Ano Natsu de Matteru #12: Drama

Ano Natsu de Matteru #11: Hora da Aventura

Mesmo Ano Natsu de Matteru sendo uma obra terrivelmente óbvia, consegue dar um olé nas previsões deste blog sobre os rumos desta; assim, aquele drama manipulativo que era esperado desde o Primeiro Episódio finalmente aparece. Mas antes, hora de falar como diabos terminou a aventura do episódio anterior.

Bem, antes de falar especificamente sobre Kaito e Ichika, a série preocupa-se também em pincelar um pouco sobre os outros personagens; infelizmente, o triângulo amoroso formado por Kanna, Mio e Tetsurou é simplesmente resolvido da forma mais covarde possível.

A série até se esforçou um pouco para aproximar os dois últimos, o que culminou com o convite de Tetsurou a Mio para assistir a um filme no fim de semana; porém, no primeiro epílogo o status quo anterior simplesmente retorna [mesmo que parcialmente] e os três juntam-se [em uniformes de inverno, como manda a tradição japonesa – aspecto que pode ser observado em diversos animes, de Lucky Star a To Aru Majutsu no Index] a Kaito para ser novamente aquele grupo padrão de amiguinhos colegiais.

Já a solução adotada para a Lemon é – veja só! – sem dúvidas o melhor do episódio. Após tantas dicas plantadas – como piada recorrente – nos episódios anteriores sobre a [supostamente fictícia] organização Men in Black [Homens de Preto, óbvia referência a série de quadrinhos e depois filmes baseada nas lendas sobre a ligação de extraterrestres com os tais “homens de preto”], ela realmente existe!

E assim nossa misteriosa lolita em seus eternos dezessete anos é – assim como o marido da irmã de Tetsurou, membro da organização que é uma ponte entre os extraterrestres e este distante e inóspito planeta tão familiar a nós. Mais uma ponta magnificamente amarrada.

A prova maior de que o problema de Ano Natsu está longe de ser um roteiro/direção que se perde em saber seus objetivos está na própria imagem do título, que remete a longa jornada final que realmente testará o amor dos dois protagonistas.

Mas antes de entrarmos no epílogo, hora do clímax: após todos, até Rinon, se afastarem [com a desculpa, claro, da perseguição promovida pelos robôs-sentinelas], finalmente os dois pombinhos chegam no lugar prometido, aonde descobrem que há muito tempo atrás aconteceu uma situação semelhante a deles.

Porém o mundo é cruel e a árvore a qual marcava o desejo da precursora de Ichika para que o amor que vivera na Terra nunca fosse esquecido simplesmente desapareceu; e assim Ano Natsu de Matteru termina como um verdadeiro tearjacker, buscando arrancar as lágrimas dos espectadores com o drama final no qual a simpática extraterrestre acaba sendo “resgatada” por um sentinela para o desespero dela – e de seu amor.

“Sempre estarei esperando…”

O anime acabou, mas temos dez minutos de epílogo que servem para – além de revelar o passado de Lemon – mostrar como Kaito foi impactado por tudo que aconteceu.

Como previsto, sua irmã volta [da Bolívia!] trazendo inclusive um poncho a tiracolo; Lemon se transfere; e a vida volta a ser pacata, chata, sem Ichika – e é assim justamente porque no verão que finalmente acabou nosso protagonista descobriu o amor.

Mas ele seguirá em frente. Todos seguirão em frente. E o anime tem que apresentar isso da forma mais manipulativa possível, com o filme – sim, aquele filme – sendo escancarado como plot device [música de abertura inclusa] na medida para fazer o espectador nostalgiar prematuramente este anime que termina com o protagonista dizendo, ao som desta,

minha câmera continuará rodando.

Muitos anos depois.

Um segundo epílogo.

Ano Natsu de Matteru agora é simplesmente história, um filme caseiro de um velho aluno. Uma memória para ficar no coração do seu espectador. Ao menos é assim que os realizadores da série querem que esta seja marcada no coração do espectador enquanto jogam, discretamente, a última peça deste quebra-cabeças na cara do espectador. E só pegar a imagem abaixo e comparar com a inicial e- FIM.

Sem dúvida, o melhor ficou para o final e tivemos um episódio que fez alguns chorarem. Bem-executado – como [há algumas exceções] a série como um todo – fez com que mais vinte e quatro minutos passassem de forma fácil para a grande maioria dos que assistiram até o final. Mas porque diabos isto não emocionou aos demais como deveria?

Junte aqui os fragmentos do caos e aguarde em breve a análise consolidada sobre mais esse anime que poderia ser mais uma grande comédia romântica adolescente mas pecou em ser simplesmente um amontoado de ideias que vendem executadas da forma mais sem sal possível.

Ano Natsu de Matteru

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4 thoughts on “Ano Natsu de Matteru #12: Drama”

  1. Ano Natsu não correspondeu as expectativas que tinha no inicio da estação mas nem por isso foi um anime ruim, e até considero o melhor final dos que assisti até agora [Guilty Crown e Another, esse ultimo ainda há o OVA que de certa forma acho que vá influenciar minha opinião sobre o final]. Final este que chegou a ater sua surpresa nem tão surpreendente que chegou a dividir minha opinião sobre se seria melhor tratar o “mistério” envolvendo Remon ao longo da história e assim acrescentando mais uma elemento a uma história simples ou ter deixado mesmo para o final e acabar dando toque diferenciado em seu termino, mas não importa mais, não tem como saber se seria encaixa da forma que se deve sem cair no clichê.

    Um ponto que achei incoerente foi a chegada da Ichika na terra porque se não me perdi no meio desse episódio ou do outro a terra levaria seculos para conseguir viajar para o espaço e isso acabou desencadeando a corrida em buscar do lugar onde se encontra as memorias gravadas que acabaram não servido de nada no fim exceto pelo drama criado, por isso a volta de Ichika torna esse fator desnecessário e acaba tirando o significa do evento, isso claro se eu não tiver me perdido entre um acontecimento e outro.

    Goste dos últimos minutos principalmente das falas do protagonista que se encaixaram bem com a ideia do filme que acabou ganhando mais força no final. De inicio achei que esse filme fosse o grande ponto do anime mas logo no sexto ou sétimo episódio a ideia acabou se diluindo no meio de outras e só nessa reta final ganhou seu lugar ao lado do sol.

  2. resumindo, Ano Natsu acaba sendo um anime Agradável de assistir, bem executado…. mas que nunca soube se queria ser mais engraçado, mais slice of life ou mais romance/drama… ao final acabou sendo uma mistura boa de ver, mas longe de ter o destaque que muitos imaginavam

  3. Na minha opinião Ano Natsu foi o melhor anime da temporada, talvez porque eu não goste tanto de mistério que seria o Another.È uma história muito agradável , sem coisas muito absurdas e de fácil entendimento.Ri muito quando vi o MIB lá ^^.
    Só corrigindo uma coisa a Lemon não é uma LOLITA e sim uma LOLIKA tem uma diferença enorme procure no Google pra saber.

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