Tag Archives: Mad House

Eu, Wolverine!

Na temporada passada tive o desprazer de assistir ao anime do Homem de Ferro feito pela MadHouse. O resultado final foi um fracasso. Completamente diferente do piloto lançado. Uso abusivo do 3D, história genérica e fraca… um desastre. Claro que eu fiquei bem desconfiado com a nova empreitada da parceria Marvel/MadHouse.

Dessa vez, o herói escolhido foi o mal-encarado Wolverine. Porém, curiosamente, a primeira coisa que se nota ao assistir o anime é que “bishounenzaram” o Wolverine. A imagem de tiozão mal-encarado foi deixada de lado e agora ele está com uma aparência mais jovem, menos selvagem e com uma maior estatura. Isso, porém, não compromete o anime.

Deixando o 3D em segundo plano e seguindo a linha MadHouse que conhecemos, o anime conta uma história que, ao que tudo indica, será baseada no arco do Wolverine no Japão escrito por Chris Claremont e desenhado por Frank Miller. O encadernado “Eu, Wolverine” foi publicado pela Panini aqui no Brasil no ano passado em capa dura. Na história, Logan recebe a notícia de que Mariko, sua antiga paixão e até então dada como desaparecida, está na verdade de casamento marcado com um membro da mafia japonesa. Logan vai ao Japão para confrontar a Yakuza e, principalmente, o pai de Mariko, chefe de uma das mais poderosas famílias da Yakuza.

Escolher pegar uma história consagrada entre os fãs foi uma decisão acertada do estúdio já que criar uma do zero parece que não agradou tanto (sim, estou falando de Homem de Ferro). Dessa forma pessoas que não assistem animes normalmente, mas são fãs de HQs, serão atraídas por se tratar de uma adaptação de uma excelente história.

Não há muito mais o que falar só com esse primeiro episódio, mas até o momento, é provável que tenhamos uma boa série vindo por aí. Não será original, mas será legal de assistir.

Ah, e apesar deu ter falado que o visual “bishounen” do Wolverine não compromete o anime, digo que eu sinto falta do estilo tiozão baixinho e selvagem de ser…. Mais uma coisinha… eu tenho que falar isso… só eu achei que o Wolvie tá com um visual meio Travis Touchdown (No More Heroes I e II, Wii) nesse episódio? rs.

Na temporada passada tive o desprazer de assistir ao anime […]

Primeiras Impressões: High School of The Dead

Enfim estreou o tão esperado High School of The Dead. Como eu já havia dito, não gostei do mangá. Não por ser ruim, não passei da primeira edição, não posso opinar sobre isso, mas porque simplesmente não tinha movimento. Não me entendam mal, adoro mangás, adoro revistas em quadrinho no geral, porém, não dava. Zumbis merecem movimento, a tradição dos filmes do gênero é muito forte, ver tudo parado não agradava da mesma maneira. E então veio o anime, será que daria certo?

Gosto de filmes de zumbis e seus clichês. Armas variadas, shoot’em in the head, garotas sensuais tentando sobreviver aos ataques, muito sangue, clima claustrofóbico… tudo isso. O anime de High School of The Dead não deixou escapar nenhum desses clichês. Um defeito? Muito pelo contrário. São essas as características que definem o gênero e era obrigação mantê-las.

Uma das coisas que pode afastar um pouco os espectadores (que subentende-se já passaram pela enorme quantidade de sangue e mordidas) é a grande quantidade de fanservice. Grande mesmo, acreditem. HOTD leva o fanservice a níveis altíssimos. Porém, na minha humilde opinião, faz parte. Faz parte do gênero e não tem como não rir quando um pantyshot explode na tela de forma gratuita e totalmente anti-climática.

Quanto aos aspectos técnicos, só preciso dizer o nome do estúdio: MadHouse. Excelente qualidade sem dúvida. É bom ressaltar que o diretor é Tetsuro Araki, o mesmo que cuidou do anime de Death Note. Apesar deu gostar do estilo do cara, espero não ver algo seguindo a onda potato-chip de ser.

Uma série que com certeza vale a pena acompanhar, se você gosta de zumbis… ou calcinhas…

Até o próximo post!

Enfim estreou o tão esperado High School of The Dead. […]

Summer Wars – A Perfeita União Entre o Antigo e o Novo

O primeiro filme de Mamoru Hosuda que eu assisti foi “Digimon: O Filme” por volta de 2001-2002. Lembro como adorei aquele filme e até hoje mantenho ele em DVD na minha coleção. O filme tinha tudo que uma criança poderia querer: muita ação, uma história inspiradora e um visual impressionante.  Hoje, oito anos depois, pego o mais recente filme do diretor para ver: Summer Wars.

Kenji Koiso é um menino de 17 anos que acaba indo passar as férias de verão na casa da família de Natsuki Shinohara, uma das garotas mais bonitas da escola e um ano mais velha que Kenji. Durante uma noite, o menino recebe um e-mail estranho cheio de números. Após decifrar o código, o envia de volta. Na manhã seguinte descobre que acabou ajudando um hacker a invadir os servidores de  “OZ”, um mundo virtual que se tornou extremamente popular no mundo e que é usado até por grandes corporações e pelo governo. Kenji acaba sendo acusado pelo crime e cabe a ele e à família de Natsuki se unirem para tentarem acabar com a ameça que está afetando o mundo real.

Essa sinopse que eu escrevi acima pode dar a idéia que Summer Wars nada mais é do que uma releitura do filme de Digimon, mas é muito mais que isso.

O diretor nos apresenta a personagens muito bem construídos e que participam de uma história que é ao mesmo tempo simples e grandiosa. Temos um filme com romance, ação, comédia e valores familiares misturados na medida certa. Para acompanhar o excelente roteiro, o estúdio Mad House fez um excelente trabalho na animação. O minucioso cuidado com os cenários nos deixa muito a vontade com as constantes mudanças de ambiente entre a casa no interior do Japão e o mundo virtual de “OZ”. O excelente character design dá vida e carisma aos excelentes personagens criados por Mamoru.

Porém, o que gostaria de destacar sobre esse filme, é como ele misturou com excelência coisas do passado com o presente e futuro. Para começar, o anime se passa na casa da família Shinohara, uma típica e gigantesca mansão feudal no meio das montanhas. Muito diferente do que estamos acostumados a ver em histórias que se passam no Japão moderno. Também nos é mostrado uma família unida que gosta de estar junta e tem orgulho de suas tradições e de seus antepassados. Mais uma vez um cenário pouco comum na agitada vida moderna da sociedade japonesa onde pais dormem nos trabalhos onde se mata para poder dar uma vida decente para sua família. Outro fator é a união de diferentes gerações. Adultos e crianças lutando juntos em igualdade por um bem maior.

Se isso já não fosse o bastante, a presença do Hanafuda, típico jogo de cartas japonês, exercendo um papel importante na história tanto no mundo real como no virtual veio para selar essa perfeita união entre o antigo e o novo. Em Summer Wars nós vemos que apesar de tudo ainda há lugar para valores tradicionais como união familiar, amor pelo próximo e espírito de luta.

Summer Wars é mais um excelente trabalho do diretor Mamoru Hosuda e é feito para agradar dos mais novos aos mais velhos, no melhor sentido que isso possa ter. Enquanto as crianças viajarão no mundo criado por ele e suas excelentes cenas de batalha, os mais velhos irão perceber a profundidade dos personagens e suas relações. Com certeza este figura entre a lista dos melhores filmes de animação que eu já vi e, se tiverem a oportunidade de assisti-lo, não deixem passar e poderão conferir por vocês mesmos a qualidade desse filme.


O primeiro filme de Mamoru Hosuda que eu assisti foi […]