Primeiro Episódio: Muv-Luv Alternative, Total Eclipse

Peitudas em robôs gigantes contra Seres de origem Extra Terrestre que são o Adversário da raça humana. E não, não tem nada a ver com Infinite Stratos.

Muv-Luv tem uma trajetória rumo ao sucesso – e finalmente, quase dez anos depois do original, a seu primeiro anime – complicadíssima e comparável a de Nanoha. Do eroge da produtora âge, dividido em dois partes e no qual o interessante está naquela que envolve os robôs e os extraterrestres [chamada Unlimited] até a sequência de 2006, Alternative, considerada pelos leitores do Visual Novel DataBase o melhor jogo do tipo da história [a frente de nomes como CLANNAD e Steins;Gate], a tendência foi focar cada vez na construção de um mundo completo e sólido, com muitos toques de sci-fi como diferencial.

E nas Light Novel de Alternative chamadas Total Eclipse, publicadas entre 2007 e 2009 em quatro volumes, este processo continua, o que se reflete em um Primeiro Episódio neste anime de prováveis 2-cour carregadíssimo de informação e preocupado em jogar literalmente uma tonelada de informação na cara do espectador para que possamos em somente vinte e três minutos de duração chegarmos ao ponto em que realmente começa a série.

E assim neste Primeiro Episódio vemos, após dois minutos que nos contam que extraterrestres conhecidos como BETA, inicialmente descobertos em 1967 pela humanidade e que já em 1973 invadiram a Terra, a vida escolar de Yui Takamura – claro que nesta história apoiado no monomito [ou Jornada do Heroi] temos apenas um gostinho do mundo comum no qual a protagonista vivia e que será lindamente destruído até o fim do Segundo Episódio – e claro, somos convencidos que só resta a nossa protagonista iniciar sua aventura neste mundo – e aqui temos a diferença entre Muv-Luv e IS – repleto de perigos.

O problema é até aqui fica claro como o tempo reservado ao episódio é simplesmente curto demais para passar mais do que uma sensação de algo incompleto. A necessidade de mostrar dicas sobre o mundo que provavelmente serão úteis mais a frente é tanta que em uma cena enquanto a protagonista está pensando algo, o que o diretor está falando acaba também sendo informação igualmente valiosa.

Resultado: a história [nada demais, cheia de drama barato e simplesmente complementar para o que realmente interessante] não é ruim e mesmo a direção não comete nenhum erro grave, mas mesmo assim fica muito difícil falar que é algo até mesmo acima da média – e não é. Temos aqui somente um episódio necessário que mostra mais o potencial reservado para o futuro – e isso se realmente tivermos meio ano para trabalhar algo – que um episódio de fato redondo e concreto para até mesmo convencer alguém desprevenido a assistir a série.

Total Eclipse é mais para o fã médio de animes [e que não lê blogs de anime] que para o leitor médio daqui, mais interessado no anime-arte em focar em um 1997 fictício aonde a mistura de colegiais sendo colegiais e ao mesmo tempo combatendo ETs em um mundo criado de forma redonda é praticamente o resumo dos motivos do porquê você deveria gostar disso; ação, peitudas e terminologia com doses de drama e possivelmente romance? Ninguém disse que vai ser o anime do ano, mas temos sim algo que pode crescer e tornar-se um belo de um anime a ser assistido com pipoca e guaraná.

O traço com feeling de 2005 parece ser intencional nesta produção acima da média do estúdios de animação ixtl e Satelight, mas a falta de excelência nos altos faz com que os baixos incomodem – e sim, fica cada mais difícil aceitar desenhos simplesmente mal-feitos em cenas nas quais não há qualquer evento. Além disso, robôs em 3DCG sempre são um pesadelo para qualquer amante da animação japonesa – e infelizmente o mesmo estúdio dos excelentes Macross F e Aquarion EVOL é obrigado pela falta de dinheiro [e Shouji Kawamori] a simplesmente voltar atrás alguns anos nesta arte. Música? Genérica, simplesmente funciona – vale a menção da volta da Koda Kumi a cantar um tema de anime após tanto tempo.

O Bom: Bela construção de mundo; enredo promissor; feeling bacana.
O Ruim: Personagens sem personalidade; traço datado; Primeiro Episódio corrido.
O Engrish: Beings of the Extra Terrestrial origin which is Adversary of human race.

Peitudas em robôs gigantes contra Seres de origem Extra Terrestre […]

2 thoughts on “Primeiro Episódio: Muv-Luv Alternative, Total Eclipse”

  1. Um fato interessante: o começo foi filler. O original é spin off, e pra entender você já teria que ter conhecimento prévio do universo de Muv Luv. Pra não deixar ninguém boiando, resolveram criar esse filler, que deve acabar no terceiro episódio aparentemente (pra alegria dos haters de animes escolares, o protagonistas já vão estar adultos depois disso).

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