Fate/zero 22: Todo O Mal No Mundo

Fate/zero 21: Cavaleiro em Duas Rodas

Última parada para respirar porque as próximas quatro semanas serão tensas.

E o evento que acabou sendo o mais significativo deste feeling que o vigésimo-segundo episódio de Fate/zero fornece foi justamente o algo inesperado contato entre Waver e seus “avós” japoneses.

Claro que Fate/zero se caracteriza, até no jeito em que é apresentada [no que costumamos chamar de parte técnica], de uma maneira distante, como se houvesse uma barreira invisível entre os atores presentes ali e o espectador – mas isto não chega a ser um verdadeiro empecilho para podermos apreciar os momentos em que Waver finalmente atinge seu clímax como personagem.

Sim, porque suas últimas palavras ao lado de seu avô deram todo aquele toque – talvez inspirado em alguma passagem de Superman, o grande heroi que parte de sua cidade natal e pequena para viver perigosamente a aventura da vida – especial de que sim, durante a curta estadia no Japão do personagem [afinal toda a série é ambientada no curto espaço de duas semanas] este conseguiu evoluir de um jovem ambicioso e interessado principalmente em ser reconhecido para alguém que saiba dar valor a verdadeira amizade.

E o alvo desta profunda amizade – que, claro, como boa obra ficcional moderna focada no fandom hardcore, acaba assumindo também a conotação de bromance [mistura de romance com aquele sentimento de amigos-irmãos] – é Rider. E é na despedida deste, quando Waver deseja toda a sorte do mundo para aquele que é mais que um Servo, e sim um Amigo, de uma maneira totalmente especial que Rider toma a atitude de sim, completar a transformação lenta e divertida que ocorreu ao longo de diálogos deliciosos que permearam todos esses episódios. Assim, os dois amigos partem, rumo ao campo de batalha que os espera.

E este foi armado por ele, o chefe final de tudo isto, Kirei Kotomine. Seu sequestro de Irisviel, ocorrido alguns episódios atrás, acaba desembocando em duas consequências óbvias: a primeira, simbólica mas que é um ponto necessário para o avanço do roteiro, é simplesmente emitir o sinal de que a Guerra pelo Cálice Sagrado chegou a seu fim. E é no antigo esconderijo de Caster que este estará esperando a todos para a batalha final.

Enquanto isso ele tortura Irisviel para saber afinal qual é o objetivo do único homem que o perturba, Kiritsugu Emiya. E claro, a outra pessoa nobre e pura que ainda resta neste terreno de cobras criadas dá a resposta do orgulho, em certo viés da inocência: Kiritsugu quer que simplesmente todos os confiltos do mundo, que durante sua vida tanto lhe causaram mal, acabem de uma vez – mesmo que para isto ele tenha que cometer – como já tivemos amplas provas durante a série – as maiores barbaridades para isto.

E isto incomoda Kirei – como diabos alguém tão similar a este pode ser bom, ter um desejo que seja puro sacríficio pessoal? E a raiva, sempre contida neste que sem dúvida é o personagem mais cool da franquia Fate [sendo que a voz profunda de Jouji Nataka se encaixa perfeitamente ao personagem], transparece – e Irisviel é morta. Ou quase.

Antes de falar o que acontece com Irisviel é válido lembrar da pequena mas significativa porção do episódio aonde Kiritsugu aparece; totalmente só, há longas quarenta horas sem dormir e tendo ainda um fiapo de conversa com sua serva, Saber, que se resume a esta dizer com profunda frieza para usar um Selo de Comando caso precise – afinal, sua prioridade é achar a mulher deste. Sim, o fardo que este carrega está pesado nesta altura, e é assim, debilitado, que irá para a longa e decisiva batalha final – ao passo que Kirei, puro ódio, soa radiante.

Voltando a portadora [receptáculo, para usar um termo mais charmoso] do Cálice, Irisviel acaba se encontrando presa dentro de um terrível pesadelo que somente evoca o seu triste passado, algo que não quer passar de jeito nenhum para sua filha Ilyasviel – este é seu grande sonho, esta é talvez a ligação mais profunda presente entre Fate/zero e Fate/stay night, esta é a prova de como Gen Urobuchi tem um senso de sarcasmo apurado.

Claro que soou como Evangelion – e é muito difícil escapar desta sina, mas ficamos com um encerramento na medida deste que é ao que parece o último episódio de transição antes da verdadeira série de clímax virem. Não foi o melhor dos episódios – até porque o material aqui não é o que mais empolga ao público, mas soube entregar diversos pontos com maestria. E claro, pincelar outros de forma com que nenhum segundo aqui ficasse arrastado ou chato.

04:08:27

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3 thoughts on “Fate/zero 22: Todo O Mal No Mundo”

  1. Interessante o episódio, só que acabei não gostando da forma com que o Waver gastou os selos pra logo em seguida ter sido praticamente “em vão” hehehe. A parte final da Irisviel me lembrou bastante algumas passagens do Full Metal Alchemist, muito doido e essa calmaria já estava em tempo de terminar mesmo, quero ver o oco agora dos ultimos episódios :S

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