Fate/zero 19: Aonde Se Acha A Justiça

Fate/zero 18: Memórias Distantes

E ao contrário do esperado por este blogueiro, a saga do passado de nosso anti-heroi ganha um segundo [e final] capítulo neste que foi o episódio mais inútil até aqui da série.

A intenção deste episódio é aprofundar o drama de Kiritsugu, e mostrar porque afinal este tornou-se o matador a sangue frio que vai longe, muito longe em prol de seus objetivos.

E, em uma continuação direta dos eventos do episódio anterior, vemos rapidamente o crescimento deste até tornar-se um jovem adulto, sempre ao lado de Natalia Kaminski, sua nova família. A assassina, também [obviamente] solitária como este, o pega para criar como filho – e o ensina na complicada arte de matar, em cenas como sempre bem-executadas pelo [sim, de novo] excelente diretor Ei Aoki, passando de forma rápida e eficaz a passagem de tempo que tivemos aqui.

Assim, logo nos vemos em uma missão – como sempre, mercenária – dos dois para matar o mago Odd Vorzak, que pretende criar um exército de mortos-vivos utlizando-se de abelhas especiais feitas com este fim. Mas, claro, isto acaba sendo um belo de um Deus Ex Machina para simplesmente mostrar o inevitável: o plano acaba não saindo como planejado e sim, por uma ironia do destino Natalia irá morrer – e isto será necessário para finalmente Kiritsugu ser a pessoa que é.

Claro que é impactante e aqui temos diálogo bem-feito como poderíamos esperar do TYPE-MOON, pomposo, artificial mas até algo tocante ao espectador; mais uma vez temos um episódio fechado, bem-amarrado e que sabe vender o seu ponto; Kiritsugu precisa andar exatamente em cima da linha de um profundo mal que faz em busca do bem superior [o que sim, será lidado pela série mais a frente]. O problema aqui é: importa o suficiente para dedicarmos mais um episódio a isso?

Ao deixar de esclarecer – ao menos até aqui – outras questões [igualmente inúteis para se compreender o básico da história, diga-se de passagem] como o envolvimento do mago com a família Einzbern para ressaltar o ponto de que este matou, por duas vezes, sua própria família devido a circunstâncias trágicas soa repetitivo à toa [principalmente em uma série com um universo rico quanto o de Fate] e sim, desnecessário.

Muito deste realce tem com a tentativa de fazer o espectador simpatizar com um personagem da estirpe de Kiritsugu [afinal este é nosso “heroi”] mas ao menos aqui este objetivo não foi alcançado. Afinal, este representa perfeitamente como Fate/zero é frio e cruel em sua elegância, a elegância que vai dos magos pomposos a la Tokiomi presentes na série até o estilo de arte adotado pelo ufotable que virou praticamente sinônimo de TYPE-MOON animado.

Assim, o choro deste ao final, ao lembrar de Natalia e de Shirley, simplesmente não convence. “Quebrou-se” o personagem para mostrar sua humanidade, mas revelou-se que a falta de carisma existe justamente por termos somente um personagem fodão especialista em matar fazendo pose e cara de mau.

Curto, mas é isso. Fate/zero 19 foi acima de tudo um episódio emocional feito para fazer você se importar com um personagem que, bem, não importa. Justificável o ponto de vista, a ideia até parece boa no papel mas na prática nem todo o glacê da técnica virtuosa presente aqui – como sempre – faz a mágica acontecer.

E bem, acabou – semana que vem volta Saber, volta Rider, volta Kirei e volta aquela série que todos nós aprendemos a amar. Sete episódios, aproximadamente mais três horas para o fim, e é agora que o bicho vai pegar.

Agora sim, dois dias para o fim, ou melhor: 47:42:07

Fate/zero 20: Retorno do Assassino

Fate/zero 18: Memórias Distantes E ao contrário do esperado por […]

9 thoughts on “Fate/zero 19: Aonde Se Acha A Justiça”

  1. Diferente do episódio passado esse me convenceu, pode até não ter uma grande função na história no momento mas acredito que ao fim terá pois já é de conhecimento de parte do publico o final, e mesmo sem ter tanto importância aparente foi bem agradável de se ver no meu caso nem percebi que se passaram vinte e poucos minutos. O que não gostei foi a cena onde Kiritsuguo cai em prantos não por ser um personagem frio calculista ir ao chão, mas sim pelo “exagero”, eu imagino que essa cena ficaria melhor mostrando o protagonista lutando contra os seus sentimento de forma mais recatada com direito a lagrimas e gritos mas poupando o telespectador de parte do show com o velho truque de levantar a câmera mostrando o céu e deixando gritos ao fundo logico que antes um close nas lagrimas do personagem.

    O que vale ressaltar também é a ausência da abertura e encerramento que teve se torna curriqueiro pois o tempo é algo valioso para a série e supondo isso foi uma decisão acertada de não investir tanto nesse elementos padrão.

  2. Bom, achei este episódio tão necessário quanto o passado, pois mostra parte da história do personagem principal, claro que talvez em um episódio desse pra passar essa história, mas mesmo assim achei importante ter esta segunda parte.

    Logo depois da Natalia estar presa na cabine do piloto já percebe-se que ela iria morrer, talvez colidindo o avião, mas depois de um certo tempo percebemos que é o próprio Kiritsugu que irá destruir o avião mesmo antes de mostrar aquele lança misseis em mãos.

    A parte do choro realmente foi exagerada, mas serviu pra mostrar que mesmo sendo o frio assassino que é, ainda existe “humanidade” lá no fundo, o que mais tarde se espelha no seu papel como “pai” de Emya Shirou no Fate Stay Night, algo que também foi necessário para o entendimento do personagem.

    1. Justo. Entendo, e até me surpreendi um pouco com a recepção positiva de muitos na internet ao episódio.

      Talvez tenha sido eu facilmente impressionável com o ritmo do episódio anterior e o ritmo bem mais lento desse. *me assustei com o post ter saído tão curto* | Enfim, semana que vem tudo volta ao normal.

  3. Particulamente eu gostei mto mais desse episodio q do anterior, achei mto raso o anterior, o anterior ficou mto auto explicativo na minha opinião

  4. Um ponto que eu quero resaltar, o momento que a Natalia fala: “Você está tentando ser um heroi?”.
    Durante toda o anime eu me perguntei, “como o Shiro achava que ele queria ser um heroi? Com essa fala eu entendi.

  5. Na obra original o Kiritsugu tem sido mais humano que no anime em várias ocasiões. E a mais chocante tem sido no episódio 3.
    Parece que nesse episódio eles seguiram o padrão da Novel, ainda que com aquele choro exagerado.

  6. Discordo, esse episódio é fundamental em termos de Fate pra demonstrar os contrastes entre os protagonistas do Zero e do Stay Night, sendo que ambos nasceram de tragédias pessoais fortes. Não é preciso simpatizar com o Kiritsugo, mas acima de entender como ele se relacionou com a família de sua esposa, é necessário compreender o porquê dele agir assim sempre parecendo ser insensível e implacável pra atingir os seus objetivos; Lembrando que o Kiritsugo é o conduíte para o Shirou, então dá pra entender o porque dele ser mais bem trabalhado e até mesmo pra reforçar os sentimentos e a memória ao rever o Archer Stay Night.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *