Fate/zero 17: O Oitavo Contrato

Fate/zero 16: O Fim da Honra

Kirei Kotomine pede uma pequena pausa para poder fazer e acontecer neste primeiro episódio de transição rumo ao arco final de Fate/zero.

Perto da sequência de clímaces que marcou os três Primeiro Episódio desta Segunda Temporada da série finalmente voltamos a um daqueles momentos calmos e pomposos que lembram muito a Primeira Temporada [e, no geral, o estilo TYPE-MOON de escrever] da série, no qual o ambiente notadamente escuro serve de extensão para a proposta de Nasu Kinoko e Gen Urobuchi para esta Quarta Guerra pelo Cálice Sagrado.

E quem acabou reagindo após todos os eventos citados acima foi o mais pomposo dos personagens da série, Tokiomi Tohsaka, que desde sempre mostrou-se o personagem mais preparado para levar o “caneco” para casa. Este convoca Einzbern [que leva de tiracolo Maiya e Saber] para poder fazer uma aliança sagrada entre as duas famílias tradicionais restantes no jogo [afinal, só Kirei sabe que Kariya ainda está vivo].

E a condição decisiva para estas poderem aliar-se contra Rider [afinal, é o intruso, o não-tradicional nos supostamente três servos que ainda restam aqui] é que o protegido, o assistente de Tohsaka abandone de uma vez por todas a Guerra. E este, servo acima de tudo da Tradição, acaba cumprindo de bom grado essa reivindicação.

Assim, enquanto Saber dirige alegremente sua recém-adquirida moto [presente, claro, do ausente Kiritsugu – que parece querer compensar com bens materiais sua ausência e falta de escrúpulos] Maiya trava uma conversa no Porsche com Irisviel, a homúnculo que tem seu tempo de vida desde o início limitado; e sem a ajuda da bainha mágica da espada de Saber [item restaurador por natureza] por perto, logo fica fraca como se antecipando o sofrimento certo que virá.

E aqui acaba tendo uma verdadeira conversa de despedida com a ajudante e amante de seu marido; sim, ela irá morrer pelo sonho ainda não revelado de Kiritsugu, o sonho que irá salvar todo o mundo custe o que custar.

Algo arrastado, mas é sim um build-up necessário, assim como a conversa entre Tokiomi e Rin; sabendo que está chegando a um estado cada vez mais perigoso da Guerra, acaba entregando um livro de magias a Rin, afinal pode ser a última vez que os dois se veem. Triste é ver a falta de afeto [que faz parte do personagem] com sua alegre e sorridente filha.

Agora quem também tem não um sonho, mas um desejo que pelo bem do roteiro é intencionalmente [e descaradamente] escondido acabou tendo um desenvolvimento algo forçado [mesmo que as dicas tenham sido dadas desde há muito tempo] foi mesmo Kirei.

Primeiro este tem mais uma daquelas conversas com Gilgamesh, aonde finalmente formam a aliança sagrada que podemos caracterizar como o grande vilão da série; claro, ninguém é bonzinho, mas sem dúvida são estes dois personagens que são o alvo do ódio do grande público.

E o interesse mútuo, que já parecia natural, é finalmente selado após a morte de Risei no episódio anterior; Kirei, agora um Mestre, o detentor do Oitavo Contrato mencionado no título do episódio, revela ao Archer mais uma regra deste complicado jogo: ao final da Guerra o Mestre vencedor deve usar a energia de todos os sete Servos para atingir o seu objetivo. Sim, todos os Sete.

Tudo agora ficará mais interessante com Kirei e Gilgamesh sendo a mais nova dupla dinâmica do pedaço nesta nova fase do anime; mas se aqui começa uma nova fase, é preciso eliminar a velha, não? E assim a graduação de Kirei pelas mãos de Tokiomi, que pensa estar finalmente mandando seu discípulo para longe, acaba tendo todo um significado especial.

Porque sim, a graduação de Kirei é a morte de Tokiomi por suas mãos sujas de sangue, utilizando-se da própria faca presenteada pelo morto. Cruel, absolutamente frio, e um tanto de imoral: tanto podemos encaixar nesta definição Kirei Kotomine quanto a série na qual ele está presente como um todo.

Muita sinopse para pouca opinião, não? Então, o episódio acabou tendo o arranjo de emoções de seu personagem principal, sendo neste ponto lindamente executado e simplesmente arrancando uma risada histérica [ou um sorriso safado] da parcela mais sádica de quem assiste Fate/zero já esperando que este moa sua carne de forma limpa, precisa e ao mesmo tempo glamourosa.

Mas se formos pensar bem, acabou sendo um elo algo fraco aonde explicações demais tiveram que ser dadas em um ritmo que sim, foi legal e até passou rápido [principalmente para este tipo de episódio] mas sem dúvida limitou-se a ser bom e não orgástico como estava virando costume. Aceitável, claro, mas poderia ter sido melhor.

Além disso, serviu para economizar uns trocos – já que aqui entramos no modo Conversa de forma alucinada; mesmo a trilha acabou reservando-se a papel complementar.


Vale notar que o preview do próximo episódio deixa os tesouros de lado para mostrar uma ilha; hora do flashback, do sonho de Kiritsugu brilhar…

47:42:07

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4 thoughts on “Fate/zero 17: O Oitavo Contrato”

  1. ei mano onde vc assiste o fate zero tao rapido? ontem procurei pra baixar e só tinha em ingles, to com a de legenda em ingles mesmo aqui mas ainda não vi.

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