o exterior. Ao total são 13 adolescentes com cara de crianças (e na sua maioria com corpos de criança) trabalhando arduamente por uma chance, cada uma com seu motivo particular. E no meio de todas elas o espectador é imerso na figura de um produtor novato que chega na agência 756 para ajudar as outras produtoras e as futuras idols. A busca por se aproximar do jogo é tanta que o ângulo de visão em quase todo seu primeiro episódio (e pelo preview, de toda série) foi feito a partir do olhar do novo produtor, fingindo estar filmando um documentário com as garotas. Isso dá um resultado bizarro onde as garotas olham diretamente para quem assiste.

Apesar do Character Design de Atsushi Nishigori (também diretor da série) simplificar o já simples traço das personagens nas suas versões do Xbox 360 (de onde a série se baseia), o que já era esperado por uma questão de custos, isso não prejudica a experiência visual, bem apoiada por uma animação acima da média, mesmo que pouco explorada nesse primeiro episódio.

The iDOLM@STER une em um único anime as principais críticas que se faz aos anime slice of life: “Nada acontece” e “as personagens são feitas para ser moe”. Ainda que eu não concorde com a primeira, não deixa de ser um fato nesta série. Nada acontece. E diferente de outras séries nesse estilo, aqui não há carisma, nem no cotidiano das garotas (que por sua teórica complexidade poderia (e quem sabe será) ser melhor explorado) e muito menos nelas. São rasas, genéricas, forçadas. Nem como comédia pode-se esperar muita coisa. A ideia é única e exclusivamente permitir aos fãs discutir qual das garotas é a mais kawaii. Se for preciso falar de mais pontos positivos, posso falar da diminuta presença de fanservice, mas pra uma pessoa que assistiu Infinite Stratos até o fim, prefiro não me prender demais a isso.

A série engana com sua embalagem bonita, mas isso não resiste muito tempo. Ainda que tenha potencial para ser algo melhor, acho difícil isso acontecer. Mais do que nunca se trata de um comercial de 24 minutos.

Depois de quase uma semana em Brasília, o que me […]

14 thoughts on “The iDOLM@STER – Primeiras impressões”

  1. Gostei do post, muito bem escrito, mas discordo de várias coisas ditas, haha.
    Sou um grande fã de idols, e achei que o anime retratou bem o universo delas. As personalidades, os estilos, as idades e as atividades, é bem o que idols fazem mesmo. A ideia de deixar tudo em 1ª pessoa foi bem legal e se manteve fiel aos jogos, mas acho que só o primeiro episódio vai ser assim, já que no final mostrou o produtor e até deram voz pra ele.
    Enfim, talvez o motivo por eu ter gostado tenha sido mesmo eu gostar de idols. Mas eu adorei as personagens e achei que as personalidades foram muito bem apresentadas, ficaram fiéis àquilo que uma idol deva representar. ^_^

  2. Eu acho que o leohamasaki tem um ponto… Senti muito mais a impressão de estar vendo um vídeo do que de do jogo, e se pensarmos em vídeos de idols, elas são bem assim mesmo :P

    O fato de sabermos que estamos vendo o video do que seria um documentário não quebra a quarta parede, creio que foi uma forma eficiente de apresentar as personagens de formas mais variadas, para evitar que apresentações padrões se tornassem monótonas.

    A falta de fanservice é bem positiva (e seu comentário sobre IS ainda mais pertinente). Creio que se usarem a “marca idolmaster” para criar um anime que mostra os bastidores desse mundo, mesmo que de forma mais caricata, tem potencial para sair do estigma do “nada acontece” dos slice-of-life e acabar se tornando uma série que seja algo além de moe pra todo lado.

    Posso estar sendo otimista demais, mas conseguiram me convencer a ver aonde isso vai dar…

  3. Sinceramente? Foi um dos que baixei, assisti e deletei. Sem chance de vê-lo novamente. xD. Achei a história muito fraca. Ah, você falou do visual. Hmm…na verdade, quando vi o jeito meigo das meninas (pelo traço), lembrei de K-ON. Tem alguma relação? (Tipo, o mesmo desenhista da série televisiva?).

  4. Olá Denys!
    Eu leio o seu blog há algum tempo e essa é a primeia vez que eu comento (eu acho…)
    Como sempre, a resenha está muito bem escrita!
    Concordo com você, eu achei o anime muuuito muito fraco (apesar da “embalagem bonita”).
    Eu gostaria de saber a sua opinião sobre Ikoku Meiro no Croisée…
    Aguardo novidades do Gyabbo!
    xoxo
    Mallu

  5. Para um primeiro episódio acho que cumpriu a tarefa de introduzir as personagens com um modelo de vídeo-documentário típico de idols. Mostrou que o foco será o dia-a-dia de idols de uma agência pequena (no máximo mediana) e não o glamour que mtos animes do gênero costumam mostrar. O ponto que o estilo não lhe agradou Denys (previsível já que mesmo antes de ver havia comentado mal sobre o anime). Quem curte idols e/ou o jogo vai curtir esse anime.

  6. Eu particularmente amei the idom@ster por ser do que jeito que é. Não é um anime com uma visão fantasiosa e sim como a realidade.

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