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Os 10 animes/mangás que fizeram parte da minha vida

Se você frequenta os outros blogs do portal Genkidama já deve ter visto o título desse post em outro lugar, não é? Foi no XIL. Lá, Fábio Sakuda apresentou aos leitores os animes e mangás que o acompanharam na sua vida de fã. Inspirado por ele, resolvi fazer minha própria versão e a justificativa para isso é apresentar um outro ponto de vista. Eu nasci em uma época diferente, num lugar diferente e numa realidade diferente. Vamos ver quais foram os10 animes e mangás que fizeram parte da minha vida…

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Se você frequenta os outros blogs do portal Genkidama já […]

Relembrando animes de um passado recente… PARTE 1 de 2.

Com a chegada do novo milênio também veio uma maior facilidade no acesso à internet e, por conseguinte maior acesso a animes vindo direto da fonte. Não era mais necessário um processo trabalhoso e caro de legendagem em VHS para nós podermos assistir aos animes que a TV brasileira não licenciava.

Nessa primeira década nós só vimos nossa biblioteca crescer e crescer em ritmo acelerado. O nosso acesso aumentou ao mesmo tempo que os estúdios estavam fazendo mais e mais animes. O mercado agora não era mais local, mas sim global.

Hoje nós vemos animes com um dia de diferença do Japão… as vezes poucas horas… as vezes nem UMA HORA! Tem gente que vê ao vivo pela TV japonesa… essa é a nossa realidade hoje já na segunda década do milênio.

Mas vamos voltar um pouco. Vamos voltar a esse início da nossa era da internet. Vamos relembrar um pouco o que assistimos. Só que atenção, eu não vou avaliar aqui anime por anime. Esse será um post mais pessoal. Falarei de como foi minha experiência assistindo a esses animes e por que eles são importantes para mim.

Nessa parte 1, falarei dos animes de 2000 a 2004.

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Nos anos 2000 meu acesso a internet ainda era um tanto limitado. Dessa época eu só me lembro de ter assistido a Love Hina numa qualidade sofrível, mas era o que minha internet da madrugada poderia suportar. Creio que esse tenha sido meu primeiro contato com o gênero harém, ecchi e comédia romântica. A história, se pararmos para ver, não é nada demais, mas cara, como era legal acompanhar os episódios. Eu assistia uns 2 por madrugada (enquanto deixava mais dois baixando pro dia seguinte) e era o ponto alto do meu dia.

Ainda nesse início de década tivemos animes que vieram a passar na TV brasileira alguns anos mais tarde, como Hamtaro, Yu-Gi-Oh, Medabots, Shaman King, Rave Master e Beyblade. Tivemos Hajime no Ippo também, mas esse eu só veria anos mais tarde (parte 2).

Dos animes que me marcaram ainda na época da internet discada, eu destacaria Comic Party. O anime não é grande coisa, foi baseado em uma visual novel, mas foi meu primeiro contato com a cultura otaku do Japão. Foi a primeira obra que me mostrou como viviam os otakus japoneses e que despertou meu interesse por conhecer mais desse fandom. Possivelmente foi por causa de Comic Party que eu me interessei a ver Genshiken alguns anos mais tarde (parte 2).

Lá pra 2002-2003 quando eu coloquei banda larga aqui em casa, meu acesso a animes aumentou muito. Foi nessa época que eu e um amigo meu, que também tinha recentemente colocado banda larga em sua casa, compartilhávamos várias descobertas no mundo animístico. Digitávamos “anime” nos programas P2P e baixávamos qualquer coisa que aparecesse. Se fosse bom, indicávamos um para o outro. Foi uma das épocas mais legais da minha vida no fandom.

Assistimos a alguns animes dos anos anteriores que não sabíamos da existência, dos quais destaco: Hellsing, Noir e Chobits. Esses três foram os primeiros animes que vimos em AVI que, para a época, era UMA QUALIDADE ESTUPIDAMENTE SENSACIONAL. Era belíssimo ver a animação em uma qualidade decente pela primeira vez na vida. Era mais bonito que qualquer canal de TV, era em widescreen, era sensacional!

Em 2004 eu vi poucos animes DE 2004. Na época ainda era um tanto difícil você acompanhar semanalmente animes, diria até impossível. A velocidade de legendagem ainda não era tão eficiente. Foi nesse ano que vi Wolf’s Rain, anime sensacional de futuro pós-apocalíptico. Curiosamente o assisti antes de Ghost in the Shell, que vi também em 2004. Normalmente as pessoas fizeram o inverso.

Outros animes que eu me lembro de ter assistido foram dois com uma pegada mais “histórica”, no sentido de falarem de ninjas, samurais, etc: Ninja Scroll e Peacemaker Kurogane. Apesar deu ter achado ambos visualmente incríveis, curiosamente nunca terminei de assistir nem um nem outro. Até hoje! Quem sabe um dia eu termino? Mas me marcaram por causa de seus visuais.

De 2004 mesmo acho que não vi nada em 2004… só em 2005… mas aí é coisa da parte 2.

E vocês? O que assistiram nesse início de década? O que ainda lembram? Qual anime te marcou? Por quê? Comentem!

Com a chegada do novo milênio também veio uma maior […]

Assim, na boa, o que seria Ecchi?

O que vocês consideram ecchi? Faço essa pergunta porque não é de hoje que vejo obras como Love Hina serem colocadas nessa categoria quando para mim elas não deveriam ter saído da comédia. Quer dizer que comédia não pode ter peitos balançando de vez em quando? Ou uma calcinha aparecendo de relance? Ou nem mesmo insinuações ao ato sexual? Se tiver essas coisas é ecchi? E aí entra numa categoria próxima ao Hentai? Meu Deus! Bakuman teve uma calcinha aparecendo… os peitos da Miyoshi balançaram várias vezes! E o Takagi ainda mencionou o fato falando que gostou! Deus! Bakuman é ecchi…

Não, não é.

Essa introdução acalorada e cheia de interrogações foi para mostrar quão incerta é essa categorização de animes e mangás. E o que me motivou a escrever esse post foi uma simples pergunta feita ao @Gyabbo através do formspring (um serviço de perguntas e respostas anônimas ou não):

Porque você odeia tanto o ecchi? Não gosta de ver garotas bonitas em situações interessantes?

Ele foi lá e humildemente respondeu a pergunta expondo sua opinião. E antes de irmos pra parte dois desse caso, acho válido expor a minha opinião a respeito do assunto.

Para começar, quero deixar claro que, para mim, ecchi é um sub-gênero. Dentro de comédia ou outros gêneros maiores, temos algumas com características ecchis, que posso caracterizar como uma certa exploração voluntária, descarada e constante de situações sexualmente estimulantes. Tendo colocado isso, vamos a alguns pontos.

Para começar, temos que ver a ambientação da história. Pegarei Love Hina como exemplo. Em Love Hina, o personagem principal, Keitaro, passa a morar e a trabalhar numa pensão onde só tem mulheres. Logo, se uma menina resolve andar de toalha pela casa, tomar banho sem trancar a porta, ou até mesmo ficar com a parte de cima do corpo descoberta sem preocupação, é algo esperado e normal para a situação. O estranho é ter o cara lá dentro e não as meninas agirem de tal maneira.

Entendendo esse ponto, vem o lance da idade. Peço que não levem a mal o que vou dizer, mas eu não sou contra histórias em quadrinhos com personagens adolescentes que discutem temas como a sexualidade dos mesmos. É importante a gente detalhar bastante isso para não dar margem a dupla interpretação. Sexo faz parte do universo adolescente. Você vá a uma roda onde adolescentes conversam e muito provável que eles falarão sobre sexo uma hora ou outra. É uma época de descobertas e o sexo está entre elas. Se uma história se propõe a tratar da vida adolescente, o sexo não pode ser encarado como algo fora de contexto. A grande questão é quando essa sexualidade é explorada de maneira gratuita, como acontece em hentais, onde o foco é o sexo e não a história.

Não há quem diga que mangás como Vitamin ou Life, de Keiko Suenobu, onde vemos cenas fortes e chocantes de sexo e até estupro envolvendo menores de idade, fazem uso gratuito de tais cenas e muito menos tem como objetivo excitar o leitor. Faz parte da realidade adolescente, pode acontecer, principalmente no Japão onde problemas de estupros são constantes.

A questão então é avaliar a ambientação da coisa. Não é simplesmente generalizar como “não gosto de mangás ou animes que envolvam menores de idade e sexo”. Tudo depende do contexto e da forma como é explorado. O grande problema, assim como eu relatei no meu post sobre moe, é o a comodidade que a exploração de cenas ecchis gera. Produtores e editores de animes e mangás não se preocupam mais com uma boa história pois sabem que se colocarem as personagens em cenas erotizadas terá um monte de gente assistindo, comprando o DVD, BluRay, figures, o que seja.

Não vejo problema em cenas “ecchi” contanto que sejam lógicas dentro de um contexto. Seja esse contexto um pé na realidade ou para gerar o fator cômico. Só não me falem para eu ver um anime só porque tem peitos e bunda balançando… enquanto a história do mesmo foi feita enquanto o escritor estava gentilmente defecando idéias.

Ah, eu mencionei que havia uma segunda parte, não é? Acho que não vale a pena comentá-la. Sério, é perda de tempo. Mas deixarei aqui no post a segunda “pergunta” feita ao @Gyabbo após ele responder a primeira.

Você e a Valeria Fernandes do Shoujo cafe são muito extremistas. Não acha que isso pode limitar a visão e entendimento de alguns mangas e animes? Por isso que animes assim não vem pro Brasil, acho que vcs estão matando a industria de animes no Brasil (sic)

Olha… nah… deixa pra lá…

Espero ter me feito entender. Se concordam ou discordam, não deixem de comentar. É um tema que necessita de discussão.

O que vocês consideram ecchi? Faço essa pergunta porque não […]

Quando um manga pede um databook…

Um databook é um livro que contém informações sobre determinado mangá. Um autor que gosta bastante de databooks é Eiichiro Oda, autor de One Piece. Já tivemos, inclusive, databooks sendo vendidos aqui no Brasil, como Kenshin Kaden (Samurai X, Editora JBC), o “Volume 13” (Death Note, Editora JBC) e Love Hina Infinity (Love Hina, Editora JBC).

Enquanto alguns databooks são lançados sem necessidade e são puro caça-níquel, existem séries que pedem por um databook e não há nem sinal de um vindo por aí. Esse é o caso de Bakuman, da dupla Ohba/Obata. No mangá, nós acompanhamos a jornada de Moritaka Mashiro e Akito Takagi que, através do pseudônimo Ashirogi Muto, decidwm se tornar mangakas.

A série já conta com 96 capítulos (até o momento) e 9 volumes publicados. Nessas centenas de paginas, nós conhecemos vários personagens, conhecemos melhor como funciona o departamento editorial da Weekly Shonen Jump, nos são apresentados plots interessantíssimos de mangás que são publicados no universo do mangá e muito mais.

Uma enormidade de conteúdo que deixa os fãs cheios de vontade de saber mais. Só os personagens principais já criaram oito mangas! Sendo alguns deles interessantíssimos e que fazem os fãs ficarem loucos por não terem nada de concreto para ler sobre eles.

Uma série como essa pede por um databook. Um não, vários. Databooks detalhando os personagens, os “meta-mangás” (mangás dentro do mangá) e por aí vai. Eu compraria e tenho certeza que muitos outros fariam o mesmo. É só ver como foi um evento o lançamento do um one-shot especial na WSJ “Otters 11”, um dos mangás presentes em Bakuman.

Eu ainda tenho confiança de que muito em breve eles lançarão um databook de Bakuman… ou isso ou os fãs surtam de vez.

Um databook é um livro que contém informações sobre determinado […]