#paniniday, Advogado do Diabo

Só em 2016...

ONE PIECE, DRAGON BALL, MONSTER E MUITO MAIS SERÃO RELANÇADOS EM TANKOHON PELA PANINI A PARTIR DE 2012! CHUPA JBC! CHUPA MARCELO DEL GRECO! TODOS SURTA!

Ué, mas não era o mesmo fandom que há pouco tempo estava reclamando dos preços, do material utilizado nas unidades físicas, enfim, da forma que se publica manga no Brasil? E que elogiou efusivamente a forma diferenciada com qual a L&PM Editores abordou no lançamento de sua linha de manga, até insinuando que este deveria ser o padrão para os demais. Sinceramente, muita torcida, muita gritaria e pouca análise racional sobre os anúncios da Panini [via JBox ou Chuva de Nanquim, escolha sua fonte].

Mesmo não tendo como negar que a estratégia anunciada para o relançamento de One Piece seja a mais correta possível [afinal, atrai tanto o fã que a Conrad deixou a ver navios há alguns anos quanto atrai a verdadeira massa de leitores que considera One Piece o único [ou um dos] manga que realmente vale meu dinheiro – se muitos compram Naruto, outros muitos comprarão OP], você já parou para pensar que com o volume 36 sendo publicado em Janeiro/2012, só teremos 49 meses depois, em Fevereiro/2016, o lançamento do derradeiro volume [60] da primeira fase do manga?

Algo similar acontece com o ótimo 20th Century Boys, que depende por imposição contratual do lançamento completo de Monster – portanto devemos demorar também alguns anos para ler o final da saga de Kenji e seus “amigos”. Até lá pode ser que nem este blog continue existindo, mas isso é outra história. Claro que faz parte, mas sempre é válido clarificar este ponto.

Mas o que realmente intriga nisto tudo é o relançamento de Dragon Ball – legal e bacana a republicação em tankohon, mas com a aceitável edição da Conrad atualmente disponível por aí qual o sentido de republicar que não seja em um formato diferente focado nos colecionadores, algo realmente de luxo, como os próprios kanzenbans [Edição Definitiva] que a própria Conrad publicou pela metade?

Pensa: temos One Piece para a atual geração nas bancas e Dragon Ball completo dos sebos à internet para eventuais curiosos, é mesmo preciso pegar justamente o caminho mais fácil?

Sim, os direitos podem custar muito caro [o que não é grande problema para uma subsidiária de uma multinacional que domina o mercado de quadrinhos no Brasil] – mas ao contrário da citada L&PM e sua igualmente meticulosa estratégia para abrir um novo mercado para os mangas no Brasil a Panini simplesmente aposta no que eu e você apostaríamos e queríamos que fosse publicado aqui.

Sinceramente? Postura de quem está satisfeito com o mercado atual, com o tamanho atual deste, porque afinal do jeito que está temos resultado; e é bem possível após toda essa comemoração [não lembram de Card Captor Sakura pela JBC?] próximos capítulos feitos de lamentações, inclusas dicas para comprar em algum Book Depository da vida – justo, afinal GTO, Black Jack e outros no Brasil?

E com os animes cada vez mais sumidos da telinha, acham mesmo que o sonho de um mercado brasileiro ao menos razoável e diversificado vai para a frente deste jeito? Se querem tanto assim, façam como os otakus japoneses e COMPREM. Principalmente Monster, beleza?

P.S.: No meio disso tudo, bacana o anúncio de Kuroshitsuji – fujoshis brasileiras, vocês estão quase lá!

P.P.S. [18/12/2011]: Parecem não ter ficado claro alguns pontos neste texto, portanto vamos abaixo abordar rapidamente alguns tópicos presentes neste:

1 – Um dos objetivos deste post é ser uma contraparte a reação de uma maioria que beirou o surto e simplesmente comemorou – e mais que comemorar, já decretou a jogada como sucesso e decretou a morte da editora concorrente. Claro que é válido fazer isso, mas também é válido apontar que nem tudo são flores quanto parece.

2 – O mercado tem que pensar é a longo prazo mesmo; qualquer empresa séria tem um plano de cinco anos ou mais com objetivos fixados e maneiras que acredita serem as corretas para atingi-los. Mas aqui pensamos como fã; já faz um tempo que o primeira fase de One Piece acabou no Japão, inclusive no tankohon e no anime – e teremos que esperar até 2016 para chegarmos a esse ponto? Estaremos aqui até essa data? De novo, leia o tópico 1, porque este é 2 é seu complemento.

3 – Tivemos a constatação acima para chegar ao que interessa: Dragon Ball. Claro que uma republicação em tankohon é melhor que nada; mas com tantas possibilidades existentes, tanto de uma republicação melhor da obra quanto de outras obras ocuparem seu lugar, porque fazer isso? Soa falta de plano, de vontade de crescer, de conformismo. Essa é a crítica, e não o que tratado acima.

Espero ter esclarecido alguns pontos, [qwerty].

ONE PIECE, DRAGON BALL, MONSTER E MUITO MAIS SERÃO RELANÇADOS […]

7 thoughts on “#paniniday, Advogado do Diabo”

  1. Esqueceu de citar aquele Maid sei lá oq, de uma autora yaoi, as fujoshis tão quase lá, tão quase lá de continuar chorando sem Yaoi, mas ok.

    Comprarei tudo, menos Maid e Kuro, DB talvez compre em eventos, 20th CB, OP e Monster são prioridades.

  2. A Panini tá nesse vai-não-vai com mangás de fanservice há séculos e até hoje nada, já perdi as esperanças. >:

    Mas quem lembra que Kuroshitsuji existe quando tem Monster?

  3. Concordo com em relação a DB, acho que ele já teve a sua passagem aqui no Brasil, se querem relançar o MÍNIMO que devem fazer é ter a qualidade da edição da Conrad.

    Mas One Piece, Monster e 20thCB acho uma ótima aquisição para o mercado mesmo, One Piece é aquele mangá pra atrair o público jovem e uma nova geração (como você falou) e Urasawa é perfeito não só pra agradar o nicho, mas também pra entregar à geração anterior algo mais adulto conquistar um publico. Tanto que o próprio anime de Monster é considerado a coisa mais Normalfag de “ain meu animu de adultu”.

    Tudo bem que vai demorar pra completarem as obras, mas o que a editora pode fazer com isso? Se One Piece é infinito e é preciso publicar Monster antes de 20thCB, a culpa não é da panini ué.

  4. Falou tudo, Judeu Ateu!
    A Panini acertou, e muito, anunciando a publicação de One Piece e Monster, vou comprar os dois com certeza (e vou comprar 20thCB, quando lançar, e Dragon Ball também, já que nunca li o mangá)!

  5. Apesar de ainda não ter publicado a resenha dos mangás da L&PM no meu blog, algo que “está lá” é minha quase-crítica ao padrão adotado pela editora.

    É verdade que especificamente para os títulos lançados pela L&PM a estrutura física dos mangás foi a mais adequada (estórias curtas e voltadas para um público mais seleto). Mas, se a referida editora buscar entrar na fatia mais “pop” do mercado de mangás, EU acredito que essa estratégia de venda possa não dar muito certo… pelo menos até os próximos 3~5 anos.

    Nosso público ainda não está preparado para “edições de colecionadores” que saiam com a mesma frequência dos mangás como conhecemos hoje. Posso citar meu próprio caso, embora haja algumas particularidades que não se aplicam ao todo. Todo mês separo em torno de R$ 55 a R$ 70 para gastar em mangás, APENAS porque posso comprar TODA a diversidade de títulos que me agrade. Se, por exemplo, todos os mangás passassem ao preço de R$ 15 (L&PM) ou R$ 19,90 (NewPOP), COM TODA E ABSOLUTA CERTEZA eu deixaria de comprar boa parte dos meus 6~8 mangás “mensais” (em relação as minhas compras, e não à periodicidade de lançamento).

    Se eu ficaria contente com isso? “NÃO!” é a resposta. Além de parar de adquirir novos títulos que viessem a ser lançados, ficaria extremamente desapontado (e desestimulado) com a situação existente. E isso, claro, seria representado no mercado por meio do arrefecimento paulatino da minha participação no consumo. Outro motivo, mas, nesse caso, é extremamente particular (embora partilhado de igual forma por minha namorada), é o meu desgosto por papel off-set.É isso mesmo: não gosto de ler mangá (nem qualquer outro tipo de leitura) em folha branca.

    Como entendo nada de tipos de papel, e também compartilho da dor de ver os mangás ficarem com aquelas manchas amareladas horríveis, esse é ponto que até abro mão na discussão, muito embora seja extremamente desanimador pensar em realizar minhas leituras SEMPRE naquele papel branco…
    A curto prazo, acho que um aumento na gramatura do papel já utilizado seria de bom tamanho.

    Mas, voltando ao que falava, não acho que o público brasileiro, de modo mais amplo possível, esteja querendo um UP na qualidade a ponto de termos um aumento de 50% a 100% nos preços atualmente praticados. Vide o lucro (tá, não dá pra “ver”) que a JBC ainda afere concentrando sua política de vendas no público médio (aquele que compra mangá só pra ler, e não para ter status de colecionador). E é justamente por isso que ela “erra” nos relançamentos: estes, sim, deveriam ser feitos e direcionados aos ditos colecionadores, com qualidade muito superior àquela apresentada pelo mercado “comum”.

    Melhorias e mudanças estruturais devem ser feitas aos poucos. Os passos devem ser dados um de cada vez. A inclusão “definitiva” de páginas coloridas (óbvio, quando existentes na versão tanko original) seria bem-vinda. Capas e folhas mais grossas (gramatura melhor) melhorariam a edição nacional sem aumentos tão bruscos nos preços. Relançamentos em kazenban ou bunko trariam, vez ou outra, uma visão mais “idealizada” do que poderia vir a ser, em alguns anos, a nova qualidade básica do nosso mercado. Artbooks e Databooks também teriam esta mesma função.

    ENFIM, não sou defensor de melhorias “bruscas” e empurradas goela a baixo. A história mundial está aí para mostrar que isso nunca deu certo enquanto a população local não internalizar essa nova cultura.

    Devemos, SIM, comemorar a vinda desses títulos maravilhosos e tão aguardados por boa parte do público brasileiro! Não sou fujoshi, mas comprarei com certeza Kuroshitsuji. Monster e 20th CB também terão meu dinheiro garantido (melhor ainda que farei uma ótima “substituição” a Homunculus, cuja última edição deve sair em breve). E, claro, ONE PIECE, terá atenção prioritária no primeiro mês de 2012!

    Abs.
    E desculpem o tamanho do comentário… rs

  6. Quanto ao caso de Dragon Ball, concordo que o relançamento ideal e unicamente coerente seria da Edição Definitiva. Apesar das mudanças de padão ao longo do pioneiro lançamento pela Conrad, não há muito sentido em relançar apenas em simples tanko. É um título que tem força e “aguenta o tranco” de ser lançado numa qualidade superior.

    Não tenho o que reclamar da “demora” de One Piece a chegar nas edições japonesas. Aliás, acho que quem vá comprar as edições nacionais deve fazê-lo apenas para ter o mangá em mãos, pois devem continuar acompanhando por scans como todos mundo faz… rs! No máximo, quem acompanha apenas o anime deve sentir alguma pequena diferença, mas que não deve pressionar a Panini a acelerar o lançamento.

    Com Monster e 20th CB a situação é análoga. Com Homunculus a apenas 1 volume do fim, podem muito bem relançar Monster como mangá seinen da vez… e até numa versão mais caprichada (quem sabe um BUNKO *trimestral*, né? Seria ótimo!). Ao fim, uma continuação de gênero e mangaká com Century Boys! Particularmente, não acho que o (passar do) tempo se torne um problema. (Até hoje espero Red Garden pela NewPOP. E assim que sair, comprarei.)

    Claro, essa é apenas minha visão. Vi muita gente reclamando de Kekkaishi ter passado para trimestral e, por isso, demorar mais ou menos 3 anos para ser concluído. Mas cade frisar que One Piece e os mangás do Urasawa são RElançamentos e, assim, uma “nova esperança” para os títulos aqui no Brasil. Então, em última hipótese, claro, se pode pensar: “melhor assim do que nada”. rsrs

  7. Tipo, eu sei que vou fazer minha parte e comprar Monster, Kuroshitsuji, 20th century boys e One Piece, apostando que dessa vez vai. Na época do primeiros lançamentos do Urasawa eu era uma falida…e se 20th tem que vir depois de Monster, até melhor pro meu orçamento, pois 18 meses passam voando.
    E povo, apresentar Monster pra quem não lê mangá. Sério. É um dos que funciona assim, e pode atrair mais gente pro público.

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