Tag Archives: Tsugumi Ohba

A vida imita a arte… ou o Ohba é um fanfarrão…

Este é um post curto, porém pode conter alguns pequenos spoilers do mangá de Bakuman. Continuem lendo por sua conta e risco.

É de conhecimento geral que Ohba Tsugumi e Takeshi Obata se inspiraram em Mitsutoshi Shimabukuro, autor do mangá Toriko, para criar o visual do personagem Niizuma Eiji (como podem ver na imagem acima). O que não muitos sabem, no entando, é que a personalidade do personagem tem forte influencia de outro mangaka, Eiichiro Oda, autor de One Piece (o camarada da foto no final do post). Mas porque isso motivaria um post nesse momento?

Bem, se você está acompanhando os ToCs que estou postando aqui no blog, sabe que o mangá Toriko conquistou por duas semanas seguidas o primeiro lugar, ficando na frente, inclusive, do próprio One Piece. O sucesso do mangá por si só já renderia um post, mas a coisa ficou mais curiosa ainda quando dentro da história do mangá, Eiji vem conseguindo faturar o primeiro lugar também em semanas consecutivas com sua meta-série Crow.

As posições no ToC da Shonen Jump são reflexos dos rankings de popularidade de oito capítulos atrás das séries. Há aí um buraco de dois meses (já que a revista é semanal). Sendo assim, o que pode ser uma mera coincidência de tanto Eiji quanto sua contra-parte visual no mundo real, Shimabukuro, terem conquistado o primeiro lugar por semanas seguidas ao mesmo tempo, também pode ser um plano do escritor, Ohba. Tempo para desenvolver a “coincidência” ele teria.

Ele gosta de brincar com esse tipo de coisa. Existem incansáveis referencias em Bakuman de eventos que aconteceram no mundo real. Seus personagens tem claras inspirações em figuras do mundo real. Por que dessa vez seria diferente? Existe coincidências na cabeça de Tsugumi Ohba? O que não podemos negar é que ele é um fanfarrão e que deve estar se divertindo muito com essa “coincidência”.

Eu sou do time que acredita que o Ohba tá realmente brincando com tudo isso. E vocês, o que acham?

Este é um post curto, porém pode conter alguns pequenos […]

Bebê a bordo? Será?

ATENÇÃO! Esse post pode conter spoilers para quem não está acompanhando os últimos capítulos do mangá BAKUMAN. Se você só acompanha a história pelo anime ou pela publicação americana, continue lendo sabendo dessa possibilidade.

Cá estou eu com mais um post sobre Bakuman. E dessa vez, vim para falar de um boato que, pessoalmente falando, só falta a palavra oficial do autor para se tornar verdade.

Quem lê o mangá com um mínimo de atenção aos detalhes sabe que tem algo de estranho rolando com a Kaya, a mulher do Takagi. Desde o capítulo 130 (comentado por mim nesse post) ela vem apresentando dores de cabeça, enjoo, fome excessiva e etc. Ora, Bakuman é uma série baseada na realidade. Não é um mundo inventado e os personagens não são aliens, monstros ou seres transdimensionais. Eles são humanos. E quando uma mulher fica enjoada, tem dores de cabeça, cansaço e muita fome, o que é bem provável de estar acontecendo?

Isso mesmo, caro leitor. Kaya está grávida.

Como eu disse, nada de oficial foi falado a respeito disso mas convenhamos. Ela está grávida. Para dar base à minha teoria, vamos à algumas das aparições da Kaya nos capítulos 130 e 131:

Para começar temos a imagem que abriu esse post. Nessa cena, Takagi liga para Mashiro para dizer que não iria ao encontro dos ex-alunos porque a Kaya estava doente. É a primeira vez que a vemos nessa situação.

Isso poderia ser uma doença como outra qualquer, mas mais tarde no mesmo capítulo…

Takagi volta pra casa e encontra Kaya comendo um MEGAPOTE de arroz e um outro pote de alguma outra comida. Ele se surpreende com a “vitalidade” da moça depois do seu estado anterior.

Durante o capítulo 131…

Kaya aparece no escritório do Takagi dizendo que está indo pra cama pois está se sentindo bem cansada, mesmo não sendo tão tarde assim. Ela também diz que não está se sentindo muito bem.

A cena continua com Takagi indagando Kaya sobre o caso deles terem um filho, como seria se ele imitasse o que se passa em PCP, o mangá que Takagi escreve, sobre “pequenas pegadinhas” que um grupo de crianças faz na escola. Essa cena mostra como o tema, “filho”, existe sim. Pode ser claramente uma dica do autor de que tem algo acontecendo.

A resposta para esse mistério só saberemos nos próximos capítulos, mas os indícios são bem claros. Pessoalmente acho bem interessante que Bakuman aborde esses temas. É impressionante como no começo, nós tínhamos Takagi e Mashiro com 15 anos cada e agora estamos aí com Takagi casado e a ponto de ter um filho. Mas deixo para comentar isso quando tivermos a confirmação.

E vocês o que acham disso tudo?

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18º encontro "O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante"

Olá a todos e sejam bem vindos ao 18º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”. No nosso último encontro eu falei sobre os problemas que a montagem dos episódios 18 e 19 causou no entendimento da situação retratada. Mas no encontro de hoje, nós vamos falar dos episódios 20 e 21, onde o mangá foi seguido a risca.

No episódio 20 Mashiro e Takagi voltam a trabalhar juntos, agora focados em desenvolver o personagem criado por Mashiro, o Detetive Trap. Miyoshi decide ajudar também fazendo resumos de infinitos filmes de mistério que Hattori enviou para Takagi estudar. A dupla consegue finalizar 10 capítulos e os mostra para Hattori que, surpreendido pela astúcia dos meninos decide ir adiante com a idéia da serialização. Mas para isso, eles teriam que fazer um one-shot para a “Gold Future Cup” (uma disputa entre one-shots de diversos mangakas amadores) e se dar bem nos questionários. Além disso, precisariam fazer um capítulo novo a cada duas semanas, mostrá-los para Hattori e discutir o capítulo seguinte, simulando um cenário de serialização. Ao final do episódio, Mashiro e Takagi descobrem que Fukuda também está tentando entrar na “Gold Future Cup” e que não vai deixar fácil para os concorrentes.

No episódio 21, após saberem que foram selecionados para serem publicados na Jump, os meninos seguem com os capítulos pedidos por Hattori. Em uma visita à Yueisha (sim, é Shueisha, mas eles chamam de Yueisha no anime, se você não se lembra), Mashiro e Takagi encontram com Nakai conversando com a vencedora do último torneio para roteiristas da Jack (sim, é a Jump, mas eles chamam de Jack no animes, se você não se lembra), Aoki Ko. Lá, descobrem que essa dupla também está na “Gold Future Cup” e que serão fortes concorrentes com um excelente roteiro de Aoki e com a arte impecável de Nakai. Hattori finalmente aceita o fato de que Ashirogi está pronto para uma serialização séria e pede que os meninos foquem na “Cup” agora e esperem o resultado. Ao final do episódio, conhecemos o personagem Koogy, um músico que decidiu começar no mundo dos mangás e pensa em usar sua popularidade e seus fãs para ganhar a “Cup” com seu mangá “Colorfusical”. Os outros mangakas então decide tomar uma ação e vão até a Yueisha protestar contra tal ato!

Fiquei feliz com esses dois episódios. Digo isso porque, como mencionei na introdução, eles seguiram bem a risca o mangá. Sem tirar nem pôr. Gosto quando eles fazem essas coisas e pelo visto, eles devem seguir assim até o episódio 25, sem mais mudanças doidas nas composições dos episódios ou na ordem de cenas. Afirmo porque cada vez mais parece que eles terminarão exatamente ao final dos eventos do volume 4, que não direi aqui para não estragar a surpresa dos que estão assistindo ao anime.

Tivemos a apresentação da personagem Aoki Ko, extremamente esnobe e “do-contra”, se podemos dizer assim. Acho interessante a maneira como o autor decidiu apresentar a personagem. Ela, sem dúvida foi uma das personagens que mais evoluiu no decorrer da série e acho uma pena o pessoal que acompanha pelo anime ter que esperar até a próxima temporada para ver isso. Essa união dela com o Nakai ainda vai render muita coisa para a história de Bakuman… se vai. Nakai é um personagem que hoje tem uma recepção de “ame ou odeie”, quem tem percepção aguçada já notou alguns problemas só pela conversa dele com Ashirogi na presença da Aoki.

Koogy é um bostão… digo que até hoje foi um dos piores personagens já criado pelo Ohba. Eu sei que ele tinha algo a dizer com o personagem e tudo mais, mas a maneira como foi colocado não agradou. No anime, se você perceber, ele aparece desde os primeiros episódios. Em pôsters, CDs, comentários aleatórios, etc. Isso torna a presença dele algo até certo ponto interessante para quem acompanha só pelo anime. Pareceu algo natural. No mangá, a coisa foi meio jogada. Mas como é do Ohba que estamos falando, é bem provável que o Koogy tenha uma participação ainda no futuro da série. Vai saber.

Eu também fico curioso pelo trabalho que a dubladora da Miho, Saori Hayami. Na vida real ela sabe cantar… e bem! Mas no anime, ela tem que fazer uma menina que não sabe cantar tão bem. Deve ser bem estranho. Mas ela até que conseguiu se virar bem.

Ah, mais uma curiosidade “animeXmanga”, na hora em que Mashiro, Takagi e Miyoshi estão assistindo a apresentação da Miho (episódio 20), eu estava esperando para ver como iriam colocar as roupas da Miho e, por incrível que pareça, eles suavizaram, mesmo mantendo o comentário que Takagi faz a respeito das saias curtas. Eles realmente estão querendo agradar ao público feminino que vê o anime. Mas para os curiosos de plantão, a comparação…

Até o próximo encontro!

Olá a todos e sejam bem vindos ao 18º encontro […]

Rapidinhas #12 – A face de Ohba Tsugumi

Ohba Tsugumi, em parceria com o desenhista Obata Takeshi, é o autor de dois grandes mangás de sucesso: Death Note e Bakuman. Porém, até pouco tempo atrás sua identidade era desconhecida do grande público. No entando, para quem acompanha o Anikenkai e, mais precisamente, para quem ouviu o último Anikencast, ele não é mais um mistério. Ohba Tsugumi é o pseudônimo de Gamou Hiroshi, autor da famosa série cômica do passado, Tottemo! Luckyman. Apesar de saberem sua identidade, poucos sabem como é a sua cara.

Quem acompanha Bakuman, sabe que a Jump realiza festas de ano novo com seus autores que estão sendo publicados. E até a década de noventa, era bem comum eles todos tirarem uma foto comemorativa que estamparia a capa de uma edição da revista. Isso até 1997 quando essa prática foi extinta. E foi justamente no ano novo de 1996-1997, na última foto comemorativa, que lá estava ele, Gamou Hiroshi.

Sem mais delongas…

Agradecimento especial ao meu amigo @XILFX por ter me mandado essa reprodução da capa.

Ohba Tsugumi, em parceria com o desenhista Obata Takeshi, é […]

Anikencast #003 – BAKUMAN.

Antes de mais nada, quero pedir desculpa pelo atraso do Anikencast. Era para este ter saído ontem, mas infelizmente por motivos de trabalho, só foi sair hoje a tarde. Espero que entendam. Mas vamos ao que interessa:

No programa dessa semana, @didcart, Starro, @alex_lancaster e @XILFX discutem uma das melhores séries da Shonen Jump em andamento, BAKUMAN! Saiba quais são os principais personagens, em quem eles são baseados na vida real, histórias de bastidores, quem é Ohba Tsugumi, de onde veio o nome “Bakuman”, e muito mais! Confira também mais detalhes sobre o projeto da Ação Magazine.

Além de tudo isso, essa semana, decidi fazer, em caráter de teste, uma modificação na edição do Anikencast. Na discussão principal, não haverá BGM. Uma boa quantidade de pessoas me pediu isso, disse que prefeririam ouvir o som da discussão crú ao invés de com uma música atrás que pode vir a atrapalhar o entendimento da mesma. Então, peço que por favor, ao final do cast, digam se gostaram ou não. Baseado nas respostas de vocês saberemos se devemos continuar ou não.

É isso aí, espero que vocês gostem e vamos ao cast!

Imagens comentadas no cast:

Índice:

00:01:11 -> E-mails
00:12:00 -> Ação Magazine
00:23:00 -> História, personagens e curiosidades de Bakuman.
01:24:17 -> Mais curiosidades sobre Bakuman.
01:40:40 -> Encerramento

Não deixem de comentar mandando e-mails para [email protected], dando reply no meu twitter ou comentando aqui no post!

Fiquem agora com o programa:

Duração: 104min

Antes de mais nada, quero pedir desculpa pelo atraso do […]

17º encontro "O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante"

Olá e sejam bem vindos a mais um encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”! Eu decidi adotar de vez esse esquema de comentar dois episódios por vez ao invés de um. Acho que dessa maneira dá pra analisar melhor o andamento de certas coisas e não há risco de se ter um encontro que se resumirá basicamente a uma sinopse do que aconteceu no episódio em questão.

Por isso, vamos ao que interessa… episódios 18 e 19!

Ao terminar de ver o episódio 18, com o Mashiro descobrindo que o Takagi não tinha feito nada ainda, seguindo-se pela discussão a respeito da “vida amorosa” de ambos, fiquei com um gosto amargo na boca. Não porque eu não esperava por aquilo, afinal já tinha lido no mangá, mas a maneira como foi tratada me deixou um tanto irritado.

Para começar, há de se convir que o Takagi foi o vilão da história. Que ele atacou o Mashiro gratuitamente mesmo estando diante de sua própria incompetência. Porém, a questão é que Tsugumi Ohba, ao escrever o mangá, não queria deixar o Takagi como vilão. Um pequeno quadrinho foi adicionado ao final do capitulo 25, também final do volume 3. Vou tomar a liberdade de traduzi-lo e colocá-lo abaixo…

Takagi: Miyoshi, é melhor você não falar para a Azuki ou para o Saiko que eu to fazendo um mangá de mistério ao invés de um de batalha.
Miyoshi: Como assim?
Takagi: Ele está tão determinado a fazer um mangá de batalha, mas se eu aparecer com um excelente mangá de mistério, mesmo ele ficará convencido. Eu tenho que escrever algo que o convença. Eu não sou bom em mangás de batalha.
Takagi: Mas será que eu consigo fazer isso em dois dias?

Colocando essa cena ao final do capítulo, o autor mostra que o Takagi não foi o vilão da história, ele só estava querendo fazer o melhor e o espectador logo saca que os dois estão em sincronia porque ambos pensaram da mesma maneira… nada de mangá de batalha. Isso torna a cena com Hattori no episódio (e capítulo) seguinte, muito mais interessante.

No episódio 19, Hattori tenta ajeitar as coisas e percebe que ambos estão trabalhando na mesma linha. Ao final, os dois se falam e logo se juntam. No anime, isso pareceu meio sem lógica e isso foi fácil um erro da direção.

A cena em que a Miyoshi descobre que o Mashiro também está indo na direção do mistério e decide ajudá-lo sem contar diretamente que o Takagi também está trabalhando num mistério fica completamente sem sentido. A personagem, sabendo como ela é, teria contado de imediato. Quem leu o mangá sabe que o Takagi pediu pra ela não falar nada, mas quem não leu e é atento aos detalhes, fica sem compreender tal atitude da personagem.

E mais uma curiosidade. Achei estranho o JC Staff não ter aproveitado para colocar o panty shot da Miyoshi no episódio 19. Parece que eles estão realmente querendo atingir o público feminino de jeito. Mas para o público masculino que acessa o blog e quer saber do que eu estou falando, aí vai…

E com isso encerramos mais um encontro. E se vocês perceberam, não coloquei nenhuma imagem do anime nesse post. O motivo? Protesto pela picaretagem nesses dois episódios. Simples assim. (risos)

Até o próximo!

Olá e sejam bem vindos a mais um encontro “O […]

15º encontro "O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante"

Mais uma semana e mais um episódio de Bakuman. Sem dúvida o destaque e o que merece comentário foi o filler que criaram. Sim, amigos. Os fillers chegaram à Bakuman. Mas foram bons? Foram ruins? Vamos a isso!

Para começar, é bom falar que esse 15º episódio de Bakuman cobre os eventos do capítulo 19 do mangá. Esse ponto é valido de se colocar para fins de comparação quando tratarmos do filler. Outro detalhe importante para se colocar é o significado filler. Essa palavra deve provavelmente ser de conhecimento de todos os leitores do Anikenkai, mas podem haver pessoas que lerão esse posts e não saberão o que isso significa. Um filler nada mais é que conteúdo que os produtores de determinado anime colocam em suas produções sem respaldo na obra original. Por exemplo uma aventura de Naruto que não aconteceu no mangá ou um Fruto do Diabo que nunca apareceu no mangá de One Piece. Esses são exemplos de filler. Os fãs das séries obviamente não gostam de tais liberdades justamente por fugirem do original que eles tanto gostam. Porém, fillers são necessários para animes longos que estão se aproximando demais do ponto onde o mangá se encontra no momento e precisa dar uma segurada no ritmo. Sendo assim, os fillers são constantes motivos de discussão entre os fãs.

No caso desse episódio, a primeira parte onde Mashiro e Takagi estão conversando com Hattori é extremamente fiel ao mangá, inclusive a participação do Eiji. O filler começa quando o foco muda para Miho e Kaya. Eventos que aconteceram em 3 páginas de mangá acabam tomando 8 dos 21 minutos do anime (sem abertura e encerramento). Um espaço considerável. Para ter essa duração foi necessário adicionar algumas cenas extras (algumas não… MUITAS) e diálogos inexistentes no original. Tal dedicação ao núcleo feminino no anime de Bakuman desagrada a muitas pessoas que assistem à série, principalmente aos meninos que tem sua “inspiração” na vida dos protagonistas “cortada” graças a esses momentos “de menina”. Porém, na minha opinião, eu não tenho nada contra essa parte do anime. Gosto de desenvolvimento de personagens e de fato o que o mangá peca é em desenvolver as personagens femininas tão bem quanto os masculinos.

Contudo, esse filler cometeu mais uma vez algo que eu venho colocando como minha principal crítica à adaptação: suavização das críticas. Bakuman é um mangá que, além do seu fator metalinguístico (é um mangá que fala sobre o fazer mangá), ele é extremamente crítico com a indústria. Seja a sua luta contra o moe (encarnada no personagem Ishizawa), que já foi suavizada uns episódios atrás, como sua crítica a outras áreas da indústria, como a dublagem. No mangá, Miho é selecionada antes mesmo de fazer o teste pelo chefão do estúdio. Ela e outra menina são selecionadas simplesmente pela sua aparência. Uma visão mais realista e menos romantizada do meio das seyuus. O oposto do anime que mostra Miho fazendo o teste e, como nada indica o contrário, parece ser aprovada por sua voz e não por seu corpo e rosto.

As críticas de Bakuman são o que tornam um mangá ainda mais especial e se o anime insistir em diminuir essa crítica poderá rapidamente se tornar um anime mediano até que resolva arriscar um pouco mais. Mas como não há como agradar gregos e troianos a todo momento, eu ainda acredito que o anime de Bakuman está bem competente e tem feito cada vez mais gente conhecer a história. Só por isso ele já merece crédito.

Até o próximo encontro.

Mais uma semana e mais um episódio de Bakuman. Sem […]

10º e 11º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”

Horay! Finalmente podemos voltar com os encontros! Infelizmente semana passada vários contratempos me impediram de escrever e acabou que o 10º e o 11º encontro acabaram ficando juntos.

Diante dessa situação, gostaria de aproveitar esse encontro duplo para, ao invés de comentar sobre os episódios em específico, falar sobre o anime como um todo e como ele vem ganhando uma identidade própria distinta do mangá.

Porém, antes vamos a um breve resumo dos dois episódios:

No episódio 10, Mashiro e Takagi acabam se encontrando com Hattori dentro do departamento editorial da Jump para discutir as notas e avaliações de “Duas Terras”. Os editores deram notas menores porque era um material não muito adequado para a revista, enquanto o juri artístico deu notas boas por valorizar ideias originais. Eles acabam falando de Eiji e recebem a notícia de que estudantes podem ser sim serializados e que o Eije provavelmente será. Voltando ao trabalho dos dois, é dito que eles precisam de um protagonista mais forte que faça as pessoas se sentirem atraídas por ele. Em certo momento o Editor-Chefe intervem e começa a conversar com os dois dizendo que o que importa é um trabalho ser bom. Se for bom ele será serializado. Ele acaba expondo vários pontos para os dois, deixando Hattori preocupado. Depois ele revela a Hattori que sabia que Saiko era o sobrinho de Kawaguchi Taro e conta a história de como foram os últimos momentos dele na Jump. A dupla acaba ficando motivada e fazem um monte de esboços. Por fim nenhum deles é bom o suficiente e Hattori decide mudar a estratégia. É hora deles focarem na NEXT, uma outra publicação da Yueisha que daria mais espaço para um trabalho no estilo deles. É uma aposta definitiva. Nasce a ideia de “Dinheiro e Inteligência”.

No episódio 11, Mashiro e Takagi continuam desenvolvendo “Dinheiro e Inteligência”. Nós também somos apresentados aos primeiros traços de Crow, o novo trabalho de Nizuma Eiji. No meio tempo, temos um desenvolvimento do relacionamento de Takagi e Kaya que saem para um encontro juntos e obviamente acabam falando sobre Mashiro e Miho. No Valentine’s Day (o dia dos namorados de lá), Mashiro recebe um presente de Miho através da Kaya. Todos passam para a high school que queriam. Durante a reunião para decidir quais séries entrarão para a NEXT, “Dinheiro e Inteligência” é aceito, mas Hattori não está satisfeito. Ele avisa à dupla que os editores podem estar os usando como forma de fazer o trabalho de Nizuma Eiji parecer melhor graças à comparação inevitável do trabalho de dois jovens mangakas. Ele decide então trabalhar com a dupla para vencer o rival.

Agora que relembramos os episódios, hora de falar do que eu me propus a no começo. O anime de Bakuman já está com 11 episódios exibidos. É uma boa marca para começarmos a analisar o trabalho do estúdio no anime.

No começo, eu tinha um grande receio quanto a essa adaptação. Pouca coisa se sabia sobre ela, não tínhamos um trailer, imagens de divulgação ou o que fosse. Porém agora com mais de 10 episódios, posso dizer que o JC Staff tá fazendo um ótimo trabalho com o anime.

E são vários os motivos pelos quais digo isso. Mas antes de falar das qualidades, vou falar dos defeitos. Infelizmente, um dos grandes aspectos da série está sendo um tanto suavizado na versão animada. O grande protesto à “moetização” dos animes e mangás no Japão e principalmente a falta de qualidade que isso acaba causando. Essa completa abominação é um dos motes centrais da série, mas foi deixado para segundo plano no anime. Até o Ishizawa, personificação da tendência moe do anime, teve que ter sido levemente modificado para estar nos padrões do anime. Digamos que eles deixaram o personagem ainda mais irritante e arrogante para justificar o mal-trato do Takagi a ele enquanto os reais motivos não são só esses.

Para mim esse é o único real defeito da adaptação. De qualidades, estamos recheados. Prefiro destacar algumas aqui: o trabalho da dublagem, o tratamento dos meta-mangás e o desenvolvimento dos personagens femininos. Esses três aspectos já são suficientes para fazer qualquer pessoa assistir a esse anime.

No que diz respeito a dublagem, eu estou literalmente admirado como conseguiram dar ainda mais vida aos personagens do mangá. Desde os protagonistas até os coadjuvantes. Todos estão ótimos! A escolha do elenco foi de extrema competência. Destaque para os dubladores do Takagi e do Eiji. Ambos ficaram excepcionais e condizentes com como eu imaginava os personagens. Tenho pena do dublador do Eiji que terá que ficar dando aqueles gritos a todo momento.

Os meta-mangas são um espetáculo a parte. Eles pegaram o que já era extremamente interessante no mangá e transformaram em algo melhor. Agra temos vozes, mais desenhos e um desenvolvimento ainda maior das histórias desses meta-mangás. Eu não vejo a hora de ver como ficará “Dinheiro e Inteligência”, “Crow” e tantos outros que ainda vão aparecer.

Para fechar as qualidades apontadas, temos o desenvolvimento dos personagens femininos. No momento isso praticamente se limita à Miho e à Kaya, com leves menções à Iwase. Mas mesmo assim, o trabalho que a equipe de produção está fazendo com essas personagens está dando um novo brilho a este lado da história que muitos consideram ser o mais fraco do mangá e alvo de constantes críticas.

Enfim, mais uma vez acabo me prolongando, mas quando o assunto é bom a gente não cansa de escrever sobre. Bakuman é uma série interessantíssima. De certa maneira inspiradora e crítica. Um ponto de originalidade em um universo que muitas vezes tende para a mesmice e a padronização de conteúdo.

Até o próximo encontro!

Horay! Finalmente podemos voltar com os encontros! Infelizmente semana passada […]

Rapidinhas #5 – EXTRA, EXTRA!! Eu estava desinformado…

Na última rapidinha eu comentei como seria interessante que Tsugumi Ohba, autor de Bakuman, revelasse sua verdadeira identidade ao final de Bakuman. Pois bem… logo depois deu postar isso, recebi algumas informações via twitter a respeito de tal fato. No Japão, parece que a identidade de Tsugumi Ohba já é conhecida de fato. Parece que o boato de que Ohba seria Hiroshi Gamou, autor do gag-manga Tottemo! Luckyman (esse aí da imagem). Essa informação é dada por uma pessoa muito próxima do autor e que é famoso por revelar os “podres” do submundo dos mangás.

Tudo bem que é bem óbvio depois que você é apresentado a SuperHero Legend (meta-gag-mangá do falecido tio de Mashiro em Bakuman) mas nunca é demais. Bem, fica aí a informação e desculpe pela ignorância deste que vos escreve. Coisas assim acontecem de vez em quando.

Na última rapidinha eu comentei como seria interessante que Tsugumi […]

Rapidinhas #4 – E se….

Eu estava aqui pensando com meus botões e me veio à cabeça a seguinte situação: E se Tsugumi Ohba resolvesse revelar sua verdadeira identidade no capítulo final de Bakuman?

Explico… Tsugumi Ohba é um mangaka desconhecido. Ninguém sabe quem ele realmente é, como é sua cara, sua idade, seu sexo, seu verdadeiro nome… apenas poucos detalhes são conhecidos. Até mesmo no próprio departamento editorial poucos, além do editor-chefe e do editor de Ohba, devem saber quem ele realmente é. Esse é um dos maiores segredos da Shonen Jump atualmente.

Não sei de onde surgiu essa ideia, mas com certeza seria um “algo a mais” para o fim dessa incrível série que é Bakuman. Tenho certeza que os leitores iriam gostar e, sem dúvida, o mangá seria lembrado por muito e muito tempo.

Obs: A imagem desse post é um “auto-retrato” de Ohba publicado no mangá Death Note (também de sua autoria).

Eu estava aqui pensando com meus botões e me veio […]