Grande Debate – Tradução de Mangás (via Mais de Oito Mil)

Grande Debate – Tradução de Mangás Oi minna! Estão prontos para mais uma seção do blog que eu invento e não levo pra frente que nem a Experiência Mais de Oito Mil? Bem, o Grande Debate funciona da seguinte maneira: eu vou expor um tema polêmico do mundo da cultura mais rica, aí coloco o reloginho na tela e vocês comentam como se não houvesse amanhã nos comentários sobre a questão. Aí eu invento depois alguma maneira de mostrar como foi esse debate em outro post. Depois de explicad … Read More

via Mais de Oito Mil

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Na última segunda-feira no blog Mais de Oito Mil começou aquele que pode ser considerado um dos maiores debates acerca de um ponto do nosso mercado de mangas: Tradução e adaptação. Em menos de uma semana o post já conta com (até o momento) 222 comentários, um verdadeiro fenômeno, mostrando que apesar da inércia que muitas vezes nosso mercado enfrenta, os consumidores estão sim, pelo menos até certo ponto, preocupados com a forma com que os mangas que compram são apresentados.

Junto a isso, há um certo tempo havia acertado com a Panina Manina, do blog Subete Animes, que iria realizar postagens com esse tema. Assim, começa aqui uma série de textos em que pretendo colocar a minha opinião sobre tradução, adaptação, legalidade, scans, escolhas e outros.

Minha coleção - Na parte de baixo os títulos em andamento

A base do post da Mara é a suposta grande diferença que existe nas traduções/adaptações entre as duas maiores editoras de mangas no Brasil – JBC e Panini. A ideia é que a JBC procura adaptar os diálogos, mesmo que isso muitas vezes resulte no uso de gírias e tons de fala duvidosos. Na fala do próprio editor-chefe da JBC em entrevista para o mesmo Mais de Oito Mil:

…quando fazemos qualquer adaptação para o português sempre procuramos deixar o texto solto e compreensível na nossa língua e isso inclui o uso de uma linguagem mais próxima do nosso cotidiano…

http://maisdeoitomil.wordpress.com/2011/05/03/mais-de-oito-mil-interview-%E2%80%93-descobrindo-quem-pintou-as-zebras-com-marcelo-del-greco-o-editor-da-jbc/

Do outro lado está a Panini que primaria por um texto mais próximo do original, ainda que às custas de termos desconhecidos no decorrer dos diálogos, ficando a cargo do leitor ir na parte de trás do manga ler o glossário.

A primeira grande pergunta que devemos fazer é: “Para quem esses mangas estão sendo vendidos?“. Pela falta de planejamento de marketing, por escolhas cada vez mais voltadas nos sucessos já conhecidos pelos fãs de mangas (ou como você explica a vinda do Code Geass genérico?) e pela falta de títulos voltados para adultos ou outros públicos-alvos, como os de esportes, sou obrigado a concluir que as editoras se contentam em vender para aqueles que já são fãs, quando alguém de fora compra um título é apenas lucro extra. É claro que mangas como Naruto e Cavaleiros do Zodíaco fogem dessa regra, mas são exceções.

Agora que temos um público fica mais fácil pensar em qual seria a melhor (já que não existe certo ou errado enquanto a essência do texto original estiver na página) forma de fazer este trabalho, mas vamos por partes.

Sendo um produto vindo de outro país e marcado por essa origem, principalmente se pensarmos nos fãs, não é admissível que as editoras trabalhem com versões de outros países. Assim como elas mesmas praticam, todas as editoras do mundo acabam por adaptar uma fala aqui, uma expressão ali, o que acaba por resultar em uma versão cada vez mais longe do sentido original que o autor quis passar. Casos como o de Tenjo Tenge e Fairy Tail são inadmissíveis não por termos uma pessoa proeminente no ramo da dublagem em cargo, mas por sabermos que essa pessoa não domina a língua japonesa e portanto não teria como buscar a mesma para executar seu trabalho. No entanto, esse é o mínimo, não é a toa que existem cursos de formação para tradutores. Quando eu pago por um manga não estou fazendo um favor às editoras, espero vir com todo capricho necessário, o que inclui um profissional especializado naquele trabalho. Chamar alguém de fora da área ou sem experiência no ramo para isso é uma saída enganosa e que não justifica o que pagamos. Passando por essa parte que muitas vezes é ignorada, chegamos ao modo como o texto será apresentado para nós. Não basta traduzir, editor e adaptar é uma necessidade. Enquanto a ideia original estiver mantida, ainda estamos no caminho certo.

Voltando ao texto da Mara no Mais de Oito Mil, devemos retomar um velho debate quanto à adaptação dos mangas da JBC – as gírias. Não vou aqui afirmar que seja proibido usá-las, principalmente quando estamos falando de personagens que no original usam esses tipos de termos, mas do Japão. O problema das gírias está na sua natureza. De acordo com o que pude pesquisar na Wikipedia podemos falar de gírias de grupo e gírias comuns. Na primeira categoria estão aquelas usadas por determinados grupos e que são de entendimento apenas naquele contexto. Olhando do macro para o micro, uma gíria regional entra nesta categoria quando temos um produto de abrangência nacional. Já as gírias comuns são palavras que se tornam cotidianas ao vocabulário geral, muitas vezes deixando de ser uma gíria. Um exemplo prático seria a palavra “corno”, gíria para uma pessoa traída, mas que hoje em dia é entendida em qualquer contexto. Desta forma, quando a JBC se utiliza de termos regionais e/ou populares em outros tempos, isso prejudica a leitura de muitas pessoas, o que não pode ser a intenção de uma boa edição, que deve sempre primar por um texto de fácil e abrangente entendimento. Um personagem “galeroso” (gíria própria da minha região norte [ou mesmo só do Amazonas] para o conhecido “delinquente”), dificilmente irá ter no seu discurso um respeito máximo pela norma culta da língua portuguesa, mas existem outras formas de demonstrar isso que não com gírias. Uma dessas formas é usada pela JBC mesmo ao colocar em seus mangas os famosos “Cê” ao invés de “você”. Não acho exatamente bonito, mas é uma estratégia que funciona sem maiores dificuldades.

Já no caso a editora Panini, que eu preciso afirmar que tem a minha preferência, ao invés de buscar sempre e a todo custo uma aproximação com a forma que supostamente é usada no Brasil, existe um puritanismo que acaba agradando muito aos fãs que gostam de se sentir mais próximos do Japão. Enquanto a JBC prefere não usar os honoríficos (“chan”, “kun”, “san” etc), a Panini os usa de forma até mesmo exagerada. Lembro do caso do manga Sunadokei (ótimo, por sinal), onde, para demonstrar que os personagens falavam com determinado dialeto japonês, muitos balões terminavam com o sufixo “-ken”. Isso me dá a sensação de estar imerso naquela província? Não, só poluia a leitura e enchia a paciência. Como adaptar então? Sinceramente, retirar aquilo não faria diferença nenhuma, será que é sempre necessário esse puritanismo todo? Ainda sim, a prática de deixar outros tipos de termos (como músicas/filmes) no original para depois explicar no glossário é muito interessante. Além de não “sujar” a página com notas de rodapé (um verdadeiro desastre no maravilhoso Hiroshima – A cidade da calmaria), o espaço maior permite que uma explicação mais detalhada seja feita.

Qual seria então o jeito perfeito para se fazer esse processo? Acredito que devemos ter um meio termo. Adaptar ao nosso contexto é necessário, mas isso não significa que incluir músicas de Chaves seja uma boa ideia. Gírias podem ser usadas, portanto que sejam de fácil entendimento para o grande público (que não se resumo ao Sudeste!). Se existem palavrões nos originais eles devem ser colocados aqui também. O uso de honoríficos, préfixos e sufixos fica ao gosto do freguês, mas pede-se que haja uma padrão e que não procure-se traduzir o intraduzível (pelo amor de Deus, não coloquem “senhorita” na boca de uma adolescente no lugar de “san”!), nesses casos, o uso de um glossário é bem-vindo, enriquecendo aos mais curiosos e permitindo o acesso fácil aos que não se interessam tanto.

Manga deveria sim ser pensado como um produto para o grande público, mas isso não significa esquecer a sua origem e suas particularidades. Muitas vezes falta às editoras vontade de largar o status quo em que se seguram e ter um pouco mais de humildade. Fã é fã e não empregado de empresa, mas existem momentos em que devem sim ser ouvidos. E você leitor, deve falar.

Eu deixei a minha opinião, qual é a sua?

Oi minna! Estão prontos para mais uma seção do blog […]

20 thoughts on “Grande Debate – Tradução de Mangás (via Mais de Oito Mil)”

  1. Como eu disse lá, a solução é o meio termo.

    A JBC está correta em querer adaptar, mas a forma que eles (e os encarregadores) escolheram de fazer isso é ridícula. Exageram com gíria. O português tem tanta palavra que poderia ser usada que acaba sendo apenas idiota encher de gíria para dar um ar descolado que as vezes é inexistente no original.

    A Panini está correta em querer buscar a mensagem e sentido originais da histórias, mas eles tem que lembrar que muitas coisas do japonês que deixam literais são tão impenetráveis quanto as gírias regionais da JBC.

    O que está faltando é simplesmente usarem mais o bom e velho português.
    Tire os honoríficos da Panini e as gírias bestas da JBC que fica perfeito.

  2. Saudações

    A opinião acima (Panina Manina) é idêntica ao meu modo de pensar sobre o assunto.

    Se as editoras (e não apenas estas duas) unissem o útil ao agradável de fora única, o resultado final seria maravilhoso.

    Até mais!

  3. Eu concordo com todo o texto, sem tirar nem por. Acho que se a Panini dimunuir um pouquinho só o puritanismo já ficaria 10. Detesto o trabalho da JBC e detesto todas as vezes que ela agiu com puritanismo e preconceito com algumas obras (fruits basket, Tsubasa chronicles…). Pra não afirmar que ela nunca acertou, eu até curti a adaptação de Nana.

  4. Ah sim, nada contra os honoríficos. Só no caso de Sunadokei lembrado no texto, porque realmente deixou a leitura incômoda.

  5. Vejo que muitas pessoas se incomodam com o -kun, -chan e seus derivados. Eu particularmente não me importo com isso, até mesmo com relação as legendas em animes que alguns subs sempre insistem em fazer, mas entendo que muitos não gostam, e vejo que por isso muitos subs já deixaram de colocar o -kun e o -chan nas legendas, por que o pessoal reclama. É impossível agradar a todos, mas desde que o honoríficos, para min sejam irrelevantes, não me importo com sua ausência se com isto outras pessoas agradecem e tem o produto com qualidade, segundo elas, e volto novamente ao exemplo dos subs, se bem que com relação aos karaokes, que muitos reclamam, até hoje estão bem vivos.

    Se muitas pessoas se sentem incomodados com o honoríficos, isso de forma alguma é boa para o mercado, e já está mais que provado que o pessoal não gosta, o que custa tira-los?.

    Gosto de toda essa discussão pois isto certamente chegará nas mãos das editoras, não que isso revolva alguma coisa, já que mandamos milhares de emails reclamando e parabenizando, mas a impressão que tenho é que eles não dão a mínima para isso.

  6. Concordo com você, um meio-termo seria o ideal. E acho que a Panini é a que está mais próxima do ideal; reduzir apenas um pouco o puritanismo e ninguém iria sentir a diferença. Agora, quanto à JBC… Lembro bem que ler em Tsubasa Reservoir Chronicle a Sakura dizer “Senhor Shoran” me dava até dor na espinha. E as referências a Chaves são piores ainda.

    (A Mara é um monstro. Vejam só o que ela causou xD)

  7. Olha, eu não me incomodo com o uso dos honoríficos e gente, em muitos mangás eles se fazem MUITO importante. Há certo tipo de situações que você só vai conseguir entender e ter o certo dissernimento com os honoríficos. Ai tá, a editora diminui mas e ai se o mangá ainda tiver em publicação e em terminado capitulo, o uso do maldito honorífico se fazer necessário? A editora vai inclui-lo, desrepeitando o padrão que vinha faze? Vai adaptar a situação para que possa ser entendida corretamente? Bem, particularmente eu prefiro o uso deles. Mas se for pra tirar, que tire definitivamente do mangá em questão. O uso intensivo do “ken” éu acho bem chato, mas faz parte do sotaque de algumas regiões do Japão. Lembro que ouve o mesmo mimimi quanto ao uso excessivo do sotaque/gírias gaúchas em Zucker, mas mas acho que tudo bem uma vez que o enredo se passava neste estado e tinha notinha de tradução logo abaixo.

    honoríficos não deveriam ser traduzidos. E a Jbc cai nesse erro. Tudo bem nã usa-lo, mas pra quê traduzir? Isso deixa uma discrepancia enorme no dialogo como o Dennys citou ali no finalzinho. O uso do c]”Cê” eu acho bem feio, por que não usar o “você”? Mas enfim, esse é o menor dos problemas dessa editora. A adaptação dela é horrivel, mas a tradução é okay. Pode ser o mangá que for, se não tiver um bom tratamento, por mais que eu amo tal série, prefiro não comprar.

    E por falar em tradução e adaptação, acho que poderia ser citado o caso da NewPop, que é bem elogiada, mas na questão de tradução, a polêmica rola solta.

  8. Parece que o problema é justamente querer definir um padrão ao qual se apegar. Isso é preguiça. Tudo indica que o mais adequado mesmo é usar o bom senso. Gíria regional vai fatalmente aparecer uma vez ou outra (eu acredito que, no Brasil, usar uma linguagem “neutra” e comum a todas as regiões é simplesmente impossível, não tem como); muitíssimo provavelmente alguma situação específica vai pedir o uso de um honorífico japonês; um tipo de situação surgirá em que possivelmente a nota de rodapé se mostre a melhor solução; e, por fim, pode até mesmo aparecer uma situação em que a tradução escrachada (estilo “colocar música do Chaves”) seja o mais conveniente a se fazer.

    Mas é claro que essas são todas situações específicas, e cada uma delas pode (ou não) se apresentar do modo como supus por N motivos. O problema é querer pegar cada coisa dessa e transformar em um padrão: sempre escrachar, ou sempre usar sufixo, ou sempre usar gíria regional, etc.

    Por isso o que vale, acho eu, é estar pronto para usar o que for necessário quando for necessário. Não tem jeito, tradução é uma coisa arbitrária. Erros acontecerão, fatalmente. Só não podem ser frequentes, quando forem graves. E os que forem mais frequentes, que não sejam realmente erros (crassos), mas sim decisões que, quando olhamos, apenas constatamos que não foi a mais adequada possível (mas também não foi a menos adequada possível).

    Foi um comentário confuso, eu sei! Estou meio sonolento agora e não consegui encadear as ideias direito, desculpem >.<

  9. Olha esse Denys se aproveitando da polêmica da Mara! :D

    Bem, minha opinião está nos comentários do 8k+, mas resumindo.
    Contra uso de honoríficos e fortemente a favor de uma adaptação inteligente.
    E também, obviamente, contra uso de gírias “piada interna” sem noção.

    1. @Aline Kachel
      Haha, nem é se aproveitar, cheguei até a comentar com a Mara de que iria fazer esse post. No fim o que importa é que a discussão aconteça e se propague o máximo possível!

      Eu nem vejo problemas nos honoríficos, como a @Roberta comentou, há casos em que o contexto só faz sentido com o uso deles e muito se perde com a sua retirada, mas deve-se manter um padrão dentro do mesmo manga, respeitando as suas necessidades como colocou o @Felipe Nasca

      Gyabbo!

  10. Denys, não estou dizendo que é ruim se aproveitar xD

    Bem, não sei qual o tipo de situações em que vocês estão pensando ao dizer que o uso de honoríficos é necessário, mas afirmo que no próprio japonês, em questão de respeito/formalidade, a forma de falar diz bem mais que os honoríficos em si. Claro que tem aquela situação de shoujo mangá, em que o interesse amoroso passa a chamar ela sem honorífico e ela fica felizinha, que é um saco de traduzir se você não estiver usando honoríficos. (sério, não importa quantas vezes se traduza esse tipo de situação, continua sendo difícil) Mas fora isso, não consigo imaginar situações em que eles se façam realmente necessários. E como tradutora, acho que o texto tem que ficar em bom português.

    Bem, parar por aqui. Acho melhor eu fazer um post aproveitando os mami… a polêmica também. :D

    1. @Aline Kachel || @Carlírio Neto

      Haha, não, não, apesar de parecer, aquelas pilhas não estão sustentando a prateleira de cima. Eu até fiquei com medo quando passei a maior parte das coleções pra lá, mas (por enquanto) está aguentando bem, espero não ter que acordar um dia com centenas de mangas na minha cabeça (a cama fica logo embaixo). Essa envergadura da prateleira já está assim tem uns anos, mesmo antes quando havia menos mangas nessa parte. Espero não estar errado em confiar!

      Gyabbo!

  11. Saudações

    Verdade. A questão levantada pela @Aline Kachel é muito importante.

    Denys, a situação está crítica para o seu armário. O que fazer com tal volume de mangás ali contidos?

    Momento descontração wins!!!

    Até mais!

  12. No material que eu tô traduzindo, eu primo por manter a idéia do autor pra cada personagem, cada cena. Em um deles, tive o aval e ajuda do próprio autor, via e-mail. Mas traduzo tudo, mantenho tratamentos, como excelência, majestade, etc, quando necessário, mas tiro todo o san e kun.

    Acho que tradução envolve mais que saber as duas línguas, envolve uma simbiose maior com o material que você está traduzindo e com o público que você quer atingir. Mas quanto a traduções, não podemos esquecer que uma das mais antigas traduções de livro, a Biblia, foi feito na maior parte, do Grego e não do aramaico e outros dialetos do original. Tanto é que tem diversos erros de tradução que os católicos consideram sagrado. Mais ou menos como Yuyu Hakusho no Brasil.

    Pra constar, vai sair pela Newpop, quando, o Junior que sabe.

    @XILFX

  13. Gosto de ambas o jeito que está, existe alguns caso estranhos, mas realmente não me incomodo com a maioria que pessoal colocou.
    Só acho que ultimamente estão colocando poucos comentário na própria página, explicando alguma coisa, lembro que adora isso no Samurai-X na época, e hoje vejo bem pouco, estão preferindo mais, colocar tudo em glossario no final.

    Abraços

  14. Mesmo o texto ficando poluído, eu sou a favor de alterá-lo apenas em casos extremos.
    E, para mim, ficar fazendo adaptações como a da zebra, em Fairy Tail, é o mesmo do que pegar um mangá e ver que escureceram um personagem apenas para deixar a coisa mais “abrasileirada”.

    Acho que todo o esforço do autor em escrever e desenhar a obra deveria deveria ser levado em conta na hora de mudar o texto, e se existirem coisas que podem ser mantidas, como os honoríficos, melhor.

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