Yojouhan Shinwa Taikei – Primeiras impressões

Olá a todos! Procurando fechar de vez todos os animes que ainda pretendo comentar dessa nova temporada venho com um post nesse final de sábado para possivelmente escrever um nesse domingo também. Essa semana foi muito movimentada para mim, não tive tempo para muita coisa, então terei de compensar no fim de semana, sem esquecer dos estudos, é claro! Hoje irei comentar sobre as primeiras impressões de Yojouhan Shinwa Taikei, ou como ficou conhecido em inglês, The Tatami Galaxy.

Falar de  Yojouhan Shinwa Taikei é no mínimo… peculiar! Por isso vou pedir licença e emprestar o trabalho da Panina Manina do Subete Animes e citar uma parte particularmente grande do seu post aqui para ilustrar melhor o anime.

“O Templo Shimogamo está localizado em uma area triangular cercada pelos rios Takano e Kamo. Embora haja montanhas de templos com linhagem nobre em Kyoto, o Templo Shimogamo é um dos principais entre aqueles que existiam desde antes do período Heian. Embora a quantidade de visitantes que vão lá durante todo o ano para receber correspondências e outros tipos de bênçãos dos deuses, poucos sabem da carrocinha de ramem que aparece nas vizinhanças a cada noite sem falta. Se chama Ramem do Gato. O boato diz que ele usa gatos de verdade para fazer o caldo, mas se isso é verdade ou não, não pode ser verificado. Entretanto o saber é incomparável. -Você é uma das pessoas do Shimogamo Yuusuisuou, correto? -De fato sou residente do Shimogamo Yuusuisuou. Sim, e…? -Eu também moro lá. -Shimogamo Yuusuisuou é uma pensão atrás da Estação Eizan Demachiyanagi, e aparenta ser exatamente a mesma como ela era desde que foi reconstruída depois de desaparecer durante a violência dos últimos dias do Shogunato Tokugawa. Se não fosse pela luz vazando pelas janelas, não seria diferente de ruínas, e quando eu a visitei durante o encontro de apresentação da universidade no início do curso, não é nenhuma maravilha que eu tenha pensado ter tropeçado e caído na cidade Kwoloon. Ah, é isso! Lembro de ter visto esse singular e curioso camarada um certo número de vezes. -Eu sou o Deus do Templo Shimogamo. Meu nome de respeito é Kamotaketsunuminokami. -K-Kamotake…? -Kamotaketsunuminokamo. Não me faça dizer duas vezes. -Mas a segunda vez foi diferente… -Você não sabe? Eu sei tudo sobre você. Os nomes dos seus pais, como você sempre era arremessado para o alto e fazia seu suor cheirar como um bebe, seu apelido durante o primário, o festival cultural do ginasial, seu passageiro primeiro amor durante o colegial, a primeira vez que assistiu um filme adulto, sua vida como ronin, e sua preguiça nos ociosos dias gastos depois de entrar para o colégio. -Só pode estar de sacanagem comigo! -Depois de sofrer uma desilusão amorosa no clube dos seus sonhos, incapaz de se abrir para as pessoas, antes de você começar a se meter no meio do caminho para o amor das pessoas. E porque você gastou esses dois anos em um tal estado de timidez? -É por causa do Ozu… -Eu aceito que você tenha tido sua alma de alguma forma poluída por influencia do Ozu. Mas isso não é tudo, não é? -Os últimos dois anos se atropelaram através do meu cérebro como bamboleantes lanternas de papel. -No bosque sagrado do Templo Shimogamo, de todos os locais, me delicado coração foi apossado por dolorosas memórias, e…. Ahhhh! Isso era o que eu queria gritar, mas eu me contive como um cavalheiro. N-Não é da sua conta. Não tem nada a ver com você. -Em breve será Kannazuki. Devo viajar para Izumo uma vez mais. Esse é nosso trabalho, sim, mas é bastante trabalho, e não paga nem a passagem de trem. -Nesses tempos, nós apenas jogamos as propostas de todos em uma caixa de madeira para “já inspecionado” com apenas um olhar por alto.  No entanto, como sou um homem sério, não posso evitar de pensar profundamente, coçando a cabeça pensando sobre qual casal seria deveria combinar melhor um com o outro, quase como uma agência de matrimônios. Ai de mim. Você não acha? -Não entendi picas.  -Quando o inverno chega nos reunimos em Izumo, e decidimos os relacionamentos entre homens e mulheres. Aqui está o nome de Akashi-san, aquela quem você conhece. E aqui está o seu e o nome Ozu. Você entende? -Entender o quê? -Você é mais estúpido do que eu pensei. Como um deus do matrimônio, estou preparando para casar essa mulher que você conhece, Akashi-san, com alguém. Em outras palavras, isso é entre você e Ozu-kun. Se desejar, venha ao meu quarto. Shimogamo Yuusuisou, quarto 210. -Esse estranho homem está dizendo que está tentando enlaçar Akashi-san seja com Ozu ou comigo.”

http://www.subeteanimes.com.br/2010/04/galaxia-de-tatami-yojouhan-shinwa.html

Todo esse longo parágrafo acontece antes mesmo da abertura do anime rodar e é feito de uma forma absurdamente rápida, até que uma hora você simplesmente desiste da inglória tarefa de tentar ler as legendas e começa apenas a pegar palavras-chaves e torcer para que as imagens na tela lhe ajudem nessa situação insana que você definitivamente não estava preparado!

Tentando resumir um pouco (se é que eu consegui entender), o anime é sobre um universitário que não é nomeado relembrando da sua jovem, mas trágica história até aquele momento. Na universidade não conseguiu fazer grandes amizades, não encontrou um clube realmente empolgante e muito menos conseguiu encontrar uma namorada. Apesar disso, um dia é confrontado por um suposto deus do matrimônio que irá juntar ele ou seu único amigo, Ozu (um cara muito estranho, com rosto de demônio) com a também universitária Akashi, da qual o protagonista é apaixonado, mas não consegue falar mais do que algumas abobrinhas quando o momento certo chega.

No post de primeiras impressões de Rainbow eu disse que havia outro anime que se encaixaria na categoria de “Não é para qualquer um”, bem, era justamente desse que eu me referia. Sério, leia o post da Panima no Subete animes, como ela afirma, um espectador normal não conseguiria aguentar os diálogos absurdamente rápidos e os traços minimalistas e exagerados ao mesmo tempo, além do ar meio retrô da animação que é contrasta com cenas de imagens reais e/ou CGI. Duvido que mais do que 50 pessoas no Brasil vejam esse anime até o final. Sério. Só lembrar das poucas pessoas que comentam sobre Kaiba (que eu mesmo não vi inteiro ainda, mas que se mostrou tão estranho quanto Yojouhan Shinwa Taikei, até por dividir o mesmo diretor e estúdio).

Yojouhan Shinwa Taikei é insano, é rápido, é absurdo, é (aparentemente) bom! Se você for uma pessoa mais ortodoxa, talvez não seja um anime para dar uma olhada, mas se tiver a mente aberta pode extrair algo muito bom desse anime que compõe o bloco noitanimA em conjunto com Saraiya Goyou, outro motivo para se ter expectativas bem altas.

O bloco em si já é um ponto positivo, mas ser uma aposta do conceituado estúdio Madhouse para ser usado no espaço mostra que dificilmente veremos algo de qualidade ruim, mas, novamente, isso depende muito do tipo de espectador que assisti-lo.

Para terminar de elogiar o anime (é, eu realmente gostei!), deixo para vocês a também diferente abertura, com a música tema “Maigoinu to Ame no Beat” do famoso grupo ASIAN KUNG-FU GENERATION.

Olá a todos! Procurando fechar de vez todos os animes […]

13 thoughts on “Yojouhan Shinwa Taikei – Primeiras impressões”

  1. Curiosamente apesar de achar que esse anime é bom pra caramba ainda não tive a mínima vontade de assistir. É mais ou menos o mesmo que aconteceu com Kaiba (como você próprio citou). E pior que não é tanto por ele ser diferente, já que gosto de séries assim (apesar do próprio RAINBOW eu ainda estar parado no episódio 1).

    É como sempre digo, é possível reconhecer uma grande obra só de olhar para ela e fazendo uma análise crítica, mas isso não significa dizer também que gosto de tudo que seja bom culturalmente falando. Também adoro assistir aquilo que não se enquadra nesse quesito, mas se encaixa no meu gosto pessoal.

  2. eu gostaria de ver esse anime, mas não vi nenhum fansub nacional lançando… e não tenho inglês fluente… mas eu ainda aguardo!
    belas impressões ^^

  3. “situação insana que você definitivamente não estava preparado!”

    Épico!
    Gostei da sua postagem.

    Primeiro:
    Lnisishima, conheço muito bem esse sentimento sobre Kaiba. Peguei logo que saiu e até hoje não tive vontade de assistir. Mas nesse caso é diferente, não é apenas estranho e cult, ele e instigante, me deixa curioso, quando o episódio acaba eu já estou cheio de vontade de assistir ao próximo para saber qual será a nova loucura imprevisível.

    Segundo:
    matgbs, eu estou traduzindo por minha conta, quem quiser eu passo a legenda. E quem quiser dar uma revisada no texto, tenho os closed captions.

    Voltando ao assunto Gyabbo, acabei de assistir ao segundo episódio e fui surpreendido de forma muito positiva. Além de parecer que os diálogos correm um décimo de segundo mais lento, joga toda a sinopse do primeiro episódio no lixo! É um reboot, mas ao mesmo tempo não é.

    Um verdadeiro MINDFUCK!

    “”Essa oportunidade está sempre balançando diante dos seus olhos.”

    Mistéeeeerio….

  4. Gostei muito da análise a este novo anime (acabei de fazer o mesmo no meu blog). Venho acompanhando o blog há algum tempo, gosto bastante de ler as primeiras impressões dos animes que vê. Vou passando por aqui, se não se importar!

  5. Eu gostei bastante desse anime e, também junto com o Saraiya Goyou, é um dos que estou mais gostando essa temporada.
    Me lembrou um pouco os animes do SHAFT, tipo o Bakemonogatari, que além de ter monólogos rápidos também experimentava com a animação (nesse sentido de colagens com imagens reais).
    Ah, @Panina Manina, o segundo episódio também é genial e fiquei bem aliviada por terem diminuído a quantidade da narração do Watashi (mas ainda é rápida, é um terror de ler). Só espero que não fiquem repetindo levemente os diálogos todos os episódios, pode ficar cansativo… Enfim, veremos.

  6. @Barbara
    Essa repetição de certos diálogos parece ser a chave do anime.

    Repare nos detalhes:
    A cigana que diz haver uma oportunidade bem diante dos olhos “dele”;
    “ele” dizendo que se tivesse escolhido outro clube sua vida universitária teria sido diferente, e o Ozu respondendo o que quer que escolhesse, “ele” terminaria “exatamente” no mesmo lugar;
    a cigana dizendo também que “ele” pode cometer o mesmo erro repetidas e indefinidas vezes;
    as promessas não cumpridas que “ele” faz para a Akashi;
    os sentidos ocultos das falas da Akashi.

    Consegue perceber um padrão?

  7. @Panina Manina
    Sim, sim, eu peguei todas as repetições e entendi que esses padrões vão se manter até ele perceber que precisa mudar de comportamento: dar o primeiro passo em relação a Akashi e cumprir sua promessa, e também parar de culpar o Ozu pela forma como ele age com os outros.
    Mas meu questionamento é se eles vão dar conta de repetir esses padrões todos os 9 episódios que faltam e não ficar cansativo ou cair no lugar-comum.
    Outra coisa que notei foi que pode ter uma diferença no que vemos e no que realmente aconteceu. A realidade do Watashi se sobrepõe várias vezes durante as cenas (tipo quando o diretor do clube de cinema – esqueci o nome dele – está bêbado na rua sendo levado por duas pessoas e o Watashi o vê carregado num trono). Podemos duvidar até mesmo se o Ozu tem essa aparência demoníaca ou se é só como o Watashi o percebe… Esse também é um ponto que gostei do anime.

  8. Nossa, o anime conseguiu ficar a cara do Yuusuke Nakamura. D:
    Ainda não vi um episódio inteiro, mas a história me parece bem interessante.

  9. muito legal esse anime parece ser espero que alguém legende ele logo e só pra constar além da abertura ser cantada pelo asian kung-fu generation se vc reparar nas capas dos cd’s da banda verá que os desenhos do anime foram feitos pala mesma pessoa

  10. Uma vez baixei pra ver esse anime mas infelizmente o cuidado do Fansub com a legenda não foi grande e estava repleto de erros de português. O negocio já é rapido, e não conseguir ler direito português é complicado. O jeito é ver em inglês mesmo :(

  11. assisti esse anime em velocidade reduzida com a ajuda do VLC Media Player, graças a isso consegui ler cada fala do narrador kkkkk é complicado mas entendi e o final é muito bom surpreendente e inesperado, ganhou nota 9

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