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Relembrando animes de um passado recente… PARTE 1 de 2.

Com a chegada do novo milênio também veio uma maior facilidade no acesso à internet e, por conseguinte maior acesso a animes vindo direto da fonte. Não era mais necessário um processo trabalhoso e caro de legendagem em VHS para nós podermos assistir aos animes que a TV brasileira não licenciava.

Nessa primeira década nós só vimos nossa biblioteca crescer e crescer em ritmo acelerado. O nosso acesso aumentou ao mesmo tempo que os estúdios estavam fazendo mais e mais animes. O mercado agora não era mais local, mas sim global.

Hoje nós vemos animes com um dia de diferença do Japão… as vezes poucas horas… as vezes nem UMA HORA! Tem gente que vê ao vivo pela TV japonesa… essa é a nossa realidade hoje já na segunda década do milênio.

Mas vamos voltar um pouco. Vamos voltar a esse início da nossa era da internet. Vamos relembrar um pouco o que assistimos. Só que atenção, eu não vou avaliar aqui anime por anime. Esse será um post mais pessoal. Falarei de como foi minha experiência assistindo a esses animes e por que eles são importantes para mim.

Nessa parte 1, falarei dos animes de 2000 a 2004.

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Nos anos 2000 meu acesso a internet ainda era um tanto limitado. Dessa época eu só me lembro de ter assistido a Love Hina numa qualidade sofrível, mas era o que minha internet da madrugada poderia suportar. Creio que esse tenha sido meu primeiro contato com o gênero harém, ecchi e comédia romântica. A história, se pararmos para ver, não é nada demais, mas cara, como era legal acompanhar os episódios. Eu assistia uns 2 por madrugada (enquanto deixava mais dois baixando pro dia seguinte) e era o ponto alto do meu dia.

Ainda nesse início de década tivemos animes que vieram a passar na TV brasileira alguns anos mais tarde, como Hamtaro, Yu-Gi-Oh, Medabots, Shaman King, Rave Master e Beyblade. Tivemos Hajime no Ippo também, mas esse eu só veria anos mais tarde (parte 2).

Dos animes que me marcaram ainda na época da internet discada, eu destacaria Comic Party. O anime não é grande coisa, foi baseado em uma visual novel, mas foi meu primeiro contato com a cultura otaku do Japão. Foi a primeira obra que me mostrou como viviam os otakus japoneses e que despertou meu interesse por conhecer mais desse fandom. Possivelmente foi por causa de Comic Party que eu me interessei a ver Genshiken alguns anos mais tarde (parte 2).

Lá pra 2002-2003 quando eu coloquei banda larga aqui em casa, meu acesso a animes aumentou muito. Foi nessa época que eu e um amigo meu, que também tinha recentemente colocado banda larga em sua casa, compartilhávamos várias descobertas no mundo animístico. Digitávamos “anime” nos programas P2P e baixávamos qualquer coisa que aparecesse. Se fosse bom, indicávamos um para o outro. Foi uma das épocas mais legais da minha vida no fandom.

Assistimos a alguns animes dos anos anteriores que não sabíamos da existência, dos quais destaco: Hellsing, Noir e Chobits. Esses três foram os primeiros animes que vimos em AVI que, para a época, era UMA QUALIDADE ESTUPIDAMENTE SENSACIONAL. Era belíssimo ver a animação em uma qualidade decente pela primeira vez na vida. Era mais bonito que qualquer canal de TV, era em widescreen, era sensacional!

Em 2004 eu vi poucos animes DE 2004. Na época ainda era um tanto difícil você acompanhar semanalmente animes, diria até impossível. A velocidade de legendagem ainda não era tão eficiente. Foi nesse ano que vi Wolf’s Rain, anime sensacional de futuro pós-apocalíptico. Curiosamente o assisti antes de Ghost in the Shell, que vi também em 2004. Normalmente as pessoas fizeram o inverso.

Outros animes que eu me lembro de ter assistido foram dois com uma pegada mais “histórica”, no sentido de falarem de ninjas, samurais, etc: Ninja Scroll e Peacemaker Kurogane. Apesar deu ter achado ambos visualmente incríveis, curiosamente nunca terminei de assistir nem um nem outro. Até hoje! Quem sabe um dia eu termino? Mas me marcaram por causa de seus visuais.

De 2004 mesmo acho que não vi nada em 2004… só em 2005… mas aí é coisa da parte 2.

E vocês? O que assistiram nesse início de década? O que ainda lembram? Qual anime te marcou? Por quê? Comentem!

Com a chegada do novo milênio também veio uma maior […]

Animes Comerciais Também Têm O Seu Valor

Antes de começar, gostaria de deixar claro o que eu considero como anime comercial, pois todo anime é comercial na essência da palavra. Todo estúdio produz um anime visando lucro para si. Neste post, levarei em conta os animes que são  os responsáveis por divulgar um produto prévio já a venda. Normalmente o produto é o centro da série ou o motivo de sua história. Não entrará nesse post animes como Naruto que, por seguir certos clichês, muitos consideram como comerciais. Tendo dito isso, vamos ao que interessa.

Pokemon, Bey Blade, Bakugan, Yu Gi Oh (e suas variantes)… todos esses são animes que logo me vêm a cabeça quando penso em animes comerciais. E logo depois vem uma enxurrada de críticas que já li, vi e ouvi mundo a fora. Porém, recentemente tenho voltado minha cabeça para uma análise interessante desse tipo de anime. Eles cumprem muito bem seu papel de entreter seu público alvo.

Você, camarada de 30 anos, que resolveu pegar uns 10 episódios de Bakugan pra ver e saiu pelos mais variados fóruns detonando o anime, dizendo que é coisa de retardado e daí pra baixo, saiba que a série não foi feita pensando em você como espectador. O público alvo da séries citadas acima são as crianças e é curioso ver como as pessoas que as criticam em momento algum se colocam no papel deste público alvo.

Se eu sair na rua e perguntar para uma criança se ela assiste e gosta de Bakugan, há grandes chances de eu obter uma resposta positiva. Antes de criticarmos algo deveríamos pensar no motivo para o qual este algo foi feito.

Quando criança eu adorava jogar Pokemon no Gameboy e adorava mais ainda ver as aventuras do Ash diariamente na televisão. Fica colado na banca esperando a próxima edição da Pokemon Club sair. Ficava babando com os Pokecenters (lojas especializadas em vender TUDO relacionado a Pokemon) que só tinham no Japão e nos EUA. Todo esse mundo criado em volta do meu joguinho favorito só tornava a coisa ainda mais mágica na minha cabeça.

Não estou aqui defendendo consumismo ou alienação como muito de vocês devem estar pensando, mas estou defendendo o entretenimento. Você sabe porque as crianças se divertem tanto assistindo a esses animes? Porque elas não se importam com o resto. Elas só se importam para a diversão que estão tendo assistindo aquilo e podendo usufruir do que assistem na vida real.

Esse assunto é delicado, envolve muitos outros fatores além do que um simples post pode trazer, mas vale a pena pensarmos que muitas vezes não gostamos de algo porque estamos “pensando demais”.

Até o próximo post. Comentários a respeito são sempre bem vindos.

Antes de começar, gostaria de deixar claro o que eu […]