Números de vendas dos mangas no Brasil

Olá a todos! Estranho ver um post em uma sexta-feira, não? É, mas estava tendo umas reflexões e achei que seria interessante coloca-las aqui além de ter comentado no Twitter.

Vocês lembram da entrevista que eu e o J-Wave fizemos com o Mauricio de Sousa? Se não, dê logo uma lida aqui. A entrevista em si teve muitos pontos interessantes, gerou muitas visitas e muitos comentários, mas um dos seus pontos altos foi a afirmação do Mauricio de que a Turma da Mônica Jovem vendia mais que 10 vezes o que vende o manga de maior sucesso aqui no Brasil.

Bem, partindo do pressuposto que essa afirmação seja baseado nos números que o Mauricio tem acesso na editora onde publica, a Panini, poderíamos pensar (e eu acredito nisso por questões óbvias) que o manga mais vendido no Brasil seja Naruto e que ele venda 10 vezes menos que a Turma da Mônica. Ok.

Hoje, ao ler uma notícia no site Anime Pró, que por sua vez linkava para uma outra entrevista feita com o Mauricio de Sousa pelo Blog dos Quadrinhos, vi algo bem interessante:

Segundo Mauricio, os personagens adolescentes vendem de 300 a 400 mil exemplares por mês. Uma revista como “Mônica” ou “Cebolinha”, 200 mil cada uma.

http://blogdosquadrinhos.blog.uol.com.br/arch2010-02-01_2010-02-28.html#2010_02-12_10_56_50-135059040-25

Usando da matemática simples, se o manga mais vendido no Brasil vende 10 vezes menos que a Turma da Mônica Jovem e ela vende em média 350 mil exemplares por mês, teríamos o número de 35 mil exemplares para o manga mais vendido no Brasil, em média.

Claro que tudo isso é apenas um esforço de raciocínio e é difícil dizer de fato se o manga mais vendido tenha uma média de 35 mil exemplares vendidos mensalmente já que as editoras aqui no Brasil não liberam seus números por motivos misteriosos. Mas se o Mauricio estiver correto, esse cruzamento de informações nos permite fazer essa suposição.

O que vocês acham?

Olá a todos! Estranho ver um post em uma sexta-feira, […]

6 thoughts on “Números de vendas dos mangas no Brasil”

  1. Simples. O mercado de mangá encolheu – curiosamente quando o brasileiro teve aumento de poder aquisitivo. Acredito que isso seja fruto da escolha consciente das editoras de mirar para o fã que vai comprar de qualquer maneira ao invés de investir nos produtos que mais tem condição de atingir um público maior, mas também tem a ver com o tratamento dos animes na televisão aberta. Porque não adianta: sem televisão aberta, não rola.

    Mas eu me lembro que a Tec Toy LOCOU o horário da globo para exibir o anime zillion e vender sua pistolinha. Está na hora de, ao invés de se esperar que uma emissora queira o anime em sua grade, pensar em pagar para esse anime ser exibido e no horário que se quiser. Porque não é isso o que é um anime – uma propaganda de 26 minutos para uma franquia? Okay, mesmo que não venda mangás, pode vender produtos licenciáveis.

  2. Nem tinha visto esse post!

    35 mil pra um mangá no Brasil seria “muito” ou “pouco”?

    Digamos que isso seja os números de Naruto mesmo… quanto será que vende um Ouran por exemplo? E Fullmetal Alchemist?

    Acho estranho não liberarem essa informação, me lembro quando fiz minha monografia sobre produção editorial dos mangás, não tive nem como citar números direito…

  3. eh…vejo que a industria de mangas e animes so tende a falir internacionalmente,agora no Japao,ira durar mais algum tempo antes de ir embora tbm…a nao ser que alguem faça algo pra impedir tal coisa,e espero que sim!

    os animes e mangas sao visto com maus olhos nao so aqui no brasil mas tbm em outros paises,sem contar a pirataria! a falencia da industria de animes e quase que inevitavel…

    1. O destino de TUDO é ser vendido através da internet, e para produtores lucrarem, precisam de muito MAS MUITO MESMO software de proteção a pirataria.

  4. Fácil entender os motivos, simplesmente, quem gosta de Naruto quer ver o mais recente e este só vem através da internet, depois de ler o capitulo traduzido baixado, não há mais sentido em se comprar o livro nas bancas.
    Já turma da Monica sai quentinho das editoras direto para as bancas por ser produto NACIONAL, não é TÃO caro também por ser nacional, quem gosta, prefere comprar o original e ler na mão que é bem mais confortável que ler na tela do computador.

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