Enciclopédia Argama #01: Weeaboo

Ou você é weeaboo ou é baka.

._. Konnichiwa, minna-san!

Claro que todo otaku sugoi ou otome kawaii sabe que o Dai Nippon é bem melhor que o Burajiru, afinal lá passa anime na TV aberta, inclusive no horário da novela. Além de ser o país do Melona e do Mupy. ^~^

Na Enciclopédia Argama iremos tratar sobre os principais temos utilizados pelo fandom – ops, pelo grupo de pessoas que curte [e muito!] anime, a ponto de se juntarem na rede mundial de computadores para falar sobre o assunto – e que nem sempre são de conhecimento geral; ou pelo menos, cuja definição acaba sendo passada de forma não muito precisa. E quer maneira melhor de começar esta seção que falando da tchurminha muito louca que vai de pantufa e touca do Mokona da Liberdade ou Anime Friends?

Lá no começo dos anos 1990, antes mesmo d’Os Cavaleiros do Zodíaco popularizarem de vez os desenhos japoneses por essas bandas, AKIRA havia feito de forma definitiva isto na América do Norte. Sim, já na época do clássico OVA Otaku no Video já haviam algumas pessoas bem dedicadas ao hobby do japanimation nos Estados Unidos e afins. Sim, Japan animation [animação japonesa], antes do termo japonês de origem francesa anime ser incorporado também ao vocabulário do ocidental.

E já naquela época existiam os brancos que queriam ser japoneses – e sim, a grande porta de entrada para o fabuloso mundo da Grande Nação Japonesa são os quadrinhos e a animação local. Os na época wapanese [white/branco + japanese/japonês] já externavam a admiração por uma cultura que não é a sua – característica nada exclusiva de quem curte o Japão. Afinal, quantos de nós não viramos a cara para o Brasil em prol dos Estados Unidos [e outros fizeram o mesmo no passado para a França ou Inglaterra]?

Isso, combinado com o fato de anime ser basicamente entretenimento e cultura pop focada essencialmente em adolescentes e jovens adultos [claro, há pessoas com mais de vinte e cinco anos que leem este blog, mas acabam sendo exceção] acaba levando a certas reações mais intensas e também mais típicas da faixa etária que acabam formando a base do que muitos chamam por aqui de otakinho.

O que interessa no otakinho para este artigo não é o fato dele forrar sua mochila com buttons relacionados a sua paixão ou qualquer característica associada que venha do fato da maioria ser parte do lado antissocial da vida e sim sua adoração pela cultura japonesa – melhor, por uma impressão do que venha ser a cultura japonesa filtrada através de desenhos e quadrinhos.

E quando o boom internacional do anime aconteceu e um termo com palavra branco acabou ficando mais incômodo que adequado, veio por volta de 2005 do 4chan, da forma mais aleatória possível [através de um filtro da moderação que transformava a primeira palavra na segunda], o termo sem nenhum significado a não ser a pessoa descrita nos três primeiros parágrafos e no geral apaixonada também, diversas vezes – e o Mupy é exemplo perfeito disto – de forma distorcida, pela comida, idioma, música e até mesmo padrão de beleza japoneses. Ou nem isso, como provam os fãs de KPop [sim, muitos começaram apreciando a cultura japonesa antes de descobrir as possibilidades existentes na península vizinha].

Poderíamos gastar o restante deste artigo criticando os weeaboo, mas quem aqui não foi – ou é – um? Ou vai dizer que o coração não aperta quando vê um personagem em um anime qualquer saboreando um delicioso Pocky?

Enciclopédia Argama #02: Normalfag

Ou você é weeaboo ou é baka. ._. Konnichiwa, minna-san! […]

6 thoughts on “Enciclopédia Argama #01: Weeaboo”

  1. Lembro-me que há alguns anos, fui com alguns colegas no centro de SP. Todos gostamos de mangá. Passamos na Liberdade, visitamos a Sogo, compramos algumas coisas e depois resolvemos ir na Galeria do Rock. Um de nossos amigos, no entanto, se recusou a entrar. A desculpa dele era “eu curto j-rock e anime songs, não isso aí”. É mole? E o problema é que, com absoluta certeza, ele gosta de vários tipos de músicas, mas se força a limitar-se ao estilo japonês.

    Reconheço que já tive minha fase otaku, mas isso passou. A paixão pela cultura japonesa permaneceu, mas os “nani’s” e “kawaii desu ne’s” ficaram pra trás. O problema é que certas pessoas que consideram isso como traição a uma cultura.

  2. Claro que todo o fã de anime/manga é um pouco weaboo no fundo. Eu mesmo fico morrendo de vontade de comer udon, sukiyaki etc… quando vejo em um anime.
    Adoro os matsuris que ele tem por lá. Fico invejando a Yuuko que pode tomar sake enquanto observa a lua.

    Mas acho que o grande problema é quando a pessoa não consegue dissociar isto da sua vida real. Estou morando na Argentina agora e a quantidade de weaboo que tem aqui é enorme, e o comportamento deles é bizarro. Como se não bastasse os buttons, as mochilas da NERV, os headphones gigantes tocando j-pop, os cabelos coloridos e a cara de cu; todos se comportam como pré-adolescentes entrando na puberdade sendo que já estão passando da maioridade.

    Aí o que acontece quando eu falo pra alguém que eu gosto de anime? Acham que eu sou parte desse ‘movimento freak’ (eles se denominam freaks espontaneamente). Que sou uma pessoa anormal, sem vida social, infantilizada… e ainda, não sem um olhar de perplexidade na cara, me dizem: ‘mas você não parece, nunca diria que você gosta desses desenhos’.

    Ou seja, os weaboos na prática desmoralizam completamente todos fãs de anime que depois tem que carregar este monte de estereótipos e ser vistos como pessoas pouco sérias.

  3. Resumindo: Weeaboo = “Otakinho” que quer ser japa …
    Sinto pena desse tipo de pessoa, é o pior tipo de fan.
    ~flw

  4. Tenso eh que aqui em Taiwan passsa mesmo anime em horario de novela Em certos canais lol
    Soh nao tem Mupy.

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