Ano Natsu de Matteru #07-#08: Desculpa…

Ano Natsu de Matteru #06: Praia! e Nostalgia

Desculpa por desde o artigo sobre as Apostas para Janeiro/2012 ter hypado tanto esta série. Desculpa por ter me iludido que teríamos aqui a verdadeira salvação para uma temporada no geral medíocre. E Ichika, você está desculpada por estar nesta série que é boa, mas em que sem dúvida falta… algo.

Dois-em-um, papo reto e rápido sobre o que aconteceu em Ano Natsu de Matteru nestes últimos dois episódios. Novamente, o drama e romance que são a base da série foram desenvolvidos da forma lenta e gradual a qual a história se propôs – porém o que anteriormente era somente impressão agora ganha contornos de certeza: os pontos realmente importantes da história, principalmente o romance e paralelamente qual é afinal o objetivo da visita de Ichika a Terra [sem contar qual é a de Lemon] são serão resolvidos plenamente no último momento do último episódio.

Claro que é vital manter o espectador com a expectativa sempre no alto, mas precisa mesmo apelar para esse tipo de recurso? Quando o resultado não é muito bem pensado o que acaba acontecendo é todo um longo build-up que desemboca em um final corrido. E mesmo com Ano Natsu de Matteru mantendo-se ao menos como um anime divertido, até aqui falta algo a mais para que seja lembrado mesmo no fim deste ano.

Talvez aqui não caiba o tom mais cruel dado pelo @Noots_ em seu bom artigo de análise de meio de temporada com todo um toque pessoal encampado no Subete Animes, mas vale ressaltar [de novo!] que sim, é a direção quem dá liga aqui.

Bem, ao menos foi resolvido o elo menos forte deste imenso polígono amoroso que é o tema da série. Mio afinal veio de uma família de nudistas, o que é uma bela solução para explicar o seu comportamento; e a confissão desta para Tetsurou é toda bonitinha, pena que ele, justo ele!, continua no episódio seguinte o mesmo garotinho indeciso de antes.

E aqui vale apontar uma característica desta série: se todos os personagens são claramente esteriótipos tratados de maneira razoavelmente boa, a vantagem é toda das garotas da série. Afinal, os protagonistas são praticamente seres do reino vegetal, quietos, introspectivos e praticamente com somente o mínimo de personalidade.

Talvez por estarmos acostumados com muitos e muitos personagens nesta situação ao longo de inúmeros animes ao longo dos anos consideremos normal esta atitude vinda de Kaito, mas a estranheza que ocorre quando isto vem é de Tetsurou assusta um pouco. Ao menos as garotas aqui são ao menos legais – mesmo a Mio e seu medo proporcional ao tamanho de suas curvas.

Já o [pseudo] triângulo amoroso que envolve Kaito, Kanna e Ichika passa dois episódios literalmente em ritmo de construção de ninho por um joão-de-barro.

Todo aquele clímax do arco de Okinawa, o qual serviu principalmente para dar uma enrolada básica na história com um episódio da praia que paradoxalmente mostrou muito pouco da praia, simplesmente aproximou só mais um pouquinho o casal principal. Repetindo, é lerdo [as imagens calientes enganam um pouco e o status quo é retomado em parte no oitavo episódio e não soa natural principalmente por haver todo um senso de amor a primeira vista que aqui não faz muito sentido, não consegue romper plenamente a suspensão de descrença.

A série quer ao mesmo tempo mostrar um casal lentamente evoluindo de amigos para namorados ao mesmo tempo que embute certa tensão sexual ao fazer o protagonista e a garota que veio [literalmente] do espaço morarem sobre o mesmo teto. O resultado final é que tudo acaba muito, muito travado.

Mas no final de mais um evento, o desta vez mais divertido [e típico] natsumatsuri [festival de verão] – com direito a um teste de coragem – Deus finalmente resolver descer e trazer a máquina consigo.

Enquanto Kanna [pobre Kanna!] fica de novo chupando o dedo, é para Ichika que Kaito corre após esta, sozinha, largada por Lemon, gritar quando afinal chega mais um representante de seu planeta. E após uma bem-feita cena de ação para esta série, o episódio termina com afinal esta implicitamente assumindo que é afinal, não é deste planeta. E assim começa o terço final da série, aonde o drama agora vem – não tanto quanto o esperado por este alguns episódios atrás – com alguma intensidade.

Antes de finalizar este artigo, valem algumas palavras sobre Lemon e o filme que lentamente está sendo executado pelos protagonistas do anime. Claro que a esta altura do campeonato já temos como certo de que este é claramente somente um plot point, um elemento que faz a história girar, mas e a misteriosa loli de eternos dezessete anos?

Está claro que ela – e nem Kanna – terão, ao estilo de adaptações de Visual Novel, seu arco próprio para brilhar – mas por trás de sua misteriosa alma não existe realmente qualquer drama? Neste oitavo episódio é dado uma dica ao esta encontrar-se com a irmã de Tetsurou, a qual refere-se como sempai.

Daqui podemos retirar tanto que Lemon já está presente ali há um bom tempo quanto na verdade já está é a tempo demais no colégio. Ainda é um ser bastante misterioso, mas a teoria de que poderia ser outra alienígena parece estar cada vez menos possível, principalmente devido a imagem acima.

Enfim, oito episódios agradáveis, lentos e até aqui compõem uma série bacana mas facilmente esquecível. Chegou a hora da verdade para Ano Natsu de Matteru provar se tem algum valor – provavelmente não, mas ainda vale a torcida. Enquanto isso, fiquem semana que vem com uma análise do décimo episódio de Aquarion EVOL que é mais negócio.

#trollface para a última frase do parágrafo acima, mas será que alguém lê até aqui?

Ano Natsu de Matteru #09~#10: Resolução

Ano Natsu de Matteru #06: Praia! e Nostalgia Desculpa por […]

8 thoughts on “Ano Natsu de Matteru #07-#08: Desculpa…”

  1. Saudações

    Me lembro vagamente de ter endossado, pelo Twitter, Ano Natsu como sendo um anime que não cairia na graça da maioria das pessoas. Não apenas pelo seu feeling aguçado de Onegai Teacher (que tem se mostrado bem mais presente que o de Twins), como principalmente pelo escopo da obra que tenta resgatar uma fórmula que, para os padrões atuais, acaba não convencendo.

    Minha opinião apenas: o hype é válido. O anime é realmente muito bom (nada excelente, mas é muito bom) o suficiente para que o fator nostalgia venha à tona para mim. E o que eu mais temia, felizmente, não ocorreu na série até o presente momento. Isto se justifica pelo fator ecchi presente em Ano Natsu, que ainda não mostrou nem 50% (ou menos) do que Onegai Teacher ou Onegai Twins deixaram à mostra quando ocorreu as suas exibições.

    Meu receio era de que Ano Natsu caísse em tal “vislumbre” do fator ecchi o que, com muita felicidade, não ocorreu como poderia ter ocorrido (ao menos até o oitavo episódio). E tudo que se coloca como sendo “raso” ou “negativo” na série em questão, para mim, apenas evidencia o todo que se viu (em termos de enredo) nas séries Onegai tão citadas aqui em meu comentário, para mim, até que de forma muito positiva.

    Aguardarei o anime encerrar, com toda a tranquilidade do mundo.

    Até mais!

    1. Então o anime seria válido somente por evocar nostalgia mesmo que sendo apenas… bom? Não!, este tipo de argumento acaba sendo uma verdadeira caixa de Pandora para que a mediocridade impere na ficção.

      E IMO Ano Natsu nem erra por isso, erra pelos motivos citados no artigo acima; sendo que é menos erro, falha, ruindade que simplesmente falha em ser bom. É mais uma obra, “boa”, mais ou menos que será esquecida em menos de um ano. Infelizmente.

  2. Gostei do seu texto, realmente pode ser facilmente esquecida mas não acho que o anime seja facilmente jogado fora. Eu não sei como você consegue ver essas coisas, tem que ter um olhar refinado asuhaushuahsauhs acho que eu sou meio lesado pra perceber, mas quando falou algumas coisas eu realmente pensei “noooossaaa pode crê como é que eu não percebi isso O.o”. Efim belo texto mas não acho que a série seja dispensável.

  3. Ano Natsdu eh bem executado, bme feito, gosto dos personagens… mas no fim das contas [até agora] é simplesmente um bom anime agradável de assistir, e SÓ.

    claro que no meio de tanta fraqueza nesse cour, a série acaba valendo a pena, mas não dá pra superestimar o anime só pq o cour foi fraco.

  4. Devo ser uma das poucas pessoas que estão assistindo Ano Natsu sem esperar muito. Claro que ele não será lembrado (nem mesmo como o dramático, AnoHana).
    Esperava que o plano da Lemon desse certo..porque,bem, a Ichika surgiu por um motivo. O que sugere que ela não ficará por muito tempo (talvez, isso se resolva nos episódios finais). =T

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