Cat Shit One – Primeiras impressões

Olá a todos! Que quarta-feira mais calorenta! E pensar que daqui a algumas horas eu terei que andar 1 quilômetro até uma parada de ônibus pois hoje começa o meu curso de férias na universidade…mas o dever chama, né?

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Como eu havia dito no post anterior, os posts seguintes serão apenas os de primeiras impressões por que quero termina-los antes que fique irrelevante comentar sobre determinado anime. Sendo assim, hoje venho com uma grande surpresa; CAT SHIT ONE.

Cat Shit One é um ONA (Original Net Animation), logo, feito para ser lançado diretamente na internet, nesse caso em um canal do Youtube japonês. Baseado em duas séries de mangas seinen de Kobayashi Motofumi, Cat Shit One de 1998, três volumes e Cat Shit One 80 de 2008, ainda em publicação, mostra as ações de guerra com seus protagonistas Perkins “Packy” e Botasky “Bota”, ambos exímios militares. Se o manga originalmente contextualizava a história dentro da guerra do Vietnã, o anime se atualiza e dessa vez estamos em um ambiente que retoma ao Oriente Médio.

Claro, você pode pensar que estamos falando de uma série qualquer de guerra clichê, mas uma vista rápida pelos personagens vai fazer perceber que as coisas não são tão simples. O mais inusitado e que dá um charme maior para a série é o fato dela usar animais antropomorfizados, sendo os protagonistas e heróis representados por coelhos, enquanto os inimigos são camelos de turbante.

Aqui cabe uma reflexão rápida sobre o uso de mídias para moldar ideias. Todos sabem que desde o fim da Segunda Grande Guerra após o renascimento econômico e social do Japão, hoje sendo a segunda maior economia do mundo, o país está alinhado com os americanos, até por dependerem muito deles economicamente, não por menos ter sido um dos países mais atingidos na recente crise mundial após a crise interna americana.

Não é preciso ser nenhum gênio para perceber a ideia por trás de retratar os heróis militares em forma de coelhos, animais bonitos, rápidos, que atraem a afeição da maioria das pessoas, enquanto os terroristas do Oriente Médio são camelos rústicos, feios e, principalmente, que usam turbantes característicos do Islã.

Não acredito que isso mude em nada a diversão que se encontra em Cat Shit One, a não ser que você seja um esquerdista anti-americano. Mas é realmente preciso não ser alienado e reconhecer a forma usada pelos autores, tanto do anime quanto do manga, na hora de retratar os personagens.

Mas voltando à diversão pura e simples, nessas horas que a ignorância é uma benção. Cat Shit One chama atenção primeiramente pela animação incrível do estúdio Studio Anima, totalmente feita em computação gráfica. Os ambientes principalmente, são de deixar qualquer um impressionado, principalmente se pensarmos que é uma série voltada para a internet. Isso não tira em nada a qualidade técnica da série, rivalizando fácil com a animação em CG apresentada pelos grandes estúdios americanos.

Mas em nada adiantaria ter uma animação de primeira se a execução não fosse bem realizada. Nesse primeiro episódio temos a dupla de protagonistas em frente à uma base terrorista no meio de um deserto. Os terroristas estão com reféns recém capturados e Packy percebe que se demorarem mais tempo esperando por reforços não conseguirão resgatar nenhum dos reféns. Assim, Packy resolve invadir a base terrorista sozinho, tendo como ajuda apenas seu companheiro Bota e sua sniper. Não vou exagerar nos detalhes para não estragar a experiência de quem for assistir, mas o que vimos depois disso são sequências de guerras muito bem realizadas. O cuidado com a veracidade dessas cenas que o anime usou é tamanha para manter uma qualidade alta que foram capturados movimentos feitos por humanos, para reprodução mais fiel possível.

O resultado é simplesmente incrível.

Pode-se dizer que Cat Shit One é clichê. Certamente! O anime bebe diretamente dos filmes americanos de guerra dos anos 80, mas novamente, o que impressiona aqui não é o roteiro (que na verdade não foi apresentado realmente), mas sim a execução das ações. Apesar de ser uma série de 12 episódios, CSO poderia facilmente ter tido somente este episódio pois ele consegue se completar sem a necessidade de mais nada, o que só nos deixa mais intrigados em saber mais da história do Sargente Packy e do soldado Bota.

Sendo sincero, há um bom tempo eu não via um episódio que sozinho possuía tanta qualidade e diversão, principalmente diversão. Assim como nos filmes americanos como Rambo, a ideia aqui é você fechar a mente e abrir os olhos para se impressionar com as ótimas cenas de táticas e ações militares.

PS: Para quem passou boa parte da adolescência jogando Counter Strike, Cat Shit One será ainda mais divertido, o Packy só anda no Shift!!!

Olá a todos! Que quarta-feira mais calorenta! E pensar que […]

One thought on “Cat Shit One – Primeiras impressões”

  1. Na verdade a representação dos americanos como coelhos é um trocadilho. Coelho em japonês é usagi (USA GI) USA = Estados Unidos e GI = termo usado para descrever o exército americano (abreviação de Government Issue).

    No mangá cat shit one, que se passa no Vietnã, os vietnamitas são representados por gatos. Não acho que houve tanta malícia na escolha dos camelos para pessoas do oriente médio. Talvez, na visão do autor, foi apenas o que melhor encaixou.

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