Tag Archives: mangaka

Kio Shimoku – o autor de Genshiken em fotos!

Genshiken é meu mangá favorito e isso não é surpresa para ninguém. Seu autor, Kio Shimoku, é um dos mangakás que mais preso pela sua arte muito bonita, mas pela sua capacidade de contar histórias e de criar personagens verossímeis e com alma. Há anos eu tento procurar por mais detalhes sobre ele, o que é uma tarefa difícil vide que seu nome é um pseudônimo, como comentei anteriormente. No entanto, no capítulo 96, o autor comentou sobre um evento de autógrafos do qual participou e isso atiçou minha curiosidade por procurar mais a fundo.

E essa pesquisa deu frutos! Achei um site de Taiwan comentando sobre um evento de autógrafos que aconteceu em 2010, época em que Kio Shimoku ainda publicava Digo Puri. Procurei mais um pouco e achei fotos desse evento! E sim, em algumas dessas fotos eu pude ver pela primeira vez quem é, de fato, Kio Shimoku.

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Togashi está vivo e podemos provar! (Oda e Toriyama de bônus)

Para aqueles que estavam doidos para saber notícias de Yoshihiro Togashi, autor do eternamente em hiato Hunter X Hunter, nós temos uma para você. Ele está vivo e participando de eventos com seus amigos mangakás.

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Breve opinião sobre o sentido ocidental de leitura em mangás

inoue sentido ocidental

Deu no XIL uma notícia acerca de um crítico japonês que defendeu a mudança do sentido de leitura nos mangás. Ao invés de lermos da direita para a esquerda, como é o sentido oriental, faríamos ao contrário, como é o sentido ocidental. O principal argumento é que isso facilitaria a leitura por parte do público que consome todos os outros materiais num sentido diferente dos mangás, tais como chineses, americanos, franceses, etc.

Vale lembrar aqui que não estamos falando em apenas espelhar as páginas, mas sim construir os mangás do zero já no sentido ocidental. Isso implicaria em inúmeras modificações estéticas e narrativas que os grandes mangakás japoneses demoraram anos de sua vida se dedicando a domina, tal qual comentou o Fábio Sakuda em seu post.

Porém, além do fator do profissional por trás da obra, tem o fator do público. Não digo nem por mim, mas num âmbito geral, o público entende o sentido oriental de leitura como algo característico do mangá. Alguns chegam a dizer que se fosse no sentido ocidental, não teria graça. Enquanto eu ache isso um tanto exagerado, é uma constatação de uma opinião presente entre os fãs leitores.

Muitas vezes deixamos de pensar no lado de quem vai consumir aqueles materiais. Será que eles querem isso? Pelo que eu pude perceber frente as discussões que se originaram no twitter ou até mesmo na fanpage do Anikenkai, parece que não.

Agora que nos acostumamos com a ideia de “ler ao contrário”, pra que mudar. Acabou que esse “ler ao contrário” virou um charme a mais e um atrativo para quem quer ler algo diferente. Pode parecer superficial, mas sim, deu pra observar claramente isso, mesmo em meu universo limitado. Ninguém defendeu o sentido ocidental de leitura para mangás. Ninguém.

Se isso possibilitaria uma maior quantidade de novos leitores serem apresentados ao mangá, é possível, ao mesmo tempo que pode não fazer diferença nenhuma. Mas será que por mais novos leitores estrangeiros que cheguem, valerá a pena sacrificar um número grande de leitores japoneses que lê no sentido oriental desde que nasceu?

A crítica é polêmica e gera inúmeras perguntas que poderiam e provavelmente já foram desenvolvidas em prolixas discussões de bar. O que fica disso tudo é aquele velho lema: “não se mexe em time que está ganhando”. Boa tentativa, Kentaro Takekuma, agora vá e não olhe pra trás.

Deu no XIL uma notícia acerca de um crítico japonês […]

Colorização Manual X Colorização Digital

Eu adoro páginas coloridas. Sempre aprecio quando um artista consegue transformar sua arte em algo ainda melhor quando colocava cores. Por essas e outras que adoro a arte de Kio Shimoku. As páginas coloridas que ele fazia eram excelentes. Porém, quando a segunda fase de Genshiken começou a ser publicada (no final do ano passado), ele decidiu que iria começar a fazer suas pinturas digitalmente.

Isso por si só não é algo ruim. Vemos os exemplos dos gibis americanos que são praticamente todos colorizados digitalmente e são de extrema qualidade. Porém, esse não é o caso de Kio Shimoku e de vários outros mangakás. Eles simplesmente não sabem pintar digitalmente tão bem quanto pintam manualmente.

A arte digital é bem mais barata e produz resultados magníficos, mas é como qualquer outra ferramenta, para se fazer bem feito, tem que saber usá-la. A arte de Kio Shimoku perde muito quando é colorizada digitalmente por ele.

Abaixo vou colocar duas páginas coloridas feitas por ele. Uma do volume 9 (primeira fase) e outra do volume 10 (quando começa a segunda fase). Tirem suas próprias conclusões. Para mais artes coloridas de Kio Shimoku, vá na Genshiken Wiki!

E para vocês? Preferem arte digital ou manual? Quais artistas que mais gostam no quesito cores? Comentem!

Arte colorida do Volume 9

Arte colorida do Volume 10

Eu adoro páginas coloridas. Sempre aprecio quando um artista consegue […]

Como influenciar uma geração – Bakuman

Olá a todos. Antes de começar, não pretendo aqui criar uma coluna para falar semanalmente dos capítulos de Bakuman. O meu objetivo aqui é falar sobre algo que me chamou bastante a atenção no capítulo 130. Podem ficar tranquilos que também tentarei evitar ao máximo spoilers para quem só está acompanhando pelo anime.

Tendo dito isso, vamos a um panorama geral do capítulo: Mashiro acaba indo sem Takagi ao encontro de ex-alunos da sua turma. Ao chegar lá, ele se surpreende como todos sabem de seu trabalho como mangaka e se surpreende mais ainda quando vê a visão que eles tem do que é um mangaka.

Os amigos de Mashiro querem autógrafos, ficam venerando como é legal trabalhar com o que gosta e quanto dinheiro ele deve estar fazendo e como ele deve estar aproveitando a vida. Porém, Mashiro os mostra uma faceta não tão floreada do seu trabalho. E durante suas explicações ele lembra da conversa entre Nakai e Hiramaru sobre como é difícil ser um mangaka. Como é uma profissão sem segurança nenhuma, que não existe plano de futuro e onde se trabalha muito para tentar chegar onde poucos chegam, que é a publicação. Minhas observações começam nesse ponto, quando Mashiro está refletindo sobre sua profissão.

Muitos leitores de Bakuman com certeza sonham em um dia se tornarem mangakas profissionais. Não digo nós ocidentais, nem os adultos que leem a série, mas sim o público-alvo da Shonen Jum, as crianças. Muitos deles preenchem redações de escola com sonhos e mais sonhos de um dia se tornarem um Eiichiro Oda da vida. Porém um capítulo como esse mostra que nem tudo são flores. Que a vida de um mangaka é muito dura. É preciso muito trabalho e dedicação. Tal lição pode ser aplicada a qualquer profissão ou a qualquer objetivo. Se você quer muito uma coisa, você tem que brigar por ela. Nada cai de para-quedas na sua mão. Os grandes gênios são poucos, aqueles que sem muito esforço fazem coisas magnificas. Para a maioria das pessoas, as suas conquistas são frutos de muito trabalho.

O capítulo continua mostrando Mashiro indo embora enquanto seus amigos vão continuar festejando madrugada a dentro. Na volta, Mashiro encontra Takagi, que se lamenta por ter perdido a festa. E lá, Mashiro parte pra outra análise da situação. Eles entregaram a infância ao trabalho deles. Eles não saíram com amigos, não foram a inúmeras festas, não namoraram várias garotas, não viajaram para as montanhas ou para a praia. A juventude deles era o trabalho deles. E lá estava ele se indagando se aquilo foi o certo a fazer.

É aí então que Takagi pega um dialogo do mangá favorito de Mashiro, Ashita no Joe, que diz:

— “Jovens na sua idade estão indo para a praia, para as montanhas, saindo com suas namoradas, esbanjando sua juventude…”

— “Pode ser um pouco diferente do tipo de juventude que você está falando em esbanjar, mas eu senti muitas vezes uma boa dose de satisfação nesse ringue. Eu não fico o tempo todo no fogo em brasa como esses caras. Mesmo que seja por um momento, eu vou brilhar tão forte e num fogo tão vermelho que eu vou deslumbrar todo mundo. E tudo que sobrar depois serão apenas cinzas…”

Essa citação foi feita enquanto Mashiro olhava para suas mãos fortemente calejadas e sujas de tinta. E a conclusão que eles chegam é que valeu a pena seguir no sonho deles e chegarem aonde chegaram. Mesmo ainda faltando muito para alcançarem todos seus objetivos, eles estão orgulhosos e satisfeitos com o enorme esforço e os sacrifícios que fizeram. Se para mim, um jovem adulto, a cena da mão do Mashiro foi chocante e inesperada, para uma criança deve ter sido ainda mais impactante. O artista, Takeshi Obata, a desenhou com extremo detalhamento. Cheia de manchas e calos de tanto desenho.

Bakuman é acusado por alguns de ser muito leve e dar uma romantizada na vida dos mangakas. Porém, capítulos como esse mostram que as coisas não são bem assim. Que há muito sacrifício a ser feito e que os leitores, que o público-alvo, que as crianças devem saber que as coisas não são fáceis. Que no mundo de hoje as pessoas precisam lutar muito para alcançarem seus sonhos. Sejam eles se tornar um grande juiz, um jogador de futebol, astronauta, comprar um carro, ou quem sabe fazer mangá. Tudo tem seu preço, sua dose de sacrifício. Nada vem de graça.

Fico muito feliz que existam mangás assim ainda hoje em dia. Mangás que não estão ali só para entreter, mas para passar uma mensagem. Se Ashita no Joe foi tão importante na infância do personagem Mashiro, Bakuman está sendo muito importante para as crianças de hoje em dia. Tem diversão, tem brincadeira, mas também tem uma mensagem séria sendo passada.

Olá a todos. Antes de começar, não pretendo aqui criar […]

Rapidinhas #12 – A face de Ohba Tsugumi

Ohba Tsugumi, em parceria com o desenhista Obata Takeshi, é o autor de dois grandes mangás de sucesso: Death Note e Bakuman. Porém, até pouco tempo atrás sua identidade era desconhecida do grande público. No entando, para quem acompanha o Anikenkai e, mais precisamente, para quem ouviu o último Anikencast, ele não é mais um mistério. Ohba Tsugumi é o pseudônimo de Gamou Hiroshi, autor da famosa série cômica do passado, Tottemo! Luckyman. Apesar de saberem sua identidade, poucos sabem como é a sua cara.

Quem acompanha Bakuman, sabe que a Jump realiza festas de ano novo com seus autores que estão sendo publicados. E até a década de noventa, era bem comum eles todos tirarem uma foto comemorativa que estamparia a capa de uma edição da revista. Isso até 1997 quando essa prática foi extinta. E foi justamente no ano novo de 1996-1997, na última foto comemorativa, que lá estava ele, Gamou Hiroshi.

Sem mais delongas…

Agradecimento especial ao meu amigo @XILFX por ter me mandado essa reprodução da capa.

Ohba Tsugumi, em parceria com o desenhista Obata Takeshi, é […]