Tag Archives: Mangas

20th Century Boys pela Panini, um comparativo de capas! (BR/EUA/JAP)

20THCBCAPA

Através do facebook da editora Beth Kodama da Panini foi divulgada a capa oficial (essa acima) de 20th Century Boys, mangá de Naoki Urasawa (Monster, Pluto). A repercussão não foi muito boa e muitas pessoas criticaram a capa escolhida pela Panini. Eu também não gostei, diga-se, mas vamos aqui fazer um comparativo das capas de algumas partes do mundo, tal qual fiz com Bakuman, e tentar entender o que foi feito.

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Através do facebook da editora Beth Kodama da Panini foi […]

Anikencast #010 – Rurouni Kenshin: O Filme (aka Samurai X)

Olá, queridos ouvintes! Cá estamos com o RETORNO do Anikencast!

Nesse programa de volta, Diogo Prado e Starro se juntam a Humberto Coga e Potta para falar sobre Rurouni Kenshin: O Filme! Com previsão para estrear no Brasil, o filme atraiu a atenção do público e foi um dos principais tópicos de discussão dos últimos dias. Coga e Potta moram no Japão e tiveram o prazer de assistir ao filme. A opinião deles e mais detalhes você confere nesse episódio do Anikencast!

Eu estava com muita saudade de fazer um Anikencast e agora pretendo não parar tão cedo! A ideia é lançar um a cada duas semanas! Para nos ajudar, contamos com você! Escute e divulgue! Não deixe também de mandar emails para [email protected] ou deixar comentários nesse post!

Não deixem de visitar o projeto dos nossos convidados no YouTube… GeeksnD!

Sem mais delongas… o Anikencast #010… basta apertar o play!

[INFELIZMENTE O ARQUIVO DO ANIKENCAST #010 SE PERDEU NO TEMPO-ESPAÇO. QUE ELE DESCANSE EM PAZ.]

 

Olá, queridos ouvintes! Cá estamos com o RETORNO do Anikencast! […]

Quando sai o próximo capítulo?

Se você lê mangás há algum tempo, com certeza já teve o desprazer de estar curtindo muito uma série e, de repente, ela terminar. Não porque a série foi cancelada, mas porque a pessoa responsável por trazer ela até você simplesmente parou e você ficou lá de mãos abanando esperando o dia que outra pessoa resolva assumir as rédias.

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Se você lê mangás há algum tempo, com certeza já […]

JBC em nova fase… as novidades e o que vamos ganhar com tudo isso

Visão geral do evento.

Ontem tivemos a coletiva/conferencia da editora JBC sobre suas mudanças no departamento editorial. Como eu não pude me deslocar do Rio para acompanhar pessoalmente, solicitei ao meu correspondente interestadual Paulo Henrique, vulgo @graveheart, para que fizesse a cobertura pelo Anikenkai. Além de observar bem o que estava sendo falado por Cassius Medauar, gerente de conteúdo, Edi Carlos, gerente de marketing, e Leo Lopes, gerente de comunicação, pedi para que ele desse uns cliques dos bastidores e ele o fez. Quais foram as novidades? O que vamos ganhar com essas mudanças?

Para começar, o evento em si já foi um diferencial. Não diria que foi uma coletiva de imprensa na melhor definição do termo, afinal foi aberta ao público interessado, mas o fato deles terem tomado a iniciativa, e sendo a primeira do gênero, foi algo extremamente válido.

Edi Carlos, Leo Lopes e Cassius Medauar

Não tivemos grandes anúncios, mas a editora começou a criar um vínculo com os veículos que falam sobre seus produtos e poderão usá-los futuramente para anúncios maiores como, quem sabe, Samurai X e YuYu Hakusho em edição definitiva? Mas ao invés de falarmos sobre o que eles podem fazer, vamos falar sobre o que eles fizeram.

Começando por Sakura, a novidade principal foi a de que o preço mais elevado da edição não se deve só a um maior número de páginas coloridas, mas sim a uma melhora no papel geral da publicação. Além de Sakura, todos os mangás receberão uma melhora no papel de impressão, não tão grande, mas melhor. Essa notícia emendou com outro anúncio: o de que a partir de agora cada título será tratado de maneira diferente. Alguns terão páginas coloridas, outros contra-capa colorida, papel melhor, dentre outros. Isso também irá gerar preços diferentes para as publicações regulares da editora.

Dih (Chuva de Nanquim) fazendo uma pergunta, Leo Kusanagi (Mithril) a frente atencioso, Juba (J-Wave) prestando atenção à pergunta e Trevisan (LeddHQ), careca, ao fundo dando uma risadinha.

Mas no que isso seria vantagem? Simples: eles irão dar atenção a exigência de vários públicos. Teremos aqueles mangás para as pessoas que querem simplesmente ler e depois jogar embaixo da cama e teremos também mangás para aqueles que querem ler e depois deixar uma coleção bonita na estante, com páginas coloridas, capa melhor trabalhada, etc. Uma evolução, sem dúvida, mas uma preocupação a mais para a editora, afinal, que tratamento dar para que mangá… uma questão interessante que terá que ser respondida a cada novo título. O que foi deixado de promessa pela editora é de que se o título tem páginas coloridas nos tankohons japoneses eles também o terão aqui no Brasil. Promessa interessante, não?

Estamos falando de novos mangás, mas não podemos esquecer de que a JBC anunciou há algum tempo sua parceria com o Crunchyroll, serviço americano de streaming de animes. Muito pouco se falou desde então e durante o encontro eles deram mais alguns detalhes. A empresa foi um tanto apressada no anúncio e pouca negociação foi feita desde então pelos mais diversos problemas. No entanto, a JBC está empenhada em aprender mais sobre o mercado de licenciamento, que está esquecido no Brasil quando o assunto é animes. Vamos torcer para que dê tudo certo pois só temos a ganhar com bons animes vindo oficialmente para cá.

Leo Lopes conferindo o vol. 1 de Freezing

Voltando para os mangás, uma das minhas grandes preocupações sempre foi com os títulos mais adultos. A JBC tem um bom catálogo de títulos shonen, mas seinens são praticamente inexistentes. A entrada de Freezing começa a abrir as portas para essa demografia e quando perguntados sobre a questão pelo Paulo a resposta foi de que eles virão, mas não poderiam dar mais detalhes. Anotem essa promessa. Será que um dia teremos Genshiken por aqui? Nunca o título teve mais chance de ser publicado.

Interação, pós-evento, da blogsfera…

Basicamente essas foram as informações relevantes dadas pela JBC, e se tem algo que podemos ver disso tudo é que sim, a JBC quer mudar para melhor e parece que o grande cabeça por trás disso é o gerente de comunicação Leo Lopes, tendo, claro, suporte de seus colegas de trabalho. Que a empresa continue com essa ideia de se comunicar melhor com a imprensa e com os leitores, que seus produtos melhores cada vez mais e que os leitores retribuam comprando. Afinal, se o trabalho é bem feito, não vejo por quê não comprar. Se a JBC publicar Genshiken com as páginas coloridas e um bom trabalho de tradução, vai pro cofre aqui do QG e isso é uma promessa minha.

Para saber mais sobre a coletiva/conferência/encontro, confira o post atualizado minuto a minuto feito pelo Chuva de Nanquim e esperem em breve um vídeo no Video Quest, eles estavam lá captando imagens…

Leo Kitsune gravando para o Video Quest

Visão geral do evento. Ontem tivemos a coletiva/conferencia da editora […]

PCONVITE A TODOS – Corrente de Reviews!

Olá, queridos leitores do Anikenkai. Desde sexta-feira eu estou organizando um pequeno projeto que envolverá nossa blogsfera animística brasileira: Corrente de Reviews. Irei explicar agora como a brincadeira irá funcionar e, se ao final, você, leitor, quiser participar, basta me enviar um e-mail para [email protected] com o seu nome, twitter e endereço do blog. Vamos lá!

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Olá, queridos leitores do Anikenkai. Desde sexta-feira eu estou organizando […]

Aumento de preços nos mangás da JBC… quanto mais vamos ter que pagar por lixo?

Mangá é a nossa língua!“… esse é o slogan da autodenominada “maior editora de mangás do Brasil”. Hoje em dia, ao ler essas “afirmações” não consigo evitar uma risadinha no canto da boca. “Sacanear o consumidor é a nossa língua!” deveria ser o slogan da editora. Afinal, ela está se especializando em usar a falta de opção (legalizada) melhor para empurrar para seus leitores produtos de baixíssima qualidade a preços cada vez mais altos.

Deu no Chuva de Nanquim que a editora em questão estará aumentando o preço de seus títulos de R$10,90 para R$11,90. Como o próprio autor da notícia afirma, isso não seria um problema real já que são questões do mercado pois se os preços das “matérias-primas” aumentam, é natural que o produto final tenha seu reajuste. A concorrente, editora Panini, também reajustou seus valores de R$9,90 para R$10,90 não faz muito tempo.

A grande questão é o lado dos consumidores. Reajustes seriam naturais se a qualidade dos produtos fosse boa. Afinal a empresa está reajustando para poder continuar prestando um bom serviço e não ter que diminuir a qualidade de seus produtos para não ter prejuízo. Mas esse não é o nosso caso, é? Afinal produtos de qualidade e mercado nacional de mangás não combinam nem um pouco.

Em qualquer mercado que se preze sempre existiram produtos caros e produtos baratos… vamos a alguns exemplos:

Você quer comprar açafrão? Beleza… você pode ir no mercadinho e comprar aquele pozinho amarelado que tem mais corante que açafrão por R$2 a cada 100g ou você pode ir numa lojas especializada e comprar em estigmas por R$50 a cada 1g! Resta saber o quão exigente é a pessoa que está usando o tempero. Se ele quer um produto melhor, vai pagar mais caro, se quiser um produto mais meia-boca só para dar um “toquezinho” no prato tem a opção barata.

Querem um exemplo mais próximo da nossa realidade? Você quer ler uma história em quadrinhos? Beleza… você tem a opção de comprar uma revista padrão da Panini por uns R$10 e ler em papel de qualidade média e impressão também média, mas você não quer só ler aquela história e jogar fora, quer ter na coleção, aí você tem o encadernado, custando uns R$30, mas com papel de melhor qualidade, impressão boa, etc.

O ponto que eu quero chegar com esses exemplos é mostrar que o consumidor brasileiro de mangás não tem opção. Ele fica a merce do que as editoras (e eu coloco no plural aqui) trazem pra ele na qualidade que for e ele se vê “obrigado” a comprar o produto da maneira que for se quiser ler aquela história através de meios “oficiais”.

Em um mundo onde importar mangás está cada vez mais fácil, produtos americanos e japoneses já não são mais bens de consumos de poucos “felizardos”. Basta você se interessar que você consegue comprar com certa facilidade. Claro que ainda é mais prático ir na banca e comprar o mangá na hora que você quiser, na sua língua e poder ler ele logo assim que você sair de lá. Eu não vou condenar quem prefere fazer dessa maneira por comodidade ou porque, de fato, não se importa em ter um material de qualidade. Porém, é bom que saibam que vocês estão comprando um produto de qualidade inferior a um preço que não corresponde em nada a ela.

Para fins de comparação, vamos a preços médios de mangás em outros lugares do mundo:

Nos EUA -> R$18

Na França -> R$17

Na Argentina -> R$15

No Japão -> R$11

Claro que aí não está incluso os custos de frete, mas é só para dizer que todos esses países tem publicações de qualidade MUITO superiora à nossa e apresentam valores não tão mais caros.

Se você não se incomoda hoje em dia com a qualidade da JBC ou das outras editoras nacionais não vai ser um reajuste de um real que vai te fazer parar de comprar, mas se você já não está contente com o trabalho delas e ainda aumentam os valores, é bom pensar se vale a pena. Afinal, quanto mais vamos ter que pagar por lixo? Eu sei que quando Air Gear acabar eu paro, de vez, de comprar mangás por aqui até um dia, quem sabe, a qualidade resolver valer a pena. Tenho pena dos fãs de Soul Eater… boa sorte, pessoal.

“Mangá é a nossa língua!“… esse é o slogan da […]

Uma introdução ao conceito de "Anime Clubs"

Quando eu fiz meu post sobre a MegaCon 2012, uma das vertentes mais interessantes da repercussão dele foi a curiosidade das pessoas pelo que seriam de fato “anime clubs” ou “clubes de anime” no bom e velho português. Me espantei pois acreditava que a maioria tinha conhecimento do esses clubes eram, mas parece que eu estava enganado. Então, por que não fazer um post sobre o assunto? Com esse post, pretendo mostrar a vocês o conceito do que é um anime club e como eles funcionam. Quem sabe algum de vocês não começa um em sua cidade?

O que são “Anime Clubs”?

Para começo de conversa, Anime Clubs não são nada além de um grupo de pessoas que se reúne para assistir/ler e falar sobre animes, mangás e coisas relacionadas. Mas caracteriza-los só como isso seria menosprezar a real utilidade de um anime club. Conhecendo pessoas com um hobby parecido ao seu, faz você criar novas amizades e através dessas amizades desenvolver o seu hobby. Você irá discutir, trocar teorias, conhecer coisas novas…

Primeiro passo para um “Anime Club”

Como vocês devem suspeitar, é necessário haver um lugar físico para se fazerem os encontros dos clubes. Esses lugares podem ser desde a casa de algum dos membros, até uma sala em alguma biblioteca, centro cultural, no colégio, faculdade… claro que dependendo de cada lugar, seu clube vai ter características próprias.

Se forem feitos em espaços públicos como bibliotecas e centros culturais, vocês terão que estar sujeitos às regras do lugar com questão a horário, conteúdos, barulho, etc. Então fiquem de olho.

Se forem feitos em escolas particulares, é importante que os membros (só alunos da instituição) saibam se podem ficar na escola depois da aula, se poderão ter uma sala para isso, se terão que se reunir na biblioteca da escola, etc. Cada escola tem suas regras e elas devem ser seguidas. Converse com seu coordenador para saber das possibilidades.

Nas faculdades públicas, a coisa é um pouco mais fácil pois, normalmente há muitas salas vazias e abertas ao uso. Claro que ter uma coisa estabilizada perante a coordenação é melhor, mas nem sempre é necessário nesses casos. Um grupo de amigos se juntando numa sala para falar sobre animes e mangás não é problema. Sem dúvida é o melhor lugar para se estabelecer esse tipo de clube.

O que fazer em um “Anime Club”?

Existem inúmeras atividades que um clube de anime pode fazer. Algumas delas dentro da sala do clube outras fora da sala do clube. As atividades na sala deverão ser estabelecidas de acordo com a infra-estrutura do local. Abaixo vou listar algumas atividades possíveis:

Assistir a Animes

Vai depender se no local tem um projetor/tv/computador que possa exibir os animes. Claro que isso pode ser providenciado pelos próprios membros dependendo de até que ponto eles são autorizados a mexer no local. Se você tiver as chaves da sala (algo muito raro de ser permitido no Brasil), você pode deixar aquela sua TV que está parada em casa na sala e ninguém vai se importar com ela.

Discutir sobre Animes e Mangás

Essa é a atividade mais comum em clubes de anime e mangá. Os membros conversam sobre o que leram, viram, ouviram, jogaram, etc, durante a semana e discutem em cima disso. Trocam opiniões, teorias, deduções, etc. Claro que, se o clube tem um interesse em comum, é legal já terem temas pré-definidos para discussão, como alguma série específica ou mangaká, etc.

Produção de um fanzine

Apesar dessa não ser uma prática comum no Brasil, é legal incentivar a produção de algo. Que seja um fanzine, um AMV, o que for… seria legal colocar o grupo numa atividade em conjunto.

Construção de Model-kits

Outra prática também não tão comum no nosso fandom, mas que interessa a um número grande de gente. Muitos nunca tentaram porque não tiveram a oportunidade de experimentar. Normalmente quem faz isso tem vários modelos acumulados em casa. Leve alguns dos mais básicos, leve uns equipamentozinhos também e deixe os outros membros participarem das montagens enquanto você os auxilia e ensina a eles.

Jogos

Sejam eles eletrônicos, de tabuleiro ou baralho. Jogos são ótimos para fazer as pessoas interagirem. Se você pode ter a liberdade de ter um PS3 na sala do seu clube, excelente. Mas se não tiver, que sejam portáteis, video-games antigos, ou até mesmo jogos de tabuleiro, como eu disse. Card games também são válidos (e até bem comuns no fandom).

Visitas a comic-shops

Se sua cidade tiver uma comic-shop, vá a ela em grupo. Comprar gibis com a galera é legal. Você pode ouvir sugestões, críticas, etc. Se não existir uma Comic-Shop na sua cidade, vá a sebos, livrarias, etc. Dá pra encontrar coisas bem legais nesses lugares.

Dentre outros…

A criatividade dos membros é o limite! Façam o que vocês acham que irá diverti-los e o clube de vocês será um lugar bem legal de se frequentar.

Da organização de um “Anime Club”

Você já tem o lugar e algumas ideias de atividades… excelente. Agora resta organizar, de fato, o seu clube. É necessária uma certa hierarquia para que a coisa funcione direito. É necessário eleger um dos membros para ser o presidente do clube. O cara pode ser o presidente por que foi o fundador, ou porque é o mais velho… o motivo não importa. O que importa é elegê-lo. Claro que esse é um cargo que deve ser passado adiante. Alguns podem optar pela passagem direcionada, onde o presidente anterior nomeia o sucessor, ou por mais uma votação. A escolha vai de cada grupo.

A função do presidente é zelar pelo bom funcionamento do clube. Em um clube pequeno, só ele é necessário. Ele irá cuidar da manutenção do local, dos fundos do clube (se houver, explicarei mais a frente) e tomará as grandes decisões que envolvem o clube como um todo. Claro que podem existir mais funções e caberá ao presidente, a medida que o clube for crescendo, a nomear pessoas para cuidar de funções específicas que estejam ficando muito penosas para ele cumprir sozinho.

Você já tem o lugar, atividades, um presidente… faltam os membros para o seu clube. Dificilmente um clube começa com uma só pessoal, provavelmente você tem um grupo de uns 3 ou 4 amigos dispostos a isso. Mas você precisa de mais. Divulgue o seu clube nas redes sociais, em eventos de anime, nos murais da sua escola/faculdade… o importante é fazer as pessoas saberem da existência dele.

Uma boa maneira de atrair interessados aqui no Brasil, seria ter salas temáticas em eventos de anime, onde o clube poderia realizar várias atividades, atrair o público do evento e fazer propaganda do clube.

Como se mantém um “Anime Club”?

Você já tem um lugar, atividades, um presidente, membros… você agora precisa fazer com que as coisas funcionem em seu clube. Existem várias maneiras de se manter um Anime Club funcionando e essa é uma questão um tanto polêmica pois pode envolver dinheiro.

Não é necessário cobrar uma taxa dos membros do seu clube. A melhor coisa seria não ter que gastar nada com o espaço que vocês ocupam. Mas caso vocês gastem, é necessário ter uma fonte de renda para o clube.

No Brasil, o mais viável seria, em eventos de anime, o clube oferecer alguns serviços. Sejam eles comidelas, como num “maid café” ou venda de mangás originais importados pelos membros do clube, ou venda de fanzines (infelizmente isso não dá tanto dinheiro assim), ou torneios de video-game… o que quer que seja. É legal para gerar fundos para o clube que serão usados das mais diversas maneiras.

Cabe ao presidente ou algum encarregado de confiança de cuidar desse dinheiro e o uso dele deve ser em prol do clube. Para melhoria das instalações, compra de DVDs, Blu Rays, mangás, figures, tudo para o clube e não para um membro específico, que fiquem bem claro.

Considerações Finais e “É realmente possível fazer isso no Brasil?”

Como eu bem disse no título desse post, essa é uma introdução ao conceito de “Anime Clubs”. Não daria para em um post falar sobre TUDO que deve ser feito com os clubes até porque cada caso é um caso. O que eu posso dizer é que, se vocês gostaram da ideia, coloque isso em prática na sua cidade/colégio/faculdade/etc. Esses clubes existem mundo a fora. Cansamos de ver obras sobre isso na cultura pop japonesa e, de fato, é uma ótima maneira de se conhecer pessoas novas que compartilham o mesmo hobby que você.

Hoje em dia, com a internet, nos limitamos muito a falar com outros fãs online, mas não há nada como poder conversar e trocar ideias pessoalmente com alguém. A ideia de “Anime Clubs” é viável e deve ser incentivada. Seria muito legal um dia eu ir a um Anime Club e saber que foi graças a esse post que ele existe.

Quando eu fiz meu post sobre a MegaCon 2012, uma […]

Editorial 001: A volta do ‘de fã para fã’ no nosso fandom.

Há tempos eu estava querendo abrir um espaço aqui no Anikenkai para eu poder falar sobre o que me desse na telha. Seja relacionado ao mundo dos animes e mangás ou não. Um espaço onde eu pudesse abertamente criar um canal direto de comunicação com o leitor. Daí nasceu a ideia de fazer esse editorial. Toda semana, às terças-feiras, irei colocar aqui um post comentando algum assunto. Pode ser anime, pode ser mangá, pode ser mercado nacional, pode ser mercado japonês, pode ser o que for. O importante é que ao mesmo tempo que eu estarei comentando, você, leitor, está convidado a comentar também. Vamos começar…

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Se você vem acompanhando os noticiários dos últimos dias sabe que a internet está em polvorosa com as ações anti-pirataria (S.O.P.A., P.I.P.A.) em todo o mundo. No caso do nosso fandom a maior preocupação é quanto aos fansubs. Se os sites de compartilhamento de arquivos acabarem os grandes fansubs começarão a ter vários problemas para distribuir seus materiais. Eles terão que contratar servidores próprios para armazenar todo o material e para aguentar a quantidade de tráfego de dados de um Punch (o maior fansub brasileiro atualmente), por exemplo, seria necessário um servidor bem robusto e caro de se manter. Talvez por isso o próprio Punch já esteja se antecipando a essa situação… mas sendo bem sincero, não creio que essa “iniciativa” deles vá vingar. Na verdade, a sobrevivência de grandes fansubs como o Punch está condenada e por isso eu sou muito feliz.

Não me entendam mal. Eu não sou daqueles que prega contra os fansubs. Seria hipocrisia minha dizer que não faço uso deles. Porém, eu não gosto nada do formato atual. Fansubs são válidos até quando o “de fã para fã” se mantem em vigor. A partir do momento em que começa a virar algo grande demais e que movimenta dinheiro (e não é pouco) eu já desaprovo. Faço uso por falta de alternativa melhor (mesmo pagando), mas sou contra.

Mas acalmem-se e entendam. Não estou aqui defendendo o fim dos fansubs. O nosso fandom nasceu e cresceu regado por eles. Porém, o que eu gostaria é o retorno do “de fã para fã”. Que eu pudesse entrar num fansub e saber que aquele camarada que está traduzindo aquela série o está fazendo porque gosta. Com essa mentalidade nós conseguimos um produto final muito melhor trabalhado, mesmo que não tão rápido quanto o modelo de “produção em massa” dos grandes fansubs/speedsubs.

Eu uso o exemplo da comunidade de scanlator de mangás da qual faço muito mais uso do que a de animes. Nela, devido ao fato dos mangás não terem conquistado um público tão amplo quanto os animes, dificilmente se criaram grandes sites de scans de mangás. Na verdade os pequenos grupos é que se sustentam mais que os grandes. É muito comum nessa comunidade você encontrar tradutores trabalhando sozinhos, em pequenos blogs sem muitos recursos visuais em um blogspot ou wordpress da vida. Esses caras podem não lançar o último capítulo com quatro dias de antecedência dele ir à banca no Japão, mas entregam um trabalho primoroso.

Como exemplo eu usarei o Sporeblog, um blog americano onde um tradutor faz sozinho as traduções de dois mangás de nicho: Bambino e Genshiken além da tradução das novels de Baccano. E a cada novo capítulo de Genshiken (que é o que eu acompanho por ele) eu me impressiono com a dedicação do rapaz para trazer a melhor tradução e a melhor qualidade de imagem ao leitor sendo que ele não ganha NADA com isso. Não existe nem um botãozinho para DOAÇÕES no blog. Nadica de nada.

É muito legal quando um capítulo novo sai e ele faz questão de comentá-lo como fã além de só como tradutor. Ele pesquisa, discute com outros fãs de Genshiken (que também entendem japonês) para saber como melhor adaptar o título do capítulo, como adaptar aquela citação, como redesenhar aquele quadrinho que estava cheio de ideogramas japoneses, etc. É um trabalho completo e que dá prazer de ler.

Sem contar a comunicação com seus visitantes. Eu nunca vou me esquecer de quando comprei o volume 10 do mangá de Genshiken e pedi para ele se era possível traduzir o material extra que veio no volume encadernado. Ele logo se prontificou a tal e, no meio do caminho, decidiu refazer TODO o volume pois a qualidade da arte estava melhor no volume encadernado do que nos capítulos que vieram na antologia mensal (e porque nos primeiros capítulos do volume 10 outro grupo era o responsável pelas traduções). Ou seja, o cara traduziu além dos extras o volume inteiro, do zero só porque um zé mané, no caso eu, pediu! E agora tendo saído o volume 11 ele já está traduzindo o material extra sem eu nem precisar pedir.

É desse tipo de coisa que eu sinto falta na comunidade de fansubs de animes. Dessa comunicação, dessa simplicidade, desse cuidado com a qualidade, do “trabalho” de fã para fã. Se algo de bom deve sair dessas ações anti-pirataria, que seja o retorno às origens do nosso fandom. Nem que tenhamos que voltar à era do troca-troca de animes e mangás.

Obs: Lembrem-se de apoiar as iniciativas legais de distribuição de animes no Brasil, como a parceria entre a JBC e o Crunchyroll que iniciou uma pesquisa sobre o perfil de seu público. Mais detalhes aqui.

Há tempos eu estava querendo abrir um espaço aqui no […]

Religião e o fandom – Uma discussão de Natal…

Faz alguns dias que numa conversa com meu querido colega Denys, do blog Gyabbo, ele me apresentou uma ideia que teve para um post de Natal. Ele iria falar sobre religião. Naquele mesmo momento eu disse a ele que seria algo interessante e polêmico e que estava bem ansioso para ler. Foi então que no dia 25 de Dezembro, o post Anime, manga, fãs e religião – É possível? foi ao ar. Eu li e estava preparando um comentário para fazer por lá, mas daí pensei que eu me sentiria mais livre respondendo à ele aqui mesmo no Anikenkai. Ao mesmo tempo deixaria um texto sobre o assunto para os meus leitores. Vamos a ele…

Para os curiosos, sou cristão protestante batista e desde criança vou à igreja.

Desde muito pequeno eu já me interessava por quadrinhos e desenhos animados, como qualquer criança comum. Rapidamente eu demostrei um interesse maior e maior. Quando eu tinha meus 9-10 anos, conheci o RPG e li meus primeiros mangás. Nessa época eu já assistia animes na TV faz tempo, mas não sabia o que era anime de fato. Só em 2001-2002 mais ou menos que eu fui começar a me aprofundar mais no mundo dos animes japoneses. Desde então meu interesse só cresceu.

Ao mesmo tempo que fazia tudo isso, eu ia à igreja com a minha mãe e frequentava a escola bíblica dominical. Minha mãe nunca me proibiu de praticar os meus hobbys. Ela sabia que não é só porque algumas pessoas mataram outras numa partida de RPG que o RPG necessariamente influencia as pessoas a se matarem. Minha mãe me deu uma excelente instrução que, independente da religiosidade dela ou minha, me possibilitou diferenciar o bom do ruim. O que seria bom para mim do que seria ruim para mim. Eu sempre aprendi que o problemas não estão nas coisas, mas sim no que eu faço com ela. Ou seja, basicamente, minha mãe me deu educação como base para eu tomar minhas próprias decisões quanto ao que eu consumo. Esse é o primeiro ponto que acho relevante nessa discussão.

O segundo ponto trata do fato de você ser julgado “menos cristão” por ler/ver/ouvir peças que tratam de outras religiões ou culturas. Uma completa bobagem. Isso me parece discurso de pessoas que estão inseguras de sua própria fé e tem que ficar se autoafirmando o tempo todo. Não é porque eu busco conhecer outras religiões ou culturas que eu vou deixar de acreditar em Deus ou na figura de Jesus. Assim como eu estudo a matemática, a física, a química, a biologia e tantas outras e elas não abalam minha fé, não vai ser lendo histórias de outras culturas que eu vou “me perder”.

O que eu posso concluir, me tomando como objeto de referência, é que sim, é possível ser fã de animes e mangás sendo religioso. O que deve ser observado é O QUE você assiste. Não importa se você está vendo um filme, ouvindo uma música, lendo um livro, assistindo um anime ou lendo um mangá… você tem que avaliar o conteúdo daquilo que você está assistindo. Cada um tem sua moral. Seja a pessoa religiosa ou não. Você não vai ser uma pessoa má por ter lido um anime sobre shinigamis, mas também não ache que só sendo religioso você também será uma pessoa boa.

É engraçado a gente falar sobre um assunto complexo que nem esse sem ter uma base real da teoria teológica, mas tudo que disse aqui foi retirado de experiências minhas com minha própria religiosidade. Quero deixar claro que o que estou dizendo aqui não é para ser adotado como uma resposta definitiva sobre o assunto. Até porque, como eu disse, não tenho competência para dar um ultimato sobre o assunto. Mas se eu tivesse que resumir o que eu acho, eu diria que é imprescindível você ter uma boa base intelectual e religiosa para poder ter maturidade para discernir o que é bom e o que não é. Independente do formato e de onde vem.

E respondendo à pergunta primordial em poucas palavras: É possível ser religioso e fã de animes e mangas ao mesmo tempo?

SIM. Eu sou.

Faz alguns dias que numa conversa com meu querido colega […]

Panini trás de volta One Piece, Dragon Ball e Monster, anuncia 20th Century Boys e muito mais!

Não é comum aqui no Anikenkai eu postar notícias. Porém, essa é digna de nota. O JBox e o Panini Fã postaram agora a pouco os lançamentos da editora Panini para 2012 e, em destaque, estão o retorno de One Piece e Monster! Títulos que foram paralisados pela Conrad anos atrás e que deixaram muitos fãs órfãos. Outro destaque fica para o anúncio de 20th Century Boys, obra do mesmo autor de Monster, Naoki Urasawa e pela volta de Dragon Ball

One Piece voltará ao Brasil em publicação mensal desde o volume 1, mas também será publicado de onde parou pela Conrad em publicação bimestral. Ou seja, teremos dois lançamentos de One Piece simultâneos para agradar a velhos e novos fãs. Percebe-se que a Panini está com fé em seu novo título e deveria mesmo estar! Após as divulgações, a série conquistou o 1º lugar dos Trending Topics Brasil (os assuntos mais comentados no Twitter pelos brasileiros). Um feito que eu não me recordo de ter visto em outras oportunidades.

Monster e Dragon Ball ainda não tem maiores detalhes sobre seu formato de publicação. Sabe-se que será em tankobon, mas não se será publicado de onde parou ou desde o volume 1. Em Dragon Ball ainda tem o fato de saber se irão continuar a “edição definitiva”, interrompida pela Conrad, ou publicar no formato padrão da editora mesmo. Pessoalmente acredito que ambos serão publicados desde o começo, mas torço para que não. Diferente de muitas pessoas, eu nunca fui atrás do final de Monster após o fim de sua publicação. Sempre acreditei que ele retornaria ao mercado e eu poderia finalmente ler o final.

20th Century Boys virá provavelmente só quando terminarem Monster. Esse é o método usado pelos japoneses para autorizar a publicação dos mangás de Urasawa. Publica um, depois o outro. É ver se a Panini irá seguir esse método ou conseguiu um acordo especial para essa publicação.

Como fã de One Piece e de Urasawa, estou muito feliz com o que foi divulgado e vendo a reação do pessoal no Twitter posso dizer que a Panini também deve ter ficado. Fico triste, no entanto, pela JBC, que a cada dia atrasa mais e mais a republicação de Sakura Card Captors (algo que realmente animou os fãs) em favorecimento da republicação de Cavaleiros do Zodíaco em qualidade sofrível. É bom o Marcelo Del Greco abrir o olho… e que os responsáveis pela JBC percebam que ter um “diretor de conteúdo” como ele a frente de sua linha de mangás já está pra lá do prazo de validade. Afinal, a opinião do cara sobre o mercado  gente já sabe… (1 e 2)

Não é comum aqui no Anikenkai eu postar notícias. Porém, […]